Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape

unidade de conservação federal brasileira

A Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape (ou APA do Mamanguape) é uma unidade de conservação federal brasileira localizada na Barra do Mamanguape, no estado brasileiro da Paraíba. A reserva foi criada em 10 de setembro de 1993 pelo decreto federal nº 924. Anteriormente, fazia parte do território de caça e pesca originalmente utilizado pelas populações indígenas potiguaras.

Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape
Categoria V da IUCN (Paisagem/Costa Protegida)
Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape
Localização  Paraíba,  Brasil
Localidade mais próxima Rio Tinto, Marcação, Baía da Traição, Lucena
Dados
Área 5,769,45 ha[1]
Criação 10 de setembro de 1993 (31 anos)[1]
Gestão Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
Coordenadas 6° 47' 19" S 34° 59' 22" O
Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape está localizado em: Brasil
Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape
Grupo de peixes-boi-marinhos em seu habitat natural.

Características

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Geografia

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A área conta com remanescentes da Mata Atlântica, além de outros biomas como mangue, julgados de fundamental importância para a preservação, como a maior área de manguezal conservado do estado da Paraíba (a porção estuarina apresenta suas margens ocupadas por cerca de seis mil hectares de manguezal).[2]

Biodiversidade

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A área é habitat de várias espécies da fauna e flora da Mata Atlântica e do ecossistema de manguezal, tendo como principal objetivo a proteção do peixe-boi-marinho.[2] Além de a APA do Mamanguape ser uma das mais importantes áreas de ocorrência, alimentação e reprodução dessa espécie, ela também é um dos pontos de desova da tartaruga-de-pente, do cavalo-marinho e do caranguejo-uçá, tudo em um ambiente de praias selvagens, recifes de corais e manguezais bem preservados.

Um dos maiores atrativos desta unidade de conservação é o Projeto peixe-boi, que trabalha na preservação, conservação e manejo do peixe-boi-marinho e possui na localidade da Barra do Rio Mamanguape um cativeiro natural que atualmente abriga quatro animais.

Estrutura administrativa

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A reserva abrange 14.640 hectares e apresenta cerca de cinco mil famílias em dezoito povoados, incluídas seis aldeias indígenas da tribo potiguara, pertencentes a uma reserva indígena gerida pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e situada na margem esquerda do estuário da foz do rio Mamanguape.

Dentre as atividades econômicas realizadas na Área de Proteção Ambiental (APA) destacam-se duas usinas de cana-de-açúcar e álcool, dois estabelecimentos tradicionais com carcinicultura, atividade de turismo no Centro Nacional de Mamíferos Aquáticos relacionado ao Projeto peixe-boi e atividades familiares de subsistência. Com inclusão das comunidades nas decisões de gestão ambiental da área, a conservação do meio ambiente deve integrar a dinâmica da agropecuária brasileira para promoção do desenvolvimento sustentável.[3]

A melhoria da qualidade de vida das populações residentes, mediante orientação e disciplina das atividades econômicas locais, bem como o fomento ao turismo ecológico e a educação ambiental estão no plano central do manejo da área.[2]

Ver também

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Referências

  1. a b Adm. do sítio web (2013). «APA da Barra do Mamanguape». Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Consultado em 11 de julho de 2013 
  2. a b c Adm. do sítio web (2015). «APA da Barra do Rio Mamanguape». Observatórios de UCs da WWF. Consultado em 20 de julho de 2017. Arquivado do original em 26 de agosto de 2017 
  3. RODRIGUES, Geraldo Stachetti (2008). Gestão ambiental territorial na Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape (PB). [S.l.]: Embrapa Meio Ambiente. 91 páginas 

Ligações externas

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