Aeroporto Internacional de Porto Alegre

(Redirecionado de Aeroporto Salgado Filho)

O Aeroporto Internacional de Porto Alegre/Salgado Filho (IATA: POAICAO: SBPA) é um aeroporto internacional situado no município de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul. É o maior e mais movimentado aeroporto do Rio Grande do Sul e da Região Sul e o nono mais movimentado do Brasil em número de passageiros transportados.

Aeroporto de Porto Alegre
Aeroporto Internacional Salgado Filho ou Porto Alegre Airport
Aeroporto Internacional de Porto Alegre
Aeroporto Internacional de Porto Alegre
IATA: POA - ICAO: SBPA
Características
Tipo Público
Administração Fraport[1]
Serve Região Metropolitana de Porto Alegre
Localização Porto Alegre, RS, Brasil
Inauguração 3 de julho de 1940 (84 anos)
Coordenadas 29° 59′ 38″ S, 51° 10′ 16″ O
Altitude 3 m (10 ft)
Movimento de 2017
Passageiros 8 012 114 passageiros (BR: 8º)[2]
Carga 15 545 971 quilogramas[2]
Aéreo 79 473 aeronaves[2]
Mapa
SBPA está localizado em: Brasil
SBPA
Localização do aeroporto no Brasil
Pistas
Cabeceira(s)
Comprimento
Superfície
11 / 29
3 200  m (10 499 ft)
Notas
Dados do DECEA[3]

Abrangendo uma área total de 3,8 km² no norte de Porto Alegre, o complexo aeroportuário conta com um sistema de acesso viário próprio. A Avenida Severo Dullius é a via de acesso ao aeroporto, liga-se com a Avenida dos Estados, complemento da BR-116. Toda estrutura para passageiros é atualmente composta de apenas um terminal, que foi ampliado, tendo sua inauguração ocorrida em 2 de abril de 2019, totalizando 66 pontos de check-in.[4]

Foi o primeiro aeroporto administrado pela Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) e a operar com o sistema integrado de check-in.[5] O aeroporto dispõe do sistema de pouso por instrumentos (ILS) Categoria II na cabeceira 11 (oeste), permitindo pousos com visibilidades mínimas horizontal de 300 m e vertical de 30 metros. O sistema apresenta grande utilidade nos períodos entre junho e agosto, quando uma enorme quantidade de chegadas matinais são atrasadas ou canceladas em função de nevoeiros.

O aeroporto é o 9º maior do Brasil e as rotas domésticas representam 93% de seu tráfego total.[6] Em 2017, ficou em terceiro lugar no Prêmio Avião Revue, na categoria Melhor Aeroporto do Brasil.[7]

O complexo aeroportuário foi concedido à iniciativa privada em 16 de março de 2017, tornando a FRAPORT a atual concessionária até o ano de 2042 pela quantia de R$382 milhões de reais.[8] A empresa assumiu a administração do aeroporto no dia 28 de julho de 2017.[1]

Histórico

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O local onde está situado o aeroporto fica dentro da propriedade que era de Jerônimo de Ornelas, proprietário de diversos lotes de terra em Porto Alegre.[9] A área foi ocupada pelo governo do estado e posteriormente desapropriada. Nesse período, a área também chegou a ser ocupada pela Brigada Militar, que por meio de um processo envolvendo o estado, passou a utilizá-la parcialmente para desenvolvimento de unidades paramilitares no combate às revoluções da época.[10] Na época, havia uma pista de terra com seiscentos metros de comprimento, localizada no campo da várzea do Rio Gravataí, onde foram construídos dois galpões destinados a abrigar as oficinas e hangares.[9] Em 15 de setembro de 1923, era concluída a construção do primeiro aeroporto de Porto Alegre, que pertencia ao Serviço de Aviação da Brigada Militar.[11] Este serviço encerrou suas atividades em 1924 e o local passou a ser conhecido como Aeródromo de São João.[12] Por volta de janeiro de 1924, a Brigada Militar cedeu e arrendou os aviões e o aeródromo com pista e hangares a Orestes Dionísio Barroni, que tinha por objetivo instalar uma escola de aviação civil.[13]

A Varig, primeira companhia aérea do Brasil, iniciou suas operações utilizando um hidroavião Dornier Do J, apelidado de Atlântico, com capacidade de nove passageiros, considerado um dos mais modernos de sua época,[14] que fez seu voo de estreia de Porto Alegre a Rio Grande, no estado do Rio Grande do Sul.[15] No início, operava também o Dornier Komet a partir da Ilha Grande dos Marinheiros, no Rio Guaíba.[15] Em 1932, adquiriu seu primeiro avião com trem de pouso, um Junkers A-50 Junior, e depois o Junkers F.13, iniciando suas operações no aeroporto.[15] Nesse mesmo ano, instalou-se também nesta área a Base Aeronaval do Rio Grande do Sul, cujo comandante era o Capitão de Corveta Luiz Neto dos Reis.[16] Esta base foi utilizada por seis meses como apoio à navegação marítima, lacustre e a rede de faróis costeiros.[16] Em 1937, teve início o processo de desapropriações de terrenos adjacentes à área ocupada pelo Aeródromo de São João para sua futura ampliação e a construção do Aeroporto de Porto Alegre e, neste período, foi construído o primeiro terminal de passageiros.[17] Com a Segunda Guerra Mundial, o Ministério da Aeronáutica determinou a redução do ritmo das obras do aeroporto, deslocando o material e pessoal para a construção da Base Aérea de Gravataí, atual Base Aérea de Canoas.[18] As obras do aeroporto foram atribuídas a Secretaria de Obras Públicas e mais tarde ao Departamento Aeroviário do Estado, que deu início à construção do primeiro terminal de passageiros e pavimentação do primeiro trecho de 900 metros de comprimento e 42 metros de largura da pista. Com esta melhoria, os aviões triciclos Convair 240, 340 e 440 poderiam pousar no aeroporto.[15]

Em 12 de outubro de 1951, o aeroporto passou a ser designado Aeroporto Internacional Salgado Filho, em homenagem a Joaquim Pedro Salgado Filho, senador e ministro da Aeronáutica.[19] O novo trecho de pista e os doze módulos do terminal de passageiros foram inaugurados em 19 de abril de 1953.[9] Posteriormente, foram construídos outros 700 metros de pista de concreto em convênio com a União e o estado.[9] Em continuação ao trecho executado pelo Estado, foi construído o último trecho da pista, totalizando 2 280 metros de comprimento, bem como a construção das pistas de taxiamento e ampliação do pátio de estacionamento para atender aeronaves de grande porte.[17] Em 7 de janeiro de 1974, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) assumiu a administração, operacionalidade e exploração comercial e industrial do aeroporto.[9] Em 1982, novos recursos foram destinados à ampliação do terminal de passageiros, pois a demanda aeroportuária já alcançava índices elevados de movimento.[20] Em 1986, foram destinadas áreas para a construção dos novos terminais de carga e manutenção para as empresas Vasp, Transbrasil, SATA e Empresa de Correios e Telégrafos.[21]

Em 1987, o estacionamento em frente ao aeroporto foi ampliado de 280 para 750 vagas.[9] Neste ano foi realizada a modernização da marquise em frente ao aeroporto, a remodelação de uma das salas de embarque, a duplicação de outra sala de embarque e a ampliação do desembarque doméstico.[20] Em 1995, foi concluída a ampliação do terminal de cargas e a instalação da segunda esteira de bagagem no desembarque doméstico.[22] Em 1996, foi assinada a ordem de serviço para início da construção do novo complexo aeroportuário.[20] Em outubro de 2001, foi inaugurado o novo terminal do aeroporto, transferindo todas as operações para este novo terminal.[20] Em dezembro de 2010, foi reinaugurado o antigo terminal de passageiros, que passou a ser denominado como Terminal 2.[23] Neste mesmo ano, foi instalado o sistema de pouso por instrumentos, que era requisitado pelos pilotos, devido a baixas condições de visibilidade, principalmente no inverno.[24]

Concessão à iniciativa privada

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Setor doméstico

Em 13 de setembro de 2016, o presidente Michel Temer decidiu conceder o aeroporto de Porto Alegre, juntamente com outros três aeroportos do Brasil, para a iniciativa privada.[25] Segundo o edital, o consórcio vencedor deveria administrar o aeroporto por um período de 25 anos e fazer as ampliações necessárias. A medida foi adotada como emergencial, já que o governo anunciou a extinção da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, que administrava o aeroporto.[26] A administração da FRAPORT iniciou no dia 28 de julho de 2017.[1]

Durante um leilão realizado na sede do B3, a empresa FRAPORT ofereceu 382 milhões de reais para obter a administração do aeroporto.[8] Ao assinar o contrato, a empresa comprometeu-se a realizar diversas obras de ampliação.[27] Em outubro de 2017, a empresa anunciou uma estimativa de investimento inicial de cerca de R$ 600 milhões no aeroporto. Em fevereiro de 2018, com o projeto de ampliação já estabelecido, a companhia confirmou que os aportes chegarão a R$ 1,5 bilhão.[28]

Entre as obras de ampliação necessárias, está a ampliação da pista de pouso e decolagem em 920 metros, passando dos atuais 2 280 metros para 3 200 metros, o que possibilitaria a operação de grandes aeronaves de passageiros e cargas, como o Boeing 747, 777 e Airbus A350.[29] Atualmente, aviões de carga não conseguem decolar com plena capacidade para viagens a longa distância. Nos últimos cinco anos, dos 3,34 bilhões de dólares exportados via aérea pelo Estado, apenas 442 milhões de dólares foram embarcados no aeroporto, isto porque cerca de 40% das operações são realizadas em aeroportos de São Paulo.[29] A obra de extensão da pista deverá estar concluída até o fim de 2021.[28]

Outra obra prevista em contrato é a ampliação do Terminal 1, principalmente nas áreas de check-in, raio-x, esteiras e embarque e desembarque e a instalação de quatorze pontes de embarque e oito posições remotas, para embarque e desembarque de passageiros nas aeronaves.[8] O contrato também prevê a construção de outro edifício-garagem, ao lado do já existente, o que aumentaria a capacidade do estacionamento de 2,6 mil para 4,3 mil veículos.[8]

Uma obra, que não estava prevista no edital mas será realizada, é a construção de um novo terminal de cargas ao lado do Terminal 1, que será maior que o existente e terá capacidade para receber grandes aeronaves.[29] Na área onde existe atualmente o terminal de cargas, será construída uma extensão do pátio, aumentando a capacidade para 20 aeronaves.[8]

Em março de 2018, a Fraport iniciou trabalho de demolição da obra do novo terminal de passageiros, inciada pela Infraero em outubro de 2013 e paralisada por mais de 12 meses. A falta de cuidado, aliada ao longo tempo de exposição ao ambiente, inviabilizaram o aproveitamento da estrutura que custou mais de R$ 30 milhões.[30]

No dia 19 de maio de 2022, a Fraport entregou a obra de ampliação da pista, que passou dos 2.280m para 3.200 metros de extensão. Obra com custo estimado em R$135 milhões que sofreu atrasos na entrega devido à pandemia de COVID-19. Uma das novidades é que a área de escape, projetada para dar mais segurança a pousos e decolagens, foi construída com 240 metros de comprimento e 150 metros de largura e com grama.

Com isso, o terminal passa a ter a maior pista de pouso e decolagens do sul do país, possibilitando conexões diretas com grandes aeronaves de carga e passageiros, permitindo melhores voos para Europa, Estados Unidos ou Oriente Médio sem precisar de conexões. Poderão pousar aeronaves com autonomia de 13,45 mil quilômetros e capacidade de transporte de até 397 toneladas, incluindo carga, passageiros e o peso do próprio avião.

No mesmo dia da entrega da obra, pousou o voo TP117, proveniente de Lisboa, através da TAP Air Portugal, com a aeronave Airbus A330neo.

Estrutura

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Terminal 1

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Escadas entre andares do Terminal 1

O Terminal 1 é o maior e mais recente do aeroporto, foi inaugurado em 2001, após o aumento da demanda no aeroporto.[20] O terminal tem acesso pela avenida Severo Dullius através de um sistema viário próprio e conta com três andares. Após ampliação do terminal em 2019, passou a ter área construída de 72.000 , 24 portões e 15 pontes de embarque, 66 balcões de check-in, 5 esteiras de restituição de bagagens duplas (3 no doméstico e 2 no internacional), 120 pontos comerciais distribuídos em todos os andares e dois edifícios garagens para 4200 vagas cobertas.

No nível térreo do terminal estão os desembarques doméstico e internacional, área de recuperação de bagagens, pontos de ônibus e demais meios de transporte. No primeiro andar está a área de check-in doméstico e internacional e acesso ao Aeromóvel (sistema de transporte que liga o aeroporto à estação metrô Trensurb) e no terceiro andar encontra-se a praça de alimentação e os embarques doméstico e internacional.

O terminal tem capacidade de receber até 15 milhões de passageiros por ano, enquanto três companhias operam voos nacionais para as regiões sul e sudeste e cinco companhias operam voos internacionais para a América do Sul, América Central e Europa.[31]

Terminal 2

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Fachada do terminal 2

O Terminal 2, também conhecido como "Aeroporto Antigo", foi inaugurado em 1940, para atender a Varig, que operava no aeroporto. Passou por diversas obras de ampliações até 2000, quando foi construído o Terminal 1, desativando as operações neste terminal. O terminal ficou sem utilização até 2010, quando foi reformado, passou a atender as exigências da Infraero, e foi reinaugurando, abrigando as operações da Azul Linhas Aéreas Brasileiras e WebJet Linhas Aéreas, o que desafogou as operações no Terminal 1. Porém, com a falência da WebJet, a Azul passou a ser a única companhia a operar no Terminal 2. Em 2014, foi implantado o sistema "Mamuth" para pontes de embarque, adequada a aviões da classe Cm como os Embraer E-Jets, nos quais a porta de desembarque fica a uma distância de 2,5 metros a 3,5 metros do solo.[32] Além da escada, há um elevador para cadeirantes com capacidade de suportar até 225 quilos.[32] Para chegar ao equipamento, o passageiro passa por um túnel constituído por módulos, totalmente climatizado, atravessando o pátio do aeroporto. Se um veículo precisar passar pela área onde ficam os módulos, eles podem ser movidos para dar acesso.[32] Uma das vantagens é para que o passageiro possa acessar o avião em dias de chuva, sem o risco de molhar-se.[33]

O terminal conta com nove balcões e oito totens de check-in, de uso exclusivo da Azul, além de sala de embarque e desembarque, praça de alimentação e lojas.[34] A Azul operava, partindo deste terminal, voos para as regiões sul, sudeste e centro-oeste do Brasil, além de voos para o Uruguai.[31] A partir de setembro de 2019, todas as operações da Azul foram transferidas para o Terminal 1, de maneira que o T2 ficou reservado apenas a funções administrativas e eventuais desembarques VIP.[1]

Terminal de cargas

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O primeiro Terminal de Cargas - TECA foi inaugurado em 1986 e era utilizado nesta época pelas empresas Vasp, Transbrasil, SATA e Correios. Este TECA, com capacidade para 35 mil ton/ano, foi desativado após inauguração do novo empreendimento. No ano de 2021, foram movimentadas 16.083 toneladas de cargas.

Em 2021 a FRAPORT entregou um novo Terminal de Cargas, com capacidade para processar 100 mil ton/ano, localizado na Avenida Severo Dullius, 800, Bairro São João, com acesso pela segunda rótula, após o Terminal de Passageiros.

O empreendimento possui as seguintes características: área construída de 10.559 m² armazém de importação: 3.400 m²; armazém de exportação: 3.000 m²; complexo de câmaras frigoríficas: 388 m²; armazém de carga perigosa: 300 m²; posições de armazenamento vertical: 1.568.

O complexo possui ainda: 11 espaços para locação; 17 docas (3,45 m x 25,00 m); 10 espaços para espera de caminhões (3,45 m x 25,00 m), 587 vagas de estacionamento.

Os principais tipos de cargas são: metal mecânico, eletrônicos, ferramentas, medicamentos, têxtil, couro, máquinas e equipamentos, perecíveis, automotiva, polímeros, animais vivos, agropecuária, hospitalar, alimentícias e cargas perigosas de todas as classes embarcadas em aeronaves.

Aeromóvel

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Aeromóvel em operação no aeroporto.

O aeromóvel instalado no aeroporto é a primeira linha da tecnologia em operação comercial no Brasil, inaugurada em 10 de agosto de 2013 e funcionando com cobrança de passagem desde 7 de maio de 2014, interliga a Estação Aeroporto do Metrô de Porto Alegre ao Terminal 1 do aeroporto, funcionando no mesmo horário dos trens.[35] O trajeto de 814 metros, com duas estações de embarque, é percorrido em 2 minutos e 35 segundos. A linha conta com dois veículos, um com capacidade para 150 passageiros, outro para trezentos passageiros, cujo funcionamento se dá conforme a demanda do período.[36]

Movimento

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Ver a consulta original do Wikidata.

Passageiros

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Balcões de check-in no aeroporto
Ano Passageiros Doméstico Internacional
2007[37] 4 277 211 3 942 047 335 164
2008[37] 4 821 451 4 442 569 378 882
2009[37] 5 519 013 5 178 092 340 921
2010[37] 6 558 933 6 132 909 426 024
2011[37] 7 692 744 7 149 462 543 282
2012[38] 7 888 109 7 268 381 619 728
2013[39] 7 809 085 7 327 355 481 730
2014[40] 8 305 195 7 713 150 592 045
2015[41] 8 194 176 7 699 115 495 061
2016 7 433 169 7 079 829 353 340

Aeronaves

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Airbus A319 da LATAM Airlines Brasil durante aproximação para pouso no aeroporto.
Ano Aeronaves Domésticas Internacionais
2007[37] 48 117 39 607 8 510
2008[37] 52 491 43 026 9 465
2009[37] 62 153 53 584 8 569
2010[37] 70 052 61 617 8 435
2011[37] 77 538 68 328 9 213
2012[38] 74 466 66 061 8 405
2013[39] 70 589 65 433 5 156
2014[40] 71 725 65 880 5 845
2015[41] 70 154 65 165 4 989
2016 62 250 59 201 3 049

Acidentes

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Voo TAM 3054

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Destroços do avião após o acidente
 Ver artigo principal: Voo TAM 3054

Em 17 de julho de 2007, um Airbus A320 da TAM Linhas Aéreas (atual LATAM Airlines Brasil), prefixo PR-MBK, estava programado para realizar um voo a partir do aeroporto Salgado Filho ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Durante a aproximação a aeronave foi autorizada a pousar na pista 35L, em Congonhas. Testemunhas oculares e câmeras de segurança do aeroporto mostraram que a aeronave tocou a pista na área conhecida como "zona de toque", onde todas as aeronaves devem pousar, ela não diminuiu sua velocidade, atravessando a pista a uma velocidade média de 90 nós (170 quilômetros por hora).[42] A aeronave fez uma curva abrupta para a esquerda, saindo da pista e invadindo o gramado e o pátio de manobras do aeroporto. A pista foi construída sobre um platô, ao lado da avenida Washington Luis, a qual estava com movimento intenso no momento. A aeronave saiu das delimitações do aeroporto, planou sobre a avenida e colidiu com o edifício da TAM Express, causando um incêndio imediato. Todas as 187 pessoas a bordo e doze pessoas em solo faleceram na hora. O terreno, onde estava localizado o prédio da TAM, foi transformado em uma praça em memória as vítimas.[43]

Incidentes

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Em 18 de maio de 1969, um Piper PA-32, operado pelo Taxi-Aéreo Porto-Alegrense, fazia um voo partindo do Aeroporto de Bento Gonçalves até Porto Alegre, com três pessoas a bordo. Durante a aproximação para pouso, a cerca de trezentos metros da cabeceira da pista, o avião perdeu a sustentação após uma esteira de turbulência, causada por um avião turbojato, vindo a colidir com uma casa. Os três ocupantes, incluindo dois irmãos da família Dreher, morreram no acidente.[44]

Enchentes de maio de 2024

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Em maio de 2024, o aeroporto foi atingido pelas águas provenientes das enchentes no Rio Grande do Sul. A pista de decolagem e os prédios foram inundados e a água atingiu 2,5 metros de altura em alguns pontos do aeroporto. Diante da situação, a Fraport, administradora do complexo aeroportuário, suspendeu por tempo indeterminado todos os voos que passam pelo terminal.[45]

No dia 14 de maio, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) suspendeu, por tempo indeterminado, as vendas de passagens para voos que tenham como destino ou partida o aeroporto de Porto Alegre.[46]

Alguns dos voos inicialmente previstos para chegar ou partir do aeroporto de Porto Alegre foram redirecionados para a Base Aérea de Canoas, administrada pela Força Aérea Brasileira (FAB).[47] Outros aeroportos do interior do Rio Grande do Sul, tais como os de Caxias do Sul, Santa Maria, Pelotas e Passo Fundo também têm recebido voos redistribuídos após as enchentes no aeroporto de Porto Alegre.[48]

Ainda não é possível avaliar com precisão a extensão dos danos sofridos pelo aeroporto de Porto Alegre, mas sabe-se que as pistas foram muito atingidas, uma vez que a água continua estagnada no local, o que afeta a planicidade para aviões se moverem, mesmo que se retirem as águas e se limpem as pistas.[49]

Danos estruturais elétricos foram registrados no aeroporto, como no sistema de geração e distribuição de energia para o terminal.[49] Equipamentos como bombas de sucção, guinchos e geradores foram emprestados ou doados para a drenagem das águas paradas no aeroporto.[50]

Em 27 de maio, a Base Aérea de Canoas passou a receber voos comerciais,[51] com planos de aumentar a frequência inicial de 35 para 70 voos semanais a partir de 10 de junho.[52][53] A Fraport realiza o embarque e desembarque através de um terminal remoto no ParkShopping Canoas, a cerca de 4 quilômetros do aeródromo.[51][54]

Em 3 de junho, a concessionária iniciou o processo de limpeza da pista e dos pátios de aeronaves, além de testes e sondagens para avaliação da resistência do solo.[55][56] O complexo vem recebendo visita técnica de comitiva formada por membros do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) e da ANAC.[52][55]

As operações foram parcialmente retomadas em 21 de outubro de 2024. Inicialmente serão retomados os voos domésticos de maneira gradual. A volta de voos internacionais e do fluxo normal de voos é prevista para dezembro do mesmo ano[57].

Ver também

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Referências

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  3. «Publicação Auxiliar de Rotas Aéreas (ROTAER)» (PDF). Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). 2016. Consultado em 1 de outubro de 2016. Cópia arquivada (PDF) em 1 de outubro de 2016 
  4. GZH, Site (1 de abril de 2019). «Inauguração ampliação Terminal Passageiros Aeroporto Internacional Salgado Filho». GZH. GZH. Consultado em 15 de janeiro de 2023 
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  6. Wide, Fraport AG Airport Services World. «Fraport AG | Porto Alegre». www.fraport.com (em inglês). Consultado em 19 de maio de 2018 
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Ligações externas

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