Andrei Meireles
Foram assinalados vários problemas nesta página ou se(c)ção: |
Andrei Meireles de Almeida (Goiânia, Goiás, 11 de agosto de 1952) é um jornalista brasileiro. Atua na imprensa brasileira há mais de 40 anos, trabalhou nas redações dos principais jornais e revistas do país, como Jornal O Globo e revistas Istoé e Época. É um dos cinco fundadores do site Os Divergentes, especializado em análise política e já recebeu vários prêmios.
Andrei Meireles | |
---|---|
Nome completo | Andrei Meireles de Almeida |
Nascimento | 11 de agosto de 1952 (72 anos) Goiânia, Goiás |
Nacionalidade | brasileira ![]() |
Progenitores | Mãe: Maria Stela Meireles de Almeida Pai: Alberto Xavier de Almeida |
Ocupação | jornalista |
Prêmios | Prêmio Esso de jornalismo Prêmio Embratel Prêmio Barbosa Lima Sobrinho |
Biografia
editarNascido em Goiânia, Goiás, filho de Alberto Xavier de Almeida e Maria Stela Meireles de Almeida. É neto do ex-governador de Goiás, Dr. José Xavier de Almeida. Começou a vida profissional no início da década de 70 como crítico de música no Diário de Brasília. O talento para o jornalismo político acabou sendo descoberto e ainda muito jovem foi trabalhar como repórter especial do jornal O Globo. Também foi editor de política do Jornal de Brasília e trabalhou como repórter especial nas revistas IstoÉ e Época. Por mais de 10 anos foi comentarista político do boletim diário da revista Época na rádio CBN.[1] Em 2015 foi o principal colunista político do portal Fato Online. Em 2016 fundou, ao lado de outros quatro jornalistas de Brasília, o site Os Divergentes, voltado ao noticiário político nacional.
Filiado ao PCB, antigo "partidão", Andrei foi dirigente sindical. Em 1977, ao lado de outros jornalistas como Carlos Marchi, Helio Doyle e Armando Rollemberg, articulou a eleição do grande colunista político brasileiro Carlos Castelo Branco para a presidência do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, considerada uma vitória na luta pela redemocratização. O fato é descrito na biografia de Castelinho "Todo Aquele Imenso Mar de Liberdade", páginas 319 a 324, Editora Record, 2015, escrito pelo jornalista Carlos Marchi.[2]
Prêmios
editarAndrei Meireles é um dos mais premiados jornalistas brasileiros sendo ganhador de dois Prêmio Esso de jornalismo e três prêmios Embratel, incluindo o grande prêmio Barbosa Lima Sobrinho de jornalismo.
Principais reportagens
editarO primeiro prêmio Esso veio com a série de reportagens publicadas pela revista Istoé em 1999 denunciando o envolvimento do então ministro da Defesa do governo Fernando Henrique Cardoso, Élcio Álvares,[3] com o crime organizado no Espírito Santo. As matérias resultaram na demissão de Élcio Álvares e em vários processos contra políticos poderosos no Estado. Em 2001 Andrei ganhou o segundo Esso e o primeiro prêmio Embratel de jornalismo pelo rumoroso caso do Painel do Senado,[4] também publicado pela revista Istoé. A reportagem revelou o envolvimento dos senadores Antônio Carlos Magalhães e José Roberto Arruda, na violação do sigilo da votação da cassação do ex-senador Luiz Estevam. A denúncia fez com que o jornalista fosse depor no Conselho de Ética do Senado Federal para falar sobre as denúncias que havia publicado. A série de reportagens resultou na renúncia dos dois senadores envolvidos no escândalo.[5][6][7][8]
Na revista Época Andrei Meireles faturou dois prêmios Embratel de jornalismo. O primeiro veio em 2004 com a matéria sobre o caso Waldomiro Diniz.[9][10] Foi a primeira denúncia grave de corrupção dentro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva envolvendo um dos assessores mais próximos do ex-ministro José Dirceu. A matéria teve grande repercussão no meio político e jornalístico brasileiro.[11] O grande prêmio Embratel Barbosa Lima Sobrinho veio em 2009 com a reportagem revelando que o ex-diretor do Senado João Carlos Zoghbi[12] usou uma ex-babá, na época com 83 anos, como laranja em várias empresas para receber dinheiro de bancos credenciados pelo Senado para oferecer empréstimos consignados aos servidores da Casa.[13][14]
Andrei Meireles também foi responsável por denúncias importantes veiculadas pela imprensa nacional como as ligações de políticos com o bicheiro goiano Carlinhos Cachoeira, especialmente o então senador Demóstenes Torres, que acabou sendo cassado pelos colegas.[15][16] Também denunciou a existência de um bunker no Senado Federal usado pelo então diretor daquela Casa Legislativa, o deputado distrital Agaciel Maia.[17] Ainda no Legislativo, descobriu e publicou matéria revelando que o caseiro da famosa Casa da Dinda, residência oficial do senador e ex-presidente Fernando Collor era pago com dinheiro do Senado.[18]
Referências
- ↑ «Entrevista com Carlos Marchi». TV Brasil. EBC. 24 de março de 2015. Consultado em 1 de janeiro de 2017
- ↑ «Esso: "IstoÉ" ganha prêmio com gravação de ACM». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. 20 de dezembro de 2001. Consultado em 1 de janeiro de 2017
- ↑ «Reportagem CASO ZOGHBI, da equipe da revista Época, é a grande vencedora do 11º Prêmio Imprensa Embratel». Embratel. 12 de novembro de 2009. Consultado em 1 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 25 de outubro de 2016
- ↑ Góis, Fábio (11 de novembro de 2009). «Congresso em Foco ganha Prêmio Embratel». Congresso em Foco. Consultado em 1 de janeiro de 2017
- ↑ Meireles, Andrei; Pedrosa, Mino; Miranda, Ricardo (11 de abril de 2001). «Abraço de afogado». ISTOÉ Independente. Consultado em 1 de janeiro de 2017
- ↑ Meireles, Andrei; Pedrosa, Mino (21 de abril de 2001). «Enforcado». ISTOÉ Independente. Consultado em 1 de janeiro de 2017
- ↑ Meireles, Andrei; Abdala, Isabela; Pedrosa, Mino (28 de abril de 2001). «De volta pra casa». ISTOÉ Independente. Consultado em 1 de janeiro de 2017
- ↑ «ACM segue na berlinda». ISTOÉ Independente. 7 de março de 2001. Consultado em 1 de janeiro de 2017
- ↑ Lobato, Eliane (28 de novembro de 2001). «Na final do Esso». ISTOÉ Independente. Consultado em 10 de fevereiro de 2017
- ↑ Meireles, Andrei; Escosteguy, Diego (23 de outubro de 2004). «Waldomiro Diniz, versão 2003». revistaepoca.globo.com. Época. Consultado em 1 de janeiro de 2017
- ↑ Meireles, Andrei; Krieger, Gustavo. «Bicho na campanha». revistaepoca.globo.com. Época. Consultado em 1 de janeiro de 2017
- ↑ «Defesa aberta». ISTOÉ Independente. 6 de novembro de 1999. Consultado em 1 de janeiro de 2017
- ↑ Meireles, Andrei; Leitão, Matheus (24 de abril de 2009). «Funcionário público usou a ex-babá como laranja». revistaepoca.globo.com. Época. Consultado em 1 de janeiro de 2017
- ↑ Meireles, Andrei (30 de abril de 2009). «Todas as acusações do casal Zoghbi». revistaepoca.globo.com. Época. Consultado em 1 de janeiro de 2017
- ↑ Ramos E, Murilo; Meireles, Andrei (16 de março de 2012). «O bicheiro que assusta os políticos». Época. Consultado em 1 de janeiro de 2017
- ↑ Rocha, Marcelo; Ramos, Murilo; Meireles, Andrei (30 de março de 2012). «O legislador e o fora da lei (trecho)». Época. Consultado em 1 de janeiro de 2017
- ↑ Meireles, Andrei (4 de julho de 2009). «As tardes molhadas de Agaciel». revistaepoca.globo.com. Época. Consultado em 1 de janeiro de 2017
- ↑ Meireles, Andrei (12 de outubro de 2012). «Collor paga três funcionários particulares com dinheiro do contribuinte». revistaepoca.globo.com. Consultado em 1 de janeiro de 2017