Apeadeiro de Codeçais
O Apeadeiro de Codeçais, originalmente denominado de Cadeçaes, é uma interface encerrada da Linha do Tua, que servia a aldeia de Codeçais, no concelho de Carrazeda de Ansiães, em Portugal.
Codeçais | |||
---|---|---|---|
Identificação: | 15263 COD (Codeçais)[1] | ||
Denominação: | Apeadeiro de Codeçais | ||
Administração: | Infraestruturas de Portugal (norte)[2] | ||
Classificação: | A (apeadeiro)[1] | ||
Linha(s): | Linha do Tua (PK 25,024) | ||
Altitude: | 180 m (a.n.m) | ||
Coordenadas: | 41°20′16.49″N × 7°18′54.46″W (=+41.33791;−7.31513) | ||
| |||
Município: | Carrazeda de Ansiães | ||
Conexões: | |||
Encerramento: | 2008 (há 15 anos) | ||
Website: |
|
HistóriaeditarVer artigo principal: Linha do Tua § História
Esta interface faz parte do troço da Linha do Tua entre as Estações de Tua e Mirandela, que abriu à exploração em 29 de Setembro de 1887.[3] No entanto, a construção da estação de Codeçais não esteve inicialmente planeada, tendo o processo para a sua instalação tido início num incidente, durante a inauguração:[4] Quando o comboio inaugural estava a passar pelo lanço entre Brunheda e Abreiro, foi obrigado a parar devido à presença de um coreto improvisado em cima da via férrea, rodeado por uma grande multidão.[4] Um dos manifestantes entrou na carruagem real, onde fez um discurso para pedir a construção de uma estação naquele local, alegando que teria muita procura, além que dispunha de muita água para alimentar as locomotivas a vapor.[4] Com efeito, verificou-se que posteriormente a gare passou a ter um grande movimento de mercadorias e passageiros, e foi instalada uma toma de água para as locomotivas.[4] Em 1939, a Companhia Nacional dos Caminhos de Ferro fez obras de conservação no edifício principal e na casa do chefe da estação,[5] e em 1940 fez obras de reparação no interior do edifício de passageiros;[6] este situava-se do lado sul da via (lado direito do sentido ascendente, a Bragança).[7] Em Setembro de 1971, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses informou que a partir do dia 1 de Outubro desse ano iriam ser desguarnecidas várias estações e apeadeiros, incluindo o de Codeçais, como parte de um programa de racionalização da exploração ferroviária. Desta forma, deixaria de vender bilhetes, que passariam a ser comprados a bordo dos comboios, e seria suspensa a expedição de bagagens e remessas em detalhe.[8] Em 2008, foi encerrada a circulação ferroviária no troço entre Tua e Cachão, após um acidente.[9] A operadora Comboios de Portugal organizou um serviço de táxis para substituição dos comboios, que serve a localidade de Codeçais.[10]Ver tambémeditar |
Referências
- ↑ a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
- ↑ Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
- ↑ «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 17 de Dezembro de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ a b c d MAIO, José da Guerra (16 de Novembro de 1953). «As gargantas do Tua e do Aar» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 66 (1582). p. 309-310. Consultado em 15 de Março de 2020
- ↑ «O que se fez em caminhos de ferro no ano de 1939» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 52 (1249). 1 de Janeiro de 1940. p. 35-40. Consultado em 15 de Março de 2020
- ↑ «O que se fez em Caminhos de Ferro no ano de 1940» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 53 (1274). 16 de Janeiro de 1941. p. 83-88. Consultado em 15 de Março de 2020 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
- ↑ «A C. P. informa:» (PDF). Povo Algarvio. Ano XXXVIII (1944). Tavira. 18 de Setembro de 1971. p. 3. Consultado em 27 de Outubro de 2024 – via Hemeroteca Municipal do Algarve
- ↑ «Acabaram os transportes públicos para as povoações da linha do Tua». Jornal de Notícias. 2 de Julho de 2012. Consultado em 17 de Dezembro de 2014
- ↑ «Linha do Tua» (PDF). Comboios de Portugal. 17 de Setembro de 2014. Consultado em 14 de Dezembro de 2014
Leitura recomendada
editar- FONTE, José Rodrigues da; PEREIRA, Hugo Silveira Pereira (2015). A linha de Foz-Tua a Bragança. Col: Projecto FozTua. Vila Nova de Gaia: Inovatec, D.L. 150 páginas. ISBN 978-150-77884-0-0
- LAGE, Maria Otília Pereira; VISEU, Albano; BEIRA, Eduardo; et al. (2016). Memória oral e história do Vale do Tua: materiais de um projeto. Col: Projecto FozTua. Vila Nova de Gaia: Inovatec, D.L. 168 páginas. ISBN 978-153-01709-0-6
- LAGE, Maria Otília Pereira (2016). Tua: colectânea literária: o vale, o rio e a linha férrea. Col: Projecto FozTua. Vila Nova de Gaia: Inovatec, D.L. 241 páginas. ISBN 978-989-98659-7-6