Estação Ferroviária de Mirandela
A estação ferroviária de Mirandela (nome anteriormente grafado como "Mirandella"),[3] foi uma interface da Linha do Tua, que servia a cidade de Mirandela, no Distrito de Bragança, em Portugal. Entrou ao serviço em 29 de Setembro de 1887.[4]
Mirandela | |||||
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vista de rua do edifício da estação de Mirandela original, em 2013 | |||||
Identificação: | 16006 MIR (Mirandela)[1] | ||||
Denominação: | Estação de Mirandela | ||||
Administração: | Refer (norte)[2] | ||||
Classificação: | E (estação)[1] | ||||
Linha(s): | Linha do Tua (PK 54+200) | ||||
Altitude: | 230 m (a.n.m) | ||||
Coordenadas: | 41°28′55.76″N × 7°10′57.48″W (=+41.48216;−7.18263) | ||||
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2.ª estação: 41° 28′ 53,76″ N, 7° 10′ 52,1″ O | |||||
Município: | Mirandela | ||||
Serviços: | sem serviços | ||||
Conexões: | |||||
Equipamentos: | |||||
Endereço: | Rua D. Afonso III, s/n PT-5370-408 Mirandela | ||||
Inauguração: | 29 de setembro de 1887 (há 137 anos) | ||||
Encerramento: | 14 de dezembro de 2018 (há 6 anos) | ||||
Website: |
História
editarInauguração
editarEsta estação foi inaugurada em 27 de Setembro de 1887, em conjunto com o lanço da Linha do Tua até Foz Tua, tendo sido organizado um comboio especial para a cerimónia,[5] que foi acolhido na gare por uma grande multidão, composta por habitantes de Mirandela e da região em redor.[6] A família real saiu do comboio e foi em cortejo até à Câmara Municipal, enquanto que a locomotiva se dirigiu à placa giratória para inverter a marcha, de forma a rebocar o comboio no sentido inverso.[6] Quando passou pelas oficinas, o fogueiro abriu as portas para proceder à limpeza da caixa do fumo, operação que impressionou a população reunida no local.[6] Na cerimónia, que também contou com a presença do ministro das Obras Públicas, Barjona de Freitas, foram feitos vários discursos e a recitação de versos, escritos por Joaquim Belchior de Azevedo e dedicados a D. Luís I e à Linha do Tua.[7] Também tocou uma banda de música,[7] e foram lançados foguetes.[6] Foi igualmente oferecido um jantar no armazém de mercadorias da estação.[5] Este troço abriu à exploração dois dias depois,[8] pela Companhia Nacional de Caminhos de Ferro.[9] O primeiro chefe de estação foi Jerónimo Maria Cardoso.[7]
O edifício de passageiros situava-se do lado sudoeste da via (lado direito do sentido ascendente, a Bragança).[10] A construção desta linha inseriu-se um período de grande desenvolvimento das linhas de via estreita em Portugal, iniciado na década de 1880, que também incluiu as linhas do Dão, do Vouga e do seu Ramal para Aveiro, do Tâmega, do Corgo, e do Sabor.[11]
Século XX
editarDécadas de 1900 e 1910
editarAinda em 1897, o empresário Moses Zagury propôs a construção de um caminho de ferro de via estreita desde esta cidade até Bragança, seguindo a Estrada Real.[12]
Em finais de 1904, já decorriam as obras no lanço da via férrea até Bragança.[13] Em 16 de Junho de 1905, a Gazeta dos Caminhos de Ferro noticiou que se previa para breve a inauguração do primeiro lanço daquela linha, até Quintela.[14] A estação foi construída no interior da localidade, a curta distância do centro histórico.[15]
Com efeito, em 28 de Julho desse ano o governo autorizou a Companhia Nacional a abrir de forma provisória o primeiro tramo da linha além desta estação, mas que ia apenas até Romeu.[16][17] Este troço entrou ao serviço em 2 de Agosto de 1905.[8] Em 17 de Outubro de 1905, entrou ao serviço o lanço seguinte, até Macedo de Cavaleiros, tendo o primeiro comboio saído desta estação por volta das 8 horas da manhã, no sentido descendente.[16] A linha férrea chegou a Sendas em 18 de Dezembro do mesmo ano, a Rossas a 14 de Agosto de 1906,[8] e finalmente a Bragança em 1 de Dezembro de 1906, completando a Linha do Tua.[16]
Nos princípios do século XX, esta foi uma das estações que foram servidas por novo comboio rápido entre Bragança e Tua, que tinha como finalidade dar ligação ao Comboio Porto - Medina, que percorria a Linha do Douro no seu percurso entre São Bento e a cidade espanhola de Medina del Campo.[18]
Em 1913, existiam serviços de diligências ligando esta interface a Torre de Dona Chama, Valpaços, Vilarandelo, Chaves e Boticas.[19]
Décadas de 1930 e 1940
editarO Plano Geral da Rede Ferroviária, introduzido pelo Decreto n.º 18:190, de 28 de Março de 1930, aludiu à necessidade de construir uma rede de vias que ligassem as várias linhas de via estreita a Norte do Rio Douro entre si e a Leixões, de forma a expandir a zona de influência daquela importante instalação portuária,[20] e melhorar as condições de funcionamento das vias férreas em si.[21] Esta rede, que deveria ligar Mirandela a Caniços, era conhecida como Transversal de Trás-os-Montes, e um dos seus troços seria a Transversal de Valpaços, com cerca de 67 km de extensão,[21] que ligaria Mirandela à Linha do Corgo, em Vila Pouca de Aguiar ou Pedras Salgadas, de acordo com estudos posteriores.[20]
Em 1933, esta estação foi alvo de várias obras por parte da Companhia Nacional, incluindo a cobertura e o calcetamento do cais descoberto, a construção de um muro de vedação, o ajardinamento do recinto, a construção de um hangar para o serviço de revisão do material circulante, a modificação de parte do segundo piso do edifício para instalar os Serviços de Exploração, e a ampliação da casa do guarda da passagem de nível, para servir de habitação ao capataz geral da 1.ª Secção de Via e Obras.[22] No ano seguinte, foi assente uma via de acesso ao cais do carvão,[23] e em 1935 realizaram-se obras de conservação no edifício da estação.[24]
Em 1939, o edifício voltou a ser alvo de obras, tendo sido modificada a residência do director de exploração, feitas várias reparações nas dependências públicas e nos escritórios da exploração; também foram feitos trabalhos de reparação na casa do guarda da passagem de nível e no dormitório do pessoal de trem, ampliada a habitação do chauffeur, e construído um alpendre para servir como depósito de lenhas e de serração mecânica.[25]
Em 1938, foi montada nas oficinas desta estação a primeira locomotiva diesel em Portugal, baptizada de Lydya.[26]
Em 1 de Janeiro de 1947, a Companhia Nacional foi integrada na Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[27]
Década de 1990
editarEm 1990, a locomotiva 9006 estava adjudicada ao depósito desta estação.[28] Em 15 de Dezembro de 1991, a estação foi encerrada, em conjunto com o lanço da Linha do Tua até Bragança, pela operadora Caminhos de Ferro Portugueses, e em 13 de Outubro do ano seguinte o material circulante foi retirado de BRagança e colocado nesta estação, numa operação que atraiu considerável polémica.[29]
Na década de 1990, iniciou-se o programa do Metro de Mirandela, que pretendia aproveitar parte do traçado da Linha do Tua para um sistema ferroviário ligeiro, tendo o primeiro troço, desde esta estação até Carvalhais, sido inaugurado em 28 de Julho de 1995.[30] Mais tarde[quando?] o edifício de passageiros original foi afeto a outros usos e o seu papel tomado por um edifício anexo, a cerca de 100 m a sudeste, no sentido ascendente;[31] ambos situados do lado sulsudeste da via (lado direito do sentido ascendente, para Bragança)[10][32] e franquando o mesmo arruamento (Rua D. Afonso III =EN213).[15]
Século XXI
editarOs serviços do Metro de Mirandela foram prolongados até à estação ferroviária do Tua em 21 de Outubro de 2001.[33] No entanto, em 22 de Agosto de 2008 foi suspensa a circulação dos comboios no lanço entre as estações de Cachão e Tua, devido à ocorrência de um grave acidente.[33]
Em 26 de Março de 2010, um grupo de cidadãos enviou um pedido ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, onde foi proposta a classificação do troço da linha entre Tua e Mirandela como Património de Interesse Nacional, alegando a sua importância como uma componente única do património ferroviário português, e que estava em risco de ser alagada com a futura construção da Barragem do Tua.[34] No entanto, este processo não teve seguimento, tendo sido arquivado pelo IGESPAR no dia 4 de Novembro desse ano, deixando assim a Linha do Tua de ter protecção legal.[35]
A 14 de dezembro de 2018 os serviços feroviários do Metro de Mirandela foram suspensos.[36] No ano seguinte, a 12 de Setembro, foi anunciada a transferência, por 50 anos, do edifício da estação original e terrenos anexos (incluindo a segunda estação), para a Câmara Municipal local — que previa a renovação da estação rodoviária contígua e a criação de um centro artístico.[37]
Ver também
editarReferências
- ↑ a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
- ↑ Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
- ↑ Almeida Pinheiro: “Companhia nacional de caminhos de ferro” Diario Illustrado 4670 (1886.04.27)
- ↑ MARTINS et al, 1996:249
- ↑ a b JACOB et al, 2010:15
- ↑ a b c d «Para a história dos Caminhos de Ferro Portugueses» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1485). 1 de Novembro de 1949. p. 659-660. Consultado em 29 de Dezembro de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ a b c ORNELLAS, Carlos de (1 de Outubro de 1949). «Há 62 anos inaugurou-se a linha de Tua a Mirandela» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1483). p. 615-618. Consultado em 29 de Dezembro de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ a b c «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 26 de Dezembro de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ REIS et al, 2006:35
- ↑ a b (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
- ↑ «Centenário dos Caminhos de Ferro Portugueses» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 67 (1612). 16 de Fevereiro de 1955. p. 449-450. Consultado em 4 de Março de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Há Quarenta Anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 49 (1184). 16 de Abril de 1937. p. 203. Consultado em 31 de Dezembro de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Há 50 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 67 (1607). 1 de Dezembro de 1954. p. 339. Consultado em 4 de Março de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Há 50 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 68 (1620). 16 de Junho de 1955. p. 197. Consultado em 4 de Março de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ a b «Cálculo de distância pedonal (41,48201; −7,18261 → 41,48501; −7,18193)». OpenStreetMaps / GraphHopper. Consultado em 21 de novembro de 2023: 565 m: desnível acumulado de +15−19 m
- ↑ a b c JACOB et al, 2010:23
- ↑ «Parte Official» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 18 (423). 1 de Agosto de 1905. p. 228-230. Consultado em 26 de Dezembro de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ MAIO, José da Guerra (1 de Maio de 1951). «O «Porto-Medina»» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 64 (1521). p. 87-88. Consultado em 30 de Dezembro de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
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- ↑ a b PORTUGAL. Decreto n.º 18:190, de 28 de Março de 1930. Ministério do Comércio e Comunicações - Direcção Geral de Caminhos de Ferro - Divisão Central e de Estudos - Secção de Expediente, Publicado no Diário do Governo n.º 83, Série I, de 10 de Abril de 1930.
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- ↑ «O que se fez nos Caminhos de Ferro em Portugal no Ano de 1933» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1106). 16 de Janeiro de 1934. p. 49-52. Consultado em 26 de Dezembro de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «O que se fez nos caminhos de ferro em Portugal, em 1934» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1129). 1 de Janeiro de 1935. p. 27-29. Consultado em 14 de Janeiro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Os nossos caminhos de ferro em 1935» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 48 (1155). 1 de Fevereiro de 1936. p. 96. Consultado em 26 de Dezembro de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «O que se fez em caminhos de ferro no ano de 1939» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 52 (1249). 1 de Janeiro de 1940. p. 35-40. Consultado em 26 de Dezembro de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ REIS et al, 2006:92
- ↑ AGUILAR, Busquets de (1 de Junho de 1949). «A Evolução História dos Transportes Terrestres em Portugal» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1475). p. 383-393. Consultado em 12 de Fevereiro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «El Ferrocarril del Tajuña». Maquetren (em espanhol). Ano 5 (42). 1996. p. 15-26
- ↑ «CP retira automotoras de Bragança». Público. Ano 3 (955). Lisboa: Público, Comunicação Social, S. A. 15 de Outubro de 1992. p. 56
- ↑ CIPRIANO, Carlos (28 de Julho de 1995). «Metro de Mirandela é hoje inaugurado». Público. Ano 6 (1967). Lisboa: Público, Comunicação Social, S. A. p. 54
- ↑ “Sinalização da Estação de Mirandela” («Diagrama do Anexo n.º 101 à I.T. n.º 28»)
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- ↑ a b SILVA, Teixeira da (2 de Fevereiro de 2013). «Metropolitano Ligeiro de Mirandela». Farol da Nossa Terra. Consultado em 12 de Fevereiro de 2015
- ↑ «Querem a Linha do Tua a Património Nacional». TVI24. 26 de Março de 2010. Consultado em 12 de Fevereiro de 2015
- ↑ PORTUGAL. Anúncio n.º 10853/2010, de 4 de Novembro de 2010. Ministério da Cultura - Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, I. P. , Publicado no Diário da República n.º 219/2010, Série II, de 11 de Novembro de 2010
- ↑ Metropolitano Ligeiro de Mirandela C.M.M. (cons. 2022.04.27).
- ↑ (anon.) (12 de setembro de 2019). «Estação de Mirandela no caminho da requalificação». Câmara Municipal de Mirandela. Consultado em 21 de novembro de 2023
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(ver diagrama detalhado)
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Bibliografia
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- MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel et a (1996). O Caminho de Ferro Revisitado: O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas
- REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X
Leitura recomendada
editar- FONTE, José Rodrigues da; PEREIRA, Hugo Silveira Pereira, D.L. (2015). A linha de Foz-Tua a Bragança. Col: Projecto FozTua. Vila Nova de Gaia: Inovatec. 150 páginas. ISBN 978-150-77884-0-0
- LAGE, Maria Otília Pereira; VISEU, Albano; BEIRA, Eduardo, D.L.; et al. (2016). Memória oral e história do Vale do Tua: materiais de um projeto. Col: Projecto FozTua. Vila Nova de Gaia: Inovatec. 168 páginas. ISBN 978-153-01709-0-6
- LAGE, Maria Otília Pereira (2016). Tua: colectânea literária: o vale, o rio e a linha férrea. Col: Projecto FozTua. Vila Nova de Gaia: Inovatec, D.L. 241 páginas. ISBN 978-989-98659-7-6
- LOPES, Roger Teixeira (2002). Mirandela. Mirandela: João Azevedo. 148 páginas. ISBN 972-9001-55-3
- McCANTS, Anne; et al. (2016). Railroads in historical context: construction, costs and consequences / FOZTUA International Conference. Col: Projecto FozTua (em inglês). Volume 1 de 3. Vila Nova de Gaia: Inovatec, D.L. 462 páginas. ISBN 978-989-97134-5-1
- McCANTS, Anne; et al. (2016). Railroads in historical context: construction, costs and consequences / FOZTUA International Conference. Col: Projecto FozTua (em inglês). Volume 2 de 3. Vila Nova de Gaia: Inovatec, D.L. 490 páginas. ISBN 978-989-97134-8-2
- McCANTS, Anne; et al. (2016). Railroads in historical context: construction, costs and consequences / FOZTUA International Conference. Col: Projecto FozTua (em inglês). Volume 3 de 3. Vila Nova de Gaia: Inovatec, D.L. 538 páginas. ISBN 978-989-98659-6-9
- McCANTS, Anne; et al. (2016). New uses for old railways: Tua. Col: Projecto FozTua (em inglês). Vila Nova de Gaia: Inovatec, D.L. 277 páginas. ISBN 978-153-36963-0-4
- MONTEIRO, António; LOPES, Roger Teixeira (2003). Guia de Mirandela. Mirandela: Câmara Municipal de Mirandela. 122 páginas. ISBN 972-9021-09-0
- SALES, Ernesto Augusto Pereira de (1983). Mirandela: apontamentos históricos. Bragança: Junta Distrital de Bragança. 297 páginas