Avenida 24 de Julho
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A Avenida 24 de Julho é uma via de aproximadamente 4,7 quilómetros de comprimento, na sua maioria com quatro vias de trânsito, na capital moçambicana, Maputo. Atravessa o centro de Maputo e liga os bairros Polana, Central, Alto Maé e Malanga. É uma das artérias mais importantes de Maputo.
Avenida 24 de Julho | |
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Maputo, Moçambique | |
Início da rua na esquina com a Avenida Julius Nyerere | |
25° 58′ 04,31″ S, 32° 34′ 38,07″ L | |
Extensão | 4,7 quilómetros |
Início | Av. Julius Nyerere |
Fim | Praça 16 de Junho |
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Geografia
editarA Avenida 24 de Julho começa no sudeste do centro da cidade na intersecção com a Avenida Julius Nyerere, que atravessa a cidade de norte a sul. A partir daí, segue no sentido noroeste em linha reta, atravessando várias ruas: Avenida Salvador Allende, Avenida Amílcar Cabral, Avenida Vladimir Lenine, Avenida Karl Marx e Avenida Guerra Popular. A rua vai dar à rotunda 16 de Junho, que por sua vez dá acesso às ruas Avenida da Organização das Nações Unidas (ligação à Baixa), Avenida da Organização da Unidade Africana (acesso à auto-estrada em direção a Matola) e Rua 2.019 (ligação à Avenida do Trabalho).
História
editarA avenida faz parte dos eixos primitivos da cidade, tendo sido criada no decurso do plano de urbanização de Joaquim José Machado em 1887 juntamente com a via paralela Avenida Pinheiro Chagas (a atual Avenida Eduardo Mondlane).[1] Com a crescente urbanização da cidade no sentido oeste (alargamento do porto em direção a Matola) e leste (criação dos distritos de Polana e Sommerschield), a importância da rua aumentou. Desde o início, tem como designação a data da fundação de Lourenço Marques, antigo nome de Maputo, 24 de Julho de 1875.
Enquanto muitos nomes das artérias da cidade foram alterados depois da independência de Moçambique, o nome da rua permaneceu — mas mudou de significado: A data de 24 de Julho de 1975 comemora desde então o dia em que foi anunciada a nacionalização de todo o país, ou seja, da economia, educação, saúde e justiça.[2]
Com a recuperação económica após o fim da guerra civil em 1992, a estrada também ganhou importância devido ao aumento do tráfego. Entretanto, os engarrafamentos estão a tornar-se mais frequentes, especialmente nas horas de ponta. Em 2011, havia planos para remover a faixa central da estrada e utilizar um sistema de semáforos para abrir duas faixas em cada direcção, dependendo da hora do dia.[3] Também havia planos para a criação de faixas exclusivas os para autocarros da TPM, bem como miniautocarros ("chapas").[4] Até hoje, nenhum dos planos se concretizou.
Edifícios importantes
editarAo longo da avenida, especialmente no início, situam-se muitos edifícios importantes da cidade. No distrito da Polana, a rua com vegetação e os cafés e restaurantes convidam para descansar. Juntamente com a paralela Avenida Eduardo Mondlane e o cruzamento da Avenida Julius Nyerere, há muitos prédio altos, tanto antigos como novos.
Polana
editarNa esquina da Avenida Julius Nyerere encontra-se o Polana Shopping Center, um dos primeiros centros comerciais da cidade, inaugurado nos anos 2000. Outras instituições importantes são os Ministérios da Educação, Cultura e dos Combatentes, e o Museu Nacional de Geologia, que também estão localizados no início da avenida. Na esquina com a Avenida dos Lusíadas, encontra-se o maior terminal de autocarros do centro oriental da cidade, normalmente chamado apenas "Museu" (para o vizinho Museu de História Natural de Moçambique). Muitos percursos dos autocarros urbanos da TPM, bem como os miniautocarros ("chapas") terminam e começam aí.
Entre as ruas laterais Avenida Salvador Allende e Rua Dr. Almeida Ribeiro situa-se o centro comercial Shopping 24, na esquina da Avenida Amílcar Cabral está o centro comercial Interfranca, que possui um grande supermercado de uma cadeia sul-africana. Também o Instituto Nacional de Estatística está aí localizado.
Central
editarNa parte da rua do bairro Central, existe, entre outros, a sede do Ministério do Trabalho (esquina da Avenida Karl Marx). É também o local do Cine África, inaugurado em 1948 no estilo Art déco, que é utilizado principalmente como local de espetáculos de música e dança. Outro edifício emblemático é o da Escola Industrial de Maputo, originalmente construído em 1929 como Palácio Maçónico.
Alto Maé
editarEnquanto na parte oriental da avenida existem principalmente lojas e bares de classe alta, a parte no Alto Maé é muito mais diversificada, existem aí várias pequenas lojas. Da mesma forma, o mercado de rua da Avenida da Guerra Popular domina as ruas vizinhas, bem como a Avenida 24 de Julho. Na esquina com a Avenida Alberto Lithuli, a Fundação Aga Khan tem a sua sede num imponente edifício erguido em 1968. No cruzamento com a Avenida Mohamed Siad Barre, encontra-se a sede da Igreja Universal do Reino de Deus, que é ao mesmo tempo o maior templo desta denominação em Moçambique.[5]
Em frente ao Jardim 28 de Maio, coloquialmente chamado "Jardim dos Madgermanes", encontra-se o Museu da Revolução. Pouco antes da Avenida da Tanzânia, encontra-se a Assembleia da República.
Malanga
editarDepois da Avenida da Tanzânia, a via atravessa a fronteira do distrito de KaMpfumo com o distrito de Nhlamankulu, logo no início, encontra-se a pequena praça Largo da Malanga, do lado norte da via. Este espaço é caracterizado principalmente por habitações pequenas, de um andar e telhados de ferro ondulado. Depois de 900 metros, a Avenida 24 de Julho termina na rotunda da Praça 16 de Junho. A seguir à rotunda começa a estrada de acesso à auto-estrada, que também dá acesso à N1.
Referências
- ↑ Olga Maria Lopes Serrão Iglés Neves (julho de 2008). «O movimento associativo africano em Moçambique, Tradição e Luta (1926-1962)» (PDF). Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa. 85 páginas. Consultado em 22 de outubro de 2014 Dissertação para a cadeira de História
- ↑ «Nomes de bairros, de praças e de ruas de Lourenço Marques e de Maputo.». Maputo 120 anos. 2005. Consultado em 15 de outubro de 2014. Arquivado do original em 11 de junho de 2012
- ↑ Tiago Valoi (31 de janeiro de 2011). «Parte da avenida 24 de Julho poderá ser sentido único das seis às nove horas». O País. Consultado em 15 de outubro de 2014
- ↑ Ricardo Machava (9 de julho de 2010). «Maputo poderá ter faixas exclusivas para transportes públicos e semi-colectivos». O País. Consultado em 15 de outubro de 2014
- ↑ «Fiéis morrem na inauguração do templo da IURD». Moçambique para todos. 15 de março de 2011. Consultado em 16 de outubro de 2014.
via Canal Moçambique