Ciro Gomes

advogado, professor e político brasileiro

Ciro Ferreira Gomes GOMM (Pindamonhangaba, 6 de novembro de 1957) é um advogado, professor universitário e político brasileiro, filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), do qual é vice-presidente.[3][4] Ocupou altos cargos políticos no país: foi deputado estadual por duas legislaturas no Ceará, o 43.º prefeito de Fortaleza, o 52.º governador do Ceará, ministro da Fazenda do Governo Itamar Franco durante a implantação do Plano Real e ministro da Integração Nacional durante o projeto de transposição do rio São Francisco no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.[5][6][7] Seu último mandato político foi o de deputado federal entre 2007 e 2011. Em 2017, Ciro tornou-se vice-presidente nacional do PDT.[8]

Ciro Gomes
Ciro Gomes
Ciro em julho de 2021
Deputado federal pelo Ceará
Período 1.º de fevereiro de 2007
a 1.º de fevereiro de 2011
6.º Ministro da Integração Nacional do Brasil
Período 1.º de janeiro de 2003
a 31 de março de 2006
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Antecessor(a) Luciano Barbosa
Sucessor(a) Pedro Brito
146.º Ministro da Fazenda do Brasil
Período 6 de setembro de 1994
a 1.º de janeiro de 1995
Presidente Itamar Franco
Antecessor(a) Rubens Ricupero
Sucessor(a) Pedro Malan
51.º Governador do Ceará
Período 15 de março de 1991
a 6 de setembro de 1994
Vice-governador Lúcio Alcântara
Antecessor(a) Tasso Jereissati
Sucessor(a) Adalberto Barros Leal
43.º Prefeito de Fortaleza
Período 1.º de janeiro de 1989
a 2 de abril de 1990
Vice-prefeito Juraci Magalhães
Antecessor(a) Maria Luíza Fontenele
Sucessor(a) Juraci Magalhães
Deputado estadual do Ceará
Período 1.º de março de 1985
a 1.º de janeiro de 1989
Secretário Estadual da Saúde do Ceará
Período 12 de setembro de 2013
a 31 de dezembro de 2014
Governador Cid Gomes
Dados pessoais
Nome completo Ciro Ferreira Gomes
Nascimento 6 de novembro de 1957 (67 anos)
Pindamonhangaba, SP
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Pai: José Euclides Ferreira Gomes Júnior
Alma mater Universidade Federal do Ceará (UFC)
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Esposas
Parentesco Cid Gomes (irmão)
Ivo Gomes (irmão)
Lia Gomes (irmã)
Partido PDT (2015–presente)
Religião Católico Romano
Profissão
Assinatura Assinatura de Ciro Gomes

Radicado em Sobral, Ceará, cidade de sua família paterna, desde 1962,[9] é formado em direito pela Universidade Federal do Ceará.[10] Foi professor de direito tributário e direito constitucional,[11] escrevendo quatro livros na área de economia política: No País dos Conflitos (1994); O Próximo Passo — Uma Alternativa Prática ao Neoliberalismo (1995); Um Desafio Chamado Brasil (2002) e Projeto Nacional: O Dever da Esperança (2020).[12] Também atuou como pesquisador visitante na Harvard Law School.[13][14]

No setor privado, foi presidente da Transnordestina S/A e um dos diretores da Companhia Siderúrgica Nacional.[15] Dois de seus quatro irmãos seguiram carreira política: Cid Gomes foi governador do Ceará por dois mandatos e Ivo Gomes é atualmente prefeito de Sobral, onde seu pai também exerceu o mesmo cargo. Seu tio, Vicente Antenor Ferreira Gomes, foi prefeito do município de Itapipoca em 1992 e deputado estadual no estado do Ceará em 1982.

Foi candidato à presidência da República por quatro vezes: na eleição presidencial no Brasil em 1998, onde obteve 10,97% dos votos, na eleição presidencial no Brasil em 2002, onde obteve 11,97% dos votos, na eleição presidencial de 2018, onde obteve 12,47%[16] e por último na eleição presidencial no Brasil em 2022, onde obteve 3,04% dos votos.

Juventude

editar

Ciro Ferreira Gomes nasceu em Pindamonhangaba, interior de São Paulo, filho do cearense José Euclides Ferreira Gomes Júnior (1918-1996) e da paulista Maria José Santos (1928–2015).

Em 1961, aos quatro anos de idade, a família de Ciro instalou-se em Sobral, Ceará, onde vivia toda a sua família paterna. Seu pai era defensor público e sua mãe professora. Em Sobral, Ciro concluiu o curso secundário em uma escola pública da cidade.[17]

Os Ferreira Gomes, na cidade de Sobral, sempre foram uma família de pequenos comerciantes ou funcionários públicos. Em 1975, José Euclides Ferreira Gomes, mesmo sem militância política, foi cogitado para ser prefeito de Sobral em um momento que a política da cidade se alternava entre as famílias Prado e Barreto.[18]

Vida estudantil (1957-1982)

editar
 
Imagem aérea de Sobral com vista para a Igreja do Patrocínio e o Museu do Eclipse, importante museu científico do Ceará

Aos 15 anos, Ciro venceu um prêmio literário sobre a vida e obra do poeta Luís de Camões.[19][20]

Após concluir o curso secundário em uma escola pública da cidade, transferiu-se para Fortaleza e ingressou em 1976 na Universidade Federal do Ceará (UFC), na Faculdade de Direito. Ciro foi aprovado em primeiro lugar no vestibular.[21]

Ciro também sempre revelou interesse por Futebol, sendo torcedor e sócio do Guarany de Sobral.[22]

Durante o período universitário, Ciro militou no grupo Habeas-Corpus, de acordo com seu depoimento no livro "No País dos Conflitos". Em 1979, disputou as eleições da União Nacional dos Estudantes (UNE), onde concorreu para vice-presidente na chapa Maioria.[23] Em entrevista dada ao Roda Viva, em 1991, afirmou que, no movimento estudantil, se aproximava mais com a esquerda católica.[24]

Ao concluir a universidade,[25] Ciro voltou para a cidade de Sobral e entrou na vida pública aos 23 anos, tornando-se professor universitário e advogado, época em que seu pai foi eleito prefeito e o nomeou como procurador do município.[23] Nesse período foi também convidado por José Maria Felix, já como professor da universidade, para ser comentarista esportivo da Rádio Educadora do Nordeste. Como comentarista acompanhava principalmente o Guarany de Sobral.[22]

Carreira política

editar

Deputado estadual (1983-1988)

editar
 
Ciro candidato a deputado estadual pelo PDS no ano de 1982

Ciro disputou sua primeira eleição em 1982, para deputado estadual, tendo sido o deputado estadual mais votado na cidade de Sobral, onde obteve 11 600 votos. Foi candidato pelo Partido Democrático Social (PDS), que era o partido do pai. Defendeu nesta eleição o "voto camarão": recomendava vereadores, prefeitos e deputados, mas o voto em branco para senador e governador.[26]

Em 1983, Ciro filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e assumiu seu primeiro mandato de forma ousada: se manifestando inclusive contra o Governador eleito pelo seu próprio partido, Gonzaga Mota. Ciro chamou a atenção da imprensa local por debater questões nacionais, democracia, reformas sociais, liberdades, e até geopolítica internacional, algo que segundo ele havia sido deixado de lado pelos políticos cearenses.[27]

Foi então que Tasso Jereissati, presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC), despontando como uma nova liderança industrial no estado, conheceu Ciro e o convidou a participar de conversas particulares e conferências do CIC. A relação deles se estreitou no ano de 1984 durante as eleições diretas que elegeram Tancredo Neves. Segundo Ciro, após a morte do presidente eleito ele teria passado a ser perseguido pelo governador, e então decidiu apoiar o nome de Jereissati para o governo estadual.[27]

Na eleição de 1986, quando da sua reeleição, apoiou a proposta do grupo de Tasso, que também era candidato pela primeira vez a governador, com a intenção manifesta de "derrubar os coronéis" do estado. Ciro conquistou seu segundo mandato de deputado e foi convidado por Tasso a exercer a liderança do governo estadual na Assembleia Legislativa do Ceará. Enfrentou as reações dos parlamentares ao enxugamento da máquina administrativa, e seu esforço foi retribuído com o convite de disputar a prefeitura da capital do estado, Fortaleza, dando seguimento à estratégia de isolamento político dos coronéis do Ceará.[27] Mais tarde, juntou-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).[28]

Prefeito e Governador (1989-1994)

editar

Prefeito de Fortaleza

editar

Ciro assumiu a prefeitura da capital cearense em janeiro de 1989. De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, a gestão anterior deixou uma herança pesada, com serviços públicos paralisados, mas, de acordo com a mesma reportagem, em um ano ele reconstruiu a cidade. Colocou em funcionamento os serviços de limpeza e manutenção viária, de saúde e educação, além de pagar em dia o salário dos mais de 20 mil funcionários da cidade. Obteve, no ano seguinte, o melhor índice de aprovação entre todas as prefeituras das capitais brasileiras, atingindo 77% de ótimo/bom, de acordo com a Folha de S.Paulo.[27] Ainda em seu mandato, implantou o primeiro IPTU progressivo do Brasil.[29]

Porém, com apenas 15 meses à frente da sua administração, deixou o cargo para se candidatar ao Governo do Estado no final de 1990, pelo PSDB, partido que havia sido recém-criado. Foi eleito no primeiro turno com 56% dos votos e saiu vencedor em todas as urnas de Fortaleza. Foi o único governador eleito pelo PSDB naquele ano.[27][28]

Na eleição presidencial de 1989, apoiou no primeiro turno Mário Covas, candidato pelo PSDB, e Lula no segundo turno.[30]

Governador do Ceará

editar
 
Lula e o então governador do Ceará Ciro Ferreira Gomes no Palácio do Cambeba (Fortaleza-CE, Data desconhecida). / Crédito: Evandro Teixeira

Em 1990, foi eleito governador do Ceará, vencendo Paulo Lustosa. Foi o primeiro governador a ser eleito pelo PSDB e tornou-se o segundo mais jovem governador do país na época.[31] Ciro assumiu o governo do Estado do Ceará em março de 1991. Foi um incentivador da criação de micro e pequenas empresas no estado, e deu prosseguimento a redução da máquina administrativa, iniciado na gestão de Tasso. Também combateu a sonegação de impostos e aumentou a arrecadação estadual.[32][33] Sua gestão o transformou no mais popular dos governadores do Brasil, com 74% de aprovação de acordo com o Datafolha, em pesquisa de julho de 1992,[34] e foi relacionado pela revista Time como uma das 100 lideranças emergentes no cenário mundial.[35]

Um importante marco do governo de Ciro foi a reestruturação das Secretarias de Governo, colocadas nas mãos de jovens técnicos em substituição aos políticos. Segundo dados coletados por Washington Bonfim, 71% das Secretarias de Ciro eram comandadas por técnicos e pouco mais de 17% por políticos. Com essa estratégia o governador buscou aliados em setores organizados da sociedade, e adotou formas participativas de gestão.[36]

Durante o governo de Ciro, aconteceu uma rebelião no Instituto Penal Paulo Sarasate, no Ceará. Na altura, o Arcebispo Dom Aluísio Lorscheider visitava o presídio com outros bispos para denunciar as condições do presídio. Dom Aluísio foi sequestrado por dez presos que exigiam armas e munições. Presos e reféns deixaram o presídio em um carro blindado após negociações conduzidas por Ciro.[37] Em entrevista ao Jornal o Povo, em 2018, um dos líderes da rebelião informou que o então governador Ciro Gomes havia inclusive proposto de se colocar como refém no lugar do então Arcebispo Dom Aluísio.[38]

Ciro, ao deixar o Governo do Estado do Ceará, recusou a pensão de governador vitalícia a que tinha direito. Já havia recusado também a pensão vitalícia de ex-prefeito de Fortaleza, combinando a negação de duas aposentadorias vitalícias.[39][40] Ficou no posto entre 1991 e 1994, e foi na época o governador mais bem avaliado do Brasil segundo as sucessivas pesquisas do Datafolha.[32]

Com as secas de 1991, 1992, e 1993, o Canal do Trabalhador foi considerada a principal realização de Ciro frente ao Governo do Ceará, tendo como objetivo imediato evitar um colapso de água em Fortaleza mediante o transporte de água do Açude Orós ao sul de Fortaleza. O canal foi construído em três meses e inaugurado em 1993, tendo 40% do seu custo financiado pelo governo federal e 60% financiado pelo governo do estado. O canal funcionou por sete meses durante as secas, e ficou desativado depois das chuvas retomarem, sendo que as obras de aproveitamento da água do canal e de irrigação anunciadas pelo governo Ciro não foram realizadas. Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Companhia de Água e Esgotos do Ceará, o canal teria ficado "sem utilidade".[41][42]

Como governador, Ciro elevou a renda per capita do estado do Ceará de R$ 1 467,00 para R$ 1 637,00 (termos absolutos). Um aumento acumulado de 11,6%, enquanto o Brasil teve um aumento de 6,3% e o Nordeste, um aumento de 4,2%. Elevou a representação do PIB cearense de 1,65% do PIB nacional e 12,45% do PIB nordestino para 1,72% e 13,3%, respectivamente. No período, o PIB industrial do Ceará cresceu 1,38%. Saiu do Governo do Estado com 74% de aprovação, mesmo enfrentando oposição de sindicatos e movimentos sociais por ter arrochado salários e terceirizado alguns serviços públicos.[32]

Também reduziu em 32% a taxa de mortalidade infantil e o Programa Viva Criança recebeu o Prêmio Maurice Paté da Unicef, entregue em Nova Iorque,[43] sendo o primeiro governante latino-americano a receber o prêmio. O Programa Viva Criança, divulgado por Renato Aragão, foi iniciado em 1987 por Tasso e em seis anos levou o Ceará para as melhores posições no ranking de mortalidade infantil do país.[44]

Ao longo de vários governos, o Ceará se fortaleceu como destino turístico no imaginário social nordestino e brasileiro. O Pacto de Cooperação, instituído em 1991, foi a representação maior dessa estratégia. Uma parceria entre a sociedade civil e o Estado com o objetivo de repensar a economia do Ceará no cenário mundial. Fizeram parte dessa estratégia o setor privado, as universidades e centros de pesquisa, todos reunidos em um grande fórum com o então governador Ciro Gomes (presidente do Pacto de Cooperação) e o Prefeito de Fortaleza, Juraci Magalhães.[45] Ciro também foi um dos idealizadores do projeto do Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar.[46]

Ministro da Fazenda (1994-1995)

editar

Em setembro de 1994, Ciro assumiu o Ministério da Fazenda, substituindo Rubens Ricupero que foi flagrado no Escândalo da parabólica.[47][48] Como ministro, uma de suas medidas foi a redução da tarifa de importação de 445 produtos.[49]

Em uma de suas primeiras declarações como ministro, Ciro afirmou que existiam dois tipos de empresários no país: "os patrióticos, que merecem o nosso respeito, e os que sonegam, elevam os preços abusivamente e não merecem respeito de ninguém".[50] Ciro também criticou os juros altos, e disse que o "melhor juro é o menor possível". Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, afirmou que pretendia equacionar os juros de modo que eles permitissem a produção e ao mesmo tempo evitassem a imprudência de provocar o consumo, garantindo que durante sua gestão, não iria admitir formação artificial de preços e especulação.[51] Durante sua gestão à frente da pasta, foi responsável pela Medida Provisória 794/1994, que regulamentou a Participação nos Lucros e Resultados de empresas, substituída pela MP 980/1995, no governo de Fernando Henrique Cardoso.[52] Criou a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), com o intuito de estabelecer um índice para os empréstimos do BNDES e remunerar o PIS/Pasep, FAT, e Fundo da Marinha Mercante.[53]

No início de novembro, em entrevista coletiva realizada em Brasília, Ciro afirmou que "estava pouco ligando se a FIESP o apoiava ou não". Disse ainda que queria "ser apoiado pela população e por sua consciência". Na mesma coletiva de imprensa, afirmou que “durante muitos anos a Fazenda esteve ao lado dos interesses inflacionários, e agora estava contra ela”. No final da entrevista, afirmou "ser o ministro da contracultura de todas as conversas fiadas criadas ao longo do tempo no Brasil".[54]

Ainda em novembro, viajou em missão para Buenos Aires para discutir com Domingo Cavallo uma ampla pauta econômica em relação às tarifas do Mercosul e políticas de importação de automóveis. As discussões derivadas desse encontro foram institucionalizadas através do Protocolo de Ouro Preto, considerado um marco institucional para o Mercosul, e assinado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, em dezembro de 1994, ao fim do Governo de Itamar Franco.[55][56]

Entrevistado em setembro de 1995 no programa de televisão Roda Viva, Ciro criticou duramente a escolha de José Serra como Ministro de Planejamento do governo de Fernando Henrique, acusando-o de ter combatido a política cambial que sustentava o Plano Real.[57]

Em entrevista concedida ao jornal O Estado de S.Paulo em julho de 2009, Itamar Franco afirmou que foi o grande responsável pela implantação do Plano Real, em 1994, e os principais ministros foram Rubens Ricupero e Ciro Gomes.[58]

Ao fim do governo de Itamar, Ciro não aceitou assumir cargos na gestão de Fernando Henrique Cardoso.[59] O Brasil teve um superávit de 3,3% do PIB naquele ano.[60]

Enquanto Ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, Ciro causou polêmica ao chamar de "otários" os consumidores que pagavam ágio na compra de automóveis: "Quem paga é otário e quem cobra é ladrão".[43] Em outubro do mesmo ano, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, comentaria sobre a declaração:

O que eu disse é que as pessoas não deviam se permitir serem tratadas como otários. Por quê? Quem é obrigado a pagar de 70% a 100% de ágio e aceita se deixar roubar assim, aí é otário (...) Mas é bem claramente um parêntesis pequeno que vale para muito pouca gente.[61]

Primeira candidatura à presidência (1998)

editar

Foi membro do PSDB até 1996, quando filiou-se ao recém-criado PPS em setembro de 1997 (do antigo Partido Comunista Brasileiro, presidido por Roberto Freire — fundado em 19 de março de 1992),[62] para concorrer à presidência da República em 1998.

As eleições de 1998 foram as primeiras eleições que permitiam a reeleição, além de já vir acompanhada de uma crise econômica grave, estimulada pelo equilíbrio dos preços do Plano Real. De acordo com relato do jornalista Vicente Gentilli, em 1998, Fernando Henrique e a grande imprensa “uniram-se para evitar todo debate e os jornais praticaram um jornalismo anódino, insosso e inodoro”. Ainda segundo o jornalista, a imprensa decidiu não abriu discussões sobre programas de cada candidato, suas vantagens e desvantagens.[63]

Ciro era candidato de oposição a FHC, que, com aprovação da emenda da reeleição naquele ano, concorreria ao seu 2.º mandato consecutivo. Ciro enfrentava ainda Lula, vindo de uma forte coligação formada por PT, PDT, PCdoB, PSB e PCB. Durante a campanha, Ciro Gomes criticou a política econômica de Fernando Henrique em relação à venda do patrimônio público, à explosão das dívidas interna e externa, e à valorização artificial do real. Seu programa de governo previa a redução drástica dos juros e a adoção de um câmbio flutuante. No último mês da campanha, diante da perspectiva de Fernando Henrique vencer as eleições no primeiro turno, Ciro e Lula cessaram os ataques recíprocos e buscaram aproximar-se na oposição ao presidente. FHC foi eleito no primeiro turno, com 53% dos votos, e Ciro ficou em terceiro, com cerca de 10% dos votos.[64] Ciro na época obteve seus melhores desempenhos nos estados do Ceará (34,23% dos votos) e Distrito Federal (27,48%). Foi o terceiro mais votado com 7 426 190 de votos, ficando atrás de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2002, disputou novamente eleições presidenciais pelo PPS, e terminou o pleito em quarto lugar com 10 170 882 de votos, atrás de Lula, José Serra e Anthony Garotinho. No segundo turno, apoiou Lula. Nessa campanha, afirmou que havia combatido a ditadura militar.[23]

Em 1997, Ciro afirmou que o pacote econômico que vinha sendo defendido pelo Governo Federal tinha como objetivo adiar a desvalorização do real para depois das eleições. Ciro acusou o governo de aceitar a popularidade fácil do plano Real e adiar medidas importantes que ajustariam a economia de forma estrutural. Isso, segundo ele, abriria espaço para a crise.[65] Em janeiro de 1999, no primeiro mês do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, o presidente decidiu desvalorizar o real,[66] causando uma grande fuga de capitais no Brasil. Para evitar essa fuga, o governo decidiu elevar as taxas de juros, atingindo patamares históricos de 45% ao ano. O Brasil então experimentou o maior endividamento público da sua história.[67]

Naquele ano, não foram realizados debates. De acordo com a legislação, todos os concorrentes deveriam ser chamados para debater e se não houvesse acordo entre eles deveria ser realizado um acordo entre eles. A Globo manifestou-se por discordar dessa solução. Fernando Henrique Cardoso se recusou a participar dos debates ou fazer acordos e preferiu seguir governando o país sem debater. No dia 28 de setembro, Lula e Ciro Gomes falaram juntos sobre a importância dos debates, afirmando que o debate serve para permitir que a sociedade faça um juízo de valor. Ambos manifestaram indignação com a não realização dos debates.[68]

Em setembro de 1998, Ciro afirmou que, apesar de repudiar o governo de Fernando Henrique, era contra qualquer tipo de ação de impeachment contra o governo e também contra as pressões para que FHC renunciasse. Ele afirmara que a oposição deveria vencer as lutas políticas no campo intelectual, e que os países da América Latina que decidiram partir para o confronto, vivenciaram batalhas civis.[69]

Enquanto criticava duramente o governo, Ciro também buscou fortalecer sua aproximação com setores da oposição. Propôs, em reunião em abril de 1999 com Lula, a formação de um movimento suprapartidário que reunisse correntes oposicionistas em torno de um programa para as eleições de 2002. O movimento poderia ter uma candidatura única de centro-esquerda. No entanto, a proposta foi recusada por um grupo de petistas, que justificavam a negativa com o fato de Ciro ser contra o impeachment de Fernando Henrique. Ciro justificou afirmando que as propostas eram “golpistas”, e sustentou que a busca de saída para crises não comporta desrespeito às instituições de democracia consolidadas.[69] Mesmo assim, continuou um grave crítico do governo, afirmando por exemplo, em 2002 que “Fernando Henrique não rouba, mas deixa roubar.[70]

Segunda candidatura à presidência (2002)

editar

No princípio das discussões em relação aos candidatos à presidência nas eleições presidenciais de 2002, Ciro defendia uma unidade das oposições no primeiro turno para enfrentar o candidato do Governo.[71]

Com esse propósito, conseguiu formar uma frente unindo PTB, PDT e PPS, a Frente Trabalhista. Foi um momento de muita alegria para Leonel Brizola, na época com 80 anos de idade. Na convenção nacional da Frente Trabalhista, realizada em Pindamonhangaba em junho de 2002, Leonel Brizola leu emocionado a Carta Testamento de Getúlio Vargas e disse que esperava por aquele momento por 22 anos.[72]

Em seu programa de Governo,[73] Ciro defendeu câmbio flutuante, controle inflacionário e estabilidade. Afirmou que não haveria rupturas de contrato do governo anterior e nem quebra de direitos já adquiridos.[74] No plano também afirmou que o Banco Central de seu governo seria profissional e não seria presa da especulação financeira. Como medida fundamental do seu modelo de crescimento econômico, previa a elevação da taxa de poupança do país através de uma simplificação e reforma do sistema tributário, reduzindo os tributos no setor produtivo e nos salários e eliminando os privilégios da especulação financeira.[74] Essas reformas em conjunto permitiriam, de acordo com o programa, uma elevação do salário mínimo gradativa e continuamente. As propostas de política externa do Governo eram focadas em integração da economia brasileira na economia mundial, promovendo as exportações. A política de exportação reforçaria uma política industrial, que seria potencializada com uma coordenação entre o governo e as empresas privadas.[74] Já em 2001, o projeto previa um aumento dos contatos com China e Índia, além da União Europeia e Mercosul. Na área de Habitação, os objetivos do programa eram resolver a dificuldade da compra da casa própria, regularizar a posse de terra em bairros mais pobres, e construir casas para famílias com renda até três salários-mínimos (uma espécie de Minha Casa Minha Vida).[74]

Ciro também afirmou acreditar que a reforma agrária deve ser “concebida e executada de forma a favorecer a expansão de uma agricultura moderna, de alto valor agregado, de porte familiar, e em regiões próprias para esse padrão de lavoura”.[75]

Serra, FHC e o mercado financeiro

editar

Já em meados de outubro de 1999, os investidores internacionais começaram a se assustar com o debate em relação a dívida brasileira protagonizada por Ciro Gomes. Quando Ciro iniciou os debates a respeito da renegociação da dívida brasileira (extensão do prazo e redução das taxas de juros), gestores financeiros declararam para o New York Times que “essa seria uma ideia maluca que poderia paralisar a economia, criaria fuga de capitais e traria o risco de inflação”.[76]

Entre 2001 e 2003, com o crescimento da candidatura de Ciro Gomes associado a um período de aprofundamento da crise econômica provocada pela alta do dólar, a desvalorização da bolsa de valores, e o aumento dos riscos do Brasil indicado por agências de avaliação de risco internacional, os investidores ficaram ainda mais preocupados com um possível segundo turno disputado entre Lula e Ciro Gomes. Essa possibilidade foi profundamente explorada pelo PSDB e pelo governo, que vinculou durante a sua campanha, as possibilidades de vitória de Ciro Gomes ao agravamento da situação econômica. Na época, de acordo com a Folha de S.Paulo, FHC trabalhava com duas opções: (1) ou deixar evidente que, caso Serra não chegue no segundo turno, seu candidato seria Lula, argumentando que Lula era uma alternativa mais segura, ou (2) se Ciro moderasse sua posição em relação ao mercado financeiro, FHC adotaria neutralidade no segundo turno.[77]

Foi nessa época que Lula decidiu acalmar o setor financeiro e abocanhar o apoio do setor. No dia 19 de agosto de 2002, Lula se encontrou com a direção da FIESP (Federação da Indústrias de São Paulo), da Bolsa de Valores e da FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos), e apresentado como futuro presidente do Brasil. Garantiu, na altura, que não atacaria banqueiros durante a campanha e que no seu governo os bancos continuariam ganhando dinheiro. Na reunião, Lula comparou sua relação com a FEBRABAN com o início do namoro com a esposa Marisa.[78] Enquanto isso, Ciro Gomes buscava, com o apoio de Tasso Jereissati, apoio entre empresários notáveis do setor nacional, como Carlos Sicupira (sócio da AmBev e das Lojas Americanas), Ricardo Steinbruch (da Vicunha e da CSN) e Flávio Rocha (da Riachuelo).[78]

Com suas chances de vitória reduzida, e com aliados defendendo que Ciro renunciasse e apoiasse Lula, Ciro resistiu a pressão. No primeiro turno Lula venceu com 46% dos votos, Serra ficou em segundo com 23%, Garotinho em terceiro com 18% e Ciro Gomes em quarto com 12%.[79]

Ministro da Integração Nacional (2003–2006)

editar
 
Ciro em 2004, quando comandava o Ministério da Integração Nacional do Governo Lula

Escolhido por Lula para comandar o Ministério da Integração Nacional, Ciro tinha como objetivo algumas tarefas de infraestrutura, principalmente na área de infraestrutura hídrica, mas a grande tarefa era articular iniciativas de todas as esferas do governo, visando equilibrar o desenvolvimento desigual no território brasileiro àquela época. As principais ações de Ciro Gomes frente ao Ministério foram a revitalização da SUDENE e da SUDAM, e avançar com a transposição do rio São Francisco.[80] Ainda em seu primeiro ano à frente do ministério, Ciro foi admitido pelo presidente Lula à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1]

Reinauguração da SUDENE e da SUDAM

editar

Uma das promessas de Lula durante sua campanha era a recriação dos órgãos de desenvolvimento, visando retomar o papel estratégico do estado brasileiro. Ciro afirmou na época que o gap entre população e produção do PIB das regiões norte e nordeste do Brasil precisavam ser reduzidos. A proposta elaborada pelo Ministério da Integração Nacional faria com que a SUDAM e a SUDENE fossem geridas por conselhos deliberativos formados pela sociedade civil, governos estaduais, empresários, trabalhadores, ministros de estado e membros de agências de crédito. Isso teria como objetivo blindar as instituições contra corrupção, e os riscos dos empreendimentos seriam assumidos pelos operadores financeiros privados. O projeto de lei que recriava as agências ficou pronto em 2003, mas o seu funcionamento dependia de aprovação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional. A aprovação do fundo, no entanto, foi duramente negociada com governadores e suas bancadas no congresso. Os acordos feitos foram classificados por Ciro como um equívoco de projeções históricas, e os recursos deveriam ser utilizados em projetos de infraestrutura sob coordenação federal.[27]

Transposição do rio São Francisco

editar
 
Ciro Gomes em outubro de 2006

Ciro também foi o responsável por uma das maiores iniciativas do Governo Lula, o projeto de transposição do rio São Francisco. Com um custo inicial estimado em 4,5 bilhões de reais em sua primeira etapa, foi considerada a obra de maior impacto do governo. O projeto consistia na implantação de dois canais somando 700 quilômetros de extensão, desviando entre 1% e 2,5% das águas do Rio São Francisco para irrigar o nordeste. As previsões apontavam para uma população de cerca de doze milhões de pessoas beneficiadas nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.[81]

O projeto causou muita controvérsia e debates polêmicos. Críticos afirmavam que o fato de o projeto também prever possível utilização de água para irrigação, beneficiaria a agroindústria e os proprietários de terra. Defensores do projeto diziam que o projeto era prioritário para dessedentação animal e abastecimento humano, e por consequência poderia ocasionalmente também levar água para dar mais potencial para a agricultura do semiárido. Ciro defendia que as regiões beneficiadas não possuíam rios perenes, e isso justificava transportar água para esses locais.[82]

Em março de 2006, Ciro renunciou ao cargo de Ministro da Integração Nacional para concorrer à Câmara dos Deputados pelo estado do Ceará.[83] A candidatura ocorreu devido à chamada "cláusula de barreiras" que minava partidos políticos que não tivessem pelo menos 5% de votos em âmbito nacional. Seu nome passou na época a ser inclusive cogitado para ser vice da chapa que lançaria Lula a reeleição em outubro. No entanto, a estratégia foi lançar Ciro a Câmara dos Deputados, onde obteve uma votação recorde e ajudou o partido a aumentar a sua representação no congresso. Ciro quis "salvar" o PSB da degola política e se candidatou, pois sabia que teria ampla votação.[84] Caso contrário, ele estaria na disputa pelo governo do Ceará ou como candidato a vice-presidente na chapa com Luiz Inácio Lula da Silva.[85][86] Ciro se mostrou relutante a ser parceiro de chapa de Lula.[87] Foi eleito o deputado federal proporcionalmente mais votado do Brasil com mais de 16,19% dos votos.[88] Seu irmão, Cid Gomes, foi eleito governador do Ceará no mesmo ano.[89]

Deputado federal (2007–2010)

editar

Em outubro de 2006, Ciro foi candidato a deputado federal pelo PSB. Elegeu-se o deputado proporcionalmente mais votado do país, com 667 830 votos.[90] Em valores absolutos, foi o segundo mais votado no país, ficando atrás apenas de Paulo Maluf.[88]

Durante a legislatura, Ciro participou com destaque no começo da legislatura das articulações para eleição de presidente da Câmara dos Deputados. Na época, Ciro apoiou Aldo Rebelo (PCdoB-SP). O PT e o PMDB lançaram o nome de Arlindo Chinaglia (PT-SP), e PSDB lançou Gustavo Fruet (PSDB-PR), com o apoio da oposição. Chinaglia venceu no segundo turno.[91]

Para contrapor a hegemonia do Partido dos Trabalhadores, Ciro Gomes e Aldo Rebelo formaram um bloco composto por PSB, PDT e PCdoB. Ciro integrou a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara, as Comissões Especiais sobre Crise Econômico-Financeira e sobre as atividades de exploração e produção do pré-sal, além ter sido membro do grupo de trabalho de consolidação das leis brasileiras.[10]

Defendeu veementemente a prorrogação da CPMF, o Programa de Aceleração do Crescimento, e a transposição do rio São Francisco.[92][93][94]

Em 22 de abril de 2008, afirmou em sabatina da Folha que poderia se candidatar à presidência do Brasil em 2010.[95] Já em 18 de junho de 2009, admitiu ponderar sobre candidatura ao cargo de governador do estado de São Paulo,[96] mas acabou não se candidatando a nenhum cargo público nas eleições seguintes.

Durante os quatro anos como deputado federal, Ciro Gomes não apresentou nenhum projeto de lei ou proposta de emenda constitucional, faltou a aproximadamente metade das sessões em plenário, e ignorou reuniões das comissões.[97]

Banco do Nordeste

editar

Em 2007, foi divulgado que Victor Samuel Cavalcante da Ponte, amigo pessoal de Ciro e responsável pela arrecadação da campanha dele e de seu irmão Cid Gomes em 2006, e diretor-administrativo do Banco do Nordeste, respondia a processo administrativo por reduzir, por meio de acordo, sem possuir os poderes legais, uma dívida do banco com a empresa Frutas do Nordeste do Brasil S.A. (Frutan) de 65 milhões para 6,6 milhões de reais. Na época do acordo, Ciro havia enviado cartas a empresários dizendo que Ponte falava em seu nome e de seu irmão em relação à contribuição para suas campanhas políticas.[98] Ciro Gomes informou que nunca interveio nas operações do banco e que ligar seu nome ao caso "é forçar notoriamente a barra".[99]

Eleições de 2010

editar

Sobre a eleição presidencial de 2010, a priori, Ciro declarou em 2009 que, se o então governador de Minas Gerais Aécio Neves disputasse a presidência, sua candidatura não seria mais necessária, uma vez que a presença do tucano seria muito importante para o país.[100]

Em junho de 2017, Ciro declarou que [Aécio] foi uma das mais profundas decepções de sua vida pública e declarou os episódios protagonizados por Aécio Neves como "absolutamente chocantes".[101]

Em entrevista ao Estadão, em fevereiro de 2010, Ciro afirmou que, caso não fosse candidato a presidência da República não seria candidato a deputado, e disse que não tinha pretensão de ser governador de São Paulo. Segundo ele, a política não deve ser um meio de vida.[102] Durante as eleições do ano de 2010, Ciro Gomes foi cogitado como candidato ao Governo Estadual de São Paulo. O PSB, sob liderança de Eduardo Campos estipulou metas de crescimento estadual da legenda e Ciro Gomes teve sua pré candidatura preterida e o partido apoiou a então Ministra-Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff na eleição presidencial. O Partido dos Trabalhadores fez uma pressão muito grande para que ele abandonasse a sua candidatura à presidência da República e afirmou na época que “enquanto o PT queria que eu fosse candidato em São Paulo para fortalecer a Dilma, que precisava de palanque forte lá, eu era a melhor das criaturas, mas agora o PT me trata como a pior das criaturas”.[103]

Em outubro de 2010, Ciro Gomes foi anunciado por Dilma Rousseff como cordenador de campanha.[104] Embora tenha feito críticas a aliança entre o PT e o PMDB, chegando a referir-se a Michel Temer, vice da chapa de Dilma, como "chefe" de "ajuntamento de assaltantes",[105][106][107] Ciro declarou apoio no segundo turno.[108][109] Naquele momento, ele preferiu não disputar nenhum cargo eletivo.

Denúncias infundadas

editar

Em 2010, a revista Veja divulgou uma investigação da Polícia Federal sobre o suposto desvio de 300 milhões de reais de verbas do Ministério da Integração Nacional, entre 2003 e 2009, quando Ciro era o titular da pasta, para financiar campanhas políticas. A revista também alegou o suposto envolvimento de Cid Gomes e do político cearense Zezinho Albuquerque no esquema de desvio de recursos.[110] O esquema contaria também com a participação do empresário Raimundo Morais Filho, segundo ele próprio afirmou aos seus advogados, em vídeo obtido pela revista Época.[111] A Polícia Federal emitiu uma nota oficial negando a investigação de Ciro Gomes ou de seu irmão Cid. Revelou ainda que a investigação publicada pela revista corria em segredo de justiça.[112] Em nota, a revista afirma que apesar dos irmãos não serem o alvo da operação, seus nomes constariam nos documentos citados na nota da Polícia Federal, o que confirmaria a reportagem da revista.[113] Em entrevista de 2013 Ciro afirmou que a armação contra ele foi desmontada pelo Ministério Público, revelando como responsáveis pela fraude "Moraisinho" (Raimundo Morais Filho) e um genro do ex-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa. Afirmou ainda que Morais teria feito delação premiada entregando Roberto Pessoa e o ex-governador Lúcio Alcântara como responsáveis pela armação, e que ambos estariam sendo processados por ele, sendo este último "o único adversário político que eu processei na vida".[114]

Secretário de Saúde do Ceará (2013–2014)

editar

Em 9 de setembro de 2013, Ciro foi nomeado secretário estadual de Saúde do Ceará pelo seu irmão e então governador Cid Gomes.[115][116] Sobre uma possível prática de nepotismo, o STF já havia se manifestado quatro anos antes, decidindo que poderia ser mantido no cargo de Chefe de Gabinete do Executivo, Ivo Gomes, um outro irmão também nomeado por Cid Gomes na época.[117] Segundo a Justiça cearense, a nomeação de Ciro Gomes, assim como a anterior, não contrariaria a Súmula Vinculante n.º 13, com a nomeação de parente para o exercício de cargo eminentemente político.[118]

Presidente da Transnordestina e diretor da CSN (2015–2016)

editar

Em 3 de fevereiro de 2015, Ciro Gomes foi contratado como Diretor da Transnordestina Logística S/A. A empresa é subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), sociedade empresária privatizada em 1993. Segundo informações divulgadas à imprensa, seu principal desafio no comando da entidade seria a conclusão da Transnordestina, ferrovia que ligaria o Porto de Pecém, no Ceará, ao Porto de Suape, em Pernambuco. A obra ferroviária, após sucessivos adiamentos, teve a entrega marcada para o final do ano de 2016.[119]

Durante quase dezoito meses, Ciro Gomes foi o "número um" na hierarquia da Transnordestina. Durante sua gestão a obra evoluiu em cerca de 1% de conclusão/mês. Sob seu comando, a obra contava com aproximadamente quatro mil empregados nas fases de baixa execução, e dez mil empregados nas fases mais aceleradas do processo.[120]

Segundo a assessoria de imprensa de Ciro, ele saiu da Transnordestina para evitar que "perseguições políticas", devido à sua posição contra o governo interino de Michel Temer, "interferissem" no andamento da obra.[121][122]

Oposição ao governo Temer (2016–2018)

editar

Ao longo dos meses de tormenta no cenário político brasileiro, Ciro Gomes deu diversas entrevistas, palestras, e participou de atos políticos. Em uma entrevista à jornalista Mariana Godoy classificou o presidente Michel Temer como “capitão do golpe”[123] e o maior interessado na derrubada do governo de Dilma.[123] Afirmou também que Michel Temer era “sócio íntimo” do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.[carece de fontes?]

Defesa e críticas à Operação Lava Jato

editar

No começo de 2016, Ciro defendeu investigação contra Lula na Operação Lava Jato, mas criticou a ação da Polícia Federal,[124] embora tenha defendido o ex-presidente no caso do mensalão em 2005.[125] Durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff, ao ser indagado por um manifestante sobre a suposta inocência do ex-presidente Lula, Ciro respondeu: "Inocente nada, o Lula é um merda".[126] Em junho de 2016, Ciro Gomes criticou a decisão de Dilma Roussef de indicar Lula como Ministro da Casa Civil para evitar a prisão do Lula. Segundo ele, isso foi "um disparate". Ele afirmou que ao invés de usar o aparato presidencial, caso se observasse uma possibilidade de prisão arbitrária, poder-se-ia formar um grupo de juristas para preparar uma defesa do ex-presidente e então sequestrá-lo até uma embaixada.[127][128] Em 9 de outubro de 2016, participou do III Festival Piauí GloboNews de Jornalismo através de uma entrevista repleta de comentários polêmicos. Afirmou que Lula está no fim de um ciclo político e que "Lula brincou de Deus e se queimou". Ciro também criticou por várias vezes Eduardo Cunha, o chamando de "ladrão" e disparou comentários contra Fernando Henrique, Aécio Neves, José Serra dentre outros políticos. Ciro também disparou contra o presidente Michel Temer o chamando de "golpista salafrário" e voltou a criticar Lula, "botou um canalha de vice da Dilma, um picareta", referenciando Temer.[129][130][131]

Em março de 2017, em entrevista ao jornalista Luis Nassif, Ciro Gomes comentou as supostas arbitrariedades da Lava Jato e a polêmica condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães, por ordem do juiz Sergio Moro.[132] A razão da condução seria para prestar esclarecimentos sobre a revelação antecipada em seu blog, da ordem judicial de Moro para a condução coercitiva do ex-presidente Lula no ano anterior. O objetivo da condução do blogueiro seria principalmente obter o nome da fonte que repassou a informação. Em resposta às críticas sobre esta ação, que poderia ter ferido o artigo 5.º da Constituição: “É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional”, a Justiça paranaense declarou em nota que "A proteção constitucional ao sigilo de fonte protege apenas quem exerce a profissão de jornalista, com ou sem diploma", e que "As diligências foram autorizadas com base em requerimento da autoridade policial e do MPF de que Carlos Eduardo Cairo Guimarães não é jornalista, independentemente da questão do diploma, e que seu blog destina-se apenas a permitir o exercício de sua própria liberdade de expressão e a veicular propaganda político-partidária".[133] Citando estes fatos, Ciro Gomes, na entrevista a Nassif, afirmou também que a ação feriu a Constituição, e se Moro tentasse prendê-lo, receberia a "turma dele na bala, caso não tivesse feito nada de errado".[132][134] Dias depois, em entrevista ao jornalista Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada, Ciro Gomes tentou explicar a sua polêmica declaração na entrevista a Nassif: "E se o juiz Moro resolvesse ter amanhecido na casa do William Bonner [apresentador do Jornal Nacional, da Rede Globo] para conduzi-lo coercitivamente sem nenhum tipo de explicação, só para constrangê-lo a dar uma fonte? Como as pessoas reagiriam? Se eu não fiz nada errado, não posso ser preso".[135]

Terceira candidatura à presidência (2018)

editar
 
Ciro Gomes em palestra em março de 2018
 
Ciro Gomes na abertura da II Semana de Políticas Públicas da UFABC

Em 16 de setembro de 2015, após breve passagem pelo Partido Republicano da Ordem Social (PROS), filiou-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). No discurso de filiação, em evento realizado em Brasília, Ciro relembrou e elogiou Leonel Brizola.[136] No final de agosto de 2015, afirmou, em entrevista ao jornalista Paulo Henrique Amorim, que poderia ser candidato nas eleições presidenciais de 2018.[137] No dia 22 de janeiro de 2016, Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, confirmou no Encontro Nacional do partido que Ciro Gomes seria pré-candidato a presidente da República em 2018.[138] A campanha de Ciro Gomes para a eleição presidencial no Brasil em 2018 foi oficializada em 20 de julho de 2018, em Brasília,[139][140] tendo como vice na chapa, a senadora do Tocantins, Kátia Abreu, oficializado em 6 de agosto de 2018, também em Brasília. A chapa formada era puro-sangue e concorreu pelo PDT.[141]

Em 7 março de 2018, Ciro Gomes convidou o professor da Fundação Getúlio Vargas, Nelson Marconi para a sua equipe de governo em evento realizado pela Plataforma TodosComCiro em Brasília.[142] Na mesma semana, Ciro Gomes anunciou que além de Nelson Marconi, sua equipe seria composta pelo professor Mangabeira Unger, da Universidade Harvard, e pelo professor Mauro Benevides Filho da Universidade Federal do Ceará e secretário da Fazenda do estado do Ceará.[143] Ciro encontrou-se com FHC ainda em janeiro daquele ano, propondo a centralização do câmbio e uma política de alianças mais voltadas para setores da centro-esquerda.[144] Na reunião, Ciro defendeu uma adoção de controle sobre a fuga de capitais, e afirmou que “quem estava sangrando o Brasil eram os brasileiros endinheirados”. Um dos principais pontos defendidos por Ciro Gomes foi a renegociação da dívida interna, visando o alongamento da dívida e a redução das taxas de juros, associados a um aumento de poupança interna e a um novo pacto fiscal para o país.[145] A campanha contou ainda com a proposta de limpar o nome de devedores no Serviço de Proteção ao Crédito, considerada populista, a qual foi designada "Nome Limpo".[146][147][148][149]

Com 13 344 371 votos (12,47%), foi o terceiro colocado na eleição presidencial.[16]

Oposição ao governo Bolsonaro (2019-2022)

editar

Após o término das eleições em 2018, e o não alinhamento a nenhum dos candidatos do segundo turno, Ciro passou a articular a formação de um grupo de oposição de centro-esquerda ao governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, com diversos partidos, visando estabelecer um contraponto à oposição do Partido dos Trabalhadores, derrotado no segundo turno.[150]

Em abril de 2019, Ciro apresentou, em um evento na cidade do Rio de Janeiro, uma avaliação técnica dos primeiros cem dias do governo de Jair Bolsonaro. No evento, apresentou gráficos e dados sobre a atuação governamental, criticando principalmente a atuação na política externa.[151] Batizado pelo PDT de Observatório Trabalhista, a análise passou a ser atualizada trimestralmente, e disponibilizada na internet ao cidadão, visando o acompanhamento do desempenho da presidência pela oposição.[152]

Em dezembro de 2019, Ciro mencionou em uma entrevista à Deutsche Welle ter terminado de preparar o seu quarto livro, e que já estaria na editora. Segundo ele, o tema do livro é a "construção de uma proposta concreta, audaciosa e algo irrealista, com propostas de caminhos para realizar". Na entrevista, fez duras críticas ao governo de Bolsonaro, afirmando que ele não chegaria ao final do mandato.

Eu tenho repetido um palpite meu de que ele [Bolsonaro] não termina o governo. Em socorro desse palpite, tenho dois argumentos. Na nossa história moderna, só três presidentes terminaram o mandato: Fernando Henrique, Lula e Juscelino Kubitschek. Os três passaram por mal [sic] bocados e tentativas de golpe só para manter a regra, mas conseguiram escapar. Todos os outros tiveram seus mandatos interrompidos. A segunda razão é o desastre que é o Bolsonaro, pessoalmente, sem o mínimo preparo para arbitrar as gravíssimas contradições do ato de governar em si, sobretudo no Brasil, no epicentro da pior crise econômica da nossa história.
— Ciro Gomes, em entrevista à Deutsche Welle.[153]

No dia 22 de abril de 2020, Ciro Gomes entrou com pedido de impeachment contra Bolsonaro por crimes de responsabilidade, insurgência contra o direito à saúde e crimes contra a segurança nacional.[154] Ele lançou seu livro "Projeto Nacional — O Dever da Esperança" oficialmente no mês de junho[155], de forma online devido à pandemia de COVID-19, atingindo o #1 de vendas na loja brasileira da Amazon.[156]

Em 27 de janeiro de 2021, seu partido PDT protocolou novo pedido de impeachment contra Bolsonaro, junto com outros partidos de oposição, por descumprimento da lei de medidas emergenciais contra a pandemia.[157] Já em março, o partido entrou com um pedido à PGR de interdição do presidente, alegando falta de capacidades mentais plenas para continuar a exercer do cargo.[158] No mesmo mês, foi revelado que Ciro Gomes havia virado alvo de inquérito da Polícia Federal, a pedido do próprio Bolsonaro, por "suposto crime contra a honra do presidente".[159]

Em 7 de setembro de 2021, frente à crescente ameaça às instituições representada pelas manifestações bolsonaristas, marcadas para o mesmo dia, Ciro realizou um pronunciamento em suas redes sociais, pedindo cautela, e afirmou que o grupo de Bolsonaro "quer naufragar de vez o país".[160][161] Ainda no mesmo mês, Ciro participou de manifestação de rua em São Paulo, pedindo o impeachment do presidente, estando presente também em atos no mês de outubro.[162]

Operação Colosseum

editar

No dia 15 de dezembro de 2021, Ciro e seu irmão Cid foram alvos de um mandato de busca e apreensão da Polícia Federal e tiveram sigilos bancário, fiscal e telefônico quebrados na Operação Colosseum. A investigação se baseou em uma delação premiada de executivos da Galvão Engenharia para apurar um suposto esquema de corrupção que envolvia as obras da Arena Castelão entre os anos de 2010 e 2013, parte de inquérito de 2017.[163] Em nota, Ciro afirmou que a ação era abusiva e que não teve nenhuma relação com a obra, uma vez que não ocupava nenhum cargo público relacionado a ela, e que o Castelão "foi o estádio da Copa com maior concorrência, o primeiro a ser entregue e o mais barato construído para Copas do Mundo desde 2002".[164][165][166] Ciro acusou o Presidente da República Jair Bolsonaro de usar a PF para persegui-lo politicamente e danificar sua pré-candidatura, o que o presidente negou.[167][168] A cúpula do órgão negou a tradicional coletiva de imprensa posterior e classificou a operação como "lavajatista".[169]

A operação foi criticada por juristas através de nota publicada assinada por 19 advogados e professores de direito, incluindo ex-secretários e ex-ministros da Justiça. Na nota, os juristas classificam a operação como: "uso descabido do sistema judicial como forma de perseguição política". A nota sustenta que os mandados de busca e apreensão devem causar incômodo em quem cultiva o Estado Democrático de Direito.[170]

Anulação de busca e apreensão
editar

Depois de cerca de dois meses da Operação Colosseum o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) acatou por unanimidade pedido do ex-ministro Ciro Gomes que solicitava a anulação da busca e apreensão realizada na Operação Colosseum. O desembargador Rubens Canuto, relator do pedido de Ciro Gomes, considerou a "ausência da contemporaneidade" e questionou a "probabilidade de se encontrar provas dez anos depois do fato".[171]

Quarta candidatura à presidência (2022)

editar
 
Ciro Gomes no evento de lançamento de sua pré-candidatura à presidência da República em 21 de janeiro de 2022, na sede do PDT, em Brasília

No dia 21 de janeiro de 2022 Ciro Gomes realizou em Brasília o lançamento de sua pré-candidatura à presidência do Brasil. No evento, defendeu, entre outras propostas, a reindustrialização do Brasil e uma política fiscal para fortalecer a capacidade do Estado em induzir os investimentos por fora do teto de gastos.[172]

Ciro ficou em quarto lugar, obtendo 3% dos votos.[173]

Carreira universitária

editar

Professor universitário

editar
 
Ciro Gomes discursa na "Brazil Conference", evento organizado pelos alunos da Universidade de Harvard e do MIT, em Cambridge, Massachusetts, Estados Unidos

No ano de 1985, Ciro Gomes foi professor de Direito Tributário na Unifor (Universidade de Fortaleza) e em 1979 foi professor de Instituições de Direito Público e Privado na Universidade do Vale de Aracaú (UVA). Judicael Pinho, que era o Coordenador de Curso de direito quando Ciro foi admitido professor na Universidade, afirmou à Folha que para ensinar a disciplina e ser admitido no curso "era necessário um amplo conhecimento da legislação tributária brasileira".[174]

Visiting Scholar na Harvard Law School

editar

Ciro candidatou-se para duas posições na Universidade de Harvard: Visiting Scholar na Law School de Harvard e Fellow no Center for International Affairs. Depois de ser aceito para ambos ele optou por ser Visiting Scholar na Harvard Law School.[13] A posição de professor visitante se refere a um pesquisador de outra instituição que passa a ter acesso a estrutura da Harvard para realizar uma pesquisa, sem receber titulação de Harvard: "O programa ofertado aos visitantes dá acesso à estrutura da Faculdade de Direito (incluindo suas bibliotecas) para que estes possam conduzir pesquisas em temas aprovados enquanto residentes"[175].

Nesse mesmo período, passou a escrever aos domingos uma coluna para o Jornal do Brasil e publicou, junto com o professor Roberto Mangabeira Unger, o livro O Próximo Passo: uma alternativa prática ao neoliberalismo, traduzido inclusive para o espanhol.[176] No livro, Ciro e Mangabeira criticam tanto o "nacional populismo do terceiro mundo", quanto o "defensivo e conservador modus operandi das sociais-democracias do primeiro mundo". Continuam, criticando "a adesão do Brasil ao neoliberalismo", o "abandono da tentativa de construção de uma civilização própria no país", e a "rejeição da concepção de que a história humana deve ser a história das grandes alternativas". O livro tem a proposta de provocar uma discussão no Brasil, propondo um caminho que se contraponha ao discurso neoliberal. A partir deste livro, Ciro Gomes começou a combater fortemente as "políticas de estado mínimo" e a defender um estado capaz de construir um planejamento de longo prazo, definindo políticas de desenvolvimento para o país.[177]

Vida pessoal

editar

Devido ao trabalho de seu pai como defensor público, a família viajou muito pelo país, tanto que Ciro, o filho mais velho da família e seu irmão, Lúcio Gomes, nasceram em Pindamonhangaba (SP), terra de sua mãe, Maria José.[178] Aos quatro anos de idade, mudou-se para Sobral.[179]

Foi casado com Patrícia Saboya Gomes entre os anos de 1983 e 1999, sua aliada política, pedagoga, ex-deputada estadual e senadora pelo Ceará. Com ela, teve três filhos.[180][181]

Também foi casado com a atriz Patrícia Pillar, entre 1999 e dezembro de 2011.[182] Em agosto de 2002, perguntado sobre a participação de sua mulher na campanha, Ciro disse que o papel seria "dormir comigo". Logo em seguida, refez a resposta: "Evidentemente eu estou brincando. Essa minha companheira tem uma longa tradição de manejar assuntos sociais, tem muita inteligência, muita sensibilidade".[183] Ele foi criticado pela primeira afirmação, a qual continuou a ser utilizada pelos seus opositores anos depois. Para o Canal Livre, Ciro disse ter se desculpado pela frase, que teria sido uma "brincadeira de mau gosto", mais de uma vez.[184] Patrícia comentou que guarda boas lembranças do casamento com Ciro, tendo declarado voto nele em 2018 e 2022.[185][186][187][188]

Ciro Gomes teve uma curta carreira como comentarista esportivo na Rádio Verdes Mares de Fortaleza. Em meados de 2013, em entrevista como comentarista esportivo criticou os protestos de rua. Segundo ele, “há uma desinteligência em associar o orçamento da Copa com outras áreas. Há uma falsa contradição entre Copa e educação ou Copa e saúde. O que o povo queria é que o governo tratasse as áreas essenciais da mesma maneira que tratou a Copa, com o plano, prazo e investimento”.[22]

Em 2013, iniciou um relacionamento com Zara Castro, com quem teve seu quarto filho, Gael, no ano de 2015.[189]

Desde de 2017, é casado com Giselle Bezerra, produtora de teatro e TV.[190][191]

Processos por danos morais

editar

Segundo um levantamento do jornal O POVO, Ciro responde a pelo menos 80 processos por danos morais no estado do Ceará, 37 deles movidos pelo emedebista Eunício Oliveira (MDB-CE). Fernando Collor e Eduardo Cunha também já moveram processos contra o ex-governador, o último por ter sido chamado de “o maior bandido do país”.[192] Cunha teve seu processo arquivado contra Ciro.[193]

Um caso envolveu Jair Bolsonaro, que o processou após Ciro acusá-lo de lavagem de dinheiro em uma entrevista concedida a Rádio Jovem Pan, quando se referia a doação de R$ 200 mil do fundo partidário do Partido Progressista (PP) ao parlamentar. Ciro Gomes virou réu na ação em abril de 2019, mas Bolsonaro decidiu retirar a queixa posteriormente.[194]

Uma outra ação envolve João Dória, que o processou por calúnia, difamação e injúria, após ser chamado de "farsante" durante uma Conferência Nacional do PDT. Na ocasião, o juiz responsável não viu configurada a prática dos dois primeiros crimes, remetendo a acusação de injúria para o juizado especial.[195] Após Dória recorrer da decisão, o processo foi acatado e o pedetista tornou-se réu.[196] Ciro Gomes também virou réu em dezembro de 2018 em uma outra ação movida por Dória, desta vez por declarações dadas em uma palestra na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). [197] Em sua defesa, Ciro alega que suas declarações são somente fruto da liberdade de expressão e que o tempo prova quem está certo.[198]

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), no dia 17 de maio de 2017, confirmou a condenação de Ciro Gomes na ação movida pelo presidente Michel Temer por danos morais. O ex-ministro teve o recurso da ação derrotado por ter chamado o presidente de "ladrão fisiológico" e "chefe de quadrilha" em palestra na Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia (EUA), em abril de 2017.[199] Em outro processo, também movido por Michel Temer, Ciro foi absolvido após chamá-lo de "capitão do golpe" em uma entrevista na RedeTV.[200]

Em julho de 2018, o Ministério Público de São Paulo entrou com um pedido para que fosse instaurado um inquérito por injúria racial sobre Ciro após chamar o vereador Fernando Holiday (DEM) de "capitãozinho do mato" numa entrevista à Rádio Jovem Pan em junho.[201] Ciro foi condenado em 2019 e chegou a ter uma Hilux penhorada pela justiça de SP.[202][203] Em setembro de 2020, Ciro também entrou com um processo por injúria racial contra o vereador após ser chamado de "coronel" em vídeo.[204] O pedido de indenização foi negado pela justiça.[205]

Condecorações

editar
  • Título de Cidadão Paulistano, maior honraria do município de São Paulo, em 1995.[25]
  • Medalha Juscelino Kubitscheck — Grau Grande Medalha, Governo de Minas Gerais, 1997.[29]
  • Prêmio Mundial do UNICEF — Troféu Maurice Patê, outorgado ao Governo do Estado e ao povo do Ceará.[29]
  • Medalha da Ordem do Mérito Naval, no Grau de Grande Oficial, outorgada pelo Senhor Presidente da República, no dia 28 de maio de 2003.[29]
  • Medalha de Mérito Militar, no Grau de Grande Oficial, outorgada pelo Senhor Presidente da República, no dia 15 de abril de 2003.[29]
  • Medalha do Pacificador, outorgada pelo Comandante do Exército, no dia 10 de setembro de 2003.[29]
  • Medalha da Ordem do Rio Branco, outorgada pelo Senhor Presidente da República, no Grau de Grã-Cruz, por Decreto de 17 de setembro de 2003.[29]
  • Medalha do Mérito da Defesa, outorgada pelo Senhor Presidente da República no Grau de Grã-Cruz, por Decreto de 21 de novembro de 2003.[29]
  • Medalha Dia de Minas, outorgada pelo Senhor Governador do Estado de Minas Gerais, em 16 de julho de 2009.[206]
  • Medalha do Mérito Farroupilha, maior honraria do parlamento gaúcho, em 11 de setembro de 2009.[207]
  • Medalha do Mérito Manuel Bequimão, honraria do parlamento maranhense, em 14 de dezembro de 2009.[208][209]
  • Medalha do Mérito Industrial, FIEC/2011.[210]
  • Troféu Sereia de Ouro, concedido pela TV Verdes Mares em 28 de setembro de 2012[211]
  • Medalha Boticário Ferreira, a maior honraria do legislativo de Fortaleza, 28 de abril de 2014.[212]
  • Título Honorífico de Cidadão Goianiense, em 24 de junho de 2016.[213]
  • Medalha da Abolição, maior honraria do Estado do Ceará, outorgada pelo Senhor Governador do Estado do Ceará, em 24 de março de 2017.[214]
  • Título de Cidadão Petropolitano, em 26 de março de 2018.[215]
  • Ordem do Mérito Legislativo Municipal de Barbacena, em 14 de outubro de 2019.[216]
  • Título de Cidadão Amazonense, em 18 de dezembro de 2019.[217]
  • Medalha José Clemente Pereira, a maior honraria do legislativo de Niterói, em 13 de julho de 2021.[218]
  • Título de Cidadão Uberlandense, em 12 de fevereiro de 2022.
  • Título de Cidadão Amazonense, em 17 de março de 2022.[219]

Lista de obras

editar

Ciro Gomes é também autor de livros na área de economia política:

Cronologia de vida

editar

 

Desempenho eleitoral

editar
Ano Eleição Partido Cargo Votos % Resultado
1982 Estaduais no Ceará PDS Deputado Estadual 17 841 n/d Suplente
1986 Estaduais no Ceará PMDB 17 602 n/d Eleito
1988 Municipais em Fortaleza Prefeito 179 274 30,55% Eleito
1990 Estaduais no Ceará PSDB Governador 1 279 492 54,32% Eleito
1998 Presidencial no Brasil PPS Presidente 7 426 187 10,97% Não Eleito
2002 Presidencial no Brasil 10 170 882 11,97% Não Eleito
2006 Estaduais no Ceará PSB Deputado Federal 667 830 16,19% Eleito
2018 Presidencial no Brasil PDT Presidente 13 344 371 12,47% Não Eleito
2022 Presidencial no Brasil 3 599 287 3,04% Não Eleito

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 25 de março de 2003.
  2. Filho, Expedito; Camarotti, Gerson; Freitas, Ronald. «ENTREVISTA: Ciro no ataque». Revista Época. Consultado em 3 de fevereiro de 2018 
  3. «Ciro Gomes discute momento brasileiro histórico na FESPSP». FESPSP. 9 de junho de 2016. Consultado em 13 de março de 2018 
  4. Gadelha, Igor (18 de março de 2017). «Carlos Lupi é reeleito presidente do PDT até 2019; Ciro será vice-presidente». Política. Estadão. Consultado em 22 de março de 2017 
  5. «Ciro Gomes: Pré-candidato às eleições de 2018, ex-ministro é conhecido pela "língua afiada" e declarações polêmicas». ÉPOCA. 26 de setembro de 2017. Consultado em 9 de janeiro de 2018 
  6. Yazbeck, Ivanir (2011). O real Itamar: Uma biografia. São Paulo: Editora Gutenberg. 352 páginas 
  7. Futema, Fabiana (5 de dezembro de 2002). «Ciro Gomes pode assumir Integração Nacional em governo Lula». Folha de S.Paulo. Consultado em 9 de janeiro de 2018 
  8. «Carlos Lupi é reeleito presidente do PDT até 2019; Ciro será vice-presidente - Política». Estadão. Consultado em 6 de novembro de 2022 
  9. Álvaro Pereira (2002). Geração Editorial, ed. Depois de FHC: Personagens do cenário político analisam o Governo Fernando Henrique Cardoso e apontam alternativas para o Brasil. [S.l.: s.n.] ISBN 857509064X 
  10. a b «Biografia de Ciro Gomes no site da Câmara». Camara.gov.br. Câmara dos Deputados. Consultado em 18 de março de 2018 
  11. Gomes, Ciro; Unger (1996). O próximo passo. Uma alternativa prática ao neoliberalismo. Rio de Janeiro: Topbooks. 159 páginas 
  12. Redação, Da (29 de maio de 2020). «Ciro Gomes lança novo livro em live nesta sábado (30)». Jornal Correio. Consultado em 9 de fevereiro de 2022 
  13. a b «Ciro Gomes em Harvard; Anistia Internacional; Comunidade de língua portuguesa; Bocejo do papa; Redação da Fuvest; Únicos, mas diferentes; A miséria bate à porta; Por São Paulo». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. 25 de janeiro de 1995. Consultado em 26 de janeiro de 2018 
  14. «Biografia de Ciro Gomes». UOL Educação 
  15. Rizério, Lara (26 de janeiro de 2015). «Ciro Gomes será o mais novo empregado da CSN, diz jornal». www.infomoney.com.br. Infomoney. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  16. a b «Ciro Gomes 12 - Eleições 2018». Eleições 2018. Consultado em 12 de outubro de 2018 
  17. Redação. «Ciro Gomes - Candidato à presidência em 2018». Consultado em 23 de julho de 2018. Cópia arquivada em 24 de julho de 2018 
  18. «Oligarquia irritada». revista piauí 
  19. «Época - EDG ARTIGO IMPRIMIR - O poder das palavras de CIRO». revistaepoca.globo.com. Consultado em 17 de junho de 2021 
  20. «TRBN - Tribuna da Bahia». TRBN - Tribuna da Bahia. Consultado em 17 de junho de 2021 
  21. «Ciro Ferreira Gomes». Ministério da Fazenda. Consultado em 23 de julho de 2018. Cópia arquivada em 24 de julho de 2018 
  22. a b c Passos, Paulo; Bertolotto, Rodrigo (19 de junho de 2013). «Comentarista esportivo, Ciro Gomes defende Scolari e critica protestos contra Copa». UOL Copa do Mundo 2014 
  23. a b c «Os incômodos do passado». Revistaepoca.globo.com. Época. 7 de agosto de 2002. Consultado em 18 de março de 2018 
  24. «Ciro Gomes: o governador cearense eleito fala dos problemas do seu estado e do Nordeste e em como fazer face ao coronelismo, à indústria da seca e à pobreza». www.rodaviva.fapesp.br. Memória Roda Viva. 7 de janeiro de 1991. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  25. a b «Concessão de titulo de cidadão paulistano a Ciro Gomes» (PDF). Câmara Municipal de São Paulo. 1995 
  26. Filho, Expedito; Camarotti, Gerson; Freitas, Ronald. «Entrevista: Ciro no ataque». revistaepoca.globo.com. Revista Época. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  27. a b c d e f «Ciro Ferreira Gomes». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. FGV. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  28. a b «História do PSDB - Nascido para mudar o Brasil». PSDB-RJ. Consultado em 2 de fevereiro de 2018. Cópia arquivada em 14 de fevereiro de 2018 
  29. a b c d e f g h «[Agraciados] Medalha do Mérito Industrial». Comenda do Mérito Industrial. Consultado em 21 de fevereiro de 2018 
  30. «Ciro Gomes». Época. 26 de setembro de 2017 
  31. «Governadores mais jovens da história voltam a disputar cargos em 2002». Imirante. 1 de outubro de 2002. Consultado em 18 de março de 2018 
  32. a b c Vasconcelos, Frederico (28 de abril de 2002). «Ceará eleva renda e melhora índices acima da média do NE». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 12 de março de 2018 
  33. Pires de Souza, Fernando José (2 de setembro de 2005). «Transformações Políticas e Institucionais no Ceará: repercussões nas finanças públicas do Estado». Revista Econômica do Nordeste. Consultado em 18 de março de 2018. Cópia arquivada em 12 de março de 2018 
  34. «Governo Ciro Gomes é aprovado por 74%». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. 7 de setembro de 1994. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  35. Agência Estado (3 de outubro de 1998). «Ciro Gomes faz Aquecimento para 2002». Folha de Londrina. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  36. Andrade, Ilza Araújo Leão de (8 de fevereiro de 2012). «Os condicionantes políticos e sociais para a dinamização dos espaços de participação na gestão pública: o caso da política de águas do governo do Ceará». Políticas Públicas e Sociedade (6). ISSN 1519-096X. Consultado em 3 de outubro de 2021 
  37. «Lorscheider, Aluisio». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. FGV. Consultado em 23 de fevereiro de 2018 
  38. «Entrevista: A vida bandida de Carioca». www.opovo.com.br. Consultado em 22 de novembro de 2019 
  39. «MPF pede fim do pagamento de aposentadoria para ex-governadores». www.opovo.com.br. O Povo. 18 de junho de 2015. Consultado em 18 de março de 2018. Cópia arquivada em 1 de dezembro de 2017 
  40. Gaspari, Elio (23 de agosto de 1998). «O mistério da idade das vítimas da Previdência». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 18 de março de 2018 
  41. Mota, Paulo (9 de agosto de 1995). «Canal construído por Ciro Gomes está desativado há mais de um ano». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  42. «Ex-Governadores 8 - Gabinete do Governador do Estado do Ceará». Gabinete do Governador do Estado do Ceará. 21 de março de 2011. Consultado em 2 de fevereiro de 2018. Cópia arquivada em 12 de junho de 2018 
  43. a b «Ciro Gomes: em meio a críticas ferozes ao governo de Fernando Henrique e elogios ao de Itamar, o "candidato a candidato" à Presidência fala sobre como pretende abordar os problemas da nação». www.rodaviva.fapesp.br. Memória Roda Viva. 20 de setembro de 1999. Consultado em 29 de março de 2017 
  44. Brooke, James (14 de maio de 1993). «Brazilian State Leads Way in Saving Children». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331 
  45. Dantas, Eustógio Wanderley Correira (2007). «Imaginário social nordestino e políticas de desenvolvimento do turismo no Nordeste brasileiro.» (PDF). GEOUSP: Espaço e Tempo (Online). Arquivado do original (PDF) em 3 de fevereiro de 2018 
  46. «Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura». Secretaria da Cultura. 31 de julho de 2014. Consultado em 14 de outubro de 2021 
  47. «Itamar escolhe Ciro Gomes para Fazenda; PSDB domina economia». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. 5 de setembro de 1994. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  48. Guerra, Rayanderson (17 de março de 2016). «'Escândalo da Parabólica' derrubou o ministro da Fazenda Rubens Ricupero». Acervo O Globo. Consultado em 5 de agosto de 2017 
  49. Rodrigues, Fernando (28 de abril de 2002). «Como ministro da Fazenda Ciro Gomes promoveu "abertura radical"». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 24 de fevereiro de 2018 
  50. Mota, Paulo (7 de setembro de 1994). «Ciro quer punir empresário que boicotar Plano Real». Folha de S.Paulo. Consultado em 21 de fevereiro de 2018 
  51. Figueiredo, Lucas; Godinho, Fernando (7 de setembro de 1994). «Novo ministro define privatização e safra como prioridades de governo». Folha de S,Paulo. Consultado em 21 de fevereiro de 2018 
  52. «Medida Provisória n.º 794/1994». www.planalto.gov.br. Consultado em 21 de fevereiro de 2018 
  53. «Governo cria taxa de juros de longo prazo». Folha de S.Paulo. 2 de novembro de 1994. Consultado em 21 de fevereiro de 2018 
  54. Lavoratti, Liliana (3 de novembro de 1994). «Ciro afirma que está pouco ligando para apoio da Fiesp». Folha de S.Paulo. Consultado em 21 de fevereiro de 2018 
  55. «MERCOSUR: Acuerdo sobre sectores protegidos en comercio regional». IPS Agencia de Noticias (em espanhol). 16 de dezembro de 1994 
  56. Damato, Frederico (25 de abril de 2013). «Mercosul nasceu em Ouro Preto, em 1994». O Tempo 
  57. «Ciro Gomes: O ex-ministro da Fazenda, expõe suas divergências em relação à condução da economia após o sucesso inicial do Plano Real e explica seus pontos de vista sobre os motivos da deterioração das contas públicas». www.rodaviva.fapesp.br. Roda Viva. 25 de setembro de 1995. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  58. Conceição, Ana (1 de julho de 2009). «Itamar diz que PSDB não é o 'pai' do Plano Real». Estadão 
  59. «FHC diz que montou ministério para atender a aliados». Diário de Canoas. 20 de outubro de 2015 
  60. Nacional, Tesouro (Dezembro de 2017). «Resultado do Tesouro Nacional (Dezembro de 2017)» (PDF). Tesouro Nacional. Consultado em 1 de agosto de 2018 
  61. «Ciro Gomes: com a missão de gerenciar o Plano Real até a posse de FHC, o ministro faz sua defesa das medidas impopulares necessárias e aposta na estabilização da economia». www.rodaviva.fapesp.br. Memória Roda Viva. 24 de outubro de 1994. Consultado em 2 de abril de 2019 
  62. Salomon, Marta (27 de setembro de 1997). «Ciro filia-se ao PPS e faz apelo à frente de oposição». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 12 de março de 2018 
  63. Gentilli, Victor (5 de outubro de 1998). «Uma eleição presidencial sem reportagem». www.observatoriodaimprensa.com.br. Observatório da Imprensa. Consultado em 2 de fevereiro de 2018. Arquivado do original em 5 de junho de 2018 
  64. «ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS – 1998 - A HISTÓRIA». memoriaglobo.globo.com. Consultado em 12 de março de 2018. Cópia arquivada em 8 de janeiro de 2015 
  65. «Folha de S.Paulo - Para Ciro, governo desvalorizará o real após as eleições de 1998 - 15/11/97». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 28 de março de 2018 
  66. «Folha de S.Paulo - A desvalorização do real foi uma decisão solitária - 19/12/2002». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 28 de março de 2018 
  67. Filgueiras, Luiz (2006). «O neoliberalismo no Brasil: estrutura, dinâmica e ajuste do modelo econômico. Neoliberalismo y sectores dominantes.» (PDF). Tendencias globales y experiencias nacionales. Consultado em 1 de março de 2018 
  68. «ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS – 1998 - Porque não houve debate». memoriaglobo.globo.com. Consultado em 12 de março de 2018. Cópia arquivada em 8 de janeiro de 2015 
  69. a b de Assis, Francisco Carlos; Neto, Epaminondas (22 de setembro de 1999). «Ciro Gomes diz ser contra impeachment de FHC». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  70. «FHC não rouba, mas deixa roubar, diz Ciro». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. 26 de julho de 2000. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  71. «Governo FHC é uma tragédia, afirma ex-ministro Ciro Gomes». www.correiocidadania.com.br. Correio da Cidadania. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  72. «Brizola lê a carta-testamento na convenção». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. 11 de junho de 2002. Consultado em 12 de março de 2018 
  73. «Especial - Eleições 2002». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. 2002. Consultado em 5 de fevereiro de 2018 
  74. a b c d «Ciro lança versão final de seu programa de governo». noticias.terra.com.br. Terra. 27 de setembro de 2002. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  75. Gomez, Rafael (18 de setembro de 2002). «Programas prevêem reforma agrária e empregos no campo». www.bbc.com. BBC Brasil. Consultado em 2 de fevereiro de 2018. Cópia arquivada em 21 de março de 2018 
  76. Romero, Simon (7 de outubro de 1999). «INTERNATIONAL BUSINESS; A Brazilian Politician Stirs Fear and Debate on Debt». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331 
  77. Alencar, Kennedy (18 de agosto de 2002). «Transição: FHC dá prazo a Serra até início de setembro». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  78. a b Friedlander, David; Sanches, Neuza; Camarotti, Gerson (2002). «A elite entra na sucessão». revistaepoca.globo.com. Época. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  79. «Resultado das Eleições de 2002». Justiça Eleitoral. 2002. Consultado em 2 de fevereiro de 2018. Cópia arquivada em 12 de dezembro de 2016 
  80. «Ciro Gomes: o então ministro da Integração Nacional do governo Lula defende, entre outros projetos, o da transposição do rio São Francisco». www.rodaviva.fapesp.br. Memória Roda Viva. 10 de novembro de 2003. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  81. Amazônia, Comissão da (2005). Audiência Pública Integração do RioSão Francisco com as Baciasdo Nordeste Setentrional. Brasília: Câmara dos Deputados 
  82. «Ciro Gomes: Em defesa da transposição do São Francisco, o então ministro da Integração Nacional explica o projeto do governo federal». www.rodaviva.fapesp.br. Memória Roda Viva. 14 de fevereiro de 2005. Consultado em 2 de fevereiro de 2018. Cópia arquivada em 11 de setembro de 2016 
  83. Marra, Ana Paula (30 de março de 2006). «Ciro Gomes pede para sair do Ministério da Integração Nacional». memoria.ebc.com.br. EBC. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  84. «EBC». memoria.ebc.com.br. Consultado em 18 de abril de 2022 
  85. «Lula discute coligação com presidente do PSB - Política». Estadão. Consultado em 18 de abril de 2022 
  86. www2.senado.leg.br https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/458200/noticia.htm?sequence=1&isAllowed=y. Consultado em 18 de abril de 2022  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  87. «BBCBrasil.com | Reporter BBC | Ciro Gomes sugere que não quer ser vice de Lula». www.bbc.com. Consultado em 18 de abril de 2022 
  88. a b Fernandes, Kamila (2 de outubro de 2006). «Ciro Gomes tem maior votação proporcional para deputado federal no país». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 24 de fevereiro de 2018 
  89. «G1 > Política - NOTÍCIAS - Cid Gomes é eleito governador no Ceará». g1.globo.com. Consultado em 18 de abril de 2022 
  90. «Ciro Gomes é o deputado eleito com maior número proporcional de votos». noticias.terra.com.br. Terra. 2 de outubro de 2006. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  91. «Com base dividida, Chinaglia é eleito presidente da Câmara». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. 1 de fevereiro de 2007. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  92. «Ciro defende CPMF e diz que "branco não quer pagar imposto"». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. 22 de setembro de 2007. Consultado em 12 de março de 2018 
  93. «Ciro: PAC tem incógnitas, mas favorece desenvolvimento». g1.globo.com. G1. 13 de fevereiro de 2007. Consultado em 12 de março de 2018 
  94. «Ciro Gomes e Letícia Sabatella batem boca sobre transposição». Estadão. 14 de fevereiro de 2008 
  95. «Ciro Gomes admite sair candidato em 2010 e diz ter aprendido com erros de 2002». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. 22 de abril de 2008. Consultado em 21 de setembro de 2016 
  96. «Ciro Gomes admite refletir sobre candidatura ao governo de SP». G1. 18 de junho de 2009. Consultado em 23 de março de 2018 
  97. «Ciro não apresentou projeto e faltou a quase metade do mandato na Câmara». Congresso em Foco. 31 de julho de 2018 
  98. Meireles, Andrei; Leitão, Matheus (5 de outubro de 2007). «O amigo-problema de Ciro». Globo.com. Revista Época 
  99. Alejarra, Mariana (29 de setembro de 2007). «Ciro Gomes nega envolvimento com fraude no Banco do Nordeste». g1.globo.com. G1. Consultado em 21 de setembro de 2016 
  100. a b c «Ciro: 'Se Aécio for candidato, minha candidatura não é necessária mais'». G1. 17 de novembro de 2009. Consultado em 5 de janeiro de 2017 
  101. Muzzi, Luiza (19 de junho de 2017). «Aécio foi "a maior decepção que tive", diz Ciro Gomes». OTEMPO. Consultado em 10 de março de 2018 
  102. «'Santo Lula está errado' sobre candidatura, diz Ciro». Estadão. 3 de fevereiro de 2010 
  103. Costa, Octávio (9 de abril de 2010). «Ciro perde a paciência». ISTOÉ Independente 
  104. «Dilma anuncia Ciro Gomes como coordenador de campanha - 05/10/2010 - UOL Eleições 2010 - Notícias - Geral». www.uol.com.br. Consultado em 14 de junho de 2024 
  105. G1/Globo.com. «Na TV, Ciro critica PMDB, PT e diz que Serra é um "perigo" para o país». Gazeta do Povo. Consultado em 14 de junho de 2024 
  106. «Dilma minimiza ataques feitos por Ciro Gomes a Michel Temer - 19/10/2010 - Poder - Folha de S.Paulo». m.folha.uol.com.br. Consultado em 14 de junho de 2024 
  107. «Folha de S.Paulo - No governo, Ciro deve ter "cautela verbal", diz Temer - 15/12/2010». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 14 de junho de 2024 
  108. «Ciro diz que vai apoiar Dilma porque é uma decisão do partido - 29/07/2010 - Poder - Folha de S.Paulo». m.folha.uol.com.br. Consultado em 14 de junho de 2024 
  109. «Folha de S.Paulo - Presidente 40/Eleições 2010: "Disciplinado", Ciro diz que apoiará Dilma - 30/07/2010». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 14 de junho de 2024 
  110. «Polícia Federal investiga escândalo que envolve os irmãos Ciro e Cid Gomes». Veja. 18 de setembro de 2010. Consultado em 21 de setembro de 2016 
  111. Leandro Loyola (22 de setembro de 2010). «Operador entrega esquema no Ceará». Globo.com. Colunas.epoca.globo.com. Cópia arquivada em 14 de julho de 2012 
  112. «Cid e Ciro Gomes não são investigados, de acordo com Ministério Público e PF». Folha de S.Paulo. 21 de setembro de 2010 
  113. «Nota da PF confirma reportagem de VEJA». Veja. 22 de Setembro de 2010 
  114. «Entrevista de Ciro Gomes ao Memória Viva, em fevereiro de 2013.». Youtube. 28 de fevereiro de 2013. Consultado em 17 de fevereiro de 2018 
  115. «Ciro Gomes é nomeado secretário de Saúde pelo irmão». www.gazetadopovo.com.br. Gazeta do Povo. 10 de setembro de 2013. Consultado em 2 de maio de 2016 
  116. «Ciro Gomes assume secretaria da Saúde do Ceará». Valor Econômico. 9 de setembro de 2013 
  117. «Ministro do STF mantém irmão do governador cearense em cargo político». Supremo Tribunal Federal. 8 de maio de 2009. Consultado em 21 de fevereiro de 2018. Cópia arquivada em 21 de fevereiro de 2018 
  118. «Cid Gomes anuncia irmão Ciro como secretário de Saúde do Ceará». UOL Política. 9 de setembro de 2013. Consultado em 21 de fevereiro de 2018. Cópia arquivada em 21 de fevereiro de 2018 
  119. Gadelha, Igor (3 de fevereiro de 2015). «CSN confirma Ciro Gomes no comando da Transnordestina». Estadão. Consultado em 2 de maio de 2016 
  120. «Transnordestina tem 54% das obras concluídas». O Estado CE. 12 de novembro de 2015 
  121. Gadelha, Igor (18 de maio de 2016). «Ciro Gomes deixa presidência da Transnordestina para evitar que 'perseguição política' afete obra». Estadão 
  122. G1, Rosanne D'AgostinoDo; Paulo, em São (18 de abril de 2016). «Veja estados e partidos que mais votaram pelo impeachment na Câmara». Processo de Impeachment de Dilma. Consultado em 27 de outubro de 2021 
  123. a b «Ciro Gomes acusa Michel Temer de ser 'capitão do golpe'». G1. 5 de dezembro de 2015 
  124. «Ciro Gomes defende investigação contra Lula, mas critica ação da PF». UOL. 4 de março de 2016. Consultado em 2 de junho de 2016 
  125. Cabral, Otávio (30 de abril de 2008). «Teoria da conspiração: Deputado diz que Severino Cavalcanti, o homem do mensalinho, salvou o presidente Lula de um golpe». Veja. Consultado em 2 de junho de 2016. Cópia arquivada em 23 de julho de 2012 
  126. Daniela Lima e Cátia Seabra (17 de março de 2016). «Irritado com manifestantes, Ciro Gomes diz que Lula é 'um merda'». Folha de S.Paulo. Consultado em 5 de janeiro de 2017 
  127. Lima, Maria (28 de junho de 2016). «Ciro sugere 'sequestrar' Lula até uma embaixada se prisão for decretada». O Globo. Consultado em 13 de abril de 2018 
  128. «Ciro sugere 'sequestrar' Lula até uma embaixada se prisão for decretada». Extra Online 
  129. «[festival piauí GloboNews] Ciro Gomes: "O Brasil vai ter que escolher entre a minha elegância e a do João Doria"». festival piauí GloboNews. 9 de outubro de 2016 
  130. «Ciro Gomes diz que Lula se queimou e chama Temer de golpista». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. 9 de outubro de 2016. Consultado em 10 de outubro de 2016 
  131. «'Lula está em final de ciclo', diz Ciro Gomes em entrevista». O Globo. 9 de outubro de 2016 
  132. a b «'Moro que mande me prender, recebo sua turma na bala', diz Ciro Gomes». Último Segundo Política. 27 de março de 2017. Consultado em 18 de fevereiro de 2017. Cópia arquivada em 14 de outubro de 2017 
  133. «Caso de blogueiro reacende debate sobre métodos de Moro na Lava Jato». Jornal El País. 22 de março de 2018. Consultado em 18 de fevereiro de 2018 
  134. Fernandes, Letícia (26 de março de 2017). «Ciro Gomes diz que, se Moro tentar prendê-lo, receberá 'turma' do juiz 'na bala'». oglobo.globo.com. O Globo. Consultado em 17 de março de 2017. Cópia arquivada em 29 de março de 2017 
  135. Afiada, Conversa (28 de março de 2017). «Texto-resumo de "o que faria o Presidente Ciro"». Conversa Afiada 
  136. Caldeira, João Paulo (18 de setembro de 2015). «Em discurso no PDT, Ciro relembre Brizola e fala sobre desenvolvimento». Jornal GGN. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  137. «Ciro Gomes se filia ao PDT nesta quarta (16) às 14h em Brasília». Partido Democrático Trabalhista. 6 de setembro de 2015. Consultado em 20 de setembro de 2016 [ligação inativa]
  138. «PDT confirma Ciro Gomes para 2018». Jornal do Brasil. 22 de janeiro de 2016. Consultado em 21 de setembro de 2016 
  139. «PDT oficializa candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República». G1. 20 de julho de 2018. Consultado em 20 de setembro de 2018 
  140. Alessandra Modzeleski, Gustavo Garcia e Fernanda Vivas (20 de julho de 2018). «PDT confirma Ciro Gomes para disputa da Presidência; candidato diz que não é 'anjo' e que vai atacar privilégios». G1. Consultado em 20 de setembro de 2018 
  141. «PDT oficializa Kátia Abreu como vice de Ciro Gomes em evento em Brasília». T1 Notícias. 6 de agosto de 2018. Consultado em 19 de setembro de 2018 
  142. «Ciro Gomes convida Nelson Marconi para coordenar programa de governo». Plataforma #TodosComCiro. 8 de março de 2018 
  143. Castro, Grasielle (10 de março de 2018). «A trupe por trás das propostas de Ciro Gomes para a economia». HuffPost Brasil 
  144. «Folha de S.Paulo - FHC discute a crise hoje com Ciro Gomes - 28/01/99». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 28 de março de 2018 
  145. «Folha de S.Paulo - Ciro defende controle de fuga de capitais - 29/01/99». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 28 de março de 2018 
  146. «Ciro promete limpar nome 'de geral' no SPC e vira meme. Qual a chance de isso dar certo?» 
  147. «Ciro Gomes batiza de Nome Limpo proposta de quitação de débitos de consumidores no SPC» 
  148. Editorial, Reuters. «Brazil's left presidential candidate Haddad ahead of far-right...» 
  149. «Brazil's Alckmin firms presidential bid with centrist coalition» 
  150. «Em contraponto a PT, Ciro articula movimento de oposição a Bolsonaro». 31 de outubro de 2018 
  151. «Ciro Gomes analisa 100 dias de Bolsonaro». 15 de abril de 2019 
  152. «Observatório Trabalhista – Brasil Presente». 11 de abril de 2019 
  153. "Qualidade da democracia brasileira se deteriorou muito" diz Ciro DW. 30 de dezembro de 2019
  154. «Ciro entra com pedido de impeachment contra Bolsonaro». IstoÉ. 22 de abril de 2020. Consultado em 24 de abril de 2020 
  155. Em livro, Ciro Gomes defende projeto nacional de longo prazo Diário do Nordeste. 28 de janeiro de 2021
  156. Os 5 livros mais vendidos da Amazon TecMundo. 28 de janeiro de 2021
  157. «Oposição protocola pedido de impeachment de Bolsonaro e quer CPI com foco na pandemia - Notícias». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 6 de novembro de 2022 
  158. Conteúdo, Estadão (8 de março de 2021). «PDT pede à PGR interdição de Bolsonaro por falta de 'capacidades mentais plenas' | O TEMPO». www.otempo.com.br. Consultado em 6 de novembro de 2022 
  159. «Ciro Gomes é alvo de inquérito da PF por ter criticado Bolsonaro em entrevista». O Globo. 19 de março de 2021. Consultado em 6 de novembro de 2022 
  160. Ciro Gomes faz pronunciamento e pede cautela em manifestações Jornal de Brasília. 7 de setembro de 2021
  161. Ciro Gomes diz que grupo de Bolsonaro quer "naufragar de vez o país" Poder 360. 7 de setembro de 2021
  162. «Em manifestação, Ciro Gomes diz que é preciso tirar Arthur Lira de “inércia criminosa”». TV Cultura. Consultado em 6 de novembro de 2022 
  163. «Mônica Bergamo: MPF foi contra busca e apreensão na casa de Ciro e Cid Gomes». Folha de S.Paulo. 16 de dezembro de 2021. Consultado em 17 de dezembro de 2021 
  164. «PF faz buscas contra Ciro e Cid Gomes para apurar suposto aesquema de corrupção em obra de estádio». O Globo. 15 de dezembro de 2021. Consultado em 16 de dezembro de 2021 
  165. «Ciro e Cid Gomes são alvos da PF em operação sobre suspeita de propina em obras do Castelão». Folha de S.Paulo. 15 de dezembro de 2021. Consultado em 16 de dezembro de 2021 
  166. «Polícia Federal investiga milhões em fraude e corrupção em obras da Arena Castelão entre 2010 e 2013». ge. Consultado em 16 de dezembro de 2021 
  167. «Ciro diz que PF não encontrou nada e que Bolsonaro interfere no órgão». Poder360. 15 de dezembro de 2021. Consultado em 16 de dezembro de 2021 
  168. «Bolsonaro nega interferência em operação da Polícia Federal contra Ciro Gomes». Valor Econômico. Consultado em 16 de dezembro de 2021 
  169. «Painel: Cúpula da PF veta entrevista coletiva e classifica operação contra Ciro como lavajatista». Folha de S.Paulo. 15 de dezembro de 2021. Consultado em 16 de dezembro de 2021 
  170. «Juristas publicam nota em desagravo a Ciro e Cid Gomes e criticam 'sanha autoritária' contra políticos». O Globo. 16 de dezembro de 2021. Consultado em 6 de setembro de 2022 
  171. «TRF-5 acata recurso de Ciro Gomes e determina anulação da busca e apreensão contra o ex-ministro - PontoPoder». Diário do Nordeste. 22 de fevereiro de 2022. Consultado em 22 de fevereiro de 2022 
  172. «Ciro Gomes lança pré-candidatura com foco na economia». Poder360. 21 de janeiro de 2022. Consultado em 9 de fevereiro de 2022 
  173. wellingtonramalhoso. «Em sua quarta eleição presidencial, Ciro Gomes perde pela primeira vez no Ceará». CNN Brasil. Consultado em 3 de outubro de 2022 
  174. Mota, Paulo (15 de outubro de 1999). «Rumo a 2002: Ciro foi professor de direito tributário e contabilidade». www1.folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 2 de fevereiro de 2018 
  175. HARVARD Law School. «Visiting Scholar/Visiting Researcher Program». Harvard Law School. Consultado em 30 de maio de 2022 
  176. Gomes, Ciro Ferreira; Unger, Roberto Mangabeira (1998). Una alternativa práctica al neoliberalismo (em espanhol). México, D.F.: Océano. ISBN 9706511040 
  177. Gomes, Ciro (1996). O Próximo Passo - Uma alternativa prática ao neoliberalismo. Rio de Janeiro: Topbooks 
  178. «Familia Gomes desde 1890». Folha de S.Paulo. 26 de agosto de 2002 
  179. Tattoo no toco (16 de junho de 2016), Ciro Gomes - infância, movimento estudantil, início da vida partidária, consultado em 29 de março de 2017 
  180. Thaís Oyama (agosto de 2003). «Patricinha, não !». Veja Mulher. Consultado em 21 de fevereiro de 2018. Arquivado do original em 24 de setembro de 2014 
  181. «Desejos de Patrícia Pillar». IstoÉ Gente. Consultado em 21 de fevereiro de 2018. Cópia arquivada em 21 de fevereiro de 2018 
  182. «Patrícia Pillar se separa de Ciro Gomes, diz jornal». entretenimento.r7.com. R7. Consultado em 21 de setembro de 2016 
  183. «Folha de S.Paulo - Ciro cria situação constrangedora ao falar de Patrícia - 31/08/2002». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 19 de maio de 2023 
  184. «Entrevista Ciro Gomes no Canal Livre». Band. 22 de outubro de 2017 
  185. Odilla, Fernanda (13 de maio de 2017). «Ciro Gomes: Lula racha país em bases odientas, rancorosas e violentas». BBC Brasil (em inglês) 
  186. «Patrícia Pillar se declara para o ex-marido: 'Amo o Ciro para sempre'». Pure People. 17 de janeiro de 2013 
  187. «Patricia Pillar comenta feminismo, assédio, eleições e Ciro Gomes». O Globo. 25 de março de 2018 
  188. Sóter, Cecília (29 de agosto de 2022). «Patrícia Pillar declara voto em Ciro após 'cutucada' de Bolsonaro em debate». Correio Braziliense. Consultado em 8 de setembro de 2022 
  189. Aires, Kyara (28 de setembro de 2015). «Grávida de Gael, Zara Castro aposta em modelo longo e mais justo para o #SereiadeOuro». www.liapinheiro.com. Blog Lia Pinheiro. Consultado em 21 de setembro de 2016. Arquivado do original em 15 de agosto de 2016 
  190. Entretenimento, Portal Uai (28 de setembro de 2017). «Nova namorada de Ciro Gomes é ex-bailarina de Xuxa». Portal Uai Entretenimento 
  191. «O efeito Giselle Bezerra». Tapis Rouge. 16 de maio de 2018 
  192. Povo, O. (18 de janeiro de 2018). «Ciro responde a 80 processos por danos morais só no Ceará». O Povo - Politica. Consultado em 17 de junho de 2021 
  193. Santos, Débora (14 de setembro de 2011). «Juiz arquiva ação de deputado contra Ciro Gomes por injúria e difamação». G1 
  194. «Bolsonaro desiste de processar Ciro Gomes por calúnia e injúria». noticias.uol.com.br. Consultado em 26 de novembro de 2019 
  195. «Juiz absolve Ciro de calúnia por críticas a Doria». O Povo. 23 de setembro de 2017 
  196. Braziliense, Correio; Braziliense, Correio (4 de julho de 2019). «Justiça determina que Ciro responda processo por difamação contra Doria». Correio Braziliense. Consultado em 26 de novembro de 2019 
  197. «Ciro Gomes vira réu em processo de calúnia por ter chamado João Doria de 'farsante'». G1. Consultado em 26 de novembro de 2019 
  198. «Ciro Gomes responde a 80 processos por danos morais só no Ceará, informa jornal». Congresso em Foco. 19 de janeiro de 2018 
  199. Naira Trindade (17 de maio de 2017). «Ciro Gomes perde ação e terá de indenizar Temer em R$ 30 mil». Estadão. Consultado em 23 de agosto de 2017 
  200. «Ciro Gomes é absolvido em processo movido por Temer». www.msn.com. msn. 16 de outubro de 2017. Consultado em 24 de fevereiro de 2018 
  201. «MP pede investigação por injúria racial de Ciro a Holiday». VEJA.com. 18 de julho de 2018. Consultado em 13 de outubro de 2018 
  202. «Mônica Bergamo: Ciro Gomes é condenado a indenizar Fernando Holiday por chamá-lo de 'capitãozinho do mato'». Folha de S.Paulo. 21 de fevereiro de 2019 
  203. «Justiça de SP penhora Hilux de Ciro para indenizar Fernando Holiday». Valor Econômico. Consultado em 23 de setembro de 2020 
  204. Segundo, iG Último (15 de setembro de 2020). «Ciro Gomes processa vereador Fernando Holiday por injúria racial». Último Segundo. Consultado em 23 de setembro de 2020 
  205. TEMPO, O. (9 de fevereiro de 2021). «Justiça nega indenização de R$ 50 mil de Ciro Gomes a Fernando Holiday». Politica. Consultado em 17 de junho de 2021 
  206. «G1 > Política - NOTÍCIAS - Aécio improvisa condecoração para Ciro no Dia de Minas». g1.globo.com. Consultado em 28 de março de 2018 
  207. «Ciro Gomes recebe medalha do Mérito Farroupilha». Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul - Agência de Notícias. 11 de setembro de 2009. Consultado em 13 de outubro de 2018 
  208. «Ciro Gomes chega hoje ao MA para série de eventos políticos». 180graus. 14 de dezembro de 2009. Consultado em 13 de outubro de 2018 
  209. Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão (14 de dezembro de 2009). «Assembleia Legislativa homenageia deputao Ciro Gomes». Jusbrasil. Consultado em 13 de outubro de 2018 
  210. «Ciro Ferreira Gomes». www.fiec.org.br. Consultado em 28 de março de 2018 
  211. Fortaleza, TV Verdes Mares Sistema Verdes Mares Praça da Imprensa S/N; Ceará; Brasil, 600000. «Ex-Ministro e ex-Governador Ciro Ferreira Gomes « Sereia de Ouro». Consultado em 8 de novembro de 2019 
  212. Informação, Promine - Tecnologia da. «Câmara de Fortaleza concede Medalha Boticário Ferreira a Ciro Gomes - Deputado Sarto». www.deputadosarto.com.br. Consultado em 28 de março de 2018 
  213. Lemes, Michelle (24 de junho de 2016). «Ciro Gomes é homenageado na Câmara». Câmara Municipal de Goiânia 
  214. Online, O POVO. «Maior honraria do Ceará. Camilo entrega Medalha da Abolição para Ciro Gomes e mais cinco». www.opovo.com.br. Consultado em 28 de março de 2018 
  215. «Câmara e Instituto Histórico de Petrópolis entregam títulos de cidadania e Medalha Koeler · AeP». www.aconteceempetropolis.com.br. Consultado em 30 de março de 2018 
  216. Redacao. «Em meio a protestos, Ciro Gomes visita Barbacena nesta segunda para receber homenagem». Consultado em 14 de outubro de 2019 
  217. Amazonas 1. «Assembleia aprova título de cidadão para Ciro Gomes». Consultado em 23 de dezembro de 2019 
  218. O São Gonçalo. «Ciro Gomes será homenageado na Câmara de Niterói». Consultado em 13 de julho de 2021 
  219. G1. «Ciro Gomes recebe título de Cidadão Amazonense em Manaus». Consultado em 20 de março de 2022 
  220. Gomes, Ciro Ferreira; Leitão, Miriam (1 de janeiro de 1994). No país dos conflitos. [S.l.]: Editora Revan. ISBN 9788571060692 
  221. «No País dos Conflitos - Livros». Livraria da Folha. Consultado em 12 de março de 2018 
  222. Gomes, Ciro Ferreira; Unger, Roberto Mangabeira (1996). O próximo passo: uma alternativa prática ao neoliberalismo. [S.l.]: Topbooks 
  223. a b Gomes, Ciro Ferreira (2002). Um desafio chamado Brasil. [S.l.]: Civilização Brasileira. ISBN 9788520005491 
  224. «Projeto Nacional: O dever da esperança». Amazon.com.br. Consultado em 19 de maio de 2020 
  225. «Livro de Ciro Gomes é indicado ao prêmio Jabuti | Radar». VEJA. Consultado em 9 de novembro de 2021 

Ligações externas

editar
Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
  Citações no Wikiquote
  Categoria no Commons

Precedido por
Maria Luíza Fontenele
Prefeito de Fortaleza
1989 — 1990
Sucedido por
Juraci Magalhães
Precedido por
Tasso Jereissati
Governador do Ceará
1991 — 1994
Sucedido por
Francisco Aguiar
Precedido por
Rubens Ricupero
Ministro da Fazenda do Brasil
1994 — 1995
Sucedido por
Pedro Malan
Precedido por
Luciano Barbosa
Ministro da Integração Nacional
2003 — 2006
Sucedido por
Pedro Brito