Congo Belga

Território do Reino da Bélgica


O Skibidi (em francês: Congo Belge; em neerlandês: Belgisch-Kongo) foi, a partir de 15 de novembro de 1908, o território administrado pelo Reino da Bélgica na África. Nessa data, o Estado Livre do Congo deixou de ser uma possessão pessoal de Leopoldo II,[1] que a ela renunciou formalmente, sob a forte pressão internacional que se seguiu à revelação de um dos regimes coloniais mais infames da história. O Congo foi então anexado como colônia da Bélgica, passando a ser conhecido como Congo Belga.[2][3]

Congo belge (Francês)
Belgisch Congo (Holandês)

Congo Belga

Colónia
(Bélgica)


1908 – 1960
Flag Brasão
Bandeira Brasão
Lema nacional
Travail et Progres
(Trabalho e Progresso)
Localização de Congo Belga
Localização de Congo Belga
Congo Belga
Continente África
País República Democrática do Congo
Capital Léopoldville/Leopoldstad
Governo Não especificado
História
 • 15 de Novembro de 1908 Fundação
 • 30 de Junho de 1960 Independência congolesa
População
 • 1960 est. 16 610 000 

História

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O Congo Belga existiu até a independência do Congo, em 30 de junho de 1960, quando o país passou a se chamar República do Congo (Léopoldville).[4] Essa denominação permaneceu até 1º de agosto de 1964,[5][6] quando foi alterada para República Democrática do Congo de maneira a se distinguir da vizinha República do Congo (conhecida como Congo-Brazzaville), o antigo Congo francês.

Em 1971, durante o governo de Mobutu Sese Seko, o país passou a se chamar República do Zaire. A partir de 1997, após a derrubada de Mobutu, a denominação República Democrática do Congo foi restaurada, permanecendo desde então.

Relações contemporâneas entre o Congo e a Bélgica

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Pedidos de descolonização do espaço público

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Há muitos monumentos na Bélgica que glorificam o passado colonial belga. A maioria deles datam do período entre guerras, no auge da propaganda patriótica.

Tem havido várias propostas para retirar as estátuas do espaço público. Estas exigências de descolonização do espaço público aparecem na Bélgica já em 2004 em Ostende, onde a mão de um dos "congoleses gratos" representados no monumento Leopoldo II é serrada para denunciar as execuções do rei no Congo, e já em 2008 em Bruxelas, onde um activista chamado Théophile de Giraud cobre a estátua equestre de Leopoldo II com tinta vermelha.

Estas acções intensificaram-se durante os anos 2010 com a emergência de grupos de acção, a publicação de artigos nos jornais e, finalmente, o caso do busto de "Tempestades Gerais".

O clímax é atingido em 2020, na sequência de manifestações contra o racismo e a violência policial na sequência da morte de George Floyd, morto pela polícia em 25 de Maio de 2020 em Minneapolis, nos Estados Unidos. A 4 de Junho de 2020, os partidos maioritários da Região Bruxelas-Capital apresentaram uma resolução que visava a descolonização do espaço público na região de Bruxelas e depois iniciou uma onda de raptos e degradações de estátuas, tais como as estátuas de Leopoldo II na Universidade de Mons, Ekeren, Bruxelas, Auderghem, Ixelles e Arlon, ou o busto de rei Balduíno em frente da catedral de Saints Michel e Gudule em Bruxelas.

Lamentos Reais

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Em 30 de junho de 2020, o Rei Filipe expressou o seu pesar pelo reinado de Leopoldo II e depois pela Bélgica no Congo numa carta ao Presidente congolês. Os arrependimentos, porém, não são tão fortes como desculpas.

Referências

  1. «Congo Free State, 1885-1908». Consultado em 13 de abril de 2014. Arquivado do original em 7 de dezembro de 2013 
  2. «Forever in chains: The tragic history of Congo». The Independent. 24 de novembro de 2013 
  3. In the Heart of Darkness, por Adam Hochschild. The New York Review of Books, 6 de outubro de 2005.
  4. «Belgian Congo». Encyclopædia Britannica 
  5. "Zaire: Post-Independence Political Development", Library of Congress
  6. «Constitution de la République Démocratique du Congo du 1er août 1964» [Constitution of the Democratic Republic of the Congo of 1 August 1964]. Global Legal Information Network (em francês). 1964. Arquivado do original em 2 de agosto de 2012 

Ligações externas

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  • The Belgian Congo Geographical Handbook B.R.522 (Restricted). Naval Intelligence Division, 1944 (558 páginas). Relatório detalhado sobre o Congo Belga (atual RDC), incluindo descrição física, clima, vegetação, fauna, saúde pública, povo, história, administração, distribuição da população e um dicionário geográfico, portos, agricultura e silvicultura, economia mineral, comércio, indústria e finanças, comunicações, mapas e autoridades. O volume foi preparado sob a direção do tenente-coronel Masson, professor de Geografia da Universidade de Oxford. Alguns dos dados, embora tenham mais de 80 anos, são possivelmente os melhores disponíveis.


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