Djalma Marinho
Djalma Aranha Marinho (Nova Cruz[nota 1], 30 de junho de 1908 — Natal, 26 de dezembro de 1981) foi um advogado, professor e político brasileiro com atuação no Rio Grande do Norte.
Djalma Marinho | |
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Djalma Marinho | |
Deputado federal pelo Rio Grande do Norte | |
Período | 2 de fevereiro de 1955 até 2 de fevereiro de 1975 |
Período | 2 de fevereiro de 1979 até 2 de fevereiro de 1981 |
Deputado estadual do Rio Grande do Norte | |
Período | 1935-1937, 1947-1951 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 30 de junho de 1908 Nova Cruz, RN |
Morte | 26 de dezembro de 1981 (73 anos) Natal, RN |
Alma mater | Universidade Federal de Pernambuco |
Cônjuge | Celina Marinho |
Partido | UDN, ARENA, PDS |
Profissão | advogado, professor |
Dados biográficos
editarDjalma Aranha Marinho nasceu em Nova Cruz (RN) no dia 30 de junho de 1908, filho de Nestor Marinho e Amélia Aranha Marinho. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco em 1928 e ainda como estudante foi promotor público adjunto nos municípios potiguares de Ceará-Mirim e Macaíba formando-se em 1932.[2] Nomeado funcionário do Tribunal Regional Eleitoral em 1933 foi ainda consultor jurídico da Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional em Natal, procurador da Fazenda Nacional e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.[2] Estreou na política em outubro de 1934 ao eleger-se deputado estadual pelo Rio Grande do Norte, entretanto seu mandato foi extinto quando Getúlio Vargas implantou o Estado Novo em 1937. De volta à advocacia trabalhou para a Panair do Brasil durante a Segunda Guerra Mundial.
Com o fim do conflito e a subsequente redemocratização do país após a queda de Getúlio Vargas, filiou-se à UDN e foi eleito primeiro suplente de deputado federal em 1945 e deputado estadual pelo Rio Grande do Norte em 1947.[2] Novamente suplente de deputado federal em 1950, chegou a exercer o mandato por meio de convocação e foi eleito para a Câmara dos Deputados em 1954 e 1958. Derrotado por Aluizio Alves na disputa pelo governo potiguar em 1960, conquistou um novo mandato em 1962 e filiou-se à ARENA quando o Regime Militar de 1964 impôs o bipartidarismo por meio do Ato Institucional Número Dois reelegendo-se em 1966.
Divergências com os militares
editarContrário ao pedido do governo militar para processar o deputado Márcio Moreira Alves junto ao Supremo Tribunal Federal, renunciou à presidência da Comissão de Constituição e Justiça em dezembro de 1968 quando declarou, inspirado em Calderón de La Barca: "Ao rei tudo, menos a honra".[3] Dias depois o presidente Costa e Silva baixou o Ato Institucional Número Cinco e iniciou o fechamento do regime. Foi reeleito deputado federal em 1970.
Em 1974 foi candidato a senador pela ARENA num pleito onde a vitória coube ao candidato do MDB, Agenor Maria. Ao despedir-se do parlamento após cinco mandatos consecutivos[4] trabalhou no escritório de advocacia de Dario de Almeida Magalhães e na Fundação Milton Campos, órgão arenista. Eleito deputado federal em 1978 posicionou-se a favor da Lei da Anistia e ingressou no PDS com a reforma partidária do governo João Figueiredo. Seu último ato político foi a candidatura a presidência da Câmara dos Deputados em 1981 numa dissidência apoiada por parlamentares de oposição, sendo derrotado por Nelson Marchezan.
Faleceu em Natal vítima de edema pulmonar.[5]
Sua cadeira no parlamento foi ocupada sucessivamente por Ulisses Potiguar,[6] afastado por um mandado de segurança, e Ronaldo Dias.[7]
Avô do ex-deputado federal, ex-ministro do Desenvolvimento Regional e atual senador, Rogério Marinho.
Notas e referências
Notas
- ↑ A localidade de São José do Campestre, onde algumas fontes afirmam ter nascido o biografado, era na época apenas um povoado com oito casas dentro no município de Nova Cruz e só se emanciparia quatro décadas depois.[1]
Referências
- ↑ «São José do Campestre». IBGE Cidades. Consultado em 1 de agosto de 2022
- ↑ a b c «Banco de dados da Câmara dos Deputados do Brasil (1955-1975/1979-1983): Djalma Marinho». Consultado em 1 de janeiro de 2013
- ↑ Memória: Djalma Marinho (1908-1981) (online). Veja, 06/01/1982. Página visitada em 1º de janeiro de 2013.
- ↑ «Candidatos eleitos segundo o TSE, período 1945-1990: Djalma Marinho». Consultado em 1 de janeiro de 2013 [ligação inativa]
- ↑ Djalma Marinho morre em Natal (online). O Estado de S. Paulo, 27/12/1981. Página visitada em 1º de janeiro de 2013.
- ↑ «Banco de dados da Câmara dos Deputados do Brasil (1979-1983): Ulisses Potiguar». Consultado em 1 de janeiro de 2013
- ↑ «Banco de dados da Câmara dos Deputados do Brasil (1979-1983): Ronaldo Dias». Consultado em 1 de janeiro de 2013