Eleições estaduais em Rondônia em 2010
As eleições estaduais de Rondônia em 2010 aconteceram em 3 de outubro, como parte das eleições gerais no Brasil daquele ano. Nesta ocasião, foram realizadas eleições em todos os 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Os cidadãos aptos a votar elegeram o Presidente da República, o Governador e dois Senadores por estado, além de deputados estaduais e federais. Como nenhum dos candidatos a presidente e governador de Rondônia recebeu mais da metade do votos válidos, um segundo turno foi realizado no dia 31 de outubro, na eleição presidencial o segundo turno foi entre Dilma Roussef (PT) e José Serra (PSDB), com a vitória de Dilma; já no governo de Rondônia foi entre Confucio Moura e João Cahulla, com a vitória de Confucio Moura. Segundo a Constituição Federal, o Presidente e os Governadores são eleitos diretamente para um mandato de quatro anos, com um limite de dois mandatos, sendo assim o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Ivo Cassol ficaram impedidos de se candidatar, já que foram eleitos em 2002 e reeleitos em 2006.
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Eleições estaduais de Rondônia em 2010 | ||||
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3 de outubro de 2010 (Primeiro turno) 31 de outubro de 2010 (Segundo turno) | ||||
Candidato | Confúcio Moura | João Cahulla | ||
Partido | PMDB | PPS | ||
Natural de | Dianópolis, TO | Astorga, PR | ||
Vice | Airton Gurgacz | Tiziu Jidalias | ||
Votos | 422.707 | 297.674 | ||
Porcentagem | 58,68% | 41,32% | ||
Candidato mais votado por município no 2º turno (52): Confucio Moura (39) João Cahulla (13)
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Titular Eleito | ||||
Candidatos para o Governo de Estado e resultados.
editarEm Rondônia, foram cinco os candidatos à governador, sendo que Expedito Junior (PSDB) teve sua candidatura cassada e a chapa não apresentou outro candidato.[1][2]
Confúcio Moura era prefeito de Ariquemes entre 2005 e 2010, e renunciou o cargo para disputar o cargo de governador pelo PMDB[3]. João Cahulla (PPS) havia sido chefe da casa-civil do estado de Rondônia, e naquele momento, era vice governador na chapa de Ivo Cassol. Com a renúncia de Ivo Cassol para concorrer ao Senado, Cahulla assumiu como governador até o fim do mandato[4][5]. Com a impugnação da candidatura de Expedito Júnior[6], a disputa foi polarizada entre o candidato do PMDB e o candidato do PPS.
No primeiro turno, Confúcio Moura venceu com 43,99% dos votos válidos (291.765 votos), contra 37,14% de João Cahulla (246.350 votos no total). O ex-senador e deputado federal Eduardo Valverde (PT) recebeu 18,16% dos votos (120.462 votos) e Marcos Sussuarana do PSOL recebeu 0,70% (4.641 votos)[7]
No segundo turno, Confúcio Moura confirmou seu favoritismo ao vencer novamente Cahulla, com 58,68% dos votos válidos (422,707), contra 41,32% dos votos de Cahulla (297.674 votos no total).[8]
Mapa Eleitoral do 1º Turno | ||||
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Candidato mais votado por municípios no 1º Turno (52)
Confucio Moura (16)
João Cahulla (35)
Eduardo Valverde (1)
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Candidato a governador(a) (em ordem alfabética) |
Candidato a vice-governador(a) | Número | Coligação | Votos | Porcentagem |
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Confucio Moura PMDB |
Airton Gurgacz PDT |
15 | (PMDB/PDT/PSDB/PCdoB/PRB/DEM/PSC/PTC/PRTB/PTdoB/PV/PR). |
291.765 | 43,99% |
Eduardo Valverde PT |
Cleiton Roque PT |
13 | (PT/PSB). |
120.462 | 18,16% |
João Cahulla PPS |
Tiziu Jidalias PP |
23 | (PPS/PP/PTB/PSL/PTN/PSDC/PHS/PMN/PRP). |
246.350 | 37,14% |
Marcos Sussuarana PSOL |
Jovelina Caon PSOL |
50 | 4.641 | 0,70% |
Segundo turno
editarCandidato a governador(a) (em ordem alfabética) |
Candidato a vice-governador(a) | Número | Coligação | Votos | Porcentagem |
---|---|---|---|---|---|
Confucio Moura PMDB |
Airton Gurgacz PDT |
15 | (PMDB/PDT/PSDB/PCdoB/PRB/DEM/PSC/PTC/PRTB/PTdoB/PV/PR). |
422.707 | 58,68% |
João Cahulla PPS |
Tiziu Jidalias PP |
23 | (PPS/PP/PTB/PSL/PTN/PSDC/PHS/PMN/PRP). |
297.674 | 41,32% |
Candidatos ao Senado e resultados
editarSete candidatos disputaram duas vagas disponíveis no Senado para um período de oito anos. Os candidatos eleitos foram Valdir Raupp (PMDB) e Ivo Cassol (PP). O candidato Melki Donadon (PHS) teve sua candidatura cassada.[1][2]
Candidato (a) ao Senado | Suplentes | Número | Coligação | Votos | Porcentagem |
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Agnaldo Muniz PSC |
1º: Lindomar do Sandubas (PSDB) 2º: Roldão (PRB) |
200 | PDT, PMDB, PRTB, PRB, PSC, PR, PV, PTC, PSDB, PT do B, PC do b e DEM. |
187.508 | 13,36% |
Pastor Aluizio Vidal PSOL |
1ª: Marisia Dias (PSOL) 2º: Prof Barbosa (PSOL) |
500 | 43.852 | 3,12% | |
Fátima Cleide PT |
1º: Euripedes Miranda (PT) 2º: Nilton Cezar Rios (PSB) |
133 | PT e PSB. |
225.300 | 16,05% |
Ivo Cassol PP |
1º: Reditario Cassol (PP) 2º: Odacir Soares (PSL) |
111 | PP, PTB, PSL, PTN, PPS, PSDC, PHS, PMN, e PRP. |
454.087 | 32,34% |
Melki Donadon PHS |
1º: Herbert Lins (PHS) 2º: Dr. Silverio (PHS) |
311 | PP, PTB, PSL, PTN, PPS, PSDC, PHS, PMN, e PRP. |
0 | 0,00% |
Pimenta de Rondônia PSOL |
1º: Marinho (PSOL) 2º: Joelan (PSOL) |
501 | 11.806 | 0,84% | |
Valdir Raupp PMDB |
1º: Tomas Correia (PMDB) 2º: Pastor Manoel (PMDB) |
151 | PDT, PMDB, PRB, PSC, PR, PV, PTC, PSDB, PRTB, PT do b, PC do B e DEM. |
481.420 | 34,29% |
Deputados federais eleitos
editarSão relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[9][10][11]
Número | Deputados federais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
1515 | Marinha Raupp | PMDB | 100.589 | 14,24% | Maracaí | São Paulo |
4040 | Mauro Nazif | PSB | 64.792 | 9,17% | Barra do Piraí | Rio de Janeiro |
1406 | Nilton Capixaba | PTB | 52.017 | 7,36% | Cuparaque | Minas Gerais |
1111 | Carlos Magno | PP | 49.596 | 7,02% | Coromandel | Minas Gerais |
1590 | Natan Donadon[12][nota 1] | PMDB | 43.627 | 6,75% | Porecatu | Paraná |
2323 | Moreira Mendes | PPS | 35.869 | 5,08% | São Paulo | São Paulo |
4310 | Lindomar Garçon[13][nota 2] | PV | 34.990 | 4,95% | Rondonópolis | Mato Grosso |
1300 | Máriton Holanda | PT | 31.128 | 4,41% | Oeiras | Piauí |
Deputados estaduais eleitos
editarNo estado foram eleitos vinte e quatro (24) deputados estaduais.[1][2]
Representação eleita
PMDB: 3PT: 3PTN: 2PSDC: 2PSDB: 2PRP: 2PTB: 1PSB: 1PV: 1PP: 1PMN: 1DEM: 1PDT: 1PCdoB: 1PTdoB: 1PR: 1
Fonteː[14]
Número | Deputados estaduais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
14567 | Válter Araújo | PTB | 22.186 | 2,97% | Itambacuri | Minas Gerais |
15500 | Zequinha Araújo | PMDB | 20.903 | 2,80% | Porto Velho | Rondônia |
40140 | Jesualdo Pires | PSB | 18.358 | 2,46% | Presidente Bernardes | São Paulo |
19429 | Lebrão Clemente | PTN | 15.991 | 2,14% | Guará | São Paulo |
27456 | Glaucione Rodrigues | PSDC | 15.822 | 2,12% | Baixo Guandu | Espírito Santo |
43123 | Luizinho Goebel | PV | 15.510 | 2,07% | Cascavel | Paraná |
27777 | Neodi Oliveira | PSDC | 15.401 | 2,06% | Soledade | Rio Grande do Sul |
19123 | Luiz Cláudio da Agricultura | PTN | 14.455 | 1,93% | Bom Conselho | Pernambuco |
11011 | Jaques Testoni | PP | 13.993 | 1,87% | Santa Helena | Paraná |
45140 | Jean Oliveira | PSDB | 12.605 | 1,69% | Alta Floresta d'Oeste | Rondônia |
44000 | Marcelino Tenório | PRP | 12.025 | 1,61% | Bom Conselho | Pernambuco |
45123 | Euclides Maciel | PSDB | 11.511 | 1,54% | Joaçaba | Santa Catarina |
33456 | Lorival Amorim | PMN | 11.218 | 1,50% | Conselheiro Pena | Minas Gerais |
13013 | Hermínio Coelho | PT | 9.846 | 1,32% | Petrolina | Pernambuco |
44789 | Valdivino Tucura | PRP | 9.684 | 1,30% | Minas Novas | Minas Gerais |
13789 | Epifânia Barbosa | PT | 8.531 | 1,14% | Porto Velho | Rondônia |
15800 | Edson Martins | PMDB | 8.345 | 1,12% | Nova Venécia | Espírito Santo |
25500 | Adelino Follador | DEM | 8.140 | 1,09% | Barão de Cotegipe | Rio Grande do Sul |
12123 | Saulo da Renascer | PDT | 7.928 | 1,06% | Mutum | Minas Gerais |
13600 | Ribamar Araújo | PT | 7.293 | 0,98% | Catolé do Rocha | Paraíba |
65123 | David Chiquilito | PCdoB | 6.704 | 0,90% | Porto Velho | Rondônia |
15123 | Edvaldo Soares da Band | PMDB | 6.646 | 0,89% | Itaporã | Mato Grosso do Sul |
70888 | Ana da 8 | PTdoB | 5.475 | 0,73% | Guajará-Mirim | Rondônia |
22333 | Flávio Lemos | PR | 4.287 | 0,57% | Cafelândia | São Paulo |
Notas
- ↑ Cassado em 29 de agosto de 2013 por quebra de decoro parlamentar, o que ocasionou a efetivação de Amir Lando.
- ↑ Encerrada a apuração o TRE/RO incluiu Lindomar Garçon entre os eleitos, porém uma nova totalização feita pela corte o colocou como suplente de Marcos Rogério, que assumiu em 17 de novembro de 2011, invertendo assim o resultado inicial.
Referências
- ↑ a b c TSE:Candidaturas Arquivado em 3 de setembro de 2014, no Wayback Machine. Divulgação de candidaturas 2010. Acessado em 24 de outubro de 2010.
- ↑ a b c Placar UOL eleições: Resultado da eleição em Rondônia. Acessado em 24 de outubro de 2010.
- ↑ «Biografia - Senador Confúcio Moura». Senador Confucio. Consultado em 30 de dezembro de 2022
- ↑ «CONHEÇA JOÃO CAHULLA, O NOVO GOVERNADOR DE RONDÔNIA». Caderno Destaque. 1 de abril de 2010. Consultado em 30 de dezembro de 2022
- ↑ «Cassol renuncia e Cahulla assume o Governo de Rondônia». Rondoniagora. 1 de abril de 2010. Consultado em 30 de dezembro de 2022
- ↑ «Ministro do TSE nega registro de Expedito Junior». 1 de outubro de 2010. Consultado em 30 de dezembro de 2022
- ↑ «Apuração dos votos: Rondônia - 2010 - 1º Turno». Terra. 4 de outubro de 2010. Consultado em 30 de dezembro de 2022
- ↑ «ELEIÇÕES 2010 - APURAÇÃO 2 TURNO». Terra. 31 de outubro de 2010. Consultado em 30 de Dezembro de 2022
- ↑ «Página oficial da Câmara dos Deputados». Consultado em 10 de julho de 2021
- ↑ BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Estatísticas e Resultados da Eleição». Consultado em 10 de julho de 2021
- ↑ BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 10 de julho de 2021
- ↑ Nathalia Passarinho; Felipe Néri (12 de fevereiro de 2014). «Em votação aberta, Câmara decide cassar mandato de Natan Donadon». g1.globo.com. G1. Consultado em 10 de julho de 2021
- ↑ BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Lindomar Garçon». Consultado em 10 de julho de 2021
- ↑ Erro de citação: Etiqueta
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