Eleições estaduais em Santa Catarina em 2002
As eleições estaduais em Santa Catarina em 2002 foram realizadas em 6 de outubro, como parte das eleições gerais no Brasil. Nesta ocasião, foram realizadas eleições em todos os 26 estados e no Distrito Federal. Os cidadãos aptos a votar elegeram o Presidente da República, o Governador e dois Senadores por estado, além de deputados estaduais e federais.[1]
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Eleições estaduais em Santa Catarina em 2002 | ||||||
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6 de outubro de 2002 (Primeiro turno) 27 de outubro de 2002 (Segundo turno) | ||||||
Candidato | Luiz Henrique da Silveira | Esperidião Amin | ||||
Partido | PMDB | PPB | ||||
Natural de | Blumenau, SC | Florianópolis, SC | ||||
Vice | Eduardo Moreira | Eni Voltolini | ||||
Votos | 1.512.447 | 1.491.723 | ||||
Porcentagem | 50,34% | 49,66% | ||||
Resultado da eleição por município no 2º turno
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Titular Eleito | ||||||
Eleição parlamentar em Santa Catarina em 2002 (Senado) | ||||
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6 de outubro de 2002 (Turno único) | ||||
Líder | Ideli Salvatti | Leonel Pavan | Hugo Biehl | |
Partido | PT | PSDB | PPB | |
Natural de | São Paulo, SP | Balneário Camboriú, SC | Piratuba, SC | |
Votos | 1.054.304 | 973.401 | 958.629 | |
Porcentagem | 18,81% | 17,37% | 17,10% | |
Ideli Salvati
Leonel Pavan
Hugo Biehl
Paulinho Bornhausen
Milton Mendes
Casildo Maldaner
Inexistentes
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Titular(es) Eleito(s) | ||||
Em Santa Catarina ouve dois turno, com o segundo pleito acontecendo em 27 de outubro de 2002.
Após vencer duas eleições consecutivas para prefeito de Joinville, com larga vantagem sobre o candidato do governo estadual Eni Voltolini (PPB), Luiz Henrique da Silveira tinha o desafio de levar o PMDB ao governo do estado. Desafio esse que no início de 2002 parecia quase impossível, já que o partido vinha de uma derrota impactante em 1998, onde o PMDB foi derrotado no primeiro turno por Esperidião Amin (PPB) ao governo e Jorge Bornhausen (PFL) ao senado.
Esperidião era o grande favorito, e um dos pontos decisivos por sua queda nas pesquisas, que chegou a beirar os 52% dos votos no início da campanha, foi a chamada "Onda Lula", que varreu o país elegendo candidatos de esquerda. Em Santa Catarina, a esquerda tinha como alvo principal o candidato que estava no poder, que representava o conservadorismo e inclusive era filiado no sucessor da Aliança Renovadora Nacional (ARENA), por onde tinha sido nomeado prefeito de Florianópolis em 1975.
A chamada "Onda Lula" foi o nome dado ao movimento de esquerda ligado a grande popularidade do então candidato a presidência Luiz Inácio Lula da Silva do (PT). Para se ter uma ideia, a "onda" fez o número de vitórias do Partido dos Trabalhadores disparar, elevando o número de cadeiras na Câmara dos Deputados de 58 para 91 vagas, e no Senado Federal de sete para 14 cadeiras. Inclusive uma das vitórias foi em Santa Catarina, com Ideli Salvatti, que na época quebrou o recorde de votos para o senado, com 1.054.304 votos, mesmo o partido não tendo tradição alguma no estado.
Essa "onda" que deixou o primeiro turno indefinido, com José Fritsch chegando a ficar na frente de Luiz Henrique da Silveira até terminar a apuração em Joinville, no segundo turno veio a beneficiar o joinvillense, com o apoio formal do Partido dos Trabalhadores ao candidato Peemedebista.
Outros números interessantes aconteceram na disputa pelo senado. O levantamento realizado no início de setembro pelo IBOPE, mostrava a vitória de Paulinho Bornhausen (PFL) com 32% e Casildo Maldaner (PMDB) com 24%. Em seguida apareciam Leonel Pavan (PSDB) com 20% e Hugo Biehl (PPB) com 17% brigando com Casildo pelo segundo lugar. O petista Milton Mendes tinha 14%, à frente da companheira de sigla, Ideli Salvatti, que tem 12% das intenções, que segundo as pesquisas, estavam longe da disputa. (OBS: Pesquisa feita com cenário de 200%, levando em conta que o eleitor terá direito a dois votos).
Os resultados foram completamente invertidos, chegando a colocar a credibilidade do instituo a prova. O praticamente eleito Paulinho Bornhausen (PFL) acabou a disputa em quarto lugar, e a sexta colocada Ideli Salvatti liderou a votação.
Resultado da eleição para governador
editarPrimeiro turno
editarCandidatos a governador do estado | Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Esperidião Amin PPB |
Eni Voltolini PPB |
11
|
Santa Catarina Melhor
(PPB, PFL, PSL, PST, PRTB, PTdoB) |
1.217.059
|
39,86%
|
Luiz Henrique da Silveira PMDB |
Eduardo Moreira PMDB |
15
|
Por Toda Santa Catarina
(PMDB, PSDB) |
918.615
|
30,08%
|
José Fritsch PT |
Luiz Carlos Nemetz PT |
13
|
Frente Popular
(PT, PL, PCdoB, PMN) |
834.385
|
27,33%
|
Antônio Bello PSB |
Clóvis Francisco PSB |
40
|
Fé no Brasil
(PSB, PSD) |
48.036
|
1,57%
|
Sérgio Grando PPS |
João de Deus Medeiros PV |
23
|
Frente Ecológica Popular
(PPS, PV, PSDC) |
31.323
|
1,03%
|
Gilmar Salgado PSTU |
Rosane de Souza PSTU |
16
|
—
|
4.136
|
0,13%
|
Segundo turno
editarCandidatos a governador do estado | Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
---|---|---|---|---|---|
Luiz Henrique da Silveira PMDB |
Eduardo Moreira PMDB |
15
|
Por Toda Santa Catarina
(PMDB, PSDB) |
1.512.447
|
50,34%
|
Esperidião Amin PPB |
Eni Voltolini PPB |
11
|
Santa Catarina Melhor
(PPB, PFL, PSL, PST, PRTB, PTdoB) |
1.491.723
|
49,66%
|
Resultado da eleição para senador
editarCandidatos a senador da República |
Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
---|---|---|---|---|---|
Ideli Salvatti PT |
Belini Meurer PT Luiz Carlos João PT |
130 |
Frente Popular (PT, PL, PCdoB, PMN) |
1.054.304 |
18,81%
|
Leonel Pavan PSDB |
Neuto de Conto PMDB Selma Westphal PMDB |
456 |
Por Toda Santa Catarina (PMDB, PSDB) |
973.401 |
17,37%
|
Hugo Biehl PPB |
Darci de Matos PFL Adolar Carboni PPB |
111 |
Santa Catarina Melhor (PPB, PFL, PSL, PST, PRTB, PTdoB) |
958.629 |
17,10%
|
Paulo Bornhausen PFL |
Adhemar Grisi PPB Alcides Pavanello PFL |
252 |
Santa Catarina Melhor (PPB, PFL, PSL, PST, PRTB, PTdoB) |
892.480 |
15,92%
|
Milton Mendes PT |
Justina Inês PT Arnaldo Ferreira PT |
131 |
Frente Popular (PT, PL, PCdoB, PMN) |
881.024 |
15,72%
|
Casildo Maldaner PMDB |
Dalírio Beber PSDB Fátima Menegalli PSDB |
151 |
Por Toda Santa Catarina (PMDB, PSDB) |
709.033 |
12,65%
|
Evaldino Leite PSD |
Antônio Horácio PSD Rosili Souza PSD |
411 |
Fé no Brasil (PSB, PSD) |
94.745 |
1,69%
|
Gérson Antônio Basso PV |
Edvaldo Machado PPS Célio Scholemberg PPS |
432 |
Frente Ecológica Popular (PPS, PV, PSDC) |
14.044 |
0,25%
|
Elisiani Sanches PPS |
Antônio Batista PPS Carmelo Voltolini PPS |
234 |
Frente Ecológica Popular (PPS, PV, PSDC) |
12.283 |
0,22%
|
Viviani Remor PSTU |
Márcio Silveira PSTU Sandra Aguiar PSTU |
162 |
— |
8.438 |
0,15%
|
Carlos Müller PSTU |
Iara Thives PSTU Nelson Nobre PSTU |
161 |
— |
6.589 |
0,12%
|
Deputados federais eleitos
editarSão relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[2][3]
Deputados estaduais eleitos
editarSão relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Assembleia Legislativa.[2][3]
Referências
- ↑ Resultado da eleição – Santa Catarina – Governador. Folha de S. Paulo, 27 de outubro de 2002
- ↑ a b «Página oficial da Câmara dos Deputados». Consultado em 26 de junho de 2016. Arquivado do original em 2 de outubro de 2013
- ↑ a b «BRASIL. Presidência da República: Lei nº 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 26 de junho de 2016