Estação Ferroviária de Albergaria-a-Velha

estação ferroviária em Portugal

A Estação Ferroviária de Albergaria-a-Velha, originalmente planeada como de Valle Maior, foi uma interface da Linha do Vouga, que servia a cidade de Albergaria-a-Velha, no Distrito de Aveiro, em Portugal.

Albergaria-a-Velha
Identificação: 44552 AVE (Alberg.Velha)[1]
Denominação: Estação de Albergaria-a-Velha
Administração: Infraestruturas de Portugal (norte)[2]
Classificação: E (estação)[1]
Linha(s): Linha do Vouga (PK 54+949)
Altitude: 112.60 m (a.n.m)
Coordenadas: 40°41′24.86″N × 8°28′46.85″W

(=+40.69024;−8.47968)

Mapa

(mais mapas: 40° 41′ 24,86″ N, 8° 28′ 46,85″ O; IGeoE)
Município: Albergaria-a-VelhaAlbergaria-a-Velha
Serviços: sem serviços
Conexões:
Ligação a autocarros
Ligação a autocarros
 
Serviço de táxis
Serviço de táxis
ALB CP
Equipamentos: Lavabos
Endereço: Alameda 5 de Outubro, s/n
PT-3850-005 Albergaria-a-Velha
Inauguração: 1 de abril de 1909 (há 115 anos)
Encerramento: 2013 (há 10 anos)
Website:
 Nota: Para outras interfaces ferroviárias com nomes semelhantes ou relacionados, veja Apeadeiro de Albergaria-a-Nova ou Estação Ferroviária de Albergaria dos Doze.
Composição técnica em Albergaria-a-Velha, em 2014.

Descrição

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Caraterização física

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A superfície dos carris (plano de rolamento) da estação ferroviária de Albergaria-a-Velha ao PK 27+900 situa-se à altitude de 11 260 cm acima do nível médio das águas do mar.[3] O edifício de passageiros situa-se do lado norte da via (lado esquerdo do sentido ascendente, para Viseu).[4][5]

Serviços

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Em dados de 2022, esta interface é frequentada por serviços da C.P. de tipo regional, com duas circulações diárias em cada sentido, entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga:[6] tal como nos restantes interfaces deste segmento da Linha do Vouga, encerrado desde 2013, este serviço é prestado por táxis ao serviço da C.P.[7][6]

 
Mapa da rede do Vouga na década de 1930, onde se pode ver a localização da gare de Albergaria-a-Velha.

História

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Antecedentes, planeamento e inauguração

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Durante a fase de planeamento da Linha do Norte, na década de 1850, o engenheiro francês Wattier estudou duas hipóteses para a parte da linha desde a zona de Aveiro até Vila Nova de Gaia, tendo uma delas sido acompanhar a estrada real a partir de Avelãs de Caminho, passando, de sul para norte, por Albergaria e Oliveira de Azeméis, e seguir depois o vale de Avintes até à margem do Rio Douro, terminando em Quebrantões.[8] No entanto, este percurso não foi utilizado, tendo em vez disso sido escolhido um traçado que fazia a linha circular quase totalmente pelo litoral, semelhante à primeira opção de Wattier.[8]

Mais tarde, em Maio de 1894, Francisco Ferreira Palha já tinha submetido ao governo o ante-projecto para o lanço entre Espinho e o Rio Caima, no qual estava prevista a construção de uma estação denominada de Valle Maior, junto à estrada de Aveiro para Viseu, com o objectivo de servir Albergaria.[9] Com efeito, previa-se que esta seria uma das principais localidades a serem servidas pela futura Linha do Vouga.[10]

Em 15 de Fevereiro de 1900, foi decretado o Plano da Rede ao Norte do Mondego, no qual se incluía a Linha do Vouga, com o ramal para Aveiro a sair de Albergaria-a-Velha.[11] Em 1903 o Ministro das Obras Públicas, o Conde de Paçô Vieira, aprovou o projecto para a Linha do Vouga, tendo modificado o início do ramal para Aveiro para Sernada do Vouga.[12]

Em 1 de Abril de 1909, entrou ao serviço o tramo de Oliveira de Azeméis a Albergaria-a-Velha, enquanto que a secção de Albergaria até Aveiro foi aberta em 8 de Setembro de 1911.[13] Nos horários de 1913, esta interface aparecia já com o nome de Albergaria a Velha.[14]

Em 1933, foi realizada uma exposição regional na Estação de Albergaria-a-Velha, no âmbito do I Congresso Regional Ferroviário.[15]

 
A Estação de Albergaria-a-Velha, já encerrada ao serviço comercial, em 2016.

Transição para a CP

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Em 1 de Janeiro de 1947, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses passou a explorar a Linha do Vouga.[16]

Suspensão

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Em 2013 os serviços ferroviários foram suspensos no troço entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga (incl. Albergaria-a-Velha), por motivos de segurança, circulando apenas composições com fins técnicos (inspeção, manutenção, etc.), sendo o transporte de passageiros neste trajeto efetuado por táxis ao serviço da C.P. que frequentam locais próximos de cada estação e apeadeiro para tomadas e largadas.[7][17]

Ver também

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Referências

  1. a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
  3. Linha do Vale do Vouga. Companhia Portugueza para a Construção e Exploração de Caminhos de Ferro: s.l., s.d. (Mapa e tabela de distâncias e altitudes.)
  4. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  5. Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
  6. a b Horário Comboios : Aveiro ⇄ Sernada ⇄ Espinho (em vigor desde 2018.09.09)
  7. a b CP transportou 337.270 clientes na Linha do Vouga em 2020”. Azeméis.Net / Agência Lusa
  8. a b ABRAGÃO, Frederico de Quadros (16 de Setembro de 1956). «No Centenário dos Caminhos de Ferro em Portugal: Algumas notas sobre a sua história» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1650). Lisboa. p. 407-424. Consultado em 25 de Setembro de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  9. «Há Quarenta Anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 46 (1113). Lisboa. 1 de Maio de 1934. p. 244. Consultado em 22 de Outubro de 2010 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  10. CORDEIRO, Xavier (6 de Janeiro de 1950). «Há 50 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1489). Lisboa. p. 743. Consultado em 29 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  11. «Há 50 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1493). Lisboa. 1 de Março de 1950. p. 854. Consultado em 30 de Setembro de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  12. SOUSA, José Fernando de (16 de Dezembro de 1933). «As Linhas do Vale do Vouga e o seu Congresso Ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 46 (1104). Lisboa. p. 643-646. Consultado em 29 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  13. «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1652). Lisboa. 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 28 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  14. «Companhia do Caminho de Ferro do Valle do Vouga». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. Ano 39 (168). Lisboa. Outubro de 1913. p. 96. Consultado em 29 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  15. «A Companhia dos Caminhos de Ferro do Vouga organiza o I Congresso Regional Ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 46 (1103). Lisboa. 1 de Dezembro de 1933. p. 618-619. Consultado em 28 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  16. AGUILAR, Busquets de (1 de Junho de 1949). «A Evolução História dos Transportes Terrestres em Portugal» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1475). Lisboa. p. 383-393. Consultado em 28 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  17. «Comboios regionais - Linha do Vouga» (PDF). Comboios de Portugal. 31 de Agosto de 2014. Consultado em 6 de Abril de 2015 
 
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Ligações externas

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