Forças de Mobilização Popular (Iraque)

Mobilização Popular (em árabe: الحشد الشعبي al-Hashd al-Shaabi), também conhecida como Mobilização Nacional (الحشد الوَطنيّ al-Hashd al-Watani) e como Forças / Unidades / Comitê de Mobilização Popular, ou pela sigla PMF (do inglês Popular Mobilization Forces) é uma organização guarda-chuva iraquiana patrocinada pelo Estado composta por cerca de 40 milícias e grupos paramilitares quase que exclusivamente xiitas[1] durante a Guerra Civil Iraquiana.[2]

Forças de Mobilização Popular
Participante na Guerra Civil Iraquiana (2011-2017)
Guerra Civil Síria
Datas 15 de junho de 2014 - presente
Ideologia Nacionalismo iraquiano
Facções:
Islamismo xiita
Antissionismo
Antiamericanismo
Khomeinismo
Anti-LGBT
Iazidismo
Objetivos Derrotar o Estado Islâmico no Iraque e Síria
Organização
Parte de Forças Armadas do Iraque
Líder Falih al-Fayyadh
Abu Mahdi al-Muhandis
Orientação
religiosa
Xiismo (maioria)
Sunismo
Cristianismo
Yazidi
Origem
étnica
Árabes (maioria)
Curdos
Turcomenos
Yazidis
Grupos Organização Badr
Asa'ib Ahl al-Haq
Exército Mahdi
Kata'ib Hezbollah
Kata'ib Sayyid al-Shuhada
Kata'ib al-Imam Ali
Abu al-Fadl al-Abbas Forces
Kataib Rouh Allah Issa Ibn Miriam
Milícias Shabak
Brigadas Turcomenos
Diversas outras milícias
Sede Bagdá,  Iraque
Área de
operações
 Iraque
Síria Síria
Efetivos 140 000
Relação com outros grupos
Aliados Irã Irão
Síria Síria
 Rússia
Hezbollah
Inimigos  Israel
 Estados Unidos
Arábia Saudita
Estado Islâmico do Iraque e da Síria
Conflitos
Guerra Civil Iraquiana (2011–2017), Guerra Civil Síria e Insurgência jihadista no Iraque (2017–presente)
Sítio web: al-hashed.gov.iq

A Mobilização Popular foi formada contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS) através da união de milícias existentes no âmbito do "Comitê de Mobilização Popular" do Ministério do Interior iraquiano em junho de 2014.[3] Elas são treinadas e apoiadas pelo Irã via a Força Quds do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica.[4]

Algumas de suas milícias componentes são consideradas grupos terroristas por alguns estados, enquanto outras foram acusadas de violência sectária. Muitos das milícias eram antes considerados "Grupos Especiais", milícias e grupos paramilitares patrocinadas pelo Irã que inicialmente lutavam contra o governo iraquiano e a Coalizão Internacional liderada pelos Estados Unidos. Grupos-membros que se encaixam nessas definições incluem o Kata'ib Hezbollah (o Hezbollah iraquiano), Exército Mahdi e a Organização Badr.[5][6]

A PMF foi acusada de ser uma nova Guarda Republicana Iraquiana, por serem leais ao governo xiita iraquiano e serem usados para controlar revoltas internas. Durante o Protestos no Iraque de 2019-2021, a organização foi acusada de matar e ferir um grande número de manifestantes e ativistas.[7][8]

Galeria

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Ver também

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Referências

  1. «Islamic State: The caliphate strikes back». The Economist. 23 de Maio de 2015 
  2. OLJ : La bataille est « mal préparée », selon le président du Parlement irakien - L'Orient-Le Jour (em francês)
  3. Forças iraquianas respondem aos jihadistas do EI perto de Ramadi - G1
  4. Hashem, Ali (16 de março de 2015). «Iraq's Shiite forces claim victory over IS». Al-Monitor. Consultado em 20 de março de 2015. Arquivado do original em 20 de março de 2015 
  5. Parker, Ned; Landay, Jonathan (23 de agosto de 2016). «Special Report: Massacre reports show U.S. inability to curb Iraq militias». Reuters. Consultado em 28 de setembro de 2020. Arquivado do original em 29 de setembro de 2020 
  6. al-Khadhimi, Mustafa (22 de dezembro de 2014). «Iraqi volunteers' victories don't justify atrocities». Al-Monitor. Consultado em 28 de setembro de 2020. Arquivado do original em 11 de janeiro de 2021 
  7. «Exclusive: Iran-backed militias deployed snipers in Iraq protests – sources». Reuters (em inglês). 17 de outubro de 2019. Consultado em 31 de outubro de 2021. Arquivado do original em 19 de outubro de 2021 
  8. «Iraq: HRW denounces lethal force against protesters, urges probe». www.aljazeera.com (em inglês). Consultado em 31 de outubro de 2021. Arquivado do original em 31 de outubro de 2021