Francisco de Sá Brito
Francisco Isidoro de Sá Brito (Porto Alegre, 18 de julho de 1808 — Alegrete, 14 de julho de 1875) foi um escritor, magistrado, advogado, jornalista e político brasileiro do século XIX. Como escritor, foi um dos vários membros da Sociedade Partenon Literário.
Francisco de Sá Brito | |
---|---|
Dados pessoais | |
Nome completo | Francisco Isidoro de Sá Brito |
Nascimento | 18 de julho de 1808 Porto Alegre, Província de São Pedro do Rio Grande do Sul |
Morte | 14 de julho de 1875 (66 anos) Alegrete, Província de São Pedro do Rio Grande do Sul |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Anna Joaquina de Oliveira Bastos (1790-1827) Pai: Francisco de Sá Brito (c.1770-1838) |
Alma mater | Universidade de Coimbra Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (1832) |
Cônjuge | Carlota de Souza Cambraia |
Profissão | Escritor, advogado, magistrado, jornalista, político |
Biografia
editarFilho do comerciante Francisco de Sá Brito (c. 1770-1838) e de Anna Joaquina de Oliveira Bastos (1790-1827), frequentou as escolas de Antônio d'Ávila, do padre Tomé Luís de Sousa e do padre João de Santa Bárbara.
Em 1827 foi a Portugal, onde se matriculou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Transferiu-se para a então recém-criada Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde concluiu o curso em 1832.[1]
De volta ao Rio Grande do Sul, tornou-se juiz em Alegrete, depois em Porto Alegre. Foi deputado provincial na 1ª Legislatura da Assembleia Legislativa Provincial do Rio Grande do Sul (1835).
Fundou, ao lado de José Calvet, o jornal Continentista em Porto Alegre. Teve participação moderada na Revolução Farroupilha, onde defendeu a deposição de Antônio Rodrigues Fernandes Braga e sua substituição por José de Araújo Ribeiro. Abandonou o movimento junto com Bento Manuel Ribeiro, voltando de novo, com este, a apoiar a causa farroupilha. Em Alegrete teve posição destacada na República Rio-grandense (1836-1845), sendo um dos autores de sua constituição.
Escritor
editarEscreveu poemas e romances, tendo publicado diversas vezes na revista da Sociedade Partenon Literário, como F. Sá Brito ou S. Brito.
Foi autor dos textos que deram origem a Memória da Guerra dos Farrapos, publicada em 1950 pela Gráfica Editora Souza do Rio de Janeiro, sendo importante fonte de referência sobre o período.
Foi também vereador em Alegrete, de 1845 a 1849.
Família
editarSá Brito foi casado com Carlota de Souza Cambraia, filha do tenente Antônio Luiz de Souza Cambraia, um dos sesmeiros povoadores do Alegrete. O casal teve dezessete filhos, dentre eles Severino de Sá Brito, autor de "Trabalhos e Costumes dos Gaúchos" (1928).
Uma de suas netas, Ana Clara de Sá e Silva, foi casada com Demétrio Nunes Ribeiro.
Um sobrinho de Francisco, José de Sá Brito (1844-1890), também foi membro da Sociedade Partenon Literário.
Em Alegrete, Francisco foi proprietário da "Estância Sá Brito", às margens do rio Ibirapuitã, a qual faz parte do projeto de turismo rural "Caminho da Rota Estâncias do Pampa", promovido pela prefeitura municipal, governo do estado e parceiros.[2]
O algibe de sua antiga residência em Alegrete, construída na década de 1840 e demolida em 2014, foi doado ao campus Alegrete da Unipampa.[3]
Ver também
editarReferências
- ↑ Emílio Fernandes de Sousa Docca, História do Rio Grande do Sul, página 334, indica o ano de 1831.
- ↑ Alegrete comemora o Dia Mundial do Turismo com lançamento da Rota das Estâncias do Pampa. 27 de setembro de 2021.
- ↑ Página da Unipampa - Algibe do século XIX
Bibliografia
editar- MOREIRA, Maria Eunice (coordenadora). Narradores do Partenon Literário. Primeiros Textos Vol. 3. Instituto Estadual do Livro, Porto Alegre, 2002.
- FRANCO, Sérgio da Costa. Guia Histórico de Porto Alegre, 4a edição, Editora da Universidade (UFRGS), Porto Alegre, 2006.