Francisco Oller
Francisco Oller (nome completo Francisco Manuel Oller y Cestero) (Bayamón, 17 de junho de 1833 - San Juan, 17 de maio de 1917) foi um pintor e artista visual porto-riquenho. Francisco Oller é o único latino-americano a ter um papel de importância no desenvolvimento do impressionismo.[1]
Francisco Oller | |
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Nome completo | Francisco Manuel Oller Cestero |
Nascimento | 17 de junho de 1833 Bayamón, Porto Rico |
Morte | 17 de maio de 1917 (83 anos) San Juan, Porto Rico |
Nacionalidade | porto-riquenho |
Área | Pintura |
Formação | |
Movimento(s) | Impressionismo |
Vida pessoal
editarFrancisco nasceu em Bayamón, o terceiro de quatro filhos de uma aristocrática e rica família de Porto Rico. Seus pais chamavam-se Cayetano Juan Oller y Fromesta e María del Carmen Cestero Dávila.[2][3] Aos 11 anos começou a estudar arte sob a tutela de Juan Cleto Noa, pintor que tinha uma escola de arte em San Juan, capital de Porto Rico. Lá Francisco demonstrou seu grande talento para a arte, especialmente a pintura e em 1848 o General Juan Prim, governador de Porto Rico, ofereceu-lhe a chance de ir para Roma continuar seus estudos. Sua mãe, porém, não concordou com a viagem, pois Francisco era novo demais para viajar sozinho.[1]
Aos 18 anos, Francisco mudou-se para Madri, onde começou a estudar pintura na Real Academia de Belas-Artes de São Fernando, sob a tutela de Don Federico de Madrazo y Kuntz, diretor do Museu do Prado. Em 1858, mudou-se para Paris, onde estudou com Thomas Couture. Em seguida, matriculou-se para estudar artes no Louvre, sob a orientação de Gustave Courbet.[1] Em seu tempo livre, aproveitando-se de sua voz de barítono, Francisco participava da ópera local. Era frequente vê-lo em cafés conversando com outros artistas. Logo ele se tornaria amigo de outros artistas porto-riquenhos, como Ramón Emeterio Betances, posteriormente expatriado da França por sua inclinação política. Em 1859, Francisco exibiu alguns de seus trabalhos próximo aos trabalhos de Bazille, Renoir, Monet, e Sisley.[1]
Por um curto período, Francisco foi aluno de Paul Cézanne, mas a relação dos dois deteriorou com o tempo. Em 1865, Francisco ficou conhecido como o primeiro artista porto-riquenho e hispânico impressionista. Em 1868, fundou a Academia Livre de Arte de Porto Rico, hoje conhecida como Escuela de Artes Plásticas y Diseño de Puerto Rico.[1]
Últimos anos
editarEm 1884, Francisco fundou uma escola de arte para moças, que tornaria-se posteriormente a Universidad Nacional.[4] Em 1871, a Espanha o honrou como membro dos Caballeros de la Orden de Carlos III e um ano depois tornou-se o pintor oficial da corte de Amadeu I de Espanha. Francisco trazia a realidade da paisagem porto-riquenha para suas telas, tendo obras expostas em vários museus do mundo.[1]
Francisco Oller faleceu em 17 de maio de 1917, em San Juan, capital de Porto Rico.[1]
Estilo
editarFrancisco era um pintor prolífico, cujos trabalhos retratavam paisagens e locais históricos de Porto Rico, entre outros.[4] Envolveu-se com diversos movimentos artísticos, tais como o Realismo, Naturalismo, mas é mais conhecido por seu trabalho no impressionismo.[4]
Galeria
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Hacienda La Fortuna, 1885. Brooklyn Museum
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La Escuela del Maestro Rafael Cordero (1890–1892)
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El Velorio (1893)
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Estudio del Natural, (1866-72)[5]
Referências
- ↑ a b c d e f g Raynor, Vivien (10 de fevereiro de 1984). «Francisco Oller, Puerto Rico Glimpsed». The New York Times
- ↑ Catalogue Commemorating the Exhibition the Art Heritage of Puerto Rico: Pre .. By Museo del Barrio (New York, N.Y.), Metropolitan Museum of Art (New York, N.Y.)
- ↑ http://nobox.net/voz/prog_216.mp3 (em castelhano) "Oller en Europa": Haydée Venegas' interview by La Voz del Centro
- ↑ a b c Spiegelman, Willard. «A Voyager Among Countries and Styles». The Wall Street Journal. p. D5, electronic copy published as Spiegelman, Willard. «'Impressionism and the Caribbean: Francisco Oller and His Transatlantic World' Review». The Wall Street Journal. Consultado em 8 de abril de 2017
- ↑ «El pañuelo de la negra: notas sobre la construcción artesanal de la memoria» (PDF). Consultado em 8 de abril de 2017. Arquivado do original (PDF) em 2 de fevereiro de 2016