Galeão

navios de grande porte (maiores que Naus) muito utilizadas no final da Idade Média
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 Nota: Para outros significados, veja Galeão (desambiguação).

Um galeão é um navio que se distingue dos restantes navios do mesmo tipo pelo facto de possuir quatro mastros, de alto bordo, armado em guerra, frequentemente utilizado no transporte de cargas que possuíam alto valor na navegação oceânica entre os séculos XVI e XVIII. Alguns deslocavam 1200 toneladas e continham 40 bocas de fogo. O número de velas era variável e tinham duas ou três cobertas. Uma das suas características é a existência do chamado "castelo", à sua popa, apresentando até à proa uma pequena curva.[1]

Imagem de um galeão espanhol

O termo galeão vem do italiano e o nome "galeone" aparece pela primeira vez nos anais genoveses no século XII, quando Gênova era uma importante república naval. O termo, assim como outros nomes semelhantes usados para embarcações antigas (galé, galera, galeaça etc.), tem origem no verbo italiano galleggiare, flutuar. Contudo, nessa altura, o galeão era uma pequena galé com uma vela e uma só ordem de remos, e de formas finas. Fontes documentais indicam o surgimento do galeão em 1528 como uma nova classe de navios criada por Matteo Bressan no Arsenal de Veneza.[2] Mais tarde aplicou-se o termo a navios de alto bordo e de velas nas carreiras da América, da África e das Índias.

Em 1705, durante a guerra da sucessão da Espanha, vários galeões carregados de ouro afundaram na baía de Vigo.

Em maio de 2007 foi descoberto um carregamento de moedas de prata de um galeão espanhol, com equivalência superior a 230 milhões de euros.

O galeão além de servir às diversas marinhas, também era usado por piratas.

Referências

  1. Caravelas, Naus e Galés de Portugal, Enciclopédia pela Imagem, Lello e Irmãos-Editores, Porto
  2. Gould, Richard A. (29 de abril de 2011). Archaeology and the Social History of Ships. [S.l.: s.n.] ISBN 9781139498166 

Ver também

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Ligações externas

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