George Darwin
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «George Darwin», especificamente desta versão.
George Howard Darwin, FRS (9 de julho de 1845 – Cambridge, 7 de dezembro de 1912)[1] foi um astrônomo e matemático inglês.
George Darwin | |
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Nascimento | 9 de julho de 1845 Down House |
Morte | 12 de julho de 1912 (67 anos) Cambridge |
Nacionalidade | britânico |
Cidadania | Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda |
Progenitores | |
Cônjuge | Maud Darwin |
Filho(a)(s) | Gwendolen Raverat, Charles Galton Darwin, Margaret Elizabeth Darwin, William Robert Darwin |
Irmão(ã)(s) | Anne Elizabeth Darwin, Henrietta Litchfield, Francis Darwin, Horace Darwin, Leonard Darwin, Charles Waring Darwin, William Erasmus Darwin, Mary Eleanor Darwin, Elizabeth Darwin |
Alma mater | Universidade de Cambridge |
Ocupação | matemático, astrônomo |
Distinções | Prêmio Smith (1868) Medalha Real (1884) Medalha de Ouro da RAS (1892) Medalha Copley (1911) |
Empregador(a) | Universidade de Cambridge |
Orientador(a)(es/s) | Edward Routh |
Orientado(a)(s) | Ernest William Brown, Edmund Taylor Whittaker |
Campo(s) | astronomia, matemática |
Assinatura | |
Foi Professor Plumiano de Astronomia e Filosofia Experimental (1883–1912).
Foi palestrante convidado do Congresso Internacional de Matemáticos em Roma (1908: The rigidity of the earth).[2]
George Darwin saiu da sombra de seu pai, Charles Darwin, o autor da origem das espécies. Se tornou o principal especialista inglês em marés. Faleceu em 7 de dezembro de 1912. Foi sepultado no Trumpington Extension Cemetery, Cambridge.[3]
Teoria da fissão lunar
editarEm 1878, George Darwin anunciou sua teoria de que a Lua se originara de uma fissão. Essa ideia recebeu algum crédito em parte por ter Charles Darwin como seu pai. Sua mãe foi Emma Darwin.
Como descobriu que a Lua se afasta da Terra, Darwin imaginou o que aconteceria se o processo fosse invertido. Recuando no tempo, a Lua se aproxima, e tanto a órbita lunar quanto a rotação da Terra tornam-se cada vez mais rápidas. Com o tempo, a Lua deve atingir e se fundir com ela. A conclusão lógica para Darwin era que uma porção da Terra, que girava rapidamente em estado fundido deveria ter se separado e formado a Lua.
Ele imediatamente começou a fazer cálculos matemáticos para inverter a trajetória da Lua até alcançar a Terra. Frustrado, chegou a um ponto quase na Terra e depois não pôde avançar mais, a matemática não o deixou avançar. Chegou a um ponto em que a Lua gira em torno da Terra a uma velocidade de cinco ou seis rotações por dia. E estava a 8.000 km da Terra. Mas os cálculos matemáticos não permitiram que os dois corpos entrassem em contato.
Essa teoria foi debatida durante décadas. Mas os cientistas acabaram por concluir que os movimentos relativos da Terra e da Lua não tinham o resultado de uma fissão. A Terra precisaria ter girado rápido demais para explicar sua velocidade atual de rotação.
Descoberta do afastamento lunar
editarAtravés da análise da relação entre a Lua e as marés chegou a conclusão de que a Lua gradualmente se afastava cada vez mais da Terra. Isso só foi provado 95 anos depois na missão Apollo quando os astronautas foram à Lua e colocaram um painel refletor lá. Enviava um laser até a Lua, o raio refletia no painel, e voltava. E foi possível medir a distância exata da Lua (384.405 km). A distância aumenta 3,8 centímetros por ano, equivalente a uma polegada e meia.
Prémios e honrarias
editar- 1868 - Prémio Smith
- 1884 - Medalha Real[4]
- 1892 - Medalha de Ouro da Royal Astronomical Society[5]
- 1911 - Medalha Copley[6]
Obras
editar- "Tides" (Encyclopædia Britannica, Ninth Edition, 1875–89)
- The tides and kindred phenomena in the solar system (Boston, Houghton, 1899)
- Problems connected with the tides of a viscous spheroid (London, Harrison and Sons, 1879–1882)
- Scientific papers (Volume 1): Oceanic tides and lunar disturbances of gravity (Cambridge: University Press, 1907)
- Scientific papers (Volume 2): Tidal friction and cosmogony. (Cambridge: University Press, 1908)
- Scientific papers (Volume 3): Figures of equilibrium of rotating liquid and geophysical investigations. (Cambridge: University Press, 1908)
- Scientific papers (Volume 4): Periodic orbits and miscellaneous papers. (Cambridge: University Press, 1911)
- Scientific papers (Volume 5) Supplementary volume, containing biographical memoirs by Sir Francis Darwin and Professor E. W. Brown, lectures on Hill's lunar theory, etc. (Cambridge: University Press, 1916)
- The Scientific Papers of Sir George Darwin. 1907. Cambridge University Press (reissued by Cambridge University Press, 2009; ISBN 9781108004497)
Referências
- ↑ GRO Register of Deaths: DEC 1912 3b 552 CAMBRIDGE - George H. Darwin, aged 67
- ↑ Atti del IV Congresso Internazionale dei Matematici (Roma, 6-11 Aprile 1908) Volume III, pp. 5–11
- ↑ George Darwin (em inglês) no Find a Grave [fonte confiável?]
- ↑ «Award winners : Royal Medal» (em inglês). The Royal Society. Consultado em 19 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 27 de outubro de 2017
- ↑ «Gold Medal Winners» (pdf) (em inglês). Royal Astronomical Society. Consultado em 17 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 15 de setembro de 2017
- ↑ «Award winners : Copley Medal» (em inglês). The Royal Society. Consultado em 20 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 27 de outubro de 2017
Ligações externas
editar- O'Connor, John J.; Robertson, Edmund F., «George Darwin», MacTutor History of Mathematics archive (em inglês), Universidade de St. Andrews
- George Darwin (em inglês) no Mathematics Genealogy Project
- "The Genesis of Double Stars" - by George Darwin, from A.C. Seward's Darwin and Modern Science (1909).
- details of correspondence
Precedido por Thomas Archer Hirst e John Scott Burdon-Sanderson |
Medalha Real 1884 com Daniel Oliver |
Sucedido por David Edward Hughes e Ray Lankester |
Precedido por Maurice Loewy |
Medalha de Ouro da Royal Astronomical Society 1892 |
Sucedido por Hermann Carl Vogel |
Precedido por Francis Galton |
Medalha Copley 1911 |
Sucedido por Felix Klein |