Grande Otelo

ator brasileiro
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Grande Otelo, pseudônimo de Sebastião Bernardes de Souza Prata OMC (Uberlândia, 18 de outubro de 1915[a]Roissy-en-France, 26 de novembro de 1993), foi um ator, comediante, cantor, produtor e compositor brasileiro. Foi um artista de cassinos cariocas e do chamado teatro de revista, participou de diversos filmes brasileiros de sucesso, entre eles as famosas chanchadas nas décadas de 1940 e 1950, que estrelou em parceria com o cômico Oscarito, e a versão cinematográfica de Macunaíma, realizada em 1969. É frequentemente citado como um dos mais importantes atores da história do Brasil.[3][4]

Grande Otelo
OMC

Nome completo Sebastião Bernardes de Souza Prata
Outros nomes Grande Otelo
Nascimento 18 de outubro de 1915[a]
Uberlândia, MG, Brasil
Morte 26 de novembro de 1993 (78 anos)
Roissy-en-France, França
Nacionalidade brasileiro
Etnia afro-brasileiro
Cônjuge
  • Lúcia Maria Pinheiro (c. 1941–49)
  • Olga Vasconcellos de Souza (c. 1954–74)
  • Joséphine Hélene (c. 1974–87)
Filho(a)(s) 4
Ocupação
Prêmios lista

Biografia

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Década de 1920: infância e juventude

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Sebastião nasceu em 1915, filho de Antenor Prata e Maria das Dores de Souza.[5] O pai, que exercia a profissão de boiadeiro, faleceu quando Sebastião tinha dois anos.

Segundo o próprio ator, sua vida artística começa em Uberlândia em 1923 ou 1924, em um picadeiro de circo:

"Pra mim, a primeira entrada que eu fiz foi uma beleza porque eu já era assim um palhaço da cidade, com a pouca idade que eu tinha. Então naquele dia o circo encheu mais pra ver o Bastiãozinho (...). Eu tinha uns sete anos...Bastiãozinho vestido com um vestido comprido e um travesseiro no bumbum e rebolando, de braço com o palhaço. Aí todo mundo riu, todo mundo achou graça...."[6]

Quando ele tinha oito anos, sua mãe então teria lhe dado de presente à mãe de Abigail Parecis, que tinha uma companhia de teatro e o levou para São Paulo.[7]

Na cidade, fugiu algumas vezes, o que o levava sempre ao Juizado de Menores.

 
Grande Otelo, em 1927, na Companhia Negra de Revistas

Participou em 1927, ainda criança, da Companhia Negra de Revistas, fundada por Jayme Silva e pelo artista negro De Chocolat, a qual tinha também Pixinguinha como maestro.[8][9] Suas apresentações logo se tornaram conhecidas, levando ao seguinte comentário do Jornal do Commercio:

Faz parte do elenco como número de grande attração o grande Othelo, um pequenino artista de seis annos de idade, que é um verdadeiro assombro. O pequeno grande artista canta em diversos idiomas, com uma verve e uma espontaneidade extraordinárias. Jornaes de São Paulo e de diversas cidades chamaram-lhe de o maior artista do idioma portuguez."[10][nota 1]

Após algumas fugas, passou por alguns tutores até ser adotado pela família do político Antonio de Queiroz.[3] Otelo estudou então no Liceu Coração de Jesus, até a terceira série ginasial.[12]

Década de 1930, 1940 e 1950: teatro e cinema

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Ao longo das décadas de 1930 a 1950, Grande Otelo participou de numerosas peças do teatro de revista.

Em 1932 ingressou na Companhia Jardel Jércolis, um dos pioneiros do teatro de revista. Lá fez apresentações, como a revista "No Tabuleiro da Baiana", na qual se destacou pelos duetos com a cantora de sambas e marchas Déo Maia.[13]

Em 1936 participou da revista "Pacificação", de Ari Barroso e Carlos Bittencourt, com a" Companhia de Revistas e Operetas Margarida Max e Mesquitinha". Atuou ao lado de vários artistas, como o tenor russo Marcel Klass, o fadista Joaquim Pimentel e o dançarino excêntrico Da Ferreyra, além dos próprios Margarida Max e Mesquitinha.[14]

Em 1938 integrou a nova "Companhia Negra de Operetas e Revistas", novamente associada ao artista De Chocolat. O elenco se destacou pela peça "Algemas Quebradas", que contava com outros artistas negros, como os atores Apolo Correia e De Carambola, o cantor Moacyr do Nascimento, as cantoras Aída Santos e Índia do Brasil, e a atriz Celeste Aída. O espetáculo foi muito elogiado pela crítica e pelo público, despontando como uma iniciativa bem-sucedida no teatro realizado por artistas negros.[15]

Em 1939 assinou um contrato com o movimentado Cassino da Urca, no Rio de Janeiro, para algumas apresentações com a famosa dançarina americana e naturalizada francesa Josephine Baker.[6][16]

 
Em 1950

Em 1942 participou do filme inacabado It's All True, de Orson Welles. O intérprete e diretor norte-americano considerava Grande Otelo o maior ator brasileiro.[17] Em 1950, o ator estava no auge da carreira e já era há muito consagrado pelo público. Um comentário na revista O Cruzeiro sobre sua dimensão no mundo artístico:

"Grande Otelo é, na verdade, um artista de grande público - e bem merece esse favor das plateias. Com números novos ou números velhos, encontra sempre elementos pessoais para agradar, seja na mímica, que é variadíssima e expressiva, seja na enunciação de seus monólogos, com efeitos vocais bem dosados e eficientes. Além de tudo, possui uma irradiante simpatia que representa, para todo artista, uma qualidade inestimável".[18]

Fez inúmeras parcerias no cinema, sendo a mais conhecida com Oscarito. Depois os produtores formariam uma nova dupla dele com o cômico paulista Ankito.[6] No final dos anos 1950, Grande Otelo também formou dupla em vários espetáculos musicais e também no cinema, com Vera Regina, uma negra alta que lembrava Josephine Baker.

 
Com Vera Regina em foto do Arquivo Nacional

Décadas de 1960 a 1990

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Com o fim da parceria com Vera Regina, Otelo passou por um período de crise, até voltar ao sucesso no cinema, com sua grande atuação no personagem título de Macunaíma (1969), baseado na obra de Mário de Andrade.

A partir da década de 1960, Otelo passou a ser contratado da TV Globo, emissora na qual atuou em diversas telenovelas de grande sucesso, como Uma Rosa com Amor (1972).

Em 1974 estrelou ao lado de Miriam Batucada o exitoso espetáculo "Samba, coisa e tal", produzido por Haroldo Costa.

Participou também do filme de Werner Herzog, Fitzcarraldo, de 1982, filmado na Amazônia.

No início da década de 1990 também participou do humorístico Escolinha do Professor Raimundo. Seu último trabalho foi na telenovela Renascer, em 1993, pouco antes de morrer.

Grande Otelo morreu em 26 de novembro de 1993, aos 78 anos de idade, devido a um infarto fulminante, quando desembarcava no Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle, em Roissy-en-France, a 25 km de Paris, de onde seguiria para o Festival dos Três Continentes, em Nantes, onde seria homenageado em um painel sobre "negritude no cinema".[19] Seu corpo foi enterrado no Cemitério São Pedro, em Uberlândia, sua cidade natal.[20]

Vida pessoal

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Sua vida teve várias tragédias. Seu pai morreu esfaqueado e a mãe era alcoólatra.[21]

Em 1948 casou-se com sua antiga companheira Lucia Maria Pinheiro, mãe do pequeno Elmar (apelidado de "Chuvisco").[22] No ano seguinte, Lucia matou a criança de seis anos a tiros e, em seguida, cometeu suicídio.[23]

Em 1954, casou-se com Olga Vasconcellos, permanecendo em uma relação de 20 anos.[24]

Seu último casamento ocorreu com a dançarina Joséphine Hélene, durando 13 anos.

Teve quatro filhos, um deles o também ator José Prata, o "Pratinha", que iniciou carreira artística aos 14 anos. Atuou na versão de 1986 da novela Sinhá Moça (no papel de Bentinho), além de participar do seriado As Aventuras do Tio Maneco, da TVE, e das peças "O Pagador de Promessas" e “A Turma do Pererê”. Na década de 2010, Pratinha trabalhava com conserto de celulares. Outro dos filhos de Otelo, Carlos Sebastião Vasconcelos Prata, na mesma época, havia se tornado morador de rua.[25]

Legado

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Acervo Grande Otelo

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Arte em homenagem a Grande Otelo

Encontra-se disponível na internet grande parte do Acervo Grande Otelo, recebido oficialmente pela Fundação Nacional da Arte (FUNARTE) em dezembro de 2007.[26]

O material estava há vários anos em um apartamento no bairro da Tijuca, guardado em caixas de papelão, nas quais foram descobertos manuscritos, livros de autoria do ator, e outros com dedicatórias de amigos e personalidades reconhecidas da cultura brasileira; letras de música compostas por ele e parcerias, discos em vinil, fitas-cassete com os mais variados conteúdos (entrevistas, músicas e programas apresentados pelo artista); prêmios e homenagens (troféus, placas, diplomas e certificados) recebidos durante a sua carreira, roteiros de cinema, TV, teatro, rádio, shows, partituras, correspondências, livros, monografias, poemas, fotos, obras de arte, recortes de jornais e revistas.[27]

A Fundação Grande Otelo (FGO) é a detentora dos direitos sobre o nome, imagem, obra e acervo do ator, após doação dos direitos por seus herdeiros.

O trabalho de restauração e catalogação do material se iniciou em 2004, pela produtora carioca Sarau Agência de Cultura Brasileira. O acervo foi fundamental para o conteúdo do Projeto 90 anos de Grande Otelo, idealizado pela mesma produtora, fornecendo informações inéditas para a biografia do artista, realizada pelo escritor Sérgio Cabral. O acervo serviu de base também para a criação de um site, um documentário e um espetáculo teatral. Após o término do projeto, o acervo restaurado, higienizado e digitalizado foi entregue à Funarte, oficialmente no dia 17 de dezembro. O público tem acesso físico ao material desde fevereiro de 2008.

Carreira

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No cinema

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Grande Otelo com elenco da Companhia Negra de Operetas e Revistas (1938)
 
Bibi Ferreira e Grande Otelo, 1960
Grande Otelo, junto com seus filhos, fala sobre sua primeira experiência no teatro, na peça "O crime do homem dos passarinhos", na qual contracenava com Manoel Pera (1967)
Título Personagem
2007[28] A Paz é Dourada (antes "Fronteiras : A Saga de

Euclides da Cunha")

Abelão[29]
1997 Tudo é Brasil Ele mesmo
1990 Boca de Ouro Preto velho
1989 Jardim de Alah Alá
1988 Natal da Portela Seu Napoleão
1987 Jubiabá Jubiabá
1986 Brasa Adormecida Pai Serafim
Nem Tudo É Verdade
1985 Running Out of Luck[30] Homem na estrada
1984 Quilombo Babá
Exu-Piá, Coração de Macunaíma Macunaíma
1983 Parahyba, Mulher Macho
1982 Fitzcarraldo Funcionário da Estação[31]
1981 O Homem do Pau-Brasil Príncipe Tourvalou de Blesi
1980 Asa Branca
1978 A Noite dos Duros Bides
As Aventuras de Robinson Crusoé Sexta-feira
Agonia Sinhô[32]
A Noiva da Cidade Líbero
1977 Saltimbancos
Ladrões de Cinema Ruy Zebra
Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia Dondinho
A Força de Xangô Beicinho
Ouro Sangrento (Tenda dos Prazeres)
1976 Carioca Tigre Homero
Tem Alguém na Minha Cama Teodoro
Os Pastores da Noite Artur
1975 Aventuras d'um Detetive Português Souza
Deixa Amorzinho… Deixa
Assim Era a Atlântida Ele mesmo
O Flagrante
Ladrão de Bagdá, O Magnífico Gênio dos Sete Ventos
1974 A Estrela Sobe
A Transa do Turf Escovador
1973 O Negrinho do Pastoreio Negrinho do Pastoreio
O Rei do Baralho Rei do Baralho
1972 Cassy Jones, o Magnífico Sedutor Porteiro
1971 O Barão Otelo no Barato dos Bilhões Barão Otelo
1970 O Donzelo Taxista
A Família do Barulho
Se Meu Dólar Falasse Tisiu
Os Herdeiros Américo
1969 Macunaíma Macunaíma negro / Filho de Macunaíma
Não Aperta, Aparício Tonico
L'alibi Tranviere
A Doce Mulher Amada Léo
Em Ritmo Jovem Eusébio
Por Um Amor Distante
1968 Enfim Sós.... Com o Outro Anael
Massacre no Supermercado Zé Gatinho
Os Marginais Couve flor
1967 Una rosa per tutti Zé Amaro
1966 Samba Freitas
1965 Arrastão Focinho
1964 Crônica da Cidade Amada
1963 O Homem que Roubou a Copa do Mundo
1962 Assalto ao Trem Pagador Cachaça
Os Cosmonautas Zenóbio
Quero essa Mulher Assim Mesmo
1961 O Dono da Bola Ele mesmo
Os Três Cangaceiros Mundico
1960 Pistoleiro Bossa Nova Pixinxa
Vai que É Mole Brancura
Um Candango na Belacap Emanuel Davis Júnior
Entrei de Gaiato Apresentador do show do hotel
1959 Mulheres à Vista Josafá
Garota Enxuta Otelo
1958 Pé na Tábua Cabeleira
E o Bicho não Deu Jujuba
É de Chuá! Laurindo
Mulher de Fogo
1957 A Baronesa Transviada Benedito
Metido a Bacana Coalhada
De Pernas pro Ar Faísca
Com Jeito Vai Feijão
Rio Zona Norte Espírito da Luz
Brasiliana
1956 Depois Eu Conto Veludo
1955 Conchita und der Ingenieur
1954 Malandros em Quarta Dimensão Malandro
Matar ou Correr Cisco Kada
1953 Dupla do Barulho Tião
Amei um Bicheiro Passarinho
1952 Três Vagabundos Rapadura
Carnaval Atlântida Assistente
Barnabé, Tu És Meu Abdula
1950 Aviso aos Navegantes Azulão
Não É Nada Disso
1949 Um Caçula do Barulho
Também Somos Irmãos Miro
Carnaval no Fogo Empregado do Hotel
1948 Terra Violenta
É Com Este Que Eu Vou Lamparina
...E o Mundo se Diverte Zelador do teatro
1947 Luz dos Meus Olhos Guia de Roberto
Este Mundo É um Pandeiro
1946 Segura Esta Mulher Detetive Olho vivo
Fantasma por Acaso
1945 Gol da Vitória Laurindo[33]
Não Adianta Chorar
1944 Tristezas não Pagam Dívidas Dono da gafieira
Romance Proibido Molecote
Berlim da Batucada Empregado da pensão
1943 Caminho do Céu Molecote
Moleque Tião Tião
Samba em Berlim Empregado
Astros em Desfile
1942 It's All True (inacabado)
1941 Sedução do Garimpo Empregado da tendinha
Entra na Farra
Céu Azul Chocolate
1940 Laranja da China Boneco de Piche
Pega Ladrão
1939 Onde Estás Felicidade? Sebastião
1938 Futebol em Família Gibi
1937 João Ninguém
1935 Noites Cariocas

Na televisão

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Ano Título Personagem Notas
1960 Gabriela, Cravo e Canela Tuísca
1965 Bairro Feliz Sambista
1966-1967 Riso Sinal Aberto
1968 Porque Hoje é Sábado Apresentador
1971 Linguinha Cassius Ali
Caso Especial Episódio: "Meus Filhos"
Bandeira 2 Zé Catimba
1972 Uma Rosa com Amor Pimpinoni
Shazan, Xerife e Cia. Jean-Piérre Episódio: " S.O.S Rádio Jururu"
1973 Os Ossos do Barão Bêbado[34] Participação Especial
1974 Caso Especial Episódio: "O Professor Vai Embora"
1975 Bravo! Malaquias
1978 Maria, Maria Preto Maravilha
1979 Feijão Maravilha Benevides
1980 Água Viva Canivete
Sítio do Picapau Amarelo Gunga Dim Episódio: "A Santa do Pau Oco"
1981 Obrigado, Doutor Dico Episódio: "Emergência"
1982 Chico Anysio Show Eustáquio
1985 A Gata Comeu Ele mesmo
1986 Sinhá Moça Justo
1987 Mandala Jonas Caetano
1989 República Patápio dos Prazeres
1990-1993 Escolinha do Professor Raimundo Seu Eustáquio
1991 Estados Anysios de Chico City
1993 Renascer Seu Francisco (pai de Ritinha)

Principais prêmios e indicações

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Prêmio Air France

Festival de Brasília
Instituto Nacional de Cinema
Festival de Gramado
  • Recebeu o Troféu Oscarito em 1990.[36]

Notas e referências

Notas

  1. O Jornal do Commércio cita que Grande Otelo tinha seis anos ao se apresentar com a Companhia Negra de Revistas. Porém, segundo a data de nascimento do artista, em 1927 o artista já contava com doze anos.[11]
  1. a b Ao revisar seus documentos, Otelo, que não sabia ao certo a data de seu nascimento, se registrou com a data de seu batismo, 18 de outubro de 1915. Nos rascunhos de sua autobiografia, o ator dizia “Em 1923 ou 24 mais ou menos eu nasci. Nasci pra mim mesmo pois é daí que eu começo a lembrar-me das coisas. Para os outros, eu nasci em 1915”. Há ainda a informação de que ele pode ter nascido em 1917 e adulterado essa data para 1915 para poder trabalhar.[1] Além da data de nascimento, Grande Otelo alterou também o nome de batismo, de Sebastião Bernardo da Costa (ou Sebastião Bernardo Silva, conforme outra fonte[1]) para Sebastião Bernardes de Sousa Prata.[2]

Referências

  1. a b Macedo, Aline (16 de outubro de 2015). «O eterno Macunaíma, Grande Otelo nasceu em 18 de outubro de 1915. Ou não». O Globo. Consultado em 26 de dezembro de 2024 
  2. Zorzi, André Carlos (26 de novembro de 2018). «25 anos sem Grande Otelo: relembre a vida e a obra do humorista». Estadão. Consultado em 26 de dezembro de 2024 
  3. a b «Biografia de Grande Otelo». eBiografia. Consultado em 21 de abril de 2022 
  4. «Grande Othelo - Literatura Afro-Brasileira». www.letras.ufmg.br. Consultado em 21 de abril de 2022 
  5. «A carteira de identidade de Grande Otelo...». Republicado por Hemeroteca Digital Brasileira. Carioca (n.308): p.38. 30 de agosto de 1941. Consultado em 11 de outubro de 2022 
  6. a b c «Grande Otelo | 15/06/1987». Canal Rodaviva. 15 de junho de 1987. Consultado em 11 de outubro de 2022 
  7. «Este é o Grande Otelo». Republicado por Hemeroteca Digital Brasileira. O Cruzeiro (n.35): p.23. 13 de junho de 1948. Consultado em 11 de outubro de 2022 
  8. «Grande Otelo - Curiosidades». Consultado em 12 de janeiro de 2011 
  9. AdoroCinema. «Grande Otelo». AdoroCinema. Consultado em 21 de abril de 2022 
  10. «Theatros e Música». Republicado por Hemeroteca Digital Brasileira. Jornal do Commercio (n.61): p.3. 4 de março de 1927 
  11. Referência da nota
  12. «Liceu Coração de Jesus completa 135 anos de história | Memória». VEJA SÃO PAULO. Consultado em 21 de abril de 2022 
  13. «Deo Maia é a atração do Carlos Gomes». Republicado por Hemeroteca Digital Brasileira. Diário Carioca (n.2612): p.13. 17 de janeiro de 1937. Consultado em 11 de outubro de 2022 
  14. «Margarida Max e Mesquitinha estréiam hoje no Teatro Carlos Gomes». Republicado por Hemeroteca Digital Brasileira. Jornal do Brasil (n.115): p.15. 13 de maio de 1936. Consultado em 10 de outubro de 2022 
  15. «Teatro negro no Brasil». Republicado por Hemeroteca Digital Brasileira. Carioca (n. 152): p.132. 17 de setembro de 1938. Consultado em 11 de outubro de 2022 
  16. «Será hoje a grande festa de Josephine Baker, na Urca, em benefício do "Instituto Pestalozzi"». Republicado por Hemeroteca Digital Brasileira. O Jornal (n.6145): p.12. 23 de junho de 1939. Consultado em 11 de outubro de 2022 
  17. «Grande Otelo - Biografia do ator, filmes principais, vida, filmografia, cinema, parceria com Oscarito, novelas que participou». Consultado em 12 de janeiro de 2011 
  18. «Otelo volta a Copacabana». Republicado por Hemeroteca Digital Brasileira. O Cruzeiro (n.27): p.36. 22 de abril de 1950. Consultado em 11 de outubro de 2022 
  19. «La mort de l'acteur brésilien Grande Otelo». L'Humanité (em francês). 29 de novembro de 1993. Consultado em 29 de setembro de 2023. Arquivado do original em 27 de novembro de 2019 
  20. «Depois de Grande Otelo, túmulos de duas vítimas de crimes brutais são os mais visitados em Uberlândia; conheça as histórias». G1. Consultado em 21 de abril de 2022 
  21. «Grande Otelo - Biografia». Consultado em 12 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 1 de fevereiro de 2014 
  22. «Grande Otelo "enforcou-se"». Republicado por Hemeroteca Digital Brasileira. Carioca (n.659): p.34. 20 de maio de 1948. Consultado em 11 de outubro de 2022 
  23. «Matou o filho e suicidou-se a esposa de Grande Otelo». Republicado por Hemeroteca Digital Brasileira. Correio da Manhã (n.17387): p.5. 22 de novembro de 1949. Consultado em 11 de outubro de 2022 
  24. «Grande Otelo». Republicado por Hemeroteca Digital Brasileira. Guanabara Fluminense (n.9): p.50. Novembro de 1954. Consultado em 11 de outubro de 2022 
  25. «Ator filho de Grande Otelo está morando na rua, diz colunista». www.noticiasaominuto.com.br. 8 de agosto de 2018. Consultado em 24 de setembro de 2019 
  26. «Centenário da Abolição - Grande Otelo». Consultado em 12 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 26 de março de 2011 
  27. «Acervo de Grande Othelo disponível na Web é invisível para o Google». Grupo de Pesquisa em Jornalismo On-line - GJOL. 3 de janeiro de 2008. Consultado em 21 de abril de 2022 
  28. «A paz é dourada conta a saga de Euclides da Cunha | + Pop». Tribuna do Paraná. 1 de maio de 2007. Consultado em 3 de maio de 2022 
  29. Cabral, Sérgio (2007). Grande Otelo : Uma biografia. São Paulo: Editora 34 
  30. Paiva, Vitor (3 de novembro de 2021). «Mick Jagger contracenou com Grande Otelo num longa controverso e nunca lançado; veja trechos». Hypeness (em inglês). Consultado em 3 de maio de 2022 
  31. «Filme "Fitzcarraldo" de Werner Herzog, 1982 – CINEMA EM FOCO». Consultado em 3 de maio de 2022 
  32. «FILMOGRAFIA - A AGONIA». bases.cinemateca.gov.br. Consultado em 3 de maio de 2022 
  33. «O Goal da Vitória». Cinemateca Brasileira. Consultado em 1 de março de 2018 
  34. «Os Ossos do Barão (1973)». teledramaturgia.com.br. Consultado em 24 de maio de 2024 
  35. a b c «Macunaíma». Consultado em 12 de janeiro de 2011 
  36. «Caricaturas de Oscarito e Eduardo Abelin decoram a Borges». Consultado em 12 de janeiro de 2011 

Ligações externas

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1969
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1990
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