Uma Inequação do 2º Grau é uma inequação que pode ser reduzida à forma:
a
x
2
+
b
x
+
c
⋆
0
{\displaystyle ax^{2}+bx+c\star 0}
.
Note que comparar um dos termos a zero é essencial para a resolução de qualquer inequação mais complexa do que a inequação do 1º grau .
Inicialmente, acham-se os zeros da inequação, resolvendo-a como uma equação quadrática . Note que, achando 2 raízes reais, sabe-se que
Δ
>
0
{\displaystyle \Delta >0}
, achando-se 1 raiz real, sabe-se que
Δ
=
0
{\displaystyle \Delta =0}
e não se achando raiz real, sabe-se que
Δ
<
0
{\displaystyle \Delta <0}
. Após isso, observa-se o sinal do coeficiente
a
{\displaystyle a}
. Pelo estudo dos sinais da função quadrática , temos que:
Exemplo de uma função positiva para qualquer valor de
x
{\displaystyle x}
Exemplo de uma função negativa para
x
≠
r
1
=
r
2
{\displaystyle x\neq r_{1}=r_{2}}
e nula para
x
=
r
1
=
r
2
{\displaystyle x=r_{1}=r_{2}}
Exemplo de uma função positiva para
x
<
r
1
{\displaystyle x<r_{1}}
ou
x
>
r
2
{\displaystyle x>r_{2}}
; nula para
x
=
r
1
=
r
2
{\displaystyle x=r_{1}=r_{2}}
e negativa para
r
1
<
x
<
r
2
{\displaystyle r_{1}<x<r_{2}}
.
Δ
<
0
{\displaystyle \Delta <0}
a
>
0
→
f
(
x
)
>
0
,
∀
x
∈
R
{\displaystyle a>0\rightarrow f(x)>0,\forall x\in \mathbb {R} }
a
<
0
→
f
(
x
)
<
0
,
∀
x
∈
R
{\displaystyle a<0\rightarrow f(x)<0,\forall x\in \mathbb {R} }
Δ
=
0
{\displaystyle \Delta =0}
a
>
0
{\displaystyle a>0}
f
(
x
)
>
0
→
x
≠
r
1
=
r
2
{\displaystyle f(x)>0\rightarrow x\neq r_{1}=r_{2}}
f
(
x
)
=
0
→
x
=
r
1
=
r
2
{\displaystyle f(x)=0\rightarrow x=r_{1}=r_{2}}
a
<
0
{\displaystyle a<0}
f
(
x
)
<
0
→
x
≠
r
1
=
r
2
{\displaystyle f(x)<0\rightarrow x\neq r_{1}=r_{2}}
f
(
x
)
=
0
→
x
=
r
1
=
r
2
{\displaystyle f(x)=0\rightarrow x=r_{1}=r_{2}}
Δ
>
0
{\displaystyle \Delta >0}
a
>
0
{\displaystyle a>0}
f
(
x
)
>
0
→
x
<
r
1
∨
x
>
r
2
{\displaystyle f(x)>0\rightarrow x<r_{1}\lor x>r_{2}}
f
(
x
)
=
0
→
x
=
r
1
∨
x
=
r
2
{\displaystyle f(x)=0\rightarrow x=r_{1}\lor x=r_{2}}
f
(
x
)
<
0
→
r
1
<
x
<
r
2
{\displaystyle f(x)<0\rightarrow r_{1}<x<r_{2}}
a
<
0
{\displaystyle a<0}
f
(
x
)
>
0
→
r
1
<
x
<
r
2
{\displaystyle f(x)>0\rightarrow r_{1}<x<r_{2}}
f
(
x
)
=
0
→
x
=
r
1
∨
x
=
r
2
{\displaystyle f(x)=0\rightarrow x=r_{1}\lor x=r_{2}}
f
(
x
)
<
0
→
x
<
r
1
∨
x
>
r
2
{\displaystyle f(x)<0\rightarrow x<r_{1}\lor x>r_{2}}
Então, separe-se os valores adequados e obtém-se o conjunto-solução.
Praticamente, pode-se esboçar o gráfico da função
y
=
a
x
2
+
b
x
+
c
{\displaystyle y=ax^{2}+bx+c}
,
observando os sinais do coeficiente
a
{\displaystyle a}
e do
Δ
{\displaystyle \Delta }
, e selecionando as raízes que cumprem a função. Basta observar para que valores a curva está acima (positivo) ou abaixo (negativo) da abcissa .
x
2
+
6
≥
5
x
⇔
x
2
−
5
x
+
6
≥
0
{\displaystyle x^{2}+6\geq 5x\Leftrightarrow x^{2}-5x+6\geq 0}
. Se
x
2
−
5
x
+
6
=
0
{\displaystyle x^{2}-5x+6=0}
, então
r
1
=
2
{\displaystyle r_{1}=2}
e
r
2
=
3
{\displaystyle r_{2}=3}
. Logo,
Δ
>
0
{\displaystyle \Delta >0}
(uma vez que se obteve 2 raízes). Como
a
=
1
>
0
{\displaystyle a=1>0}
, então, os valores que fazem
f
(
x
)
>
0
{\displaystyle f(x)>0}
ou
f
(
x
)
=
0
{\displaystyle f(x)=0}
são
x
≤
2
{\displaystyle x\leq 2}
ou
x
≥
3
{\displaystyle x\geq 3}
x
2
−
2
x
+
1
≤
0
{\displaystyle x^{2}-2x+1\leq 0}
. Se
x
2
−
2
x
+
1
=
0
{\displaystyle x^{2}-2x+1=0}
, então
r
1
=
r
2
=
1
{\displaystyle r_{1}=r_{2}=1}
. Logo,
Δ
=
0
{\displaystyle \Delta =0}
(uma vez que se obteve 1 raiz). Como
a
=
1
>
0
{\displaystyle a=1>0}
, então, os valores que fazem
f
(
x
)
<
0
{\displaystyle f(x)<0}
ou
f
(
x
)
=
0
{\displaystyle f(x)=0}
são apenas
x
=
1
{\displaystyle x=1}
.
−
x
2
−
x
−
1
>
0
{\displaystyle -x^{2}-x-1>0}
. Se
−
x
2
−
x
−
1
=
0
{\displaystyle -x^{2}-x-1=0}
, então a equação não possui raízes reais. Logo,
Δ
<
0
{\displaystyle \Delta <0}
. Como
a
=
−
1
<
0
{\displaystyle a=-1<0}
, então não há valores que fazem
f
(
x
)
>
0
{\displaystyle f(x)>0}
.
MURAKAMI, Gelson Iezzi Carlos. "Fundamentos da Matemática Elementar - Volume 1". 8ª Edição. São Paulo: Atual, 2004. ISBN 85-357-0455-8