Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará
O Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP) foi uma autarquia do governo do Pará vocacionada para realização de pesquisas e estudos socioeconômicos sobre o estado.[1] Enquanto existiu, foi uma das mais importantes instituições de pesquisa e planejamento do norte do Brasil, dando suporte às investigações científicas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, além de universidades e outros órgãos públicos e privados.[2]
Fundado inicialmente em 1961 como "Centro de Estudos Paraenses"[3] foi reorganizado em 1966 sob o nome "Instituto de Desenvolvimento Econômico-Social do Pará" (IDESP).[4] Nos anos seguintes promoveu estudos pioneiros sobre o arquipélago do Marajó, sobre a zona costeira paraense,[5] sobre a produção agrícola no interior do estado[3] e, notavelmente, sobre o problema da degradação ambiental dos rios amazônicos,[6] à época áreas sem estudos ambientais, socieconômicos e territoriais.[3] Além disso, foi pioneiro também em estudos em âmbito municipal, estadual e regional que se tornaram referências para o planejamento econômico e territorial, reunindo um extenso banco de dados sobre o norte do Brasil.[3]
O instituto foi extinto em 1999,[1][3] com seu pessoal e patrimônio repassados à Secretaria Estadual de Plenejamento do Pará (SEPLAN).[7] Em 2007 o órgão foi recriado[3] com o nome "Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará" (IDESP).[7] Foi formalmente instalado em 31 de janeiro de 2008, tendo como presidente inicial o geólogo Peter Mann de Toledo[1] e depois o professor-economista José Raimundo Barreto Trindade,[8] recuperando seu quadro de servidores que estavam vinculados à SEPLAN.[7] Neste período produziu diversos trabalhos sobre os indicadores de todos os municípios do Pará, tendo especial relevo nos estudos sobre a proposta de divisão do estado do Pará e de outras unidades federativas.[9] O IDESP foi novamente extinto em 2015, com seu pessoal e patrimônio repassados à Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (FAPESPA).[7]
Foi o responsável por manter e editar o relevante periódioco científico "Revista de Estudos Paraenses".[1][10]
Referências
- ↑ a b c d «Pará tem novo instituto de pesquisa». Agência FAPESP. 31 de janeiro de 2008
- ↑ «Instituicional». IDESP. Consultado em 16 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 25 de janeiro de 2013
- ↑ a b c d e f Alfredo Kingo Oyama Homma (2008). «Como o IDESP poderia ajudar na agricultura paraense» (PDF). Revista de Estudos Paraenses. 1 (1): 83-89
- ↑ «A História no Diário Oficial: Jarbas Passarinho (CCXXXV)» (PDF). Diário Oficial do Estado (32.490): 1. 27 de setembro de 2013
- ↑ Cláudio Fabian Szlafsztein (2009). «Indefinições e Obstáculos no Gerenciamento da Zona Costeira do Estado do Pará, Brasil» (PDF). Revista de Gestão Costeira Integrada. 9 (2): 47-58
- ↑ Carlos Reis; Antônio Tancredi; Eiichi Matsui; Eneas Salati (1977). «Caracterização das águas da região de Marajó através de concentrações de O-18 e D». Acta Amazônica. 7 (2)
- ↑ a b c d Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas - Fapespa (2023). Estatística Municipal (PDF). [S.l.]: Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas - Fapespa
- ↑ Portal do Governo do Estado do Pará (2010). «Idesp e Ipea lançam prêmio de monografias sobre gestão da informação». IPEA
- ↑ Maria Suely Margalho do Vale; Fabio Ricci; Paulo Cesar Ribeiro Quintairos; Edson Aparecida de Araújo Querido Oliveira (2011). «Divisão do Estado do Pará: Uma proposta». Anais do XV Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e do XI Encontro Latino Americano de Pós-Graduação (PDF). São José dos Campos: Universidade do Vale do Paraíba
- ↑ «Idesp coordena estudos sobre a divisão do Estado». Diário do Pará Online. 21 de junho de 2011