Irene Lisboa

professora e escritora portuguesa

Irene do Céu Vieira Lisboa (Arruda dos Vinhos, 25 de dezembro de 1892Lisboa, 25 de novembro de 1958), foi uma escritora, professora e pedagoga portuguesa. Tem uma biblioteca com o seu nome em Arruda dos Vinhos.

Irene Lisboa

Irene Lisboa
Nome completo Irene do Céu Vieira Lisboa
Nascimento 25 de dezembro de 1892
Arranhó, Arruda dos Vinhos, Portugal Portugal
Morte 25 de novembro de 1958 (65 anos)
Lisboa, Portugal Portugal
Residência Quinta da Murzinheira, Arruda dos Vinhos
Ocupação Escritora, professora e pedagoga
Género literário Romance, ensaio e peças de teatro
Magnum opus Uma Mão Cheia de Nada Outra de Coisa Nenhuma

Biografia

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Irene Vieira Lisboa nasceu no Casal da Murzinheira, na freguesia de Arranhó, no concelho de Arruda dos Vinhos, no dia 25 de Dezembro de 1892.[1][2]

Foi escritora, professora e pedagoga portuguesa. Leccionou a Escola Normal Primária de Lisboa entre 1910 e 1914, onde criou e dirigiu o jornal estudantil Educação Feminina, publicado pela primeira vez em 1913, e rapidamente extinto pelo Conselho Escolar devido às críticas à escola.[3][4] Ao concluir o curso, Irene Lisboa trabalha na escola do Beato, e depois na escola da Tapada da Ajuda. Entre 1929 e 1934 foi bolseira do Instituto Nacional de Educação, e continuou os estudos em Genebra, e depois em Bruxelas e Paris.[3] Em Portugal especializou-se em Ciências de Educação.[2] Isto permitiu-lhe escrever várias obras sobre assuntos pedagógicos. Durante a estadia em Genebra, mercê de uma bolsa do Instituto de Alta Cultura, teve a oportunidade de conhecer Jean Piaget e Édouard Claparède, com quem estudou no Instituto Jean-Jacques Rousseau.[1]

Começou a vida profissional como professora da educação infantil. Em 1932 recebeu o cargo de Inspectora Orientadora do ensino primário e infantil. Como destaca Rogério Fernandes: «o programa de tal departamento desenhado por Irene Lisboa, reformulava de alto a baixo as funções de um órgão estatal até aí consagrado exclusivamente ao controlo ideológico, administrativo e disciplinar dos docentes.»[5] Eis a razão porque Irene Lisboa foi afastada do cargo, primeiro para funções burocráticas – foi nomeada para o Instituto de Alta Cultura – e depois, em 1940, definitivamente afastada do Ministério da Educação e de todos os cargos oficiais, por recusar um lugar em Braga. Na verdade, foi uma forma de exílio para uma pedagoga incómoda pelas suas ideias inovadoras, que aplicavam o que aprendera no estrangeiro.[2][3]

Irene Lisboa dedicou-se por completo à produção literária e às publicações pedagógicas, depois de se reformar aos 48 anos. No entanto não foi livre na expressão dos seus pensamentos. «Restavam-lhe a imprensa, o livro, a conferência. Grande parte das suas intervenções tem, precisamente, esses suportes, mas convém não esquecer que o controlo censório exercido pela ditadura salazarista sobre a expressão pública do pensamento não lhe permitiu certamente a transmissão das suas opiniões com toda a claridade.»[6]

Isto levou-a adoptar pseudónimos para escrever as suas opiniões, nomeadamente João Falco, Manuel Soares e Maria Moira.[2][7][8][9]

Faleceu em Lisboa a 25 de Novembro de 1958, a um mês de cumprir 66 anos de idade.[1] Os restos mortais da escritora foram, em 13 de Janeiro de 2013, trasladados do cemitério da Ajuda, em Lisboa, para o cemitério de Arruda dos Vinhos.[10]

Reconhecimento

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A obra literária que produziu foi elogiada por alguns dos seus pares como José Rodrigues Miguéis, José Gomes Ferreira, João Gaspar Simões, Vitorino Nemésio e José Régio, embora nunca tenha tido grande aceitação por parte do público.[11][12]

Em sua homenagem a Federação Nacional dos Professores fundou, em 12 de Janeiro de 1988, o Instituto Irene Lisboa.[13]

A 19 de Maio de 1989, foi agraciada, a título póstumo, com o grau de Comendador da Ordem da Liberdade.[14]

O seu nome faz parte da toponímia de Arruda dos Vinhos cuja biblioteca municipal tem o seu nome.[15][16] No mesmo concelho, foi criado em 1999, na freguesia de Arranhó, o Museu Irene Lisboa.[17]

A realizadora Marta Pessoa recorreu à sua obra e à de Maria Judite de Carvalho para criar a personagem principal do seu filme Donzela Guerreira.[18]

Caracterização da obra

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A produção literária de Irene do Céu Vieira Lisboa divide-se pela poesia, pelo conto, pela crónica e pela novela. Apesar da variedade das formas toda a sua obra se caracteriza por ter um núcleo intimista e autobiográfico que a unifica.

Irene Lisboa estreia-se no palco literário português em 1926 com Treze Contarelos Que Irene Escreveu e Ilda Ilustrou, um livro de contos destinado às crianças. Como diz Violante Magalhães no artigo "Irene Lisboa e a literatura para crianças" a obra, tal como os outros escritos da autora para os mais pequenos, caracteriza-se por um estilo de oralidade e discurso directo. Ao longo do livro Irene Lisboa usa a frase curta, mas bem estruturada. Tudo com o propósito de cumprir as ideias pedagógicas desenvolvidas nos seus trabalhos teóricos que publicava sob o nome de Manuel Soares.

Entretanto, continua a colaboração com jornais e revistas da época, dos quais se destacam Seara Nova, Presença e O Diabo.[19][20]

Em 1936, sob o pseudónimo de João Falco, publica o segundo livro, desta vez de poesia, intitulado Um dia e outro dia… – Diário de uma Mulher. No ano seguinte, sob o mesmo pseudónimo, surge Outono havias de vir, outra obra de poesia.

Como destaca Paula Morão, os poemas de Irene Lisboa, isentos de rimas e de ritmo regular, são muitas das vezes intercalados por frases mais longas nas quais não se mantém a aparência gráfica dos versos.[21] Como diz a própria Irene Lisboa: "Ao que vos parecer verso chamai verso e ao resto chamai prosa."[22] Esta ruptura com os cânones da lírica tradicional insere-se na polémica sobre a afirmação do verso livre em Portugal. José Correia do Souto escreve que a poesia de Irene Lisboa toca os temas concretos, quotidianos, mas sempre com um olhar "de quem vê nascer o Mundo em cada humilde manifestação de vida". É uma escrita confessional que valoriza as pequenas coisas da gente do povo e implicitamente critica valores burgueses.[23]

Ainda sob o nome de João Falco aparece em 1939 o livro titulado Solidão – Notas do punho de uma mulher, que, pela inserção das datações genéricas e pelo carácter introspectivo, se aproxima do género diarístico. A mesma temática intimista, o estilo e a característica fragmentação de Solidão – Notas do punho de uma mulher têm continuação em Apontamentos e em Solidão – II. Publicados respectivamente em 1943 e em 1966 são livros de cunho autobiográfico em que uma voz feminina fala de si e do seu íntimo. Predomina o tema de solidão e da queixa pela ausência do amor, o que não impede a autora um olhar vasto do mundo.

As novelas Começa uma vida (1940) e Voltar atrás para quê? (1956) também se situam na vertente autobiográfica da escritora. As duas relatam a vida de uma rapariga desde a sua infância até aos dezoito anos. Contam os acontecimentos que a tornaram solitária, agressiva e muito atenta ao mundo que a rodeava. Como diz Paula Morão:

"separada da mãe cerca dos três anos, vive com o pai e uma madrinha na quinta desta, estigmatizada por uma bastardia que o crescimento vem agudizar, não só pelas suas sequelas no imaginário da protagonista, mas pelas consequências práticas sobre a sua vida, vendo-se desprovida de bens materiais e sobretudo simbólicos (nunca reconhecida pelo pai e espoliada dos seus direitos por acção de gente ambiciosa e sem escrúpulos). Sendo uma história pessoal, um "caso", ela é também exemplar de um certo tempo português do começo do século XX, caracterizado pela decadência dos terra-tenentes e da burguesia promovida pelo dinheiro à custa do sacrifício dos mais fracos."[2]

Outra vertente da prosa de ficção de Irene Lisboa centra-se nas curtas formas de narrativa, que a própria escritora denomina como "crónica" ou "reportagem". Esta Cidade!, O pouco e o muito – Crónica urbana, Título qualquer serve para novelas e noveletas, Crónicas da Serra, são algumas destas curtas obras que retratam tanto o mundo urbano lisboeta como o rural e o serrano. Nelas Irene Lisboa toma como motivo central os pequenos dramas quotidianos do povo, sobretudo das mulheres que frequentemente aparecem como personagens passivas e sofredoras. As histórias são cheias de melancolia e comoção da autora. Assim escreve Massaud Moisés sobre estas obras de Irene Lisboa:

"Certa melancolia, fruto possível dum solipsismo de raiz e de hábito, envolve os quadros dramáticos, dando-lhes o carácter de vistos através de lágrimas ou dum véu de comoção que a narradora não esconde nem atenua. Resulta disso uma escritora humaníssima, aderida às pessoas com uma simpatia ultra-estética, que advém de ser uma sensibilidade a sua, apta a fixar a mínima vibração da alma humana"[24]

Consequentemente, Irene Lisboa mostra-se como uma escritora muito humana e sensível ao drama dos outros.

Podemos resumir a obra de Irene Lisboa com as palavras de Jacinto do Prado Coelho que constata que:

"Ainda a propósito dos seus livros, diz-se que tudo o que produziu reage a uma desolada situação de mulher alta e livre num mundo atrasado meio pequeno-burguês, conseguindo vencer a solidão, graças a uma convivência aberta à gente simples da rua, da escada de serviço, com quem se integra no seu próprio linguajar através de alguns dos seus livros"[25]

Concluímos que mercê a esta convivência aberta com a gente simples da rua com a qual se integra na sua escrita, redescobrindo o amor das coisas simples e revalorizando os pequenos factos do quotidiano sem história, Irene Lisboa consegue vencer a solidão.

Irene Lisboa, além duma vasta obra literária deixou muitos trabalhos científicos na área da Pedagogia.

Obras Seleccionadas

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A obra de Irene Lisboa abarcou vários géneros literários:[1][26][27][28]

Novelas

Literatura infantil

  • 1926 - Treze Contarelos Que Irene Escreveu e Ilda Ilustrou, editado por ela e por Ilda Moreira[33]
  • 1955 - Uma mão cheia de nada, outra de coisa nenhuma, Portugália Editora, ilustrações de Pitum Keil do Amaral.[34]
  • 1958 - Queres ouvir? Eu conto histórias para maiores e mais pequenos se entreterem, Portugália Editora, Lisboa[35][36][37]
Diários
Crónicas
  • 1956 - O pouco e o Muito - Crónica Urbana, editado por ela, reeditado em 1997 pela Editorial Presença[42]
  • 1958 - Crónicas da Serra, Livraria Bertrand, Lisboa; reeditado em 1997 pela Editorial Presença[43]

Com o pseudónimo João Falco:[44]

  • 1940 - Idem, editado por ela, Lisboa
  • 1940 - Lisboa e quem cá Vive, Colecção à Pena, Seara Nova
  • 1942 - Esta Cidade!, editado por ela, reeditado em 1995 pela Editorial Presença[45]

Obra pedagógica[46]

  • 1933 - "Critica à actividade da «Maison dês Petits» anexa ao Instituto Jean- Jacques Rosseau", "Relatório sobre as escolas maternais de Paris", "Os Jardins d’Enfants de Bruxelas", "Bases para um programa de escola infantil", "O método Decroly ou dos centros de interesse", em Relatórios das viagens de estudo dos bolseiros, Junta de Educação Nacional, Lisboa[47][48]
  • 1934 - A contribuição do desenho para o ensino elementar sobre o Império colonial Português, em A formação do espírito colonial na escola primária portuguesa, Serviços de Orientação Pedagógica da Direcção Geral do Ensino Primário, Imprensa Nacional, Lisboa
  • 1935 - Prelecção realizada aos professores do distrito escolar de Coimbra, em 25 de Janeiro de 1934, e repetida aos de Beja, em 1 de Fevereiro", em Prelectores inaugurais, Direcção Geral do Ensino Primário, Serviços de Orientação Pedagógica, Imprensa Nacional, Lisboa
  • 1937 - Froebel e Montessori/ O trabalho manual na escola, Lisboa, Cadernos da Seara Nova (utilizou o pseudónimo Manuel Soares) [49]
  • 1938 - O primeiro ensino, volume I e II, Lisboa, Cadernos da Seara Nova – Estudos Pedagógicos (utilizou o pseudónimo Manuel Soares) [50]
  • 1940 - A iniciação do cálculo, Cadernos da Seara Nova – Estudos Pedagógicos, (utilizou o pseudónimo Manuel Soares) [51]
  • 1942 - A psicologia do desenho infantil, Lisboa, Seara Nova
  • 1942 - Modernas tendências da educação, ilustrações da Ilda Moreira, Lisboa, Edições Cosmos[52]
  • 1944 - Educação (Palestra), Lisboa, Seara Nova
  • 1944 - Inquérito ao livro em Portugal – I, Editores e livreiros, Seara Nova, Lisboa[53]
  • 1946 - Inquérito ao livro em Portugal – II, Editores e livreiros, Lisboa, Seara Nova[54]

Bibliografia passiva sobre Irene Lisboa

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Bibliografia essencial sobre Irene Lisboa:

Artigos e publicações sobre Irene Lisboa:[46]

Vários autores escreveram sobre Irene Lisboa e o seu trabalho, nomeadamente: José Gomes-Ferreira, José Cardoso Pires, Mário Dionísio, Agustina Bessa Luís, Óscar Lopes, Massaund Moisés, Vergilio Ferreira, Jorge de Sena, Ramos de Almeida, José Régio, João Gaspar Simões e Adolfo Casais Monteiro, entre outros.

Entre os artigos escritos por estes e por outros autores, encontram-se:

  • Voltar a Irene Lisboa, Colóquio Letras, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, n.° 131[59]
  • Irene Lisboa – a maior escritora da Literatura Portuguesa, em ABC – Diário de Angola, 6-7.
  • AA. VV, "Ecos", em Livros de Portugal, Boletim mensal do Grémio de Editores e Livreiros, n.º 86
  • Irene Lisboa educadora, por Ricardo Rosa y Alberty, Seara Nova, n.º 1361[60]
  • Irene Lisboa, O desamor foi a chave que a fechou na solidão, Hortense de Almeida, Diário de Noticias, suplemento Mulher,1984
  • Lapide para Irene Lisboa, de Mário Braga, em Vértice nº 182, vol. XVIII[61]
  • João Falco, Um dia e outro dia, de Castelo Branco Chaves, em Seara Nova nº 471[62]
  • Irene Lisboa: «Título qualquer serve», por João José Cochofel, na Gazeta Musical e de todas as Artes, n.º 88, 1958, Julho.
  • Solidão por João Falco, por Andrée Crabbé, na Revista de Portugal, n.º 8, 1939, Julho.
  • Woolf, Mansfield e Irene Lisboa, por Maria Helena Ribeiro da Cunha, em Diário de Lisboa, suplemento literário n.° 342[63]
  • Um Dia e Outro Dia, por Vergílio Ferreira, em Seara Nova, Lisboa, n.º 1361, mar. 1959, págs. 87, 89-91.[64]
  • Em memória de Irene Lisboa, por Vergílio Ferreira, em Espaço do Invisível, volume I, Portugália Editora[65]
  • Irene Lisboa e o gosto de narrar, por Eugénio Lisboa, em Crónicas dos Anos da Peste II, Lourenço Marques, Livraria Académica[66]
  • A arte de Irene Lisboa, por Adolfo Casais Monteiro, no O romance (Teoria e critica), Rio de Janeiro, Livraria José Olímpio, págs. 387 – 393.
  • Considerações sobre a expressividade poética Um dia e outro dia…, por João Falco, por Carlos Parreira, em Noticias
  • Irene Lisboa, o Público e o Tempo, por José Régio, em Seara Nova, Lisboa, nº 1361[67]
  • Achegas para uma Bibliografia de Irene Lisboa, por Pedro da Silveira, Seara Nova, Lisboa, nº 1361[68]
  • Irene Lisboa, por Massaud Moisés, em A Literatura Portuguesa[69]
  • Irene Lisboa, ficcionista, Raymond S. Sayers, Seara Nova, N.º 1431[70]
  • Irene Lisboa, por Jorge de Sena, em Líricas Portuguesas III[71]

Referências

  1. a b c d «Projecto Vercial - Irene Lisboa». alfarrabio.di.uminho.pt. Consultado em 12 de janeiro de 2021 
  2. a b c d e Paula Morão. «Figuras da Cultura Portuguesa - Irene Lisboa». Instituto Camões - Centro Virtual. Consultado em 11 de setembro de 2010 
  3. a b c Barbosa, Sara (24 de abril de 2020). «Irene Lisboa, a "desafiadora de todas as ordens estabelecidas"». “Colóquio Internacional ‘Ver/Rever a Escrita de Mulheres em Portugal (1926-1974)’”, organizado pelos Centros de Investigação da Universidade Nova de Lisboa (IELT, CICS.NOVA/ Faces de Eva) e pelo CRILUS (Cento de Investigação da Universidade de Paris- Nanterre). Consultado em 16 de junho de 2024 
  4. Serra, Áurea Esteves [UNESP (9 de fevereiro de 2010). «As associações de alunos das escolas normais do Brasil e de Portugal: apropriação e representação (1906-1927)». Consultado em 16 de junho de 2024 
  5. Rogério Fernandes. «Biografia de Irene Lisboa». Biografia de Irene Lisboa. Cópia arquivada em 15 de fevereiro de 2020 
  6. Idem
  7. «João Falco - Pseudónimo de Irene Lisboa». ric.slhi.pt. Revistas de Ideias e Cultura. Consultado em 4 de janeiro de 2021 
  8. «Maria Moira - Pseudónimo de Irene Lisboa». ric.slhi.pt. Revistas de Ideias e Cultura. Consultado em 4 de janeiro de 2021 
  9. «Manuel Soares - Pseudónimo de Irene Lisboa». ric.slhi.pt. Revistas de Ideias e Cultura. Consultado em 4 de janeiro de 2021 
  10. «Restos mortais de Irene Lisboa são hoje trasladados para Arruda dos Vinhos». Jornal de Notícias. 13 janeiro 2013. Consultado em 2 maio 2024. Cópia arquivada em 2 maio 2024 
  11. Ferreira, José Gomes (2 de março de 2015). Dias Comuns VII – Rasto Cinzento. [S.l.]: Leya 
  12. «BNP - Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea - LISBOA, Irene». acpc.bnportugal.gov.pt. Consultado em 4 de janeiro de 2021 
  13. Norte, SPN-Sindicato dos Professores do. «Formação». www.spn.pt. Consultado em 4 de janeiro de 2021 
  14. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Irene do Céu Vieira Lisboa". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 9 de julho de 2019 
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  18. Mendes, José Vieira (4 de novembro de 2020). «Entrevista | Marta Pessoa e a 'Donzela Guerreira'». Magazine.HD. Consultado em 4 de janeiro de 2021 
  19. «Revistas de Ideias e Cultura». ric.slhi.pt. Consultado em 4 de janeiro de 2021 
  20. «A revista Presença e o modernismo português». A revista Presença e o modernismo português. Consultado em 4 de janeiro de 2021 
  21. Paula Morão e Violante Magalhães escrevem sobre a obra de Irene Lisboa, Edição do Município Arruda dos Vinhos, Arruda dos Vinhos, 2007
  22. Poesia – I, Editorial Presença – Obras de Irene Lisboa, vol. I, prefácio e notas de Paula Morão, p. 283.
  23. José Correia do Souto, Dicionário da Literatura portuguesa, vol. III, Lello & Irmão, Porto, págs. 133-134.
  24. Moisés Massaud, Presença da literatura portuguesa, vol V, Difusão Europeia do Livro, 1971, São Paulo
  25. Dicionário de Literatura, sob a direcção de Jacinto do Prado Coelho, 3ªed., vol. II, Figueirinhos, Porto, 1976, págs. 558-559.
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Ligações externas

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