Itaitinga
Itaitinga é um município brasileiro do estado do Ceará, pertencente a Região Metropolitana de Fortaleza desde 1992, sendo ligada à capital cearense, no nordeste do Brasil. A toponímia Itaitinga é uma aglutinação de prefixos provenientes do Tupi Guarani: Itá = Pedra + y = rio + tinga = branco, Riacho das Pedras Brancas.[5]
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Município do Brasil | |||
Do alto, em sentido horário: Igreja Matriz de Santo Antônio; Biblioteca Municipal; Itapark; visão geral do centro da cidade da Serra de Itaitinga e visão aérea do Açude Gavião na divisa com Pacatuba. | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | itaitinguense | ||
Localização | |||
Localização de Itaitinga no Ceará | |||
Localização de Itaitinga no Brasil | |||
Mapa de Itaitinga | |||
Coordenadas | 3° 58′ 08″ S, 38° 31′ 40″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Ceará | ||
Região metropolitana | Região Metropolitana de Fortaleza | ||
Municípios limítrofes | Norte: Fortaleza e Eusébio, Leste: Aquiraz, Sul: Horizonte e Guaiúba, Oeste: Pacatuba | ||
Distância até a capital | 32 km | ||
História | |||
Fundação | 27 de março de 1992 (32 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Antônio Marcos Tavares (PRD, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 153,686 km² | ||
População total (IBGE/2016[2]) | 64 648 hab. | ||
Densidade | 420,6 hab./km² | ||
Clima | Tropical quente sub-úmido | ||
Altitude | 67 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (IBGE/2010[3]) | 0,626 — médio | ||
PIB (IBGE/2013[4]) | R$ 305 858,000 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2013[4]) | R$ 8 943,70 |
Está localizada às margens da BR 116, a uma altitude média de 67 m, 153,686 km²[1] de área e 64.648 habitantes.[6] É a 25ª cidade mais populosa do estado do Ceará e a 506ª mais populosa do Brasil.
História
editarAs terras as margens do rio Coaçu eram habitadas por etnias indígenas, tais como os Pitaguary e Jenipapos-canindés.[7][8]
Um distrito criado com a denominação de Cajazeiras, por ato estadual de 07/07/1917, subordinado município de União. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Cajazeiras permanece no município de Pacatuba.
As terras ao redor de Gereraú (um distrito às margens da antiga estrada Messejana-Pacatuba ou Estrada Itaitinga-Carapió) tiveram a sua história mudada com a construção da BR 116 nos anos 1930 do Século XX.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31/12/1936 e 31/12/1937. Pelo decreto estadual nº 448, de 20/12/1938, o distrito de Cajazeiras passou a denominar-se Pedreiras. No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito Pedreiras ex-Cajazeiras, figura no município de Pacatuba. Pelo Decreto-lei Estadual nº 1114, de 30/12/1943, o distrito de Pedreiras passou a denominar-se Itapó.
O Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), agora Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) estruturou ao lado leste da serra local residência para os engenheiros da obra, e uma pedreira para a retirada de brita, que serviria para os alicerces da estrada.
Nos anos 1960 e anos 1970 do século XX, a antiga Estrada Itaitinga-Carapió, atual Rodovia Edson Queiroz (CE-350) que liga Itaitinga a Pacatuba (Ceará), teve boa parte do seu percurso inundado pelas águas dos açudes que abasteceriam Fortaleza, como: Açude Gavião e Açude Pacoti/Riachão.
Em divisão territorial datada de 01/07/1960, o distrito de Itapó figura no município de Pacatuba. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 17/01/1991.
Das tribos indígenas, da residência do DNER, do extrativismo, da construção dos Açude Gavião e Açude Pacoti/Riachão surgiu Itaitinga que que foi elevada a categoria de cidade pela Lei Estadual nº 11927 de 27 de março de 1992 (assinada pelo Governador Ciro Gomes), com território desmembrado de Pacatuba.[9]
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Geografia
editarClima
editarTropical quente sub-úmido com pluviometria média de 1.416,4 mm[10] com chuvas concentradas de janeiro à junho.[11]
Hidrografia
editarAs principais fontes de água fazem parte da bacia dos rios Cocó e Pacoti, sendo elas os riachos Coaçu, Riachão, Riachuí, Traiara, Itapeba, Água Fria, Mata Fresca, Guaiuba. Existem ainda diversos lagoas, tais como Carápio, Lagoa de Dentro, Caracanga, Cajueiro, Gereraú, Taveira, Tamboatá e Lagoa do Centro.
Boa parte das terras de Itaitinga são inundadas pelas águas dos açudes Gavião e Pacoti/Riachão.[12][13]
Relevo
editarAs terras de Itaitinga são formadas por tabuleiros pré-litorâneos: são descritos como feições geomorfológicas e ambientais não deformadas. Esta unidade apresenta a mais típica superfície de agradação do território cearense; superfícies sertanejas e maciços residuais: formam uma vertente íngreme.
As principais elevações possuem altitudes inferiores a 200 metros acima do nível do mar. Os solos da região são Podzólicos Vermelho-Amarelos: são solos minerais, não hidromórficos, com horizontes B textural, de cor vermelho-amarelada e distinta diferenciação entre os horizontes no tocante a cor, estrutura e textura, principalmente. São solos bastante susceptíveis à erosão, sobretudo quando há maior diferença de textura do A para o B, presença de cascalhos e relevo mais movimentado com fortes declividades.[14]
Destaque para a Serra de Itaitinga vista de vários pontos da cidade, tem aproximadamente 227m, sendo o ponto mais alto.[15]
Bioma
editarA vegetação predominante é Caatinga. As plantas deste bioma são xerófilas, ou seja, adaptadas ao clima seco e à pouca quantidade de água. Algumas armazenam água, outras possuem raízes superficiais para captar o máximo de água das chuvas. E há as que contam com recursos para diminuir a transpiração, como espinhos e poucas folhas.
A vegetação é formada por três estratos: o arbóreo, com árvores de 8 a 12m de altura; o arbustivo, com vegetação de 2 a 5m; e o herbáceo, abaixo de 2m. Entre as espécies mais comuns estão a amburana, o umbuzeiro e o mandacaru. Algumas dessas plantas podem produzir cera, fibra, óleo vegetal e, principalmente, frutas.[16]
Ainda fazem parte da vegetação o Complexo Vegetacional da Zona Litorânea, Floresta Subperenifólia Tropical Pluvio-Nebular e Floresta Subcaducifólia Tropical Pluvial.[17]
E a fauna é composta por répteis (principalmente lagartos e cobras), roedores, insetos, aracnídeos, cachorro-do-mato, sapo-cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá, tatupeba, sagui-do-nordeste, entre outros animais.[16]
Subdivisão
editarO município é composto de dois distritos: Sede e Gereraú.[18]
Aspectos sociais
editarA maior concentração populacional encontra-se na zona urbana. O município dispõe de abastecimento de água, fornecimento de energia elétrica, serviço telefônico, agência de correios, serviços bancários, hospital, e ensino fundamental e médio.[17]
O acesso ao município pode ser feito via Fortaleza através da Rodovia BR 116; e via Pacatuba pela Rodovia Edson Queiroz (CE 350). Os demais lugarejos, sítios e fazendas são acessíveis através de estradas asfaltadas, de calçamento e carroçáveis.[19]
Economia
editarA economia local é baseada na mineração, na extração de rochas ornamentais, brita, placas para fachadas e usos diversos na construção civil; a extração de areia e argila (utilizada na fabricação de telhas, tijolos), bem como extração de rocha calcária.
No comércio varejista há supermercados, farmácias, depósitos de construção, lojas de roupas, boutiques, frigoríficos, lojas de móveis e eletrodomésticos e eletrônicos, mercadinhos, mercearias, padarias, lojas de variedades, lanchonetes e restaurantes.
Nos serviços há salões de beleza, locadoras, oficinas mecânicas, academias, borracharias, técnicos em eletrônicos, vendedores ambulantes, costureiras e botecos.
Na agricultura destacam-se as culturas de subsistência de feijão, milho, mandioca e algodão. Na pecuária: bovino, suíno e avícola.
O extrativismo vegetal também é fonte de renda e destaca-se no fabricação de carvão, extração de madeiras diversas para lenha e construção de cercas.[20]
Cultura
editarOs principais eventos culturais:
- Festejos de São José - Padroeiro do Estado em 19 de março;
- Festejos de Santo Antônio em junho;
- Desfile Cívico de 7 de Setembro.
Referências
- ↑ a b IBGE (16 de setembro de 2022). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE). Consultado em 16 de setembro de 2022
- ↑ «Censo Populacional 2022». Censo Populacional 2022. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 16 de setembro de 2016. Consultado em 16 de setembro de 2016
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IDHM). 2010. Consultado em 16 de setembro de 2016
- ↑ a b «produto interno bruto dos municípios - 2013». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 16 de setembro de 2016
- ↑ «Página do IBGE» (PDF). Consultado em 10 de julho de 2011
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- ↑ Sebok. Lou, Atlases published in the Netherlands in the rare atlas collection. Compiled and edited by Lou Seboek. National Map Collection (Canada), Ottawa. 1974
- ↑ Aragão, R. B, Índios do Ceará e Topônimios Índigenas, Fortaleza, Barraca do Escritor Cearense. 1994
- ↑ IBGE (14 de dezembro de 2009). «Itaitinga Ceará - CE Histórico» (PDF). Consultado em 6 de janeiro de 2013
- ↑ Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos - FUNCEME.
- ↑ Instituto nacional de Pesquisa espacial - INPE.
- ↑ «Página do CPRM»
- ↑ «Atlas do Ceará». Consultado em 10 de julho de 2011
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 4 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 1 de agosto de 2013
- ↑ «Página do CPRM». Consultado em 10 de julho de 2010
- ↑ a b http://www.brasilescola.com/brasil/caatinga.htm
- ↑ a b «Página do CPRM». Consultado em 10 de julho de 2011
- ↑ «Página do IBGE» (PDF). Consultado em 10 de julho de 2011
- ↑ «Página do DER». Consultado em 10 de julho de 2011
- ↑ «Página do Ceará». 2000. Consultado em 10 de julho de 2011[ligação inativa]