Císsamos
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Císsamos (em grego: Κίσσαμος; romaniz.: Kíssamos), Kastélli Kissámou ou simplesmente Castéli, Kísamos na Antiguidade, é uma vila, unidade municipal e município no oeste da ilha de Creta, Grécia, que faz parte da unidade regional de Chania.
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Município | ||||
Vista da beira-mar de Císsamos | ||||
Localização | ||||
Localização da unidade municipal (vermelho) e do município de Císsamos (vermelho e rosa) na unidade regional de Chania | ||||
Localização da vila de Císsamos em Creta | ||||
Localização da vila de Císsamos na Grécia | ||||
Coordenadas | 35° 29′ 40″ N, 23° 39′ 12″ L | |||
País | Grécia | |||
Região | Creta | |||
Unidade regional | Chania | |||
Administração | ||||
Capital | Císsamos | |||
Prefeito | Andreas Varouchakis | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 334,2 km² | |||
População total (2011) [1] | 10 790 hab. | |||
• População urbana | ~ 2 000 | |||
Densidade | 32,3 hab./km² | |||
• Un. municipal | 7 579 | |||
• Comuna | 4 275 | |||
Altitude mínima | 0 m | |||
Código postal | 73400 | |||
Prefixo telefónico | 28220 | |||
Outras informações | ||||
Unidades municipais | Císsamos • Innachori • Mítimna | |||
Sítio | www.kissamos.gov.gr |
Descrição e localização
editarO município tem 334,2 km² de área e em 2011 tinha 10 790 (densidade: 32,3 hab./km²). No mesmo ano a unidade municipal tinha 7 579 habitantes e a comunidade de Císsamos tinha 4 275[1] Segundo algumas fontes, na vila propriamente dita vivem cerca de 2 000 pessoas[2]. Encontra-se no fundo do golfo de Císsamos, uma língua do mar Egeu formada pelas penínsulas de Grambússa (a ocidente) e de Rodopou (a oriente); 15 km a oeste de Colimbári e 37 km a oeste de Chania (distâncias por estrada).
De certa forma, o atual município é o sucessor da antiga província de Císsamos, extinta pela reforma administrativa de 2011, que reuniu os antigos municípios de Císsamos, Innachori e Mítimna que passaram a ser as unidades municipais do novo município.[3] O topónimo Císsamos só foi oficializado em 1969, pois até então a vila era conhecida por Castelli ("castelo"),[4] devido ao forte veneziano que ali existia. O município inclui a península de Grambússa (em grego: Χερσόνησος Γραμβούσας; Chernisos Gramvousas), a noroeste, e os ilhéus adjacentes de Grambússa e Ponticonisi, bem como as aldeias de Sfinari, Koukounaras, Polirrínia, Platanos, Lousakia, Siricári, Kallergiania e Kalathena. O município é limitado pelo mar de Creta (parte sul do Egeu) a norte, e pelos municípios de Plataniás a leste e Cántanos-Sélino a sul.
A origem da vila remonta ao Período Arcaico (c. 800–500 a.C.), quando foi o porto da importante cidade de Polirrénia (atualmente a aldeia de Polirrínia), situada 7 km a sul.[5] Kísamos foi ganhando importância acabando por substituir Polirrénia como a cidade mais importante do extremo ocidental de Creta durante o período romano. Atualmente continua a ser uma vila portuária, com um porto comercial e outro de pesca, que tem ligações regulares por ferryboat com o Peloponeso via Citera.[5]
Atrações turísticas da vila
editarEntre as suas principais atrações turísticas destacam-se a praia de areia cinzenta, os velhos quarteirões com casas venezianas e otomanas, a velha fortaleza veneziana (Castel Chissamo), restos da muralha e alguns bastiões defensivos dos períodos veneziano e otomano, uma fonte veneziana, e diversos sítios arqueológicos e o museu arqueológico. Em várias partes da vila foram levadas a cabo escavações, que revelaram o antigo porto e onde foram descobertos belos mosaicos do período romano. Parte destes mosaicos foram transladados para o museu arqueológico, que foi inaugurado em 2006 e nesse mesmo ano os que ficaram in situ estavam cobertos de areia para ficarem protegidos enquanto aguardavam a sua transladação para o museu.[5]
O museu arqueológico está instalado no antigo palácio do governador veneziano. Exibe peças encontradas na região, nomeadamente os mosaicos descobertos no porto e nas diversas villae urbanas de famílias abastadas romanas que viveram na cidade. Entre estes destacam-se, pelas suas grandes dimensões, beleza e estado de conservação, o Mosaico Dionisíaco e sobretudo o Mosaico das Horae e das Estações, considerado um melhores mosaicos descobertos em Creta, que conserva as suas cores em excelente estado apesar dos seus quase dois mil anos de idade. O museu alberga também outras peças romanas como esculturas, frescos e opus sectile (mármore com incrustações coloridas). O piso térreo é dedicado a peças mais antigas, que vão desde a pré-história até ao final do período helenístico, passando pelo período minoico, grande parte delas provenientes de Polirrénia.[5]
Notas e referências
editar- Parte do texto foi originalmente baseado no na tradução do artigo «Kissamos» na Wikipédia em inglês (acessado nesta versão).
- ↑ a b «Resultados do censo de 2011» (XLS). www.statistics.gr (em grego). Serviço Estatístico Nacional da Grécia. Consultado em 4 de fevereiro de 2014
- ↑ «Kissamos or Kastelli» (em inglês). www.explorecrete.com. Consultado em 4 de fevereiro de 2014
- ↑ «Lei "Kallikratis" (reforma administrativa)» (PDF). www.kedke.gr (em grego). Ministério do Interior da Grécia. 11 de agosto de 2010. Consultado em 4 de fevereiro de 2014
- ↑ «Name changes of Settlements in Greece. Kastelli — Kissamos». Projeto Pandektis. Centro de Documentação Nacional (em grego). pandektis.ekt.gr. Consultado em 4 de fevereiro de 2014
- ↑ a b c d Fisher, John; Garvey, Geoff (2007), The Rough Guide to Crete, ISBN 978-1-84353-837-0 (em inglês) 7ª ed. , Nova Iorque, Londres, Deli: Rough Guides, p. 370–374
Ligações externas
editar- «Kissamos – History» (em inglês). www.explorecrete.com. Consultado em 4 de fevereiro de 2014
- «Kissamos town» (em inglês). www.CretanBeaches.com. Consultado em 4 de fevereiro de 2014
- «Kissamos Fortress (Castel Chissamo)» (em inglês). www.CretanBeaches.com. Consultado em 4 de fevereiro de 2014