Leôncio
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Leôncio (em grego: Λεόντιος), (falecido em 15 de fevereiro de 706), foi imperador bizantino de 695 a 698. O seu nome verdadeiro e oficial era Leão (Λέων, Leōn), mas é referido pelo nome que lhe foi atribuído nas crónicas bizantinas.
Leôncio | |
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Imperador dos Romanos | |
Leôncio representado com os símbolos do poder: a coroa, o orbe e a akakia. No reverso, uma cruz potente sobre três degraus. | |
Imperador Bizantino | |
Reinado | 695 – 698 |
Antecessor(a) | Justiniano II |
Sucessor(a) | Tibério III |
Nascimento | Isáuria |
Morte | 15 de fevereiro de 706 |
Constantinopla |
História
editarLeôncio nasceu na Isáuria e era um general de sucesso no exército bizantino; o imperador Constantino IV nomeou-o estratego do Tema Anatólico, e foi Leôncio que Justiniano II escolheu para repelir os árabes na Geórgia e na Arménia em 686. Recorrendo a tácticas cruéis mesmo para os padrões da época, Leôncio não só os repeliu como invadiu o Azerbaijão e a Albânia no Cáucaso. Deveu-se à actuação de Leôncio o facto de o califa Abedal Maleque ibne Maruane renovar o tratado de paz com Bizâncio, oferecendo termos generosos. Leôncio foi posto a ferros por Justiniano II depois de ter sido derrotado pelos árabes na batalha de Sebastópolis em 692, quando um grande contingente de tropas eslavas desertou, mudando o destino do combate.
Durante a prisão de Leôncio a guerra contra os árabes recrudesceu, contra os objectivos de Justiniano. Por isso libertou Leôncio e pô-lo no comando do Tema da Hélade, mas Leôncio organizou imediatamente uma revolta contra o imperador. Com o auxílio da facção dos "Azuis", do patriarca de Constantinopla Calínico I e da sua própria fama como militar, Leôncio rapidamente triunfou e depôs Justiniano, exilando-o em Quérson na Crimeia (depois de ter mandado cortar-lhe o nariz).
Durante o seu impopular reinado, Leôncio evitou qualquer actividade militar, tentando reorganizar o império; esta inactividade e a postura defensiva levaram a que Abedal Maleque ibne Maruane enviasse uma expedição para tomar Cartago, que caiu em 697. Leôncio enviou então o drungário João, o Patrício para reconquistar a cidade; embora tivesse conseguido conquistar o porto e a maior parte da cidade, reforços árabes repeliram as suas forças até Creta. Receosos do castigo que Leôncio lhes infligiria, os soldados revoltaram-se contra João e aclamaram Tibério Apsímaro, o drungário dos cibirreotas, e declararam-se contra Leôncio em 698; tiveram êxito em tomar Constantinopla uma vez que a cidade varrida pela peste lhes abriu as portas. O imperador foi deposto, mutilado por Tibério III, e aprisionado no mosteiro de Psamácio em Constantinopla. Leôncio veio a ser exibido pelas ruas da cidade e executado quando Justiniano II foi restaurado em 705.
Bibliografia
editar- The Oxford Dictionary of Byzantium, Oxford University Press, 1991.
Ligações externas
editar- «Leôncio (695-98 d.C.)». -(de De Imperatoribus Romanis, "Enciclopédia On-line dos Imperadores Romanos")
Precedido por Justiniano II |
Imperador bizantino 695 — 698 |
Sucedido por Tibério III |