Mário Sette
Mário Rodrigues Sette (Recife, 19 de abril de 1886 — 25 de março de 1950) foi um professor, jornalista, contista, cronista e romancista brasileiro.[1] [2]
Mário Sette Mário Rodrigues Sette | |
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Nascimento | 19 de abril de 1886 Recife |
Morte | 25 de março de 1950 (63 anos) Recife |
Causa da morte | Tumor cerebral |
Nacionalidade | Brasil |
Progenitores | Mãe: Ana Emília Luna Sette Pai: Antônio Rodrigues Sette Jr. |
Cônjuge | Maria Laura Maia |
Filho(a)(s) | Hoel Sette, 1908-1912, Hilton Sette, 1911-1997, Hoel Sette, 1914-1963 |
Ocupação | professor, jornalista, contista, romancista, tradutor |
Principais trabalhos | O Vigia da Casa Grande[nota 1] (1924) Senhora de Engenho (1921) |
Prêmios | Prêmio da Academia Brasileira de Letras |
Religião | catolicismo |
Biografia
editarNascido no Recife, viveu sua juventude em Santos e no Rio de Janeiro, após ficar órfão de pai aos 11 anos.
Voltou ao Recife com 15 anos, indo trabalhar na Alfândega. Trabalhou, depois, na Great Western e nas Lojas Paulista, antes de ser funcionário dos Correios.[2][nota 2]
Atuação na imprensa
editarMário Sette colaborou com seus artigos nos jornais recifenses:
Colaborou, também, com a revista carioca Fon-fon.
Atividades didáticas
editarFoi professor de Moral e Cívica, História do Brasil, Francês e Português nos colégios recifenses Padre Félix, Carneiro Leão e Vera Cruz.[1]
Acadêmico
editarCom o aumento de cadeiras da Academia Pernambucana de Letras, das 20 iniciais para 30, em 1921, Mário Sette foi eleito para ocupar a de número 29 em 4 de agosto de 1921, tomando posse em 4 de fevereiro de 1922.[4][1]
Livros publicados
editar- Ao clarão dos obuses (contos, 1914)
- Rosas e espinhos (contos, 1918)
- Senhora de engenho[nota 3] (romance, 1921)[5]
- O palanquim dourado (Editora Monteiro Lobato, 1921, romance)
- A filha de Dona Sinhá (romance, 1923)
- O vigia da casa grande (romance, 1924)
- Velhos azulejos (parábolas escolares, 1924)
- Terra pernambucana (didático, 1925)
- Instrução Moral e Cívica (1926)
- Sombra de baraúnas (contos, 1927)
- A mulher do meu amigo (novela, Editora Melhoramentos, 1933).
- João Inácio (novela, 1928)
- Contas do Terço, romance, 1928, publicado na Coleção Biblioteca das Moças, da Companhia Editora Nacional, apenas uma edição.[6]
- Brasil, minha terra! (didático, 1928)
- Seu Candinho da farmácia, pela Companhia Editora Nacional[6] (romance, 1933)
- Os Azevedos do Poço (Livraria José Olympio Editora, 1938, romance)
- Maxambombas e maracatus (crônicas, 1935)[5]
- Anquinhas de Bernardas (Martins Editora, 1940)
- Barcas de vapor (Edições Cultura, 1945)
- Arruar (crônicas, 1948)[nota 4]
- A moça do sítio de Yoyô Coelho (contos)
- Onde os avós passaram.
- Memórias íntimas.
Traduções
editar- Casamento de Chiffon, de Gyp[nota 5]
- O Homem Sem Piedade (“The man without mercy”), de Concordia Merrel
- Casada por Dinheiro (“Married For Money”), de Concordia Merrel
- As Solteironas dos Chapéus Verdes (“Ces dames aux chapeaux verts”), que recebeu o Prêmio Nelly Lieutier, em 1921. Escrito por Germaine Acremant
- O Marido da Borralheira, de Dyvonne.
Prêmios
editar- Prêmio da Academia Brasileira de Letras com o romance O vigia da casa grande.
Notas e referências
Notas
- ↑ Recebeu o Prêmio da Academia Brasileira de Letras, por esse romance, em 1924.
- ↑ Mesmo não tendo posicionamento partidário, foi punido na Revolução de 1930 com sua transferências para Alagoas, e dali só retornou por determinação do escritor José Américo de Almeida, naquele tempo ministro da viação no governo provisório.[3]
- ↑ Senhora de engenho foi publicado também em Portugal pela Editora Lello
Sua personagem principal, Maria da Betânia, deu inspiração para Capiba escrever uma valsa com seu nome como título.[3] - ↑ Sobre Arruar, Gilberto Freyre escreveu: "Quem lê Arruar... se é pernambucano, fica mais pernambucano; se brasileiro de outro Estado, mais amigo de Pernambuco e do Recife; se estrangeiro, mais simpático à gente pernambucana e à cidade que não é apenas capital de um Estado, mas metrópole de uma região."[3]
- ↑ GYP é o pseudônimo da Condessa de Martel de Janville (Sibylle Gabrielle de Marie-Antoinette de Riquetti de Mirebeau) 1849 – 1932
Referências
- ↑ a b c Mário Sette - Fundação Joaquim Nabuco
- ↑ a b SOUTO MAIOR, Mario. Dicionário de Folcloristas Brasileiros. Recife: FUNDARPE, 1ª Edição, 1999.
- ↑ a b c MELO, Clóvis. A Literatura em Pernambuco. Recife:Academia Pernambucana de Letras, 2006, Pág. 120-122
- ↑ PARAÍSO, Rostand. Academia Pernambucana de Letras - Sua história. Vol. 1. Recife:APL, 2006.
- ↑ a b *Pernambuco de A a Z
- ↑ a b «Catálogo da Companhia Editora Nacional». Consultado em 29 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 24 de outubro de 2012
Ligações externas
editar- MELO, Frederico Pernambucano. Mário Sette - um conceito de pernambucanidade. Página visitada em 20 de março de 2011.
- Fundaj - Mário Sette
- Scoob - Mário Sette
- Textos Mariosetteanos
- Representações da cidade de Caruaru na literatura de Mário Sette
- SETTE, Hilton. Centenário do nascimento de Mário Sette. (em pdf)