Manuel Botelho de Oliveira
Manuel Botelho de Oliveira (Salvador, 1636 — Salvador, 5 de janeiro de 1711) foi um advogado, político e um poeta barroco do Brasil Colônia. Foi o primeiro autor nascido no Brasil a ter um livro publicado.
Manuel Botelho de Oliveira | |
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Nascimento | 1636 Salvador |
Morte | 5 de janeiro de 1711 (75 anos) Salvador |
Nacionalidade | Brasil Colônia |
Ocupação | político, poeta |
Principais trabalhos | À Ilha de Maré |
Filho de um capitão de infantaria, cursou Direito na Universidade de Coimbra, em Portugal.[1] De volta ao Brasil, passou a exercer a advocacia e foi eleito vereador da Câmara de Salvador. Em 1694 tornou-se capitão-mor dos distritos de Papagaio, Rio do Peixe e Gameleira, cargo obtido em função de empréstimo de 22 mil cruzados para a criação da Casa da Moeda, na Bahia.
Manuel Botelho de Oliveira conviveu com Gregório de Matos e versou sobre os temas correntes da poesia de seu tempo.
Obra
editarA sua primeira obra impressa foi Mal Amigo, escrita em 1663 e publicada em Coimbra. A principal obra é a coletânea de poemas Música do Parnaso, reunindo poemas em português, castelhano, italiano e latim e duas comédias em espanhol, Hay amigo para amigo e Amor, Engaños, y Celos. Escrita em 1705 e publicada em Lisboa, tornou-o o primeiro autor nascido no Brasil a ter um livro impresso.
Na obra, destaca-se o poema À Ilha de Maré, com vocabulário típico dos barrocos, e um dos primeiros a louvar a terra e descrever com esmero a variedade de frutos e legumes brasileiros, lembrando sempre a inveja que fariam às metrópoles européias[2] É neste poema que pela primeira vez que aparece na poesia uma descrição da natureza tropical, com seus pescados, suas frutas, seus legumes.[1]
Referências
Ligações externas
editar- Poesia Completa. Introd., org. e fixação de texto de Adma Muhana. São Paulo: Martins, 2005.
- Textos literários em meio eletrônico - À Ilha de Maré, de Manuel Botelho de Oliveira
- Poesias de Manuel Botelho de Oliveira
- A primeira obra impressa de um brasileiro
- Musica do Parnasso, dividida em quatro coros de rimas portuguesas, castelhanas, italianas & latinas...(1705), na Biblioteca Nacional de Portugal