Meruzanes II Arzerúnio
Meruzanes II Arzerúnio (em grego: Μερουζάνης; romaniz.: Merouzánēs; em armênio: Մերուժան; romaniz.: Meružan) foi um nacarar armênio do final do século VIII, chefe da família Arzerúnio e príncipe de Vaspuracânia. Era filho do príncipe Arzerúnio Cacício I e irmão dos também príncipes Amazaspes I e Isaque I
Meruzanes II Arzerúnio | |
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Príncipe de Vaspuracânia | |
Antecessor(a) | Amazaspes I |
Sucessor(a) | Cacício II |
Nome completo | |
Մերուժան Բ Արծրունի | |
Casa | Arzerúnio |
Pai | Cacício I |
Religião | Cristianismo |
Nome
editarMeruzanes (Μερουζάνης, Merouzánēs), Maruzas (Μαρουζᾶς, Marouzãs) são as formas gregas do armênio Meruzã (Մե(հ)րուժան / Մերհուժան, Me(h)ružan / Merhužan) e Meuzã (Մեհուժան, Mehužan), que originou-se no persa médio Mitruchã (Mitrūčan)[1] ou no parta Mirozã (Mihrozan). Todos esses nomes parecem ter se originado no iraniano antigo *Mitrabaujana (*MiΘra-bauǰ-ana-), "prazer, aproveitamento de Mitra", que por sua vez havia sido helenizado como Mitrobuzanes (Μιθροβουζάνης, Mitrobouzánēs).[2][3]
Vida
editarPróximo dos anos 770, Meruzanes II permaneceu na Armênia, enquanto seu pai Cacício I e seus irmãos Amazaspes I e Isaque I foram presos, provavelmente na Mesopotâmia. Cacício morreu na prisão em 772, enquanto seus irmãos seriam libertados e enviados para a Armênia. Os três recusaram-se a participar na insurreição geral de 775, que terminou com a derrota armênia em Bagrauandena. Quatro anos depois, após nova revolta, o califa Almadi (r. 775–785) ordenou a prisão dos irmãos Amazaspes, Isaque e Meruzanes.[4]
Após três anos, o carrasco questionou-lhes se preferiam a morte ou a apostasia. Isaque e Amazaspes optaram pela morte, enquanto Meruzanes a apostasia. Retornou à Armênia e tornou-se chefe dos Arzerúnios e príncipe de Vaspuracânia.[4] Logo depois, dois filhos de Musel VI, Sapor e Bardas, se refugiaram com ele em Vaspuracânia, mas ele os assassinou.[5] Meruzanes morreria algum tempo depois e seria sucedido por seu sobrinho Cacício II de quem nada se sabe, exceto que era pai de Amazaspes II, que por sua vez era pai de Asócio I, príncipe de Vaspuracânia em 863.[6]
Referências
- ↑ Ačaṙyan 1942–1962, p. 326.
- ↑ Fausto, o Bizantino 1989, p. 391.
- ↑ Schmitt 2005.
- ↑ a b Settipani 2006, p. 320-321.
- ↑ Settipani 2006, p. 141; 321.
- ↑ Settipani 2006, p. 366.
Bibliografia
editar- Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Մերուժան». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã
- Fausto, o Bizantino (1989). Garsoïan, Nina, ed. The Epic Histories Attributed to Pʻawstos Buzand: (Buzandaran Patmutʻiwnkʻ). Cambrígia, Massachusetts: Departamento de Línguas e Civilizações Próximo Orientais, Universidade de Harvard
- Schmitt, Rüdiger (2005). «Personal names, Iranian iv. Parthian Period». Enciclopédia Irânica. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia
- Settipani, Christian (2006). Continuidade das elites em Bizâncio durante a idade das trevas. Os príncipes caucasianos do império dos séculos VI ao IX. Paris: de Boccard. ISBN 978-2-7018-0226-8