Nogiku no gotoki kimi nariki
Nogiku no gotoki kimi nariki (野菊の如き君なりき? lit. "você é como um crisântemo selvagem") é um filme de drama japonês de 1955 escrito e dirigido por Keisuke Kinoshita. É baseado em um romance do escritor japonês Sachio Itō.[1][2][3]
Nogiku no gotoki kimi nariki | |
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野菊の如き君なりき | |
Japão 1955 • preto-e-branco • 92 min | |
Gênero | drama |
Direção | Keisuke Kinoshita |
Roteiro | Keisuke Kinoshota Sachio Itō (romance) |
Elenco | Chishū Ryū Noriko Arita Shinji Tanaka Haruko Sugimura |
Música | Chūji Kinoshita |
Cinematografia | Hiroshi Kusuda |
Companhia(s) produtora(s) | Shochiku |
Distribuição | Shochiku |
Lançamento |
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Idioma | japonês |
Sinopse
editarMasao, de 73 anos, está em barco, navegando em um rio, para fazer uma visita à sua remota aldeia natal. No caminho, ele relembra, em flashbacks, sua juventude durante a era Meiji e de Tamiko, seu primeiro e grande amor.
Tamiko trabalha na casa dos pai de Masao, seu primo. As famílias e os moradores desconfiam da relação próxima, mas inocente, que os dois adolescentes vão desenvolvendo. Enquanto algumas pessoas zombam do tempo que passam juntos, a cunhada de Tamiko age com hostilidade. O contato entre os dois é cada vez mais inibido e, depois que Masao é mandado para uma escola secundária em outra cidade, Tamiko é pressionada a um casamento indesejado. Tamiko primeiro resiste, mas quando a mãe de Masao declara que em nenhuma circunstância permitirá que ela se case com seu filho, ela finalmente desiste de seu amor. Omasu, a empregada doméstica, conhece Masao e lhe dá a notícia, ao mesmo tempo que lembra que Tamiko sempre o amará. Poucos meses depois, Masao recebe um telegrama de sua mãe pedindo-lhe que volte rapidamente para casa. Ao retornar, ele fica sabendo do casamento infeliz, do divórcio e da morte recente de Tamiko devido a uma doença. A família, de luto pela perda, conta a Masao que a falecida Tamiko segurava uma carta dele nas mãos, pressionada contra o coração.
Voltando ao presente, um Masao mais velho chega ao seu destino e visita o túmulo de Tamiko, contemplando seu destino com as palavras, "final do outono e os campos estão solitários, apenas os grilos cantam em seu túmulo".
Elenco
editar- Chishū Ryū como Masao aos 73 anos
- Noriko Arita como Tamiko
- Shinji Tanaka como o jovem Masao
- Haruko Sugimura como mãe de Masao
- Takahiro Tamura como Eizo
- Toshiko Kobayashi como Omasu, a empregada
- Kappei Matsumoto
- Kazuko Motohashi como mãe de Tamiko
- Nobuo Takagi como pai de Tamiko
- Kumeko Urabe como avó
- Keiko Yukishiro como cunhada de Tamiko
Produção
editarAs sequências de flashback foram enquadradas em um formato oval[3][4] tipicamente associada a filmes mudos.[4] Segundo Alexander Jacoby, historiador de cinema, esse mascaramento dá ao filme "um tom apropriadamente nostálgico".[4] Donald Richie, historiador de cinema, descreve este dispositivo como representando "daguerrótipos Meiji".[2]
Recepção
editarJacoby classificou Nogiku no gotoki kimi nariki como "um dos filmes japoneses mais puramente comoventes", apesar de sua "ingenuidade ocasional", atribuindo-o às "técnicas simples" de Kinoshita, incluindo a "escolha criteriosa da posição da câmera", e às excelentes performances dos atores.[4] Joseph L. Anderson também comentou sobre a fotografia do filme, especialmente os "negros ricos", e a "evocação da área" de Kinoshita.[3] Richie considerou o filme "um dos trabalhos mais nostalgicamente belos" do diretor.[5] No livro Feature Cinema in the 20th Century de Klinowski e Garbicz, o longa é descrito como "um dos filmes mais sinceros e puros de seu tipo no cinema japonês", observando que marca um retorno ao "lirismo pastoral" de Kinoshita, depois de focar seus filmes nos últimos anos a problemas sociais.[6]
Prêmios
editarHiroshi Kusuda recebeu o prêmio Mainichi Film Awards na categoria Melhor Cinematografia em 1956 por seu trabalho em Nogiku no gotoki kimi nariki e Tooi kumo, outra obra de Kinoshita.[7] Ele também recebeu o Prêmio Blue Ribbon de Melhor Cinematografia pelos mesmos dois filmes.[8]
Legado
editarNogiku no gotoki kimi nariki foi exibido ao público em institutos como o Museu de Arte Moderna de Nova York em 1970,[9] no Berkeley Art Museum e no Pacific Film Archive em 1991,[10] e pela sociedade Film at Lincoln Center, de Nova York, em 2012.[5]
Referências
- ↑ a b «野菊の如き君なりき». Japanese Movie Database (em japonês). Consultado em 21 de janeiro de 2021. Cópia arquivada em 14 de junho de 2023
- ↑ a b Richie, Donald (2012). A Hundred Years of Japanese Film. [S.l.]: Kodansha. ISBN 9781568364391
- ↑ a b c Anderson, Joseph L. (1982). The Japanese Film: Art and Industry. [S.l.]: Princeton University Press. pp. 279, 373. ISBN 9780691007922
- ↑ a b c d Jacoby, Alexander (2008). A Critical Handbook of Japanese Film Directors. [S.l.]: Stone Bridge Press. ISBN 9781933330532
- ↑ a b «You Were Like a Wild Chrysanthemum». Film at Lincoln Center. 2012. Consultado em 31 de julho de 2023. Cópia arquivada em 31 de julho de 2023
- ↑ Klinowski, Jacek; Garbicz, Adam (2012). Feature Cinema in the 20th Century: Volume Two: 1951-1963: a Comprehensive Guide. [S.l.]: Planet RGB. ISBN 9781624075650
- ↑ «毎日映画コンクール 第10回(1955年)». Mainichi (em japonês). Consultado em 31 de julho de 2023. Cópia arquivada em 13 de outubro de 2023
- ↑ «Blue Ribbon Awards 1955». cinemahochi.yomiuri.co.jp. Consultado em 15 de novembro de 2023. Arquivado do original em 7 de fevereiro de 2009
- ↑ «Five decades of Japanese films in major retrospective, largest film showing held at museum» (PDF). MOMA. Consultado em 31 de julho de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 31 de julho de 2023
- ↑ «You Were Like a Wild Chrysanthemum». BAMPFA. Consultado em 31 de julho de 2023. Cópia arquivada em 31 de julho de 2023