Pequiá

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Pequiá (Caryocar villosum), é uma árvore típica da floresta pluvial da Amazônia, da família das cariocaráceas, com frutos e lenho semelhantes ao pequi. Nativa do Brasil, é encontrada nos estados ddo Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Maranhão, Rondônia e Mato Grosso. Também é encontrada na Guiana Francesa[2].

Como ler uma infocaixa de taxonomiaPequiá

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Malpighiales
Família: Caryocaraceae
Género: Caryocar
Espécie: C. villosum
Nome binomial
Caryocar villosum
(Aubl.) Pers., 1806
Sinónimos
Caryocar butyrosum (Aubl.) Willd.

Caryocar villosum var. aesculifolium Wittm.
Caryocar villosum var. macrophyllum Wittm.
Pekea butyrosa Aubl.
Pekea villosa (Aubl.) Poir.
Rhizobolus butyrosus (Aubl.) J.F. Gmel.
Saouari villosa Aubl.

Foi descrita originalmente como Saouari villosa Aubl., em 1775.

Semelhanças, homonínias e sinônimos

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O pequiá diferencia-se do pequi pelos folíolos, que no pequiá são mais finos, de formato oval-oblongo, pontiagudos e sésseis.

Também são chamados pequiá o pequi-vinagreiro (Caryocar edule Casar), que também recebe o nome de pequiá-negro, e o pau-marfim, Balfourodendron riedelianum[3]

Outros nomes populares: pequiarana e pequiá-vermelho.[4] No Maranhão a planta é chamada grão-de-cavalo, no Amazonas também recebe o nome de amêndoa-de-espinho.

Etimologia

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Pequiá tem origem no tupi antigo peke'a, peki'a ou pike'a. As três variantes estão documentadas.[5]

Características

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O pequiá atinge alturas que variam de 20 a 40 m, e largura de 90 a 180 cm. Há referências a exemplares com mais de 50 m de altura e 5 me de diâmetro (DAP).[6]

Suas folhas têm 6 a 12 cm de comprimento, sendo pecioladas e composta, com folíolos pubescentes na parte superior.[4]

As flores têm formato de "pincel de estames", de cor amarelada. Surge no topo da árvore, em inflorescências. A polinização é auto-compatível, embora mais frequentemente por polinização cruzada, servindo-se de insetos e, principalmente, morcegos, de onde lhe vem a característica de antese noturna.[7]

Sua madeira tem a densidade de 0,93 g/cm³, granulosa, com fibras revessas[8] que dificultam o ataque de lignívoros.[4]

Uso econômico

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Seus frutos são comestíveis. A madeira tem uso em várias funções, como dormentes, caibros, postes, estacas, etc.[4]

Notas e referências

  1. Barstow, M. (2017). Caryocar villosum (em inglês). IUCN 2018. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2018​: 3.1. doi:https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2018-1.RLTS.T61988211A61988213.en Página visitada em 31 de março de 2021.
  2. «Flora do Brasil 2020». floradobrasil.jbrj.gov.br. Consultado em 31 de março de 2021 
  3. Descrição do pau-marfim, página acessada em 28 de junho de 2008
  4. a b c d Página descritiva do pequiá, acessada em 28 de junho de 2008.
  5. NAVARRO, Eduardo (2013). «Dicionário de Tupi Antigo» 
  6. Árvores Gigantescas da Terra e as Maiores Assinaladas no Brasil
  7. Revista Brasileira de Botânica, vol.30 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2007 - MARTINS, Rodrigo Lemes, GRIBEL, Rogério: Polinização de Caryocar villosum (Aubl.) Pers. (Caryocaraceae) uma árvore emergente da Amazônia Central - página acessada em 28 de junho de 2008
  8. O termo revessa é derivado de revesso - reverso por uso popular; designa a mudança de sentido de uma corrente, ou a junção, neste caso, de fibras em vários sentidos. Fonte: Dicionário Aurélio, verbetes revesso e revessa
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