Raimundo Antônio da Rocha Lima
Raimundo Antônio da Rocha Lima (Fortaleza, 1855, - Maranguape, 28 de julho de 1878), foi um poeta, filósofo e escritor cearense, patrono da cadeira n°30 da Academia Cearense de Letras.[1]
Raimundo Antônio da Rocha Lima | |
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Nascimento | 1855 Fortaleza |
Morte | 28 de julho de 1878 Maranguape |
Cidadania | Brasil |
Alma mater | |
Ocupação | poeta, escritor |
Biografia
editarFilho de Miguel Antônio da Rocha Lima (falecido antes do seu nascimento) e Maria Bezerra da Rocha Lima. Após os estudos secundários no Liceu do Ceará e no Ateneu Cearense, seguiu para Recife na esperança de fazer o curso superior de Direito; entretanto, muito franzino e atacado de doença grave, não logrou levar avante o seu intento, voltando para a sua terra natal. A temporada em Pernambuco alargou os seus horizontes culturais, assimilando principalmente as ideias de Augusto Comte. Sendo o mais jovem, foi também considerado o representante mais culto da sua geração, em que se incluíam Capistrano de Abreu, Tomás Pompeu, Xilderico de Faria e todos os confrades da Academia Francesa, que ele teve a ideia de fundar em 1873.[2][3][4][5][6]
Colaborou assiduamente na folha maçônica “Fraternidade”.
Faleceu em Maranguape, e após sua morte, apareceu o livro Crítica e Literatura,[7] verdadeira obra-prima que o inclui entre os nomes mais respeitáveis da crítica literária brasileira Em vida, publicou O Direito de Punir, conferência proferida na Assembléia Provincial, e um Discurso (02/12/1877), lido perante o Gabinete Cearense de Leitura. Quando do seu desaparecimento, a “Gazeta de Notícias” do Rio de Janeiro estampou nota, de que merece ser destacado o seguinte trecho: “O aço da sua pena era temperado nas forjas inextinguíveis em que temperaram as suas Augusto Comte, Littré, Spenver, Bournouf, Stuart Mill, os obreiros da renovação moral e intelectual da humanidade contemporânea”.[8][9][10][11][12][13]
Obras
editar- Crítica e Literatura,[7]
- O Direito de Punir,
- Discurso,
Homenagens
editar- Uma rua em Fortaleza foi nomeada em homenagem ao escritor,[14]
- Foi nomeado patrono da cadeira n°30 da Academia Cearense de Letras.[1]
- Foi nomeado patrono da cadeira nº22 da Academia Maçônica de Letras do Estado do Ceará – AMLEC.[15]
Referências
- ↑ a b «Portal da História do Ceará». www.ceara.pro.br. Consultado em 2 de setembro de 2018
- ↑ Brígido, João. «Os Patronos - Raimundo Antônio da Rocha Lima» (PDF). academiacearensedeletras.org.br
- ↑ Araujo, Ariane Bastos Gonçalves de. «"O GLADIADOR DO PENSAMENTO E A PALAVRA-AÇÃO": A ACRÓPOLE IDEAL NOS ESCRITOS DE RAIMUNDO ANTONIO DA ROCHA LIMA (1874-1878)» (PDF). Universidade Estadual do Ceará
- ↑ «Academia Francesa do Ceará». www.fortalezaemfotos.com.br. Consultado em 2 de setembro de 2018
- ↑ Filho, Cícero João da Costa. «Irradiação das Belas Letras nas Plagas Cearenses: dos Oiteiros à Padaria Espiritual» (PDF). diversitas.fflch.usp.br
- ↑ «João Lopes Ferreira Filho». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 2 de setembro de 2018
- ↑ a b Lima, Raimundo Antônio da Rocha (1968). Crítica e litteratura. [S.l.]: Imp. Universitária do Ceará
- ↑ «Biblioteca Virtual - Literatura». www.biblio.com.br. Consultado em 2 de setembro de 2018
- ↑ Bezerra, Carlos Eduardo de Oliveira (1 de janeiro de 2009). Adolfo Caminha: um polígrafo na literatura brasileira do século XIX (1885-1897). [S.l.]: SciELO - Editora UNESP. ISBN 9788579830334
- ↑ Revista do Instituto do Ceará. [S.l.]: Instituto do Ceará. 2005
- ↑ Oliveira, Maria da Glória de (20 de agosto de 2013). Crítica, método e escrita da história em João Capistrano de Abreu. [S.l.]: Editora FGV. ISBN 9788522514489
- ↑ Demetrius, Lisandro (21 de agosto de 2012). HistÓria Da Literatura Brasileira José Veríssimo. [S.l.]: Clube de Autores
- ↑ Menezes, Raimundo de; Azevedo, Manoel Ubaldino de (1960). Clóvis Beviláqua. [S.l.]: Livraria Martins Editôra
- ↑ «Rua Rocha Lima, Centro - Fortaleza CE - CEP 60135-000». www.consultarcep.com.br. Consultado em 2 de setembro de 2018
- ↑ «Academia | Academia Maçônica de Letras do Estado do Ceará | ACADEMIA». Academia | Academia Maçônica de Letras do Estado do Ceará. Consultado em 2 de setembro de 2018