Tomás Pompeu de Sousa Brasil (II)
Tomás Pompeu de Sousa Brasil (Fortaleza, 30 de junho de 1852 - Fortaleza, 6 de abril de 1929), foi um advogado, professor, político, intelectual e escritor brasileiro.[2]
Tomás Pompeu de Sousa Brasil | |
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Nascimento | 30 de junho de 1852 Fortaleza |
Morte | 6 de abril de 1929 |
Residência | Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza, Rio de Janeiro |
Cidadania | Brasil |
Progenitores | |
Filho(a)(s) | Tomás Pompeu de Sousa Brasil (filho) |
Alma mater | |
Ocupação | advogado, escritor, político |
Distinções | |
Empregador(a) | Universidade Federal do Ceará, Liceu do Ceará, Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, Cearense: órgão liberal, Cearense: órgão liberal |
Ideologia política | liberalismo, abolicionismo |
Biografia
editarFilho do senador Tomás Pompeu de Sousa Brasil, foi batizado com o mesmo nome do pai. Logo que se formou na Faculdade de Direito do Recife, em 1872, tornou-se redator do Cearense, ao lado do pai e de João Brígido e posteriormente, do Gazeta do Norte.
No ano seguinte, junto com este e outros intelectuais do período, como Rocha Lima, Araripe Júnior, Capistrano de Abreu, França Leite, Antônio José de Melo e Felino Barros, funda a Academia Francesa do Ceará. Ingressa na Maçonaria em 1873 por meio da loja Fraternidade Cearense[3]. Em 1876, assume, após aprovação em concurso, a lente da cadeira de Geografia no Liceu do Ceará,[4] e lecionou também na Escola Militar e na Escola Normal.
Dedicou-se ao magistério, ao jornalismo, à política e, sobretudo, às letras e ao estudo das questões sociais, econômicas e jurídicas e do estado do Ceará.
Foi deputado geral entre 1878 e 1886, pelo Partido Liberal. Foi vice-presidente da Província do Ceará e em 1889 assumiu o Governo. Autor de inúmeras obras sobre geografia física e humana, abordando temas como seca e irrigação.[4]
Um dos idealizadores da Faculdade de Direito do Ceará, foi o seu primeiro vice-diretor, bem como professor de Economia Política, Ciência das Finanças e Contabilidade do estado. Posteriormente, assumiu a direção da instituição.[4]
Membro fundador e presidente da Academia Cearense de Letras, foi um de seus idealizadores, e grande fomentador da cultura cearense.[5]
Pertenceu ao Instituto do Ceará, de que foi presidente. Monarquista de sólidas convicções, não aderiu ao golpe militar de 1889, escrevendo na imprensa sobre as ''instituições decaídas'', o que lhe valeu uma injusta prisão no quartel do Batalhão do Exército.
Quando faleceu, encontrava-se no seu gabinete, de pena na mão, escrevendo o seu ensaio alusivo a José de Alencar. Polígrafo, possuidor de extraordinária cultura, legou às gerações presentes e futuras trabalhos de alto valor, escritos com critério e base científica, durante a sua longa vida toda dedicada aos estudos e esforços intelectuais.
Obras
editar- ‘Lições de Geografia Geral’,
- ‘O Ceará no Começo do Século XX’,
- ‘O Ceará no Centenário da Independência do Brasil’,[6][7]
- ‘Direito Público Constitucional’,
- 'Lições de Direito Constitucional’,
- ‘A Cultura do Algodão, Especialmente no Ceará’,
- ‘A Maniçoba’,
- ‘O Ensino Superior no Brasil’,
- ‘História Política do Ceará’,
- ‘História da Instrução Pública no Ceará’,
- ‘Teoria Geral do Direito Público’,
- ‘Direito Público Constitucional’,
- ‘Dicionário de Pensamentos’,
- ‘Dualidade das Câmaras Legislativas’,
- ‘José Martiniano de Alencar - O Homem e o Homem de Letras’,
Descendentes
editar- Alba Pompeu de Souza Brasil, (1878 - 1949),
- Tomás Pompeu de Sousa Brasil (filho), (1879 - 1969), foi governador do Ceará.
- José Pompeu de Souza Brasil, (1880 - 1976),
- Laís Pompeu de Souza Brasil, (1882 - 1959),
Referências
- ↑ «Uma velha dama na Avenida do Imperador - Vós». Vós. 22 de dezembro de 2015
- ↑ «Conhecendo o senador Pompeu». Diario do Nordeste. 26 de março de 2005. Consultado em 17 de novembro de 2017
- ↑ Guimarães, Joaquim Mendes da Cruz (1873). «Almanak da Provincia do Ceará : Administrativo, Mercantil e Industrial (CE) - 1873». Almanak da Provincia do Ceará. Consultado em 28 de dezembro de 2017
- ↑ a b c «Tomas Pompeu de Souza Brasil» (PDF). Instituto do Ceara. Consultado em 16 de novembro de 2017
- ↑ «Academia Cearense de Letras». www.academiacearensedeletras.org.br. Consultado em 24 de agosto de 2018
- ↑ IBGE. «IBGE | Biblioteca | Detalhes | O Ceará no centenario da independencia do Brasil». biblioteca.ibge.gov.br. Consultado em 4 de outubro de 2018
- ↑ Brazil, Thomaz Pompêo de Sousa (1922). O Ceará no centenario da independencia do Brasil. [S.l.]: Typ. Minerva, de Assis Bezerra
Precedido por - |
1º Presidente da Academia Cearense de Letras 1894 — 1929 |
Sucedido por Antônio Sales |