Sebastião Rocha Leal
Sebastião Rocha Leal, ou simplesmente Sebastião Leal, (Uruçuí, 20 de janeiro de 1925 — Teresina, 5 de outubro de 1993) foi um odontólogo e político brasileiro. Exerceu oito mandatos de deputado estadual pelo Piauí, onde foi eleito vice-governador na chapa de Alberto Silva em 1970.[1][2]
Sebastião Leal | |
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Sebastião Leal | |
Vice-governador do Piauí | |
Período | 1971-1975 |
Antecessor(a) | João Clímaco d'Almeida[nota 1] |
Sucessor(a) | Djalma Veloso |
Deputado estadual pelo Piauí | |
Período | 1959-1971 1975-1993 |
Presidente da Assembleia Legislativa do Piauí | |
Período | 1971-1975[nota 2] 1993 |
Antecessor(a) | Djalma Veloso Jesualdo Cavalcanti |
Sucessor(a) | Bona Medeiros Robert Freitas |
Dados pessoais | |
Nascimento | 20 de janeiro de 1925 Uruçuí, PI |
Morte | 5 de outubro de 1993 (68 anos) Teresina, PI |
Alma mater | Universidade Federal do Maranhão |
Cônjuge | Dulcineia Nunes Leal |
Partido | PSD, ARENA, PDS, PFL |
Profissão | odontólogo |
Dados biográficos
editarFilho de Manoel Mendes Leal e Maria Rocha Leal. Formado em Odontologia na Universidade Federal do Maranhão, foi professor da Universidade Federal do Piauí.[1][3] Eleito deputado estadual via PSD em 1958 e 1962, ingressou na ARENA quando o Regime Militar de 1964 impôs o bipartidarismo através do Ato Institucional Número Dois[4] sendo reeleito em 1966. Frustrado em demover a indicação de Alberto Silva para governador do Piauí em 1970, Petrônio Portela articulou a escolha de Sebastião Leal como vice-governador a fim de preservar o equilíbrio de forças dentro do diretório estadual da ARENA.[nota 2][3] Secretário de Justiça nos governos de Petrônio Portela, Helvídio Nunes e Dirceu Arcoverde,[5] foi secretário interino de Governo no primeiro governo Hugo Napoleão.[nota 3]
Reconduzido ao legislativo estadual em 1974 e 1978, ingressou no PDS e a seguir foi escolhido presidente do diretório estadual, reelegendo-se deputado estadual em 1982. Delegado da Assembleia Legislativa do Piauí por conta da eleição presidencial, votou em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 1985.[6] Após migrar para o PFL obteve novos mandatos em 1986 e 1990.[7] Eleito presidente da Assembleia Legislativa do Piauí em 1993, faleceu no exercício do cargo e após sua morte seu legado continuou através de seu filho, Leal Júnior, eleito deputado estadual em 1994, 1998 e 2002.[2]
Seu irmão gêmeo, Raimundo Leal, foi eleito deputado estadual pelo Maranhão em 1978, 1982, 1986 e 1990.[8]
Honrarias recebidas
editarEm sua homenagem o antigo povoado Irapuã, na microrregião de Bertolínia, foi elevado à condição de município com o nome de Sebastião Leal.[nota 4][9]
Notas
- ↑ A rigor tal cargo estava sem titular desde que seu ocupante sucedeu a Petrônio Portela à frente do Palácio de Karnak.
- ↑ a b Sebastião Leal foi o último vice-governador a presidir a Assembleia Legislativa do Piauí, pois a reforma constitucional de 1969 pôs fim a esse direito e desde então os próprios deputados estaduais elegem seu presidente, a começar por Bona Medeiros, em 1975.
- ↑ A Secretaria de Interior, Justiça e Segurança Pública surgiu em 1954, foi renomeada como Secretaria de Segurança (1971) e Secretaria de Justiça e Segurança Pública (1974) até ser desmembrada em Secretaria de Justiça e Secretaria de Segurança Pública em 1983.
- ↑ O referido município foi criado no governo Freitas Neto por força da Lei Estadual n.º 4.680 de 26 de janeiro de 1994 e instalado em 1º de janeiro de 1997.
Referências
- ↑ a b SANTOS, José Lopes dos. Novo Tempo Chegou. Brasília: Senado Federal, 1983.
- ↑ a b BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. «Eleições 1945 a 1992». Consultado em 23 de janeiro de 2024
- ↑ a b SANTOS, José Lopes dos. Política e Políticos: eleições 86. v. II. Teresina: Gráfica Mendes, 1988.
- ↑ BRASIL. Presidência da República. «Ato Institucional Número Dois». Consultado em 16 de maio de 2019
- ↑ Circular de Falcão altera visita de Ulisses ao Piauí (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 23/10/1975. Política e Governo, p. 03. Página visitada em 7 de dezembro de 2016.
- ↑ Redação (16 de janeiro de 1985). «Sai de São Paulo o voto para a vitória da Aliança. Política, p. 06». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 23 de dezembro de 2023
- ↑ SANTOS, José Lopes dos. Política e Outros Temas. v. II. Teresina: Gráfica Mendes, 1991.
- ↑ «Banco de dados do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão». Consultado em 16 de maio de 2019
- ↑ «IBGE Cidades: Sebastião Leal». Consultado em 11 de março de 2016