A segunda passagem de Curupaiti foi uma operação naval da Tríplice Aliança na Guerra do Paraguai, realizada em 13 de fevereiro de 1868, que tinha por objetivo forçar, novamente, a passagem de Curupaiti. Desta vez a passagem seria executada pelos novos monitores encouraçados brasileiros Alagoas, Pará e Rio Grande, além de alguns outros navios de madeira. A frota enfrentou trinta peças de artilharia durante uma hora de passagem.
A primeira passagem do forte ocorreu em 15 de agosto de 1867 por dez encouraçados da armada imperial.[1] A fortaleza em si só seria abandonada no dia 23 de março de 1868, portanto os paraguaios ainda estavam lá aquartelados e qualquer tentativa de ultrapassa-los seria também sob fogo da artilharia. O governo imperial já havia decidido ultrapassar a fortaleza de Humaitá[2] e para este feito era necessário forçar a passagem de Curupaiti novamente, uma vez que a nova flotilha deveria se encontrar com a frota presa ente as duas fortalezas.[3] Entre dezembro de 1867 e fevereiro de 1868 chegam os novos monitores encouraçados brasileiros da classe Pará que são: o Alagoas, sob o comando do 1º tenente Maurity; o Pará comandado pelo 1º tenente Custódio de Mello e o Rio Grande sob o comando do 1º tenente Antônio Joaquim.[4][5] A frota era composta por esses e alguns outros navios. A fortaleza era defendida por cerca de 30 peças de artilharia e numerosa guarnição.[5] O Barão de Inhaúma confiou a missão ao Capitão de Mar e GuerraDelfim Carlos de Carvalho, o futuro Barão da Passagem.[6]
No dia 12 de fevereiro às 20:30 a pequena frota iniciou o movimento em direção ao fogo do inimigo, porém, devido a uma falha mecânica e um abalroamento entre o Alagoas e o Ipiranga que derrubou a chaminé no seu convés, interrompeu-se a tentativa. Após os reparos já na noite do dia 13[7] produz-se a segunda passagem de Curupaiti.[8] Os navios de madeira respondem ao fogo iniciado pela guarnição paraguaia com o Alagoas e o Pará avançando logo em seguida às 21:30.[7] A passagem dos navios durou cerca de uma hora,[6] com o Rio Grande sendo o último a encontrar a frota rio acima.[9]
Jaceguay, A.; Oliveira, Vidal de (1900). Quatro seculos de actividade maritima: Portugal e Brasil). Rio de Janeiro: Imprensa Nacional. OCLC6321920
Marinha do Brasil (2006). Introdução à História Marítima Brasileira 1 ed. [S.l.]: Serviço de Documentação da Marinha. 185 páginas. ISBN85-7047-076-2
Ouro Preto, Visconde de (1894). A marinha d'outra'ora (Subsidios para a Historia). Rio de Janeiro: Livraria Moderna. OCLC3043726
Pinto, Luís Flodoardo Silva (2002). A Batalha de Uruguaiana : episódio da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870). Porto Alegre: AGE Editora. ISBN8574971324. OCLC55498643