Acetato de sódio

composto químico
(Redirecionado de Trihidratado)
Acetato de Sódio
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC Acetato de sódio (sistemático)

etanoato de sódio (IUPAC)

Outros nomes Sal de sódio
Identificadores
Número CAS 127-09-3-- (anidro)
6131-90-4-- (triidratado)
Propriedades
Fórmula molecular NaO2CCH3
Aparência Pó branco deliquescente
Densidade 1,52 g·cm–3 (20 °C, anidro)[1]
1,42 g·cm-3 (20 °C, triidratado)[1]
Ponto de fusão

decompõe-se a 324 °C[1]
58 °C (triidratado)[1]

Solubilidade em água solúvel (365 g·l-1 a 20 °C)[1]
Basicidade (pKb) 9.25 [carece de fontes?]
Estrutura
Estrutura cristalina monoclínico
Riscos associados
MSDS External MSDS
Principais riscos
associados
Irritação
NFPA 704
1
1
0
 
Ponto de fulgor 250 °C
Temperatura
de auto-ignição
607 °C
Compostos relacionados
Outros aniões/ânions Formato de sódio
Oxalato de sódio
Fluoroacetato de sódio
Propionato de sódio
Outros catiões/cátions Acetato de lítio
Acetato de potássio
Acetato de magnésio
Compostos relacionados Ácido acético
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Acetato de sódio, também chamado etanoato de sódio, é um composto cristalino incolor, de fórmula ( NaO2CCH3 ), possuindo massa molar de 82,03378928. Apresenta-se normalmente na forma de sal anidro ou trihidratado. Ambas as formas são solúveis em água e em etoxietano e ligeiramente solúveis em etanol.

Aplicações

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Indústria

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Acetato de sódio é usado na indústria têxtil para neutralizar correntes de rejeitos contendo ácido sulfúrico, e como um fotorresistente quando usa-se corantes à anilina. Também é um agente de decapagem em curtimento ao cromo, e auxilia a retardar vulcanização de cloropreno em produção de borracha sintética.

Soluções tampão

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Como o acetato de sódio é um sal de uma base forte e de um ácido fraco, como uma base conjugada de um ácido fraco, uma solução de acetato de sódio e ácido acético podem atuar como um tampão para manter um pH relativamente constante, sendo usado na formulação de tampões para controle de pH em muitas aplicações de laboratório.[2] Isto é especialmente útil em aplicações bioquímicas onde as reações são dependentes do pH.

A equação de Henderson-Hasselbalch pode ser utilizada para se calcular a concentração de ácido acético e acetato de sódio necessárias para o preparo da solução tampão para diferentes pH[3].

 


Uma tabela de pH em função das formulações de soluções tampão acetato de sódio e ácido acético: [4]

pH Ácido acético 99%mL 100mL Acetato de sódio anidro g/100mL
3,6 1,11 0,123
3,8 1,06 0,197
4,0 0,98 0,295
4,2 0,88 0,435
4,4 0,76 0,607
4,6 0,61 0,804
4,8 0,48 0,984
5,0 0,35 1,156
5,2 0,25 1,296
5,4 0,17 1,402
5,6 0,11 1,484

Alimentos

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Pode ser adicionado como um amortecedor no controle do pH dos alimentos durante as várias etapas de seu processamento, bem como para o item de consumo final, onde é adicionado como um conservante, regulador de acidez e reforçador de sabor.[5] Pode ser usado na forma de diacetato de sódio — um complexo 1:1 de acetato de sódio e ácido acético,[6] com o número E E262.

Um frequente uso desta forma é em batatas chips sal e vinagre nos EUA. Muitas marcas estadunidenses, incluindo o fabricante nacional Frito-Lay, dizem batatas chips flavorizadas com "sal e vinagre" quando usam esta substância química, com lactose e menores porcentagens de outras substâncias, em vez de verdadeiros sal e vinagre na preparação.[7]

Outros usos

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É também em eletrogalvanização. É usado também na tinturaria, sabões, farmacêutica, na fórmula de diuréticos e expectorantes, e em fotografia.

Na produção de plásticos, acetato de sódio é usado como um retardador de elastômeros. A indústria do petróleo o aplica como um agente tamponador na produção de petróleo, lama de perfuração e fluidos de conclusão de poços.

O acetato de sódio é adicionado na avicultura à água potável para as galinhas para ajudar a evitar doenças associadas com o superaquecimento e desidratação.

Além disso, por ser um processo altamente exotérmico, a cristalização do acetato de sódio encontrou aplicação em compressas quentes, na forma de uma bolsa plástica selada, contendo uma solução supersaturada de acetato de sódio em água e um pequeno disco metálico.

Flexionando-se o disco metálico, dá-se início à cristalização do acetato de sódio, com consequente evolução de calor. Para que o sólido cristalizado se dissolva de novo, basta aquecer a bolsa contendo o acetato de sódio cristalizado em água fervente por aproximadamente 10 minutos.

Preparação

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Um cristal de acetato de sódio trihidrato (comprimento de 1,7 centímetro).

Para uso laboratorial, acetato de sódio é um produto químico barato, e geralmente é comprado em vez de ser sintetizado. É algumas vezes produzido em um experimento de laboratório pela reação de ácido acético com carbonato, bicarbonato ou hidróxido de sódio. Estas reações produzem acetato de sódio aquoso e água. Dióxido de carbono é produzido na reação com carbonato ou bicarbonato de sódio, e deixa o vaso de reação como um gás (a menos que o vaso de reação seja pressurizado). Esta é a conhecida reação "vulcão" das feiras de ciência entre o bicarbonato de sódio e o vinagre.

CH3COOH + NaHCO3 → CH3COONa + H2O + CO2

A reação com o carbonato de sódio, mais vigorosa, é a seguinte:

2 CH3COOH + Na2CO3 → 2 CH3COONa + H2O + CO2

Industrialmente, o acetato de sódio é preparado pelo ácido acético glacial e o hidróxido de sódio.

CH3COOH + NaOH → CH3COONa + H2O

Reações químicas

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Acetato de sódio pode ser usado para formar um éster, como o acetato de etila, com um haleto de alquila tal como o bromoetano:

NaO2CCH3 + BrCH2CH3C2H5O2CCH3 + NaBr

Sais de césio catalisam esta reação.

Questões de segurança

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Risco de incêndio

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Altamente comburente

Risco de explosão

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Baixo. É possível a explosão das partículas finamente dispersas no ar em concentrações suficientes, e na presença de uma fonte de ignição.

Risco de desastre

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Baixo. Durante um incêndio gases tóxicos e irritantes podem ser gerados por decomposição térmica ou combustão.

Combate a incêndio

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Usar pó químico seco, água pulverizada, gás carbônico ou espuma.

Incompatibilidade

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Agentes oxidantes fortes. Misturas explosivas podem ser formadas com flúor ou nitrito de potássio.

Produtos perigosos da decomposição

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Monóxido e dióxido de carbono, fumos tóxicos de óxido de sódio.

Reações perigosas

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Ocorrem com ácidos fortes. Risco baixo.

Efeitos quando ocorre inalação

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Pode causar irritação ao trato respiratório. Os sintomas podem incluir tosse, irritação na garganta, dificuldade respiratória e dor no peito.

Efeitos quando ocorre contato com a pele

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Pode causar irritação, vermelhidão e dor.

Efeitos quando ocorre contato com os olhos

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Pode causar irritação, vermelhidão e dor.

Efeitos quando ocorre ingestão

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Grandes doses podem produzir dores abdominais, náuseas e vômitos.

Procedimentos de primeiros socorros

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  • inalação: Remover para local arejado e repousar. Se cessar a respiração, aplicar método de reanimação cardiopulmonar.
  • contato com os olhos: Lavar imediatamente com muita água por, pelo menos, 15 minutos.
  • contato com a pele: Lavar imediatamente com muita água e sabão até que toda a substância seja removida da pele.
  • ingestão: Se a vítima estiver consciente, beber de 2 a 4 copos de água ou leite. Chamar auxílio médico.

Procedimento nos casos de derrames - vazamentos

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Conter o derrame. Ventilar o local. Recolher as camadas superiores para a embalagem de origem, se não tiver havido contaminação.

Acondicionamento

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Frascos de plástico.

Manuseio e armazenamento

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Manter em lugar fresco, seco, bem ventilado e separado de ácidos fortes. Dispor em recipientes especiais, fechados e devidamente etiquetados. Evitar contato com olhos, pele e roupas. Lavar-se bem após o manuseio.

Referências

  1. a b c d e Registo de CAS RN 127-09-3 na Base de Dados de Substâncias GESTIS do IFA, accessado em 20 de Janeiro de 2008
  2. Thompson, J.E. A Practical Guide to Contemporary Pharmacy Practice. 2nd ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2004.
  3. Voet, Donald; Voet, Judith G. (1 de janeiro de 2013). Bioquímica - 4ed. [S.l.]: Artmed Editora. ISBN 9788582710050 
  4. Anderson de Oliveira Ferreira; pH & tampões[ligação inativa]
  5. Diário Oficial - Nº161 - Seção 1, quarta-feira, 21 de agosto de 2002; AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA; Diretoria Colegiada RESOLUÇÃO-RDC Nº 234, DE 19 DE AGOSTO DE 2002 Arquivado em 13 de junho de 2010, no Wayback Machine.
  6. Sodium Diacetate Arquivado em 12 de outubro de 2010, no Wayback Machine. - www.jungbunzlauer.com (em inglês)
  7. «Cópia arquivada». Consultado em 1 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 23 de novembro de 2010