Volutidae
Volutidae (nomeadas, em inglês, volute -sing.[1] e, em português, voluta -sing.) é uma família de moluscos gastrópodes marinhos predadores[4], classificada por Constantine Samuel Rafinesque, em 1815, e pertencente à subclasse Caenogastropoda, na ordem Neogastropoda.[2] Sua distribuição geográfica abrange principalmente os oceanos tropicais da Terra (particularmente no hemisfério sul e notadamente na região do Indo-Pacífico), embora algumas espécies sejam adaptadas a ambientes mais frios, em profundidades de 10 até 300 metros, ou mais (podendo ultrapassar os 2.000 metros, até a zona abissal, o que torna algumas de difícil obtenção).[4][5][6]
Volutidae | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Os moluscos da família Volutidae são particularmente bem distribuídos nas costas e oceanos das regiões de clima tropical da Terra, principalmente na região do Indo-Pacífico.
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Gêneros | |||||||||||||||
Descrição
editarCompreende, em sua totalidade, caramujos ou búzios de concha ovoide, subcilíndrica ou fusiforme, pequena ou atingindo tamanhos grandes (50 centímetros de comprimento)[7][8], às vezes coberta com esmalte e altamente polida, com desenhos e marcações coloridas, geralmente sobre um fundo de coloração arenosa, amarelada ou alaranjada; raramente coberta por um perióstraco, o que os torna populares entre os colecionadores.[1][6] Poucas espécies apresentam um opérculo córneo[7], de tamanho pequeno[6] (como no gênero Voluta)[3], e a maioria possui uma abertura ampla[5], com 3 a 5 dobras oblíquas, por vezes fortes, na região de sua columela (pregas columelares).[6][7] Protoconcha geralmente suave, arredondada, mamilar e poucas vezes aguda, podendo ser dotada de calcarella, às vezes atingindo três voltas.[6][9][10] O manto de alguns gêneros é capaz de envolver externamente a concha. A cabeça é pequena, larga e achatada, geralmente com um grande lobo central que, em alguns grupos, é dividido em dois, onde estão situados os tentáculos. Quando os olhos estão presentes, eles são pequenos e ficam na base dos tentáculos. O sifão inalador é grande e cobre a cabeça, se projetando de um curto canal sifonal. O pé é amplo e largo, utilizado na alimentação de moluscos e outros pequenos invertebrados marinhos.[6]
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Cinco vistas da concha de Fulgoraria rupestris (Gmelin, 1791), encontrada no mar da China Oriental e Taiwan.[1]
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A espécie Melo amphora (Lightfoot, 1786) tem conchas que podem atingir os 50.0 centímetros e seu habitat fica na região sudoeste do oceano Pacífico, do sul da Indonésia e Papua-Nova Guiné até a metade norte da Austrália.[8]
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A espécie Adelomelon beckii (Broderip, 1836) tem conchas que podem atingir os 49.2 centímetros e seu habitat fica na região sul do oceano Atlântico, em águas moderadamente geladas ao leste da América do Sul; no Brasil, Uruguai e Argentina.[7]
Classificação de Volutidae: subfamílias, tribos e gêneros viventes
editarDe acordo com o World Register of Marine Species, suprimidos os sinônimos e gêneros extintos.[2]
- Subfamília Amoriinae Gray, 1857
- Tribo Amoriini Gray, 1857
- Amoria Gray, 1855
- Nannamoria Iredale, 1929
- Paramoria McMichael, 1960
- Tribo Melonini Pilsbry & Olsson, 1954 (= Cymbiolinae)
- Cymbiola Swainson, 1831
- Melo Broderip, 1826
- Tribo Notovolutini Bail & Poppe, 2001
- Notovoluta Cotton, 1946
- Volutoconus Crosse, 1871
- Tribo Amoriini Gray, 1857
- Subfamília Athletinae Pilsbry & Olsson, 1954
- Athleta Conrad, 1853
- Subfamília Calliotectinae Pilsbry & Olsson, 1954
- Calliotectum Dall, 1890
- Fusivoluta Martens, 1902
- Neptuneopsis Sowerby III, 1898
- Subfamília Cymbiinae H. Adams & A. Adams, 1853 (1847)
- Tribo Adelomelonini Pilsbry & Olsson, 1954
- Adelomelon Dall, 1906
- Arctomelon Dall, 1915
- Nanomelon Leal & Bouchet, 1989
- Pachycymbiola Ihering, 1907
- Tribo Alcithoini Pilsbry & Olsson, 1954
- Alcithoe H. Adams & A. Adams, 1853
- Tribo Cymbiini H. Adams & A. Adams, 1853 (1847)
- Cymbium Röding, 1798
- Tribo Livoniini Bail & Poppe, 2001
- Ericusa H. Adams & A. Adams, 1858
- Livonia Gray, 1855
- Notopeplum Finlay, 1927
- Tribo Odontocymbiolini Clench & R. D. Turner, 1964
- Argentovoluta Vazquez & Caldini, 1989
- Minicymbiola Klappenbach, 1979
- Miomelon Dall, 1907
- Odontocymbiola Clench & R. D. Turner, 1964
- Tractolira Dall, 1896
- Tribo Adelomelonini Pilsbry & Olsson, 1954
- Subfamília Zidonini H. Adams & A. Adams, 1853
- Harpovoluta Thiele, 1912
- Provocator R. B. Watson, 1882
- Spinomelon Marwick, 1926
- Zidona H. Adams & A. Adams, 1853
- Zygomelon Harasewych & B. A. Marshall, 1995
- Subfamília Fulgorariinae Pilsbry & Olsson, 1954
- Fulgoraria Schumacher, 1817
- Saotomea Habe, 1943
- Tenebrincola Harasewych & Kantor, 1991
- Subfamília Plicolivinae Bouchet, 1990
- Plicoliva Petuch, 1979
- Subfamília Scaphellinae Gray, 1857
- Ampulla Röding, 1798
- Scaphella Swainson, 1832
- Volutifusus Conrad, 1863
- Subfamília Volutinae Rafinesque, 1815
- Tribo Lyriini Pilsbry & Olsson, 1954
- Callipara Gray, 1847
- Enaeta H. Adams & A. Adams, 1853
- Harpulina Dall, 1906
- Lyria Gray, 1847
- Tribo Volutini Rafinesque, 1815
- Voluta Linnaeus, 1758
- Tribo Lyriini Pilsbry & Olsson, 1954
Ligações externas
editarReferências
- ↑ a b c d e f g h ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 212-225. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0
- ↑ a b c «Volutidae» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 31 de outubro de 2018
- ↑ a b c FERRARIO, Marco (1992). Guia del Coleccionista de Conchas (em espanhol). Barcelona, Espanha: Editorial de Vecchi. p. 148-156. 220 páginas. ISBN 84-315-1972-X
- ↑ a b SILVA, José António; MONTALVERNE, Gil (1980). Iniciação à Colecção de Conchas. Colecção Habitat. Lisboa, Portugal / Livraria Martins Fontes, Brasil: Editorial Presença. p. 73-74. 110 páginas
- ↑ a b LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 74-76. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3
- ↑ a b c d e f Cledón, Maximiliano (setembro de 2004). «Reproductive biology and ecology of Adelomelon brasiliana (Mollusca: Gastropoda) off Buenos Aires, Argentina» (PDF) (em inglês). Alfred-Wegener-Institut. p. 5-7. 105 páginas. Consultado em 2 de novembro de 2018
- ↑ a b c d RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 135-138. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2
- ↑ a b «Melo amphora (Lightfoot, 1786) - diadem volute» (em inglês). SeaLifeBase. 1 páginas. Consultado em 31 de outubro de 2018
- ↑ Wiggers, F.; Veitenheimer-Mendes, I. L. (novembro de 2008). «Taxonomic review of the genus Adelomelon (Gastropoda; Volutidae), based on type material» (em inglês). Brazilian Journal of Biology. vol.68 no.4. (SciELO). 1 páginas. Consultado em 2 de novembro de 2018
- ↑ «Adelomelon beckii (Broderip, 1836)». Conquiliologistas do Brasil: CdB. 1 páginas. Consultado em 2 de novembro de 2018