Voo SATA Air Açores 530M
O Voo SATA Air Açores SP530M da companhia aérea portuguesa SATA Air Açores, no percurso entre Ponta Delgada e as Flores, com escala na Horta, a 11 de dezembro de 1999, às 9h20min, colidiu com o Pico da Esperança, na Ilha de São Jorge, vitimando todos os passageiros e tripulação, num total de 35 pessoas. A aeronave era um BAe ATP de nome "Graciosa".
Voo SATA Air Açores SP530M | |
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CS-TGM da SATA Air Açores que colidiu com o Pico da Esperança | |
Sumário | |
Data | 11 de Dezembro de 1999 |
Local | Pico da Esperança, Açores |
Origem | Ponta Delgada |
Destino | Flores |
Passageiros | 31 |
Tripulantes | 4 |
Mortos | 35 (todos) |
Sobreviventes | (nenhum) |
Aeronave | |
Modelo | British Aerospace ATP |
Operador | SATA Air Açores |
O Relatório da Comissão de Inquérito, divulgado pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) concluiu que o voo foi planeado para uma rota direta ao Aeroporto da Horta, tendo a aeronave efetuado um desvio "sem que a tripulação se apercebesse", até que começou a cruzar a linha da costa Norte da Ilha de São Jorge, onde viria a embater. A tripulação "estava plenamente convencida" que a aeronave se encontrava sobre o Canal de São Jorge, e a sua atenção estava mais concentrada nas más condições meteorológicas da altura. Após soar o alerta de impacto, 3 segundos antes do primeiro impacto, o co-piloto alerta para o facto de estarem "a perder altitude e em cima de São Jorge". Apesar dos pilotos terem aumentado a potência dos motores, a manobra foi "insuficiente para ultrapassar o obstáculo".
A conclusão do Relatório indica que a falta de respeito pela altitude de segurança, uma "navegação estimada imprecisa" e a "não utilização correta do radar de tempo" foram as das causas do desastre. As más condições meteorológicas nesse dia - céu muito nublado, vento moderado a forte com turbulência - e a inexistência de meios autónomos de navegação a bordo do avião (por exemplo, uso do GPS), que pudessem determinar a sua posição com rigor, constituíram fatores que contribuíram para o acidente. Quanto à aeronave sinistrada, conclui que "estava em condições de navegabilidade de acordo com os regulamentos e procedimentos aprovados pela autoridade aeronáutica" nacional.
Segundo José Estima, membro da direção da Associação Portuguesa de Pilotos de Linha Aérea (APPLA), o fator que contribuiu para o acidente com o avião da SATA foi "a deficiente qualidade e quantidade de infraestruturas de apoio à navegação aérea". No que diz respeito à credibilidade do piloto do avião, testemunha que "o piloto já voava há mais de 20 anos no arquipélago" e recorda que os pilotos da SATA "são de primeira linha, já que trabalham em condições adversas".
Ver também
editarLigações externas
editar- Relatório final - GPIAA
- Accident details in Plane Crash Info
- Açores: Acidente com avião da SATA em S. Jorge, com 35 mortos, ocorreu há 10 anos in Visão on-line 11 Dez 2009 (Consultado em 26 Jun 2011)