Walter Faria
Walter Carvalho Marzola Faria (Pedranópolis, 1955) é um empresário brasileiro, dono do Grupo Petrópolis, segunda empresa de cerveja mais valiosa do Brasil[1]. Ele é casado e tem uma filha.[2][3]
Walter Faria | |
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Nascimento | 1955 (69 anos) Pedranópolis, São Paulo[1] |
Residência | Rio de Janeiro, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Fortuna | R$ 12,07 bilhões (2016)[2] |
Ocupação | Empresário |
Cargo | Proprietário do Grupo Petrópolis |
Listado em 2016 entre os 70 maiores bilionários do Brasil pela revista Forbes.[4] De acordo com a revista Forbes, Faria teria um patrimônio estimado de 3,8 bilhões de reais em janeiro de 2015.[2]
Biografia
editarNascido em 1955, na cidade de Pedranópolis, interior do estado de São Paulo. Em 1962, com sete anos, se mudou com sua família para Fernandópolis, trabalhando na venda ovos e leitões[1]. Em 1984 adquire uma indústria algodoeira. Na década de 1990 mudou de ramo ao trocar a industria de algodão por uma distribuidora da cervejaria Schincariol. Sua firma se tornou a maior revendedora de Schincariol no Brasil[1].
Em 1998 compra a Cervejaria Petrópolis e a transforma na segunda maior cervejeira do país.[3] O rápido crescimento da empresa chamaram a atenção do setor cervejeiro e da Receita Federal do Brasil.
Em 2011, Walter Faria rompe relações com seus sobrinhos Cléber da Silva Faria e seu irmão Vanuê Faria, com isto estes adquirem de Francisco de Orleans e Bragança, tetraneto de D. Pedro II - integrante da família imperial brasileira - a Cervejaria Cidade Imperial em 2015, tornando-se assim concorrentes do Grupo Petrópolis, de Walter. Cléber Faria chegou a ser diretor comercial e sócio do Grupo Petrópolis, mas deixou a companhia em 2011, após romper relações com o tio; de acordo com fontes familiarizadas com o assunto, Walter Faria e Cléber Faria se desentenderam após o dono do Grupo Petrópolis reclamar de patrocínios autorizados por Cléber Faria a campeonatos e equipes de automobilismo. Cléber competia no campeonato nacional de Gran Turismo (GT) (GT). O Grupo Petrópolis patrocinou, entre 2009 e 2011, a organização do GT3 Brasil. À época, o Grupo Petrópolis informou que optou por promover ações de marketing na Fórmula 1, com a equipe Ferrari, porque dava mais visibilidade à TNT Energy Drink. Walter Faria demitiu Cléber e seu irmão Vanuê Faria e também excluiu os sobrinhos da sociedade no Grupo Petrópolis. O advogado de Cléber Faria disse que ele não mais mantém relações com o seu tio Walter Faria.[5][6]
Sociedade com políticos e sonegação de impostos
editarDe acordo com a revista Época, Walter Faria tem sociedade com líder do MDB, Leonardo Picciani em pedreira avaliada em R$ 70 milhões.[7]
Em 2005 foi preso por dez dias no âmbito da Operação Cevada, mas que não foi denunciado naquele inquérito; a operação investigou indícios de sonegação de mais de 1 bilhão de reais na Schin e na Petrópolis. Três anos depois, em 2008 foi denunciado na Operação Avalanche sob acusação de tentar corromper fiscais da Secretaria da Fazenda paulista, ao lado de outras dez pessoas, entre elas o mensaleiro Marcos Valério.[8][9] Em janeiro de 2018 o bilionário brasileiro perdeu – em segunda instância – um processo equivalente à 1 bilhão de reais, valor referente a ações cometidas irregularmente para conseguir isenção fiscal[1].
Em julho de 2019, Walter foi alvo de mandado de prisão pela 62.ª fase da Operação Lava Jato, chamada Rock City, por lavagem de dinheiro desviado pela Odebrecht (atual Novonor), considerado foragido foi incluido na lista da Interpol, os agentes foram à sua residência do condomínio Portal dos Pássaros, na cidade de Boituva, interior de São Paulo, na manhã do dia 31 de julho, mas ele não estava mais. O Grupo Petrópolis, conforme as investigações, teria auxiliado a Odebrecht a pagar propina por meio da troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), as irregularidades são investigadas desde 2016, quando uma planilha com nomes de políticos e referência à cerveja Itaipava foi achada na casa de Benedicto Junior, o executivo da construtora Odebrecht. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Walter Faria teria usado uma conta na Suíça para intermediar o repasse de mais de US$ 3 milhões de propina relacionadas aos contratos dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitória 10.000. Ou seja, ele teria atuado na lavagem de milhões de reais em contas fora do Brasil, como um “grande operador de propina”. O Grupo Petrópolis teria lavado, de acordo com as autoridades, cerca de R$ 329 milhões entre 2006 e 2014.[10][11][12][13] Após 5 dias foragido, o controlador do Grupo Petrópolis se entregou à Policia Federal, em Curitiba.[14]
Referências
- ↑ a b c d e «Quem é Walter Faria». Consultado em 23 de junho de 2019
- ↑ a b c http://www.forbes.com.br/listas/2016/08/70-maiores-bilionarios-do-brasil-em-2016/#foto55
- ↑ a b «Walter Faria prepara o trono para a filha». site Relatório Reservado. Consultado em 23 de junho de 2019
- ↑ «70 maiores bilionários do Brasil em 2016». Consultado em 29 de agosto de 2016
- ↑ «Cervejaria Imperial investe em segunda fábrica». Prosper. Consultado em 27 de junho de 2019
- ↑ Bernardo Gutiérrez (1 de setembro de 2008). «A família real brasileira defende os novos ideais» (em espahol). Jornal Público.es. Consultado em 4 de janeiro de 2018
- ↑ «Líder do PMDB é sócio de dono de cervejaria que financiou campanha de Dilma». Revista Época. Consultado em 24 de fevereiro de 2016
- ↑ Megale, Bela; Cabral, Otávio (8 de junho de 2013). «Walter Faria, o bilionário das cervejas. Reportagem de VEJA desta semana mostra como em quinze anos, o empresário Wárti, como é conhecido, passou de dono de uma pequena cervejaria ao posto de mais novo bilionário brasileiro. O segredo do seu sucesso? Eis uma questão controversa». Revista Veja. Consultado em 17 de agosto de 2019
- ↑ Marques, Hugo (16 de junho de 2005). «Operação Cevada: Colarinho Branco. Donos da Shincariol e da cervejaria Petrópolis são presos, acusados de montar esquemas de sonegação de impostos» Jornal do Brasil n° 68 ed. Jornal do Brasil. p. A17. Consultado em 17 de agosto de 2019
- ↑ «Controlador do Grupo Petrópolis entra na lista de procurados da Interpol». Portal Paraná. 31 de julho de 2019. Consultado em 3 de agosto de 2019
- ↑ «Alvo da Lava Jato, presidente do Grupo Petrópolis está foragido; empresário deixou residência pouco antes da PF chegar». G1, portal de notícias do Grupo Globo. 31 de julho de 2019. Consultado em 3 de agosto de 2019
- ↑ Luiz Vassallo; Pepita Ortega; Fausto Macedo (31 de julho de 2019). «Walter Faria foragido!». jornal o Estado de São Paulo. Consultado em 3 de agosto de 2019
- ↑ «Nova fase da operação Lava Jato cumpre mandado de prisão em Boituva». G1, portal de notícias do Grupo Globo. 31 de julho de 2019. Consultado em 3 de agosto de 2019
- ↑ Baran, Katna (5 de agosto de 2019). «Após 5 dias foragido, controlador do Grupo Petropólis se entrega à PF em Curitiba. Walter Faria é o principal alvo da 62ª fase da Lava Jato, que apura lavagem de dinheiro para a Odebrecht». jornal Folha de S.Paulo. Consultado em 17 de agosto de 2019