Zora Restúnio (em armênio/arménio: Զորա) foi um nobre armênio do século IV, ativo durante o reinado do rei Tigranes VII (r. 339–350).

Zora Restúnio
Etnia Armênio
Ocupação General
Religião Catolicismo

Zora (em armênio/arménio: Զորա) é um nome armênio cuja origem é incerta.[1] Ferdinand Justi propôs que esteja relacionado com o siríaco Zora (ܙܥܘܪܐ, Zˁōrā).[2]

 
Soldo de Juliano, o Apóstata (r. 361–363)

Essa personagem é citada apenas por Moisés de Corene. Segundo o autor, era irmão de Mirabandaces I, o que contradiz Fausto, o Bizantino, que alegou que Mirabandaces era irmão de Gareguim I.[3] Segundo Moisés, com a morte de seu irmão, foi nomeado como comandante-em-chefe do exército sul da Armênia, mas essa divisão do exército não é conhecida nesse período, indicando uma confusão de Moisés.[4][a] Numa menção anacrônica, alegou que Tigranes concordou em enviar homens para ajudar o imperador Juliano, o Apóstata (r. 361–363) em sua campanha contra o Império Sassânida do Sapor II (r. 309–379) e Zora foi escolhido para lutar. Mas Zora se recusou a ir por Tigranes ter matado o católico Hesíquio e persuadiu suas tropas a segui-lo para Tamoritis, um distrito ao sul do lago de Vã e a leste do Tigre.[5] Os mensageiros de Juliano enviaram carta a Tigranes relatando o ocorrido. O rei ordenou que o mardepetes Hair convocasse Zora a sua presença, mas quando o exército percebeu que os nobres não cooperariam, dispersaram cada um para sua casa. Zora foi deixado sozinho e foi ao rei. O rei capturou-o, tomou a fortaleza de Altamar e massacrou sua família. Só seu sobrinho Tazates sobreviveu.[6]

[a] ^ Segundo Nina Garsoïan, essa divisão do exército em porções não é conhecida em outras fontes e aparenta ser uma confusão de Moisés a respeito das quatro "portas", inspiradas nos quatro pontos cardeais, como registrado na Lista Militar (Զորնամակ, Zōrnamak), o documento que indica a quantidade de cavaleiros que cada uma das família nobres devia ceder ao exército real em caso de convocação.[7]

Referências

Bibliografia

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  • Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Զօրայ». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã 
  • Fausto, o Bizantino (1989). Garsoïan, Nina, ed. The Epic Histories Attributed to Pʻawstos Buzand: (Buzandaran Patmutʻiwnkʻ). Cambrígia, Massachusetts: Departamento de Línguas e Civilizações Próximo Orientais, Universidade de Harvard 
  • Moisés de Corene (1978). Thomson, Robert W., ed. History of the Armenians. Cambrígia, Massachussetes; Londres: Harvard University Press 
  • Justi, Ferdinand (1895). Iranisches Namenbuch. Marburgo: N. G. Elwertsche Verlagsbuchhandlung