Cemitério da Ordem Terceira do Carmo (Rio de Janeiro)
País | |
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Localização | |
Tipo |
Público e multiconfessional |
Entrada em serviço |
c. 1869 |
O Cemitério da Venerável e Arquiepiscopal Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo é uma necrópole localizada no bairro do Caju, na cidade do Rio de Janeiro.
História
editarQuando foram proibidos os sepultamentos na igrejas, pela lei de 21 de março de 1850, os membros da Ordem do Carmo passaram a ser sepultados em um cemitério provisório, mandado preparar no então Campo Santo da Misericórdia, no bairro do Caju.
Em 1857 foi feita uma subscrição entre os irmãos que atingiu a quantia de 26:100$000 (vinte e seis contos e cem mil réis) e foi adquirido um terreno de 110 metros de frente por 191,40 metros de fundos, que pertencia à Santa Casa de Misericórdia. Em 11 de março de 1859 procedeu-se a bênção do terreno para as obras. Outras subscrições foram feitas para a construção da capela e os sepultamentos dos cadáveres começaram em 27 de junho de 1869, sendo prior da Ordem o comendador Francisco José de Melo e Sousa.
Em 1862, o então prior, comendador Manuel Antônio Airosa adquiriu um terreno vizinho, completando a área total do cemitério em 668.720 metros quadrados. Quando da abertura da Avenida Brasil, o cemitério teve uma parte de seu terreno desapropriada.
Possuí diversas sepulturas consideradas artísticas e ricas capelas. Logo junto da entrada principal estão os mausoléus do Barão de São Gonçalo (hoje em ruínas) e da família do Barão do Amparo. Diversos outros titulares e personalidades do Império ali foram sepultados.
Em fins do século XX foi construído na parte de trás da capela o primeiro cemitério vertical do Rio de Janeiro, o Memorial do Carmo.
Sepultados Ilustres
editarPersonalidades antigas
editar- Manuel do Nascimento Castro e Silva (1788-1846)
- Antônio José da Veiga (1793-1876) ex-ministro do Supremo Tribunal Federal
- Manuel Machado Nunes (1799-1876)
- Belarmino Ricardo de Siqueira, Barão de São Gonçalo (1791-1873)
- Manuel Antônio da Fonseca Costa, Marquês da Gávea (1803-1890)
- João Pereira Darrigue de Faro, Visconde do Rio Bonito (1803-1856)
- Francisco Baltasar da Silveira (1807-1887)
- Olegário Herculano de Aquino e Castro (1828-1906)
- Luís de Sousa Breves, Barão de Guararema (1828-1910)
- Rodolfo Epifânio de Sousa Dantas (1855-1901)
- Manuel Matos de Sousa Souto (m. 1908)
- José Vieira Goulart (1864-1957)
- Barões do Amparo
- Maria Jacinta Barbosa, Baronesa de Meneses
- Dom Antônio de Castro Mayer (1904-1991)
Personalidades recentes
editarReferências
- ↑ «Filhas da cantora Ludmila Ferber falam sobre a morte da mãe: 'Não é dia de lamentação'». G1. Consultado em 29 de janeiro de 2022
Bibliografia
editar- Santos, Antonio Alves Ferreira dos - A Archidiocese de S. Sebastião do Rio de Janeiro: Subsidios para a história ecclesiastica do Rio de Janeiro, capital do Brasil - Rio de Janeiro - Typographia Leuzinger - 1914.