Jardins Maianos
Jardins Maianos (em latim: Horti Maiani) eram antigos jardins romanos que ficavam localizados no cume do monte Esquilino, no rione de mesmo nome de Roma, numa área que corresponde, a grosso modo à Piazza Vittorio Emanuele II.
História
editarEste jardim é conhecido apenas através de duas inscrições, ANTER[OS] / TI(beri) CAESAR[IS] / GERMA[NICI] / EX HO[RTIS] / MAIAN[IS] (53-54 d.C.)[1] e D(is) M(anibus) / FELICI CAISA / RIS SER(vo) VILICO / HORTOR(um) MAIANOR(um) / IVLIA MELITENE / CONIVGI / B(ene) M(erenti) (período de Augusto até Calígula), e por uma breve citação por Plínio, o Velho[2], que conta sobre a destruição de uma pintura colossal de Nero que ficava entre alguns edifícios no interior dos jardins.
Uma outra inscrição[3], da época de Cláudio, conta que os Jardins Maianos eram administrados juntamente com os Jardins Lamianos por um único zelador, o procurator hortorum Maianorum et Lamianorum.
Vizinhos, portanto, dos bem mais conhecidos Jardins Lamianos, os Jardins Maianos passaram a integrar o conjunto de propriedades imperiais no monte Esquilino. Estas, já atestadas no final do reinado de Tibério, foram transformadas num conjunto monumental por Calígula depois da construção de uma luxuosa villa articulada entre pavilhões e terraços cenograficamente inseridos na paisagem natural seguindo a moda helenística[4].
Segundo alguns autores, "Maiani" seria uma corruptela de "Maecenatiani", o que indicaria a identificação com os Jardins de Mecenas (em latim: Horti Maecenatis)[5].
A gente Maina, cujo nomen é muito pouco atestado em Roma, é provavelmente oriunda de Aeclanum.
Referências
- ↑ CIL VI, 6152
- ↑ Plínio, História Natural XXXV, 33-51.
- ↑ CIL VI, 8668.
- ↑ Barbera, Mariarosaria; Barrano, Salvo; Cola,, Giacomo de; et. al (2010). «La villa di Caligola. Un nuovo settore degli Horti Lamiani scoperto sotto la sede dell'ENPAM a Roma» (PDF). FOLD&R FastiOnLine documents & research (em italiano) (194)): 1-59
- ↑ Purcell, Nicholas (2007). Palombi, Domenico; Walker, Susan; Leone, Anna, eds. Res bene gestae: ricerche di storia urbana su Roma antica in onore di Eva Margareta Steinby. The horti of Rome and the landscape of property (em italiano). Roma: Quasar. p. 361-378. ISBN 978-88-7140-353-3
Bibliografia
editar- Cima, Maddalena (1996). Steinby, Eva Margareta, ed. Lexicon Topographicum urbis Romae. s.v. Horti Lamiani (em italiano). III. Roma: Quasar. p. 62. ISBN 88-7097-049-3
- Cima, Maddalena; La Rocca, Eugenio, eds. (1986). Le tranquille dimore degli dei, catalogo della mostra (Roma, maggio-settembre 1986) (em italiano). Venezia: Marsilio. ISBN 88-7693-022-1
- Cima, Maddalena; La Rocca, Eugenio, eds. (1998). Horti romani, Atti del convegno internazionale (Roma, 4-6 maggio 1995) (em italiano). Roma: L'Erma di Bretschneider. ISBN 88-8265-021-9
- Lanciani, Rodolfo (1901) [1893]. Forma Urbis Romae. tav. 24 (em italiano). Roma-Milano: [s.n.]
- Lugli, Giuseppe (1956). De Ruggiero, Ettore, ed. Dizionario epigrafico di Antichità romane. s.v. Horti Maiani (em italiano). Roma: [s.n.] p. 1001
- Platner, Samuel Ball; Ashby, Thomas (1929). A Topographical Dictionary of Ancient Rome. s.v. Horti Lamiani (em italiano). London: Oxford University Press. p. 267–268
- Sartorio, Giuseppina Pisani; Quilici, Lorenzo, eds. (1983). L'archeologia in Roma capitale tra sterro e scavo. Roma Capitale 1870 – 1911, catalogo della mostra (Roma, novembre 1983 – gennaio 1984) (em italiano). Venezia: Marsilio. ISBN 88-3174-666-9