Usuário:DAR7/Testes/Ciências Humanas/Geografia

Geografia
DAR7/Testes/Ciências Humanas/Geografia
Mapa da Terra.
Origem do nome γεογραπηία, grego
Origem  Grécia, séc. III a.C., Eratóstenes
Influências química, geologia, matemática, história, física, astronomia, antropologia, ecologia, positivismo lógico
Influenciados matemática, astronomia, política, economia, arquitetura, urbanismo, turismo, sociologia, marxismo, direito, etc.
Principais nomes Heródoto, Estrabão, Pitágoras, Aristóteles, Eratóstenes de Cirene, Ptolomeu, Edrisi, Ibne Batuta, Ibne Caldune, Abraham Ortelius, Bernhardus Varenius, Gerardus Mercator, James Cook, Alexander von Humboldt, Immanuel Kant, Carl Ritter, Ferdinand von Richthofen, Friedrich Ratzel, Paul Vidal de La Blache, William Morris Davis, Milton Santos, Aziz Ab'Saber, Jurandyr Ross, José William Vesentini, David Harvey, Alfred Hettner, Ruy Moreira, entre outros
Definição estuda o conjunto de fenómenos naturais e humanos que constituem aspetos da superficíe da Terra, considerada na sua distribuição e relações recíprocas.
Conhecida por utilizar mapas para localização, viagens e estudos de lugares.
Pretende estabelecer relações de espaço entre o homem e a natureza
Divide-se em Geografia física, Geografia humana, Geografia econômica
Ramificações climatologia, geomorfologia, biogeografia, hidrologia, edafologia, geografia matemática, oceanografia, meteorologia, geografia populacional, antropogeografia, geografia econômica, geografia social, geografia urbana, geografia política, geografia histórica

Geografia é a ciência que estuda o conjunto de fenómenos naturais e humanos, os quais são aspectos da superfície da Terra, considerada na sua distribuição e relações recíprocas.[1] A Geografia estuda a superfície terrestre.[2] A origem etimológica do termo é derivada dos radicais gregos geo = "Terra" + graphein = "escrever".[3][4] Descreve as paisagens que resultaram da relação entre o homem e a natureza.[2] Desde a mais alta antiguidade o homem se preocupava com o conhecimento do espaço em que vivia (ambiente).[5] Certas vezes esse conhecimento era uma resposta desejada pela curiosidade.[5] Outras vezes tais conhecimentos tinham objetivos econômicos ou políticos.[5] O conhecimento sistematicamente abordado da Terra é o objetivo específico da Geografia.[2] A Geografia é uma disciplina que nasceu na própria época em que surgiu o homem. Mas o homem só categorizou a Geografia como ciência depois que a civilização grega floresceu.[5][6]

Na superfície da Terra são compreendidas quatro esferas: a atmosfera, a litosfera, a hidrosfera e a biosfera. É o habitat, ou meio ambiente. Nela vivem os seres humanos, os animais e as plantas.[7][6]

A superfície da Terra é conhecida pela sua habitabilidade.[8] Na superfície da Terra são apresentadas diversas características. Uma das características de maior importância é a complexidade interativa dos elementos físicosbiológicos e humanos. Dentre esses elementos podemos citar o relevo, o clima, a água, o solo, a vegetação, a agricultura e a urbanização.[nota 1] Outra característica é o fato de que o ambiente varia muito de um lugar para outro, conforme os lados antagônicos: de um lado o calor dos trópicos e, por outro o frio das regiões polares,[9] a aridez dos desertos ao contrário das umidade das florestas equatoriais, a vastidão das planícies rebaixadas em contraposição à ingremidade das montanhas e as superfícies geladas[10] e despovoadas em oposição às grandes metrópoles que ultrapassam os milhões de habitantes.[11] Outra característica ainda é o registro regular dos certos fenômenos, como os climáticos.[12] O registro regular dos fenômenos climáticos faz com que sua distribuição espacial seja generalizada por esses fenômenos climáticos.[12] Os exemplos mais verdadeiros são a medições térmicas e pluviométricas. As medições térmicas e pluviométricas são os principais elementos climáticos para a agropecuária e outras atividades feitas pelo homem.[6]

Na geografia há quatro preocupações particulares. Primeiro, onde o seu objeto se localiza.[13] Segundo, como os fenômenos se inter-relacionam (em especial o modo como a humanidade e a território se relacionam, de modo igual que a ecologia).[14] Terceiro, a regionalização.[15] E, quarto, as áreas correlatas.[6] Os temas pesquisados pela geografia são os locais onde desenrola a vida das pessoas, de como os locais se distribuem acima da superfície terrestres e os fatores de ambiente, cultura, economia e fatores que se relacionam à recursos da natureza.[16] Todos esses fatores têm influência nessa distribuição.[17] Trata-se de uma tentativa de respostas e perguntas a respeito de como é possível uma região ser reconhecida pela população, modus vivendi, cultura e a respeito dos movimentos e relações ocorridas entre os locais diferenciados.[6] Foi sistematizada como disciplina acadêmica em atribuição aos pesquisadores Alexander von Humboldt e Carl Ritter, que viveram no Século XIX.[nota 2] O profissional desta disciplina é o geógrafo.[18][6]

Definição

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Etimologia

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A origem etimológica do nome "geografia" é derivada do Vocábulo grego geographía (γεογραπηία), que significa "descrição da Terra" e "carta geográfica".[19] O termo é composto pelos radicais gregos geo = "terra", + graphein = "descrever". O nome da disciplina é representado no Latim como geographia[19]. Esta é a fonte do eruditismo em cinco línguas europeias: em língua portuguesa e italiana, geografia (século XVI);[20][21] em língua espanhola, geografía, (1615);[22] em língua francesa, geographie (aproximadamente 1500);[22] em língua inglesa, geography (século XVI).[22] A palavra inglesa geography é uma palavra emprestada do vocábulo francês e alemão Geographie (século XVI).[22] em língua francesa, geographie (aproximadamente 1500);[22] O vocábulo alemão Erdkunde é derivado de duas palavras: Erde = "terra", + Kunde = "conhecimento".[22] Esta palavra foi registrada pelo especialista em linguística alemão Johann Christian Adelung (1732-1806), em 1774.[22] Erdkunde é traduzido do vocábulo francês e alemão Geographie.[22]

O conceito de geografia

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A geografia é a ciência pela qual é estudado o modo como os habitantes se relacionam com a Terra. O conhecimento desejado pelos geógrafos é o lugar onde passa a vida dos homens, das plantas, dos animais, a localização dos rios, dos lagos, das montanhas e das cidades. De acordo com o estudo dos geógrafos, procura-se o saber qual o motivo desses elementos serem encontrados na sua localização, e como são inter-relacionados entre si. A origem etimológica da palavra "geografia" é derivada do grego geographía (γεογραπηία), cujo significado é descrever a Terra.[23]

A geografia é dependente em grande quantidade de demais disciplinas para a obtenção de informações de base, em especial em certos de seus campos de especialização. Os dados utilizados pela geografia vêm da química, da geologia, da matemática, da física, da astronomia, da antropologia e da biologia, disciplinas as quais estão relacionadas com as análises das populações e da natureza em que vivem.[23]

Os geógrafos são utilizadores de um sem-número de técnicas, como viajar durante os feriados nacionais, pontos facultativos e datas comemorativas, ler mapas e livros de geografia e estudar estatísticas de censos demográficos. Os mapas constituem o instrumento e o meio de expressão de maior importância que não pode faltar no trabalho de um geógrafo, seja em casa, na sala de aula, no expediente comercial, nas palestras, nas viagens, nas reuniões, em qualquer lugar, em qualquer idioma. Além do estudo de mapas, estes são atualizados pelos geógrafos graças à especialização das suas pesquisas, fazendo com que seja aumentado o nosso conhecimento geográfico.[23]

Dada a utilidade do conhecimento geográfico no dia-a-dia das pessoas, as pessoas passam a aprender geografia no jardim de infância ou no ensino fundamental com extensão até a universidade. A finalidade essencial da análise geográfica é saber para onde um motorista vai dirigir um meio de transporte, ser capaz de interpretar mapas, compreender as relações e conhecer o tempo, o clima e as riquezas ambientais.[23]

A necessidade e o uso do saber geográfico dos seres humanos foi contínua desde os tempos imemoriais. Durante a Pré-História, era necessário o encontro de grutas para servir como moradia das populações primitivas, além de reservas regulares de água. Era necessária, também, uma moradia nas proximidades de um local onde fosse possível a prática da caça. Os povos pré-históricos eram conhecedores da localização das pegadas que os animais deixavam e os caminhos por onde os inimigos passavam, além de utilizadores de carvão ou argila de cor para elaborar o desenho de mapas primitivos da região em que viviam, nas paredes das grutas ou no couro enxuto dos animais.[23]

Com o passar do tempo, o homem foi o aprendiz da agricultura e da pecuária. Essas atividades obrigaram o homem, propriamente dito, a ser maiormente atencioso ao clima e aos pastos localizados. Entretanto, o seu conhecimento geográfico extenso realmente era restrito à distância possível de ser percorrida em um dia.[23]

Atualmente, não é mais possível a nossa satisfação com o limite de um conhecimento geográfico da cercania de nossas residências. Atualmente, nem mesmo era suficiente às pessoas o conhecimento das terras e dos mares na sua maior proximidade, como era ocorrente no tempo em que o Império Romano tinha o mesmo tamanho das nações modernas do Brasil e dos Estados Unidos. Para nós estarmos necessariamente satisfeitos, é ter um pouco de conhecimento de geografia da Terra como um todo.[23]

História

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Antiguidade greco-romana

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Reconstrução do século XIX do mapa de Eratóstenes do mundo conhecido, c. 194 a.C.

Os mais antigos saberes geográficos registrados são encontrados em relatos de viajantes, como grego Heródoto, no século V a.C. O conhecimento que os gregos tiveram a respeito da Terra teve grande avanço científico na época, e filósofos como Pitágoras e Aristóteles baseavam sua crença na forma esférica da Terra. Durante o século III a.C., Eratóstenes de Cirene, na Geographica, a mais antiga obra de utilização da palavra geografia no título, fez o cálculo da circunferência da Terra com gigantesco zoom.[24]

Mais tarde, o geógrafo e historiador grego Estrabão selecionou a totalidade do conhecimento clássico a respeito da geografia em uma obra no total de 17 volumes no tocante ao tempo em que Jesus Cristo viveu, transformando-se no único registro com relação a respeito de obras gregas e romanas que desapareceram. Mais uma colaboração de importância, embora eram apresentadas incorreções em seus estudos, é de autoria do astrônomo e geógrafo Ptolomeu, que viveu no século II a.C.[24]

Idade Média, Renascimento e Iluminismo

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"Nova Orbis Tabula in Lucem Edita" (Frederik de Wit, c. 1665).

Depois que o Império Romano do Ocidente decaiu, o conhecimento geográfico greco-romano foi perdido na Europa, contudo, nos séculos XI e XII, os geógrafos muçulmanos preservaram, revisaram e ampliaram o saber geoespacial. Mas os pensadores europeus ignoraram as adições e correções feitas pelos geógrafos árabes EdrisiIbne Batuta e Ibne Caldune; no tempo das cruzadas, as primeiras teorias foram retomadas pelos pensadores europeus. Dessa maneira, as incorreções de Ptolomeu foram perpetuadas no Ocidente até que, durante as viagens que se realizaram durante os séculos XV e XVI, a Europa foi reabastecida com informações de maior detalhamento e precisão a respeito do restante do mundo. No ano de 1570, o cartógrafo natural de Flandres Abraham Ortelius foi o organizador de uma grande variedade de mapas formando um livro, no mais antigo atlas conhecido do mundo.[24]

 
Capitão James Cook (1728-1779).

Uma personalidade de importância que retomou os estudos foi o alemão Bernhardus Varenius (Bernhard Varen), cujo conteúdo de Geographia generalis (1650; Geografia geral) ele revisou numa grande variedade de vezes e a publicação do autor foi mantida como a mais importante obra de referência num século ou de maior antiguidade. Também nasceu flamengo o cartógrafo de maior importância do século XVI, Gerardus Mercator (Gerard de Cremer), criador de um novo tipo de sistema projecional, dando aprimoramento aos que faziam uso de longitudes e latitudes.[24]

Durante o século XVIII, James Cook fez a fixação de novos tipos de padrões precisos e de tecnologia náutica vigente à época. Foram realizadas viagens com objetivos em favor da ciência e, depois, na viagem de maior fama, foi percorrida a circunavegação da Terra. Na França ocorreu o surgimento do mais antigo estudo de topografia com detalhes de um importante país, que quatro gerações de astrônomos e pesquisadores que pertencem à familia Cassini concluíram. Em seu trabalho foi baseado o atlas nacional da França, com publicação datada de 1791.[24]

Como uma grande quantidade de cientistas antecessores, Alexander von Humboldt fez a sua própria proposta de ser conhecedor de demais partes do mundo, no entanto, foi sendo distinguido pelo cuidado antecipador de suas viagens, pelas suas observações alcançadas e precisas. São especialmente interessantes os estudos que Humboldt fez a respeito da Cordilheira dos Andes, quando viajou às Américas Central e do Sul, de 1799 até 1804, em que primeiramente foram sistemática e inter-relacionadamente descritas a altitude, a temperatura, a vegetação e a agricultura em montanhas que situam-se em regiões de latitudes próximas ao sul da linha do equador.[24]

Surgimento da Geografia moderna

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Capa da obra Crítica da Razão Pura, 1781.

Os fundamentos da geografia moderna de autoria de Humboldt foram lançados, enfatizando na direção da análise e na acurácia das medições nas quais são baseadas as leis generalistas. O filósofo Immanuel Kant, por sua vez, em Kritik der reinen Vernunft (1781; Crítica da razão pura), deu a definição satisfatória do local da geografia dentre a disciplinas diferenciadas: fez a afirmação de que a geografia trabalha com os fenômenos que se associam no espaço assim como a história trabalha com os acontecimentos ocorridos num determinado momento. Tanto Kant quanto Humboldt deram aulas de geografia física e nasceram e viveram quase na mesma época que Carl Ritter, ocupante da mais antiga cadeira de geografia que já se criou numa universidade moderna.[24]

Durante três modernizações que ocorreram na instituição durante o século XIX, também uma função de importância foi desempenhada na época em que surgiu a geografia moderna: as universidades ganharam um novo retrato, foram criadas sociedades geográficas e os governos de uma grande diversidade de nações patrocinaram os estudos a respeito dos aspectos e das riquezas ambientais. As estações estabelecidas que se dirigiram à sistematização da análise geoespacial deram o auxílio ao processo mapeador de uma grande quantidade de fenômenos naturais.[24]

Friedrich Ratzel, líder da escola determinista (1844-1904).

A geografia como ciência universitária, quer dizer, como área de estudos e pesquisas em instituições de ensino superior, foi estabelecida na Alemanha na década de 1870. Foram seguidas a Prússia, a França e demais países europeus. Dentre os mais importantes especialistas daquele período em que o objeto da geografia se expandiu e se definiu, estavam o geógrafo e geólogo alemão Ferdinand von Richthofen, escritor de uma magnífica obra no total de cinco volumes a respeito da Geografia da China e cientista influente na metodologia geográfica desenvolvida na Alemanha e em demais nações. Mais um alemão, Friedrich Ratzel, líder da escola determinista, foi escritor de obras de pioneirismo em geografia humana e política. Para Ratzel, o meio natural condiciona a atividade humana.[24]

O número crescente de geógrafos academicamente formados com avanço de conhecimento fez surgir correntes diferenciadas no interior da ciência. Por mais que tivessem diferentes opiniões e que fossem enfatizadas certas características, qualquer uma dessas escolas estava interessada em assuntos próprios da humanidade que diferem de região em região. Paul Vidal de la Blache, que encabeçava a escola possibilista, foi um dos mais importantes estudiosos que fizeram surgir a geografia moderna na França. Graças a ele foi definida a área da geografia regional, enfatizando o tamanho menor e a homogeneidade das áreas estudadas. Definiu-se na história da educação na França como o primeiro professor que lecionava geografia na Universidade de Sorbonne e planejador de uma obra magnífica, mas sua vida foi muito curta antes de seu trabalho ser concluído. Seu aluno Lucien Gallois completou a obra Géographie universelle (1927-1948) e é uma das publicações de maior sucesso a respeito do assunto.[24]

Século XX

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William Morris Davis (1850-1934).

No século XX, a Geografia teve rápida evolução e foram ganhadas novas conceituações e métodos. No começo, a geomorfologia foi o campo de maior atração da geografia, predominando das teorias criadas pelo americano William Morris Davis que, em meados do século, foi o desenvolvedor da conceituação de ciclo erosivo e formador de uma nova geração de geógrafos.[24]

Até a metade do século, foram enfocadas em particular a geografia regional e os diversos locais e populações do mundo. Depois da Segunda Guerra Mundial, os geógrafos regionais se associavam freqüentemente com os programas econômicos implementados em regiões de menor desenvolvimento como a África, a Região Nordeste do Brasil e a Índia. Durante a década de 1960, a atenção foi voltada para as metodologias de quantitatividade desenvolvidas e os modelos construídos de sistemas físicos e humanos. Nos últimos dias dessa década e nos primeiros da seguinte, voltaram a ser discutidos os problemas com o meio ambiente, depois de um bom tempo em que foram relativamente esquecidos.[24]

Durante os anos 1970 e 1980, os métodos de quantitatividade surgentes que se baseiam em enormes conjuntos de apuração de dados em censos e demais tipologias de pesquisa foi alvo de entendimento de certos geógrafos excessivamente preocupados com o espaço subjetivo, em desvantagem à localização terrestre. Foi reivindicado, portanto, um tratamento de maior comportamento, pelo qual fossem envolvidas compreensões e preferências de individualidade, além de uma geografia de maior humanismo. Demais correntes foram reivindicadoras de tratamentos de maior radicalidade, porém, sendo permeada a totalidade das alterações, havia o objetivo frequente de dar o privilégio aos seres humanos e suas classes sociais, a natureza física e biológica, a regionalidade de alguns fenômenos e as associações e relações verificadas em qualquer região, que veem tanto da opinião da ecologia como do sistema.[24]

 
O Museu do Louvre como visto do avião.

Ainda durante o século XX, foram multiplicadas as fontes de dados estatísticos, em especial com os censos populacionais realizados numa grande quantidade de nações. A fotografia aérea demonstrou ser um novo e instrumento laboral de importância, mas ainda de maior poder e promissão foram as oportunidades que o sensoriamento remoto desde satélites artificiais e os computadores utilizados em grandes volumes de dados abordados abriram.[24]

A principal finalidade do que a Geografia estuda — a superfície da Terra — realizou mudanças rápidas em meados do século XX. Os geógrafos, de tal forma como os cientistas e acadêmicos de uma grande quantidade de demais campos, começaram a ter interesse com uma grande quantidade de mais mazelas: a desertificação, que tanto a repetição das estiagens e a atuação humana causam; as florestas equatoriais desmatadas, que traz afetação negativa ao difícil equilíbrio biológico; os ameaçadores desastres naturais da totalidade dos tipos e também acidentes que os homem causa, nucleares em particular; a poluição ambiental, como a chuva ácida e a poluição atmosférica nas cidades; a elevação nos índices de crescimento populacional, criadores de problemas de sobrevivência em certos países com limitação de recursos; a situação problemática da desigualdade regional nos recursos e nas riquezas distribuídas; e a fome e a miséria ameaçadoras, que as mazelas financeiras e governamentais exacerbam.[24]

Dentre as áreas de potência do processo desenvolvedor da Geografia são encontrados os recursos minerais e demais tipos explorados nos oceanos, a engenharia genética utilizada no aumento da produção agrária e na solução problemas que as pragas — inibidoras das culturas expandidas numa grande quantidade de regiões do mundo e da supercondutividade aperfeiçoada que traz melhoria ao problema da energia elétrica distribuída — criam. Quanto à totalidade dessas mazelas e possibilidades, são envolvidos assuntos geoespaciais — já que têm ligação a elementos da natureza e da humanidade e à sua distribuição de espaços — e continuam sendo apresentados novos estímulos para os especialistas.[24]

Novas perspectivas de análise

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Karl Marx (1818-1883).

Em meados do século XX ocorreu o surgimento de novos modos de fazer a análise da superfície terrestre e as relações estabelecidas pelo ser humano com o meio peio qual é rodeado. Dentre as de maior importância são encontradas:[25]

  • Geografia radical: se baseia nas obras escritas pelo pensador alemão Karl Marx (1818-1883), esta tendência é centrada nos processos sociais analisados, tais como a desigualdade, o subdesenvolvimento e a pobreza, sendo o seu objetivo mais importante a melhoria da percepção das relações homem-meio passando previamente para ser possível a alteração das características ruins da realidade. Esta corrente, que se opõe ao poder político, coloca a geografia a serviço das classes sociais e seu surgimento ocorre para a tentativa de responder às desigualdades sociais que existem no mundo.[25]
  • Geografia de gênero: o surgimento desta perspectiva ocorreu na década de 1980 no Reino Unido e nos Estados Unidos, em ligação íntima com o movimento feminista. A geografia de gênero era a disciplina analisadora de assuntos como o preconceito da mulher na política, no trabalho e nos serviços sociais não acessíveis a este gênero sexual. O relacionamento dentre homens e mulheres em qualquer região geográfica e a função da mulher na sociedade.[25]

Os métodos de trabalho da Geografia, que por tradição se baseiam na realidade observada, nos dados obtidos através do trabalho de campo, nos fenômenos e elementos geográficos descritos, e no estudo através de instrumentos estatísticos, tiveram evolução rápida nas últimas décadas porque a informática progrediu e os sistemas de visão distante da superfície terrestre foram utilizados, como as imagens de satélite.[25]

Geografia no Brasil

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Milton Santos (1926-2001).

Quanto ao conhecimento geográfico no Brasil, não se pode deixar de observar a grande importância e influência do Geógrafo mais reconhecido do país seguido de Aziz Ab'Saber e seu pioneirismo, não por profissão, mas por méritos, Milton Santos. Com várias publicações, Milton Santos, tornou-se o pai da Geografia Crítica que faz análises e fenomenológicas dos fatos e incidências de casos. Isso é muito importante, visto que a Geografia é uma ciência global e abrangente, e somente o olhar geográfico aguçado consegue identificar determinados processos, sejam naturais ou sócio-espaciais. Vale ressaltar também os importantes estudos do professor Jurandyr Ross, que se dedicou a mapear, de forma bastante detalhada, o relevo brasileiro além das inúmeras publicações do professor doutor José William Vesentini que se tornaram referência no estudo da geografia do Brasil.

Não podendo esquecer de geógrafos como Armen Mamigonian, Manuel Correia de Andrade, Roberto Lobato Corrêa, Ruy Moreira, Armando Corrêa da Silva, Antonio Christofoletti, Ariovaldo Umbelino de Oliveira, entre outros de outras épocas, não tão conhecidos como os que fizeram suas carreiras na Universidade de São Paulo.

3 Subdivisões

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Como os elementos que existem na superfície terrestre são diversos, da mesma forma de como são complexas as relações estabelecidas entre eles, a geografia encontra-se subdividida em ramificações diferenciadas, qualquer uma das quais é especialmente atenciosa a um certo fenômeno geográfico. Entretanto, a interdependência que existe proporciona uma grande difusão dentre as ramificações diferenciadas, pois elas em sua totalidade, de uma forma ou de outra, se inter-relacionam.[25]

A primeira camada de divisão faz a distinção dentre a geografia regional, que analisa a maneira como são combinados os elementos e os fatores geográficos para fazer a delimitação de regiões ou de paisagens, e a geografia geral ou sistemática, cuja finalidade é ser descobridos os princípios generalistas que dão a explicação sobre as várias paisagens que existem na Terra. Devido à análise de elementos, a geografia geral encontra subdividida em geografia física e geografia humana.[25]

Geografia física

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Biogeografia Climatologia & Paleoclimatologia Geografia litorânea Geografia ambiental & Gestão ambiental
       
Geodésia & Topografia Geomorfologia Glaciologia Hidrologia & Hidrografia
       
Ecologia de paisagem Oceanografia Pedologia Paleogeografia

Esta é a disciplina analisadora das diferenciadas variações naturais ocorridas num certo lugar, considerando tanto os aspectos naturais do meio como a forma que se relaciona com o ser humano. Por exemplo, estudos deste tipos são a ação do homem que choca contra o meio, ou o ser humano que responde às características físicas do meio.[25]

Certos geógrafos físicos são dedicados às formas do relevo estudadas por eles, como as montanhas, as planícies. Outros dedicam ao estudo dos oceanos, do clima, do tempo. Um das ramificações da geografia é dedicada à localização dos pontos específicos no globo terrestre. Qualquer uma dessas ramificações é mais ou menos parte constituinte de uma ciência autônoma e é possuidor de nome próprio.[25]

De acordo com o fenômeno natural em estudo, a geografia física encontra-se dividida nos campos abaixo, a saber:[25]

Biogeografia

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A biogeografia dedica-se ao estudo dos fenômenos biológicos ocorridos na superfície da Terra. Pode se subdividir em ambos os ramos:[23]

  • Geografia vegetal: o profissional nessa área é o estudante do clima, dos solos e de mais fatores determinantes da vida vegetal de uma região.[23]
  • Geografia animal: estuda os animais e as aves numa grande diversidade de regiões. O profissional nessa área tem como tentativa de determinação a razão da vida de alguns animais em uma região e demais em outra. Uma das fases de maior interesse da geografia animal é o fluxo migratório dos pássaros e dos animais.[23]

Geografia humana

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Geografia cultural Geografia do desenvolvimento Geografia econômica Geografia da saúde
       
Geog. histórica & temporal Geog.política & Geopolítica Geog. populacional ou Demografia Geografia da religião
       
Geografia social Geografia do transporte Geografia turística Geografia urbana
   
Geografia rural Recenseamento

O campo da geografia humana compreende o homem e seu meio ambiente, seus aspectos, costumes, línguas, religiões, ocupações e necessidades.[23] Esta disciplina é o estudo dos diferenciados processos em que há intervenção do ser humano, sendo especialmente atento à forma de como se distribui na superfície terrestre e às relações que estabelecem com os fenômenos naturais. Encontra-se em campos diferenciados:[25]

Ao longo do tempo, apareceu uma grande quantidade de formas de como é estudada a geografia humana, a saber:

Geografia regional

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Esta ramificação é o estudo das paisagens ou das regiões terrestres, cujas finalidades são a identificação dos seus aspectos, a análise dos fenômenos naturais e humanos ocorridos acima de um certo espaço e o estabelecimento de qualquer área geográfica diferente. A geografia regional é criadora, nas suas análises, de subdivisões em escalas diferenciadas: exemplificando, continentes, como a Europa e a América; bacias fluviais, como a do rio Amazonas; mares, como o Mediterrâneo; e grandes áreas metropolitanas, como Londres.[25]

A geografia regional é um ramificação sintética que, no espaço geográfico estudado, é integrante da totalidade dos elementos e relações que existem numa zona da superfície terrestre, tanto de tipo físico (clima, relevo, solos, vegetação) quanto humano (distribuição da população, atividade econômica, rede de comunicações).[25]

Filosofia

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Ontologia

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Há muitas interpretações do que seria o objeto geográfico. Ratzel afirma que a Geografia estuda as relações recíprocas entre sociedade e meio, entre a vida e o palco de seus acontecimentos. Filósofos que buscaram criar uma ontologia marxista, como Georg Lukács, influenciaram a construção de um modelo de análise do objecto da Geografia. Milton Santos se debruçou sobre a construção de um modelo ontológico, explicitado na análise dialética do movimento da totalidade para o lugar.

Uma afirmação comum é de que Há tantas geografias quanto forem os geógrafos. Apesar de as múltiplas possibilidades de orientações teórico metodológicas caminharem em direções diferentes, deve-se respeitar a caracterização da Ciência Geográfica e as formulações acerca de seu objecto.

Cabe ainda afirmar que a distinção entre Geografia Humana e Geografia Física se refere aos ramos da Ciência Geográfica, pois as Geograficidades não apresentam essa fragmentação, decorrente exclusivamente da construção do conhecimento sobre a realidade.

De qualquer forma a ciência deve dar conta de questionar a relação dialética do homem com a natureza, é impossível analisar o "meio natural" sem entender a relação que tem com o homem e da mesma forma é impossível analisar o "meio social" sem compreender as determinações que vem da relação que tem com a natureza. Há ainda discussões entre a Geografia técnica e a Geografia escolar, porem ambas as parte do conhecimento cientifico apurado através do questionamento da razão, ou seja, "advém" da filosofia grega.

Epistemologia

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A Geografia como ciência surge sob forte influência do Positivismo Lógico. E essa condição se expressa em grande parte nos estudos de geografia até hoje. Entretanto, a Ciência evoluiu e transformou as suas orientações teórico-metodológicas.

Sobre a sua epistemologia, é proverbial ressaltar um problema não só da geografia, como também de todas as ciências ambientais: Os recursos metodológicos utilizados na verificação dos postulados ou estudos geográficos são oriundos aos primeiros passos do naturalismo (Humboldt e Ritter).

É fácil concluir que em detrimento de diversas mudanças na temática ambiental, as ciências ambientais não poderiam utilizar recursos verificatórios de um lapso cronológico em que a vertente ambiental não provia atenção alguma da mídia e menos ainda dos poderes políticos, que enxergavam apenas o fortalecimento de suas economias em função de uma interminável exploração e esgotamento dos recursos naturais. Então, é extremamente necessário pensar em uma nova epistemologia, não só para geografia, mas para as demais ciências autodenominadas "ambientais".

Com o surgimento da discussão a respeito de um estatuto próprio para as Ciências Humanas, a Geografia sente a necessidade de revisar sua epistemologia. Os críticos do positivismo, sob influência do Historicismo de Hegel e Dilthey, afirmavam ser impossível manter a objetividade e a neutralidade do conhecimento científico. Um exemplo claro é a ideia de Incomensurabilidade do Conhecimento, de Thomas Kuhn, na qual afirma a impossibilidade de separar os conceitos e juízos de valor do conhecimento dito neutro.

Ainda no contexto do embate historicismo x positivismo surgem dois grandes nomes da Geografia: Friedrich Ratzel e Vidal de La Blache. O primeiro, influenciado por Ritter e Haeckel, notabilizou-se pelos estudos de Geografia Política e de alguma forma ajudou a consolidar a Geografia de Estado. Já o outro, empirista, trabalhou principalmente sobre o conceito de Gênero de Vida e afastou a Geografia das relações com a sociologia, então representada pela morfologia social de Émile Durkheim. Essa condição é exemplificada na famosa definição: Geografia é a ciência dos lugares e não dos Homens. La Blache e Ratzel representavam respectivamente as escolas Francesa e Alemã em uma época em que as universidades se fecharam em seus próprios países criando escolas nacionais. Lucien Febvre, historiador francês, em seu livro A Terra e Evolução do Homem, criou uma imagem reducionista deste conflito teórico-ideológico, através da criação dos conceitos de escolas geográficas: Determinismo e Possibilismo. Essa consideração reducionista contribuiu para criar imagens errôneas sobre os dois autores, e por muito tempo Ratzel foi entendido como simples determinista geográfico e La Blache como um simples possibilista geográfico. Hoje essa concepção foi superada e o recorte abstrato de Febvre foi relativizado, na medida em que nenhum dos dois Geógrafos enquadrava-se completamente nas escolas a eles atribuídas.

Durante a renovação pragmática nos Estados Unidos, surgiu uma corrente chamada Geografia Teorética, na qual os métodos quantitativos geográficos agem com métodos numéricos peculiares para (ou pelo menos é muito comum) a geografia. Por consequência à análise do espaço, provavelmente encontrará temas como a análise de rácios, análise discriminatória, e não – paramétrica e testes estatísticos nos estudos geográficos. Um expoente dessa corrente no Brasil foi Antonio Christofoletti, co-fundador da Revista de Geografia Teorética.

Sob a influência da Fenomenologia de Husserl e Merleau-Ponty foram desenvolvidos estudos de Geografia da Percepção, que valorizam a construção subjetiva da noção de espaço perceptivo. Inter-relações com a psicologia de massas e psicanálise, entre outras áreas, garantiram uma multidisciplinalidade desses estudos na (re)construção de conceitos como horizonte geográfico, (percepção do) lugar, sociabilidade e percepção do espaço, espaço esquizoide, entre outros. Alguns textos de Armando Corrêa da Silva fazem referência à Geografia da Percepção. Cabe também ressaltar que a influência da fenomenologia foi importante para o desenvolvimento da Geografia Humanista.

No final da década de 1970 iniciou-se um movimento de renovação crítica da Geografia humana, marcado no Brasil pelo encontro nacional de Geógrafos em 1978 no Ceará. Esse movimento acompanhou a inserção do marxismo como base teórica do discurso geográfico humano e assimilou um arcabouço conceitual do marxismo na construção de teorias sobre a (re)produção do espaço e a formações sócio-espaciais.

No Brasil, um representante dessa corrente, conhecida como Geocrítica ou Geografia Crítica, foi Milton Santos. O geógrafo Armando Corrêa da Silva escreveu alguns artigos sobre as possíveis limitações que uma adesão cega a essa corrente pode causar.

Na Itália, Massimo Quaini foi o principal autor a escrever sobre a relação entre a corrente marxista e a Ciência Geográfica.

O principal veículo de divulgação da Renovação Crítica da Geografia humana foi a Revista Antipode, criada em agosto de 1968 nos Estados Unidos, sob a direção editorial de Richard Peet, então professor na University of British Columbia. O primeiro artigo da Revista justificava seu subtítulo – A Radical Jornal Of Geography – escrito por David Stea, "Positions, Purposes, Pragmatics: A Journal Of Radical Geography", introduzia no mundo acadêmico uma publicação que viria a ter muita importância para discussões no âmbito da ciência geográfica.

Antipode já contou a com a participação de Geógrafos como Milton Santos e David Harvey, que até hoje é um dos colaboradores, além de um grupo de cientistas do mundo todo: Estados Unidos, Canadá, Japão, Índia, Inglaterra, Espanha, África do Sul, Holanda, Suíça, Quênia, coordenados sob a editoração de Noel Castree da Universidade de Manchester (Inglaterra) e Melissa Wright da Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos).

Princípios básicos

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A análise da geografia abrange quatro linhas investigativas mais importantes. São elas:

Localização

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Uma das funções mais importantes da geografia é a afirmação da situação das localidades diferenciadas do mundo e a interpretação das virtudes e defeitos que sua localização pode trazer. Dessa forma em que teve início o afastamento do homem dos limites das imediações da sua casa, havia necessidade das distâncias medidas e do seu registro. Foram desenhados mapas de qualidade inferior para serem mostradas as distâncias (quantos quilômetros vão de um lugar para o outro) e as direções (para onde fica tal lugar). Durante o século XV, quando teve início a grande era das explorações, mais que do nunca eram de grande necessidade os cartógrafos (profissionais encarregados em desenhar mapas) para serem registrados os novos continentes e oceanos que foram descobertos.

A localização de um lugar não é somente mostrada nos mapas, é, porém, também, fornecida a sua posição relacionada a demais lugares.

Descrição dos lugares

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Em sua totalidade, as pessoas não estão satisfeitas somente com o conhecimento da localização de um ponto da Terra, como Paris, São Paulo, a África ou o Ártico. Desejam perguntar que tipo de ambiente é oferecido pela natureza na região, e o que ali já foi feito pelas pessoas. Desejam perguntar como a terra foi utilizada pelos habitantes, que tipo de casas foram construídas, como e onde foram construídas estradas, como são afinal eles próprios. Desejam perguntar em que características a região é semelhante e diferente de demais lugares, e qual é o significado disso. Em demais épocas, os informes dos viajantes eram relatados em viva voz. Atualmente, os relatórios das pessoas são complementados com escritura de dados, tiragem de fotos do solo ou das alturas, e com o preparo de mapas auxiliados pela extrema eficácia de equipamentos de precisão.

Mudanças na face da Terra

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Quase a totalidade das pessoas já foi testemunha de mutações exemplificadas na superfície da Terra. O homem faz certas dessas mutações, exemplificando, uma favela foi eliminada ou o curso de um rio foi alterado. Geralmente, essas mudanças são de maior rapidez do que as que a natureza provocou, exemplificando, uma grande garganta foi formada pela ação da erosão, cujo tempo de duração é de milhões de anos.

Uma grande quantidade de perguntas são ocorridas aos geógrafos durante o exame das mudanças que a Terra sofre. Desejam perguntar como ocorreu o surgimento dos acidentes geográficos na sua atual localização. Desejam perguntar como foi a modificação humana na superfície da Terra enquanto nela o homem passou a vida. Desejam ser descobridores da face que a Terra tinha no passado, e qual é a razão do desenvolvimento das cidades na sua atual localização. A pretensão dos geógrafos é, também, descobrimento do por que algumas áreas do mundo são de maior densidade de povoamento que as demais.

Relações espaciais

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As relações espaciais são interessantes tanto para os geógrafos quanto para os astrônomos. Em principal, os astrônomos decidam-se ao estudo dos relacionamentos entre os planetas, as estrelas e demais corpos celestes. O estudo dos geógrafos é limitado às relações espaciais entre os pontos da Terra. Exemplificando, dedica-se ao estudo da dependência fluvial de uma crescente cidade, e a afetação urbana da água do rio. Os seres humanos são encarados em seus relacionamentos de espaço pelos geógrafos, da mesma forma como a vida do homem em seus relacionamentos de tempo é vista pelos historiadores.

O verdadeiro conhecimento continuamente procurado dos geógrafos é o relacionamento dos seres humanos com o globo terrestre. Devido às condições ambientais, são possíveis as chances limitadas de um homem, como no deserto, ou as excelentes chances oferecidas de vida, como na fertilidade de um vale. Por causa do tempo variável, dos vulcões em erupção e de demais mutações naturais são possíveis as atividades diárias afetadas das pessoas. Além disso, as próprias pessoas são agente de importância das mutações geoespaciais. Em função delas são queimadas florestas, escavados ou represados os leitos dos rios e provocada a erosão do solo. Os esforços de compensação dos danos que resultam dessas mudanças são de parcial importância dos movimentos de conservação da natureza.

O estudo dos geógrafos também também se refere às conexões entre uma grande variedade de elementos. Exemplificando, é possível a investigação de como as populações da Região Nordeste do Brasil são dependentes das chuvas, ou como o clima e o solo se relacionam na África tropical.

Princípios geográficos

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Extensão

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O entendimento do princípio de extensão, elaboração do alemão Friedrich Ratzel, se refere ao comportamento de um território como corpos orgânicos em espécie sendo naturalmente selecionada, quer dizer, um território que esteja crescendo econômica, cultural e politicamente, precisa ser expandido. A ideia de expansão se associava ao tamanho do território e de acordo com o entendimento de Ratzel que qualquer território se move, ou crescendo ou desaparecendo.[26]

Também foi de Ratzel a elaboração da teoria do determinismo geográfico. O entendimento dessas teorias se refere ao ser humano como resultado dos aspectos físicos do local onde desenrola a sua viva, quer dizer, a natureza é determinadora dos aspectos do ser humano.[26]

Exemplificando, por mais que o clima do Brasil é o tropical, repleto de frutas nascidas de forma natural e por esse motivo a escassez de esforço de sua população (determinismo), ocorreu elevado crescimento econômico. Esses crescimentos fará do país um dominador do território do Paraguai e do Uruguai, país de grande agudeza crítica.[26]

Analogia

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Carl Ritter e Paul Vidal de La Blache foram os criadores da clássica escola francesa de geografia. O entendimento desse principio se refere ao dever descritivo da geografia para as áreas (clima, vegetação, relevo, economia) diferenciadas e dessa forma, ao início da comparação. A ideia era de uma geografia despretensiosa para o julgamento de um país, somente comparado em relação aos demais.[26]

Exemplificando, enquanto o clima do litoral do Brasil é o clima tropical úmido, que torna possível o cultivo de numerosas frutas dotadas de grandeza e de suculência, o clima temperado e frio da Europa somente é propício ao cultivo de frutas pequenas, como amoras, cerejas e uvas nos lugares onde faz maior calor.[26]

Causalidade

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Criação de autoria de Alexander von Humboldt, seu entendimento que cada causa tem seu efeito; cada efeito tem sua causa; a totalidade das coisas é ocorridas segundo a Lei; o acaso é simplesmente um nome que se deu a uma lei sem reconhecimento; há uma grande quantidade de planos de causalidade, não há, entretanto, escapamento à Lei. Tudo o que é feito por alguém, pensado, sendo sentida qualquer ação e reação que esses pensamentos, atitudes e sentimentos desencadeiam, é o agente causador de uma resposta de consequência e subsequência.[26]

Conexidade

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É de Jean Brunhes a elaboração da estudo geográfico cujo ponto de partida se refere à forma como certas áreas e acontecimentos históricos exatos se relacionam.[26]

Exemplificando, o homem derrubou seriamente a Zona da Mata Nordestina na época em que a solução dos países da OPEP era a diminuição da produção de petróleo em 1973. Assinmodo os incentivos do governo brasileiro foram criados para substituir da mata nativa original pela cana de açúcar para o desenvolvimento do álcool combustível.[26]

Atividade

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Também criação de autoria de Jean Brunhes, o entendimento deste princípio se refere ao dever analítico da geografia para a vida real considerando os fatos sempre ocorridos, que a sociedade sempre se relaciona com a natureza sem ininterrupções.[26]

Exemplificando, homem derrubou seriamente a Zona da Mata Nordestina e ao que é aparente isso sempre ocorrerá até que não exista mais nenhum remanescente da mata nativa original. Isso ocorre devido ao início da colonização do Brasil no litoral da Região Nordeste, sendo formadora de uma grande variedade de municípios que são as atuais capitais estaduais, a cana colonial e o pró-álcool também tiveram sua função na vegetação substituída. Francamente, o governo brasileiro terá a função de investir futuramente nessa história, quanto for maior a capitalização regional, maior criação de empregos, maior atração do mercado consumidor da maior quantidade de fábricas que serão consumidoras de maior quantidade de matérias-primas e ocupantes de maior quantidade de espaços, talvez em área de remanescentes da mata nativa original.[26]

Um âmbito interdisciplinar

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Os elementos e processos de análise geográfica também são objeto de estudo constituinte de demais disciplinas como a biologia, a geologia e a história, mas, ao invés destas, o exame da ciência geográfica é feito de uma hipótese apropriada, sendo considerados os seguintes assuntos:

  • Enfoque global: o estudo da maior parte das disciplinas se refere aos fenômenos da superfície terrestre de forma isolada. Contrariamente, a consideração da geografia se refere à formação total do planeta por uma grande diversidade de componentes que se inter-relacionam, de forma que não é possível o entendimento de qualquer um deles sem a compreensão das suas relações com o resto. Esta interdependência resulta a afetação de cada diversificação num dos elementos ao grupo mais ou menos graduado.
  • Escala: a geografia é a disciplina analisadora da superfície terrestre com diferenciadas camadas detalhadas (rua, bairro, cidade, estatoide, país, continente), sendo selecionados os elementos e as relações de maior determinação para qualquer escala.
  • Diferenciação espacial: a tentativa da geografia é a definição os aspectos que predominam em qualquer ponto da superfície terrestre (tipo de povoamento, atividade econômica, clima, relevo), sendo buscados de maneira simultânea os elementos comuns pelos quais é permitida a delimitação das áreas de homogeneidade (que também denominam-se regiões), e sendo apresentadas a proximidade e do afastamento dos espaços diferentes e semelhantes.

Para o estudo da representação dos fenômenos distribuídos e localizados, na geografia é a disciplina pela qual são utilizados os conhecimentos, dos métodos e das habilidades de ciências comparadas, como a cartografia, a economia, a geologia, a botânica, a zoologia, a ecologia, a meteorologia, a estatística, o urbanismo, a sociologia e a matemática, com as quais tem relações íntimas.

A importância da Geografia

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Curiosidade pela Terra

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Quando as pessoas ficaram curiosas pela Terra, esse prazer cognitivo sempre levou ao maior aprendizado geográfico. É possível que o caráter curioso que uma pessoa seja limitado a um riacho explorado nas proximidades, ou ter muita força para uma pessoa levada até o fim do mundo. Quando as pessoas viajam e observam, adquirem conhecimento geográfico diretamente. Mas são poucos os que podem visitar todas as partes da Terra. A maioria tem de adquirir conhecimento geográfico através da leitura de jornais, revistas e livros; do estudo de mapas; e ainda por meio de filmes, da televisão ou do rádio.

O desenvolvimento intelectual é auxiliado pelo conhecimento da geografia. Os estudantes estudam geografia no primeiro grau, no segundo grau e na universidade, porque esse estudo ajuda-os a se prepararem para vidas úteis e, bem-sucedidas. Hoje em dia as pessoas precisam pensar em escala mundial, e a geografia fornece um quadro para esse raciocínio. As pessoas precisam conhecer a localização e as características dos principais acidentes geográficos, naturais ou artificiais. Têm de familiarizar-se com os diferentes tipos de populações, ocupações, governos, climas, relevos, recursos naturais e rotas comerciais ou turísticas de todo o mundo. As pessoas também têm necessidade de dados geográficos especializados sobre seu país, Estado, província, região ou cidade. Além disso, devem ter consciência do quanto dependem da terra e do quanto podem alterá-la.

A geografia, como parte da educação, ajuda as crianças e os adultos a ler compreendendo. Permite-lhes interpretar artigos e gráficos em revistas e jornais, e entender mapas e fotos de várias partes do mundo. E, o que é mais importante, o conhecimento de geografia ajuda as pessoas a situar os acontecimentos em seu ambiente geográfico.

A cidadania inteligente

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Existem muitos problemas públicos que só podemos compreender inteiramente se temos algum conhecimento de geografia. Nas questões locais e nacionais, as decisões sobre problemas como o fornecimento de água e a irrigação dependem de um conhecimento geográfico. O ajuste dos limites de uma cidade também requer certo conhecimento da geografia local.

Mas a cidadania inteligente eleva-se acima dos limites locais ou nacionais. Direta ou indiretamente, cada um de nós desempenha um papel nas questões mundiais. Todas as nações comerciam com o resto do mundo e ajudam a formar a opinião mundial. Somente com algum conhecimento da geografia econômica mundial as pessoas poderão assumir uma atitude realista com relação à posição de seu país no comércio mundial.

Cooperação com outras áreas do conhecimento

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O conhecimento e os métodos de estudo geográfico podem ser utilizados em outros campos, da mesma forma como outras ciências e técnicas ajudam o geógrafo. Os estudantes de geografia precisam conhecer história. Por sua vez, contribuirão para o conhecimento histórico ajudando a localizar pessoas e fatos históricos em seus ambientes geográficos. Por exemplo, para se compreender a Guerra de Canudos, é necessário ter conhecimento do relevo do Estado da Bahia.

A geografia coopera com outras ciências no estudo de problemas como a conservação, a relação entre a população e os recursos, e a origem e distribuição das plantas e animais no mundo.

Contribuição para uma viagem inteligente

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O conhecimento geográfico contribui para uma viagem inteligente e compensadora. Lança luz nova sobre qualquer ponto, do mundo que uma pessoa queira visitar. A geografia pode revelar o significado das pedras arredondadas sobre as quais o viajante pisa na margem de um rio. Ou pode explicar a paisagem dos Andes, que o viajante atravessa quando vai ao Peru, mas trata-se de uma tarefa perigosa para a saúde imunológica do esôfago humano, principalmente na hora da leitura de livros sobre o assunto, contribuindo negativamente para o regurgitamento de pratos típicos das culinárias boliviana e peruana, por ocasião do almoço de um turista num restaurante em La Paz, capital da Bolívia. A solução seria ler folhas de papel brancas impressas dos artigos da Wikipédia em português ou livros publicados pela PediaPress com conteúdo desses documentos.

Na indústria e no comércio

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A geografia tem valor prático em várias áreas da indústria e do comércio. Por exemplo, os fabricantes têm de conhecer as fontes de suas matérias-primas. Precisam conhecer também os meios e as rotas de transporte, e as necessidades dos mercados que pretendem servir. As mercadorias enviadas aos mercados de certas regiões podem exigir embalagens especiais para enfrentar o tempo nos trópicos chuvosos ou no deserto árido. Os agricultores devem conhecer minuciosamente o solo e a topografia de suas terras, e devem estar familiarizados com o tempo e o clima.

A função social

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Uma imagem tradicional da geografia é a de uma ciência dedicada a memorizar os nomes de lugares e acidentes geográficos (países, territórios, capitais, municípios, estados, províncias, departamentos, distritos, bairros, povoados, vilas, comunidades, rios, montanhas, ilhas, arquipélagos, penínsulas, cordilheiras, serras, lagos, lagoas, baías, promontórios, praias, oceanos, mares, golfos, ferrovias, rodovias, hidrovias, fazendas, edifícios, condomínios, etc.). Esta percepção encontra-se completamente afastada da realidade atual.

A geografia é uma ciência de utilidade social, uma vez que estuda os vínculos da população com o território que habita. Além disso, é a única ciência capaz de abordar os problemas espaciais partindo de uma perspectiva global, pois considera a complexidade dos elementos e as relações que ocorrem na superfície terrestre, proporcionando ferramentas de representação gráfica de qualquer fenômeno ou atividade que se desenvolva.

O cosmos de Humboldt

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Na obra Cosmos, publicada entre 1845 e 1862, o geógrafo alemão Alexander von Humboldt reuniu a maior parte dos conhecimentos geográficos existentes até então e fez várias contribuições metodológicas:

  • Método comparativo: Von Humboldt comparava as paisagens do espaço que estudava com as de outras áreas da Terra, para encontrar as relações gerais e os elementos comuns que os geravam.
  • Perspectiva histórica: Até o século XVIII a ciência acreditava que a natureza era estática, mas Von Humboldt estruturou a sua análise considerando a evolução do planeta, já que é que a história da Terra explica sua situação atual.
  • Análise da distribuição espacial: É imprescindível para o estudo das inter-relações entre os diferentes fenômenos naturais do planeta. Von Humboldt utilizou métodos cartográficos que ainda continuam em vigor, como as isotérmicas, linhas que unem que tenham a mesma temperatura.

Geógrafo e Professor de Geografia

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No Brasil, o Geógrafo é o profissional que fez o Bacharelado em Geografia, legalmente habilitado através da Lei 6664/79, no qual remete-se ao registro no CREA- Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de seu estado.

A diferenciação profissional entre um Geógrafo e um Professor de Geografia é que o Geógrafo possui habilitação para emissão de pareceres técnicos, desde que regularmente associado ao CREA, assim como para a elaboração de EIA/RIMA, podendo também prestar concursos públicos para quadros estatais que precisem de bacharelados.

Já o professor de Geografia é o profissional que tem titulação de Licenciado em Geografia, podendo exercer legalmente apenas as funções de docência, do 6º ano ao 9º ano do Ensino Fundamental (antigas 5ª a 8ª série), e todo o Ensino Médio de uma mesma escola.

Para lecionar no Ensino Superior, tanto o licenciado quanto o bacharel, o requisito é um curso de mestrado, não necessariamente na Geografia, mas também nas áreas afins. A obrigatoriedade fica por conta de cada edital de concurso ou da política interna das universidades.

Historicamente, o geógrafo vem perdendo colocação no mercado de trabalho para o Engenheiro Ambiental e geólogo, devido à visão segmentada do conhecimento que o mercado exigiu nos últimos anos, pois o geógrafo não se compatibiliza com análises segmentadas e sim é capacitado para lidar com a visão de totalidade que envolve as análises das dinâmicas sócio-espaciais, seu principal objeto de estudo.

Apesar de nos últimos anos o próprio modo capitalista de produção ter contribuído para a segmentação do conhecimento, há uma tendência no mercado de trabalho onde é importante ter a capacitação de analisar a totalidade dos fenômenos de maneira interdisciplinar. Dessa forma o Geógrafo acaba sendo um importante profissional cada vez mais designado para coordenar equipes multidisciplinares devido a sua formação abrangente.

Contudo, os Geógrafos vem nesta última década, ganhando considerável espaço no mercado de trabalho no Brasil e no mundo, em função principalmente de novas tecnologias, que estão sendo aliadas para a conversão e produção de trabalhos em meio digital.

Frente ao Mercado de trabalho Atual no Brasil, alguns profissionais compartilham informações em comum, são estes os : Geógrafos, Engenheiros Agrimensores, Engenheiros Cartógrafos, principalmente.

No dia 29 de maio comemora-se o dia do geógrafo.

Métodos da geografia

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Mapeamento e medições

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O mapa é o banco de dados por excelência do geógrafo. Como a geografia lida particularmente com localização, distribuição, características regionais e inter-relação de fenômenos no espaço, a observação e a medição acuradas da superfície da Terra, bem como o registro e a localização nos mapas são de primordial importância.

Comumente, utilizam-se as medidas de latitude e longitude para localizar um ponto da superfície do globo. Medidas razoavelmente exatas de latitude foram feitas na antiguidade pelos estudiosos gregos, mas as medidas de longitude esbarraram sempre no problema dos fusos horários (o Sol se "desloca" em média um grau a cada quatro minutos). O aperfeiçoamento do cronômetro resolveu esse problema, mas, durante muito tempo, cada país teve seu próprio sistema de numeração dos meridianos. Um acordo internacional de 1884 finalmente reconheceu como primeiro meridiano (ou seja, 0º de longitude) uma linha imaginária traçada de pólo a pólo, passando por Greenwich, perto de Londres.

A medição de grandes distâncias se fazia, primitivamente, em dias de viagem a , de camelo, a cavalo ou por outros meios. Uma forma prática de medir distâncias marítimas foi desenvolvida no século XVI, quando se jogava uma tora de madeira na água e se media o tempo que a tora estacionária levava para cobrir uma certa distância sobre uma linha marcada com nós. A navegação controlada por satélite tornou-se comum no fim do século XX, mas a velocidade de um navio ainda é medida em nós. O metro foi adotado como medida padrão na França no fim do século XVIII e gradualmente substituiu antigas unidades de medida na maior parte do mundo ao longo dos séculos XIX e XX.

O mapeamento de áreas menores pode ser feito por um método denominado triangulação, usado, por exemplo, nos mapas topográficos. Toma-se uma linha de referência, medida em qualquer unidade, como um dos lados de um triângulo cujos dois outros lados são calculados pelos ângulos medidos nas duas extremidades da linha de referência. Os ângulos permitem medidas mais exatas que as distâncias, por meio de instrumentos como o teodolito. Esse método foi utilizado em grandes levantamentos realizados na Europa e no continente americano do século XVIII ao XX. A representação da Terra como um todo, ou mesmo de grandes áreas em mapas, porém, constituiu sempre um grande problema.

Em 1492, o navegador e geógrafo alemão Martin Behaim concluiu a construção de um globo terrestre. Os navios que seguiam em linha reta orientados por mapas desenhados no plano não chegavam aos pontos esperados. Mercator criou um sistema de projeção -- conhecido como projeção de Mercator -- pelo qual os navios que seguissem linhas retas chegavam aos pontos indicados no mapa. Embora fosse excelente para a navegação, o método era insuficiente para muitas comparações geográficas, uma vez que o tamanho das áreas em latitudes mais altas apresentava-se grosseiramente aumentado. A Groenlândia, por exemplo, parecia maior que a América do Sul, embora tenha de fato menos de um oitavo da superfície daquele subcontinente. Sob nenhum aspecto a Terra pode ser representada com precisão no papel, pois é necessário distorcer o ângulo, a distância ou a escala. Os geógrafos modernos usam mapas desenhados com uma projeção que privilegia as proporções das superfícies, mas mesmo essa projeção distorce formas e distâncias, especialmente nos extremos do mapa.

Com a crescente especialização do saber, a medição da forma da Terra ficou a cargo da disciplina conhecida como geodésia. A construção de mapas com projeções adequadas evoluiu para o campo da cartografia, disciplina que se ocupa da representação dos fenômenos espaciais sobre um plano. Apesar disso, os mapas se mantiveram como os principais instrumentos da geografia na representação gráfica e na análise de uma vasta gama de dados físicos, biológicos, históricos, econômicos, políticos e sociais. Além da cartografia, de especial importância para o geógrafo, são também importantes a estatística e a Informática.

Aerofotogrametria e sensoriamento remoto

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Durante o século XX, fizeram-se grandes progressos na observação da superfície terrestre graças ao emprego da aerofotografia e, mais tarde, pelas imagens captadas por satélite. A primeira foi utilizada inicialmente durante a Primeira Guerra Mundial e deu origem a um novo campo profissional, voltado para a interpretação das fotos. Atualmente, são inúmeras as modalidades e aplicações da fotografia aérea, inclusive com o uso de raios infravermelhos.

Ainda mais revolucionária foi a rápida evolução, a partir do fim da década de 1950, do sensoriamento remoto por meio de satélites artificiais. O primeiro satélite para monitoramento do clima foi o Nimbus, lançado em 1964 e, desde então, seu uso combinado ao de satélites de comunicação permite estudar simultaneamente o clima em diversas regiões do mundo. Os satélites também contribuíram para uma determinação mais exata da forma da Terra e revelaram muitas irregularidades ainda não reconhecidas.

Campos relacionados

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Técnicas geográficas

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Sistema de Informações Geográficas

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Sensoriamento remoto

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Métodos geográficos quantitativos

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Métodos geográficos qualitativos

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Ver também

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Notas

  1. Há exemplos de elementos estudados pela geografia que tem influência ou ação recíproca entre si como no caso do Brasil: o relevo elevado do sul do país influi no clima frio, as águas dos rios abastecem as grandes cidades através de estações de tratamento de esgoto, as usinas hidrelétricas são responsáveis pela produção de energia nas usinas hidrelétricas, o solo massapê é propício para a produção de cana-de-açúcar, a vegetação de campos e o relevo do primeiro planalto paranaense favoreceram a construção de Curitiba ao longo dos tempos.
  2. Os textos sul-americanos de Humboldt compreendem trinta volumes publicados em trinta anos. Compõem-se de livros científicos, atlas, tratados de geografia e economia sobre Cuba e o México, uma narrativa de suas viagens e um Examen critique de l'histoire de la géographie du Nouveau Continent (Exame crítico da história e da geografia do novo continente). Humboldt escreveu seus textos científicos em colaboração com outros cientistas. Dedicou o volume consagrado à geologia a seu amigo Goethe. Em seu Kosmos, cujo objetivo era de comunicar a excitação intelectual e a necessidade prática da pesquisa científica, ele descreve em cinco volumes todos os conhecimentos da época sobre os fenômenos terrestres e celestes.

Referências

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Bibliografia

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Ligações externas

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