Vaanes Corcorúnio
Vaanes (em latim: Vaanes; em grego: Βαάνης; romaniz.: Baánēs; em armênio: Վահան; romaniz.: Vahan) foi um nobre armênio (nacarar) do século VI, membro da família Corcorúnio.
Vaanes Corcorúnio | |
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Etnia | Armênio |
Religião | Catolicismo |
Nome
editarVaanes (Vaanes) é a forma latina[1] do teofórico armênio Vaã (Վահան, Vahan), que derivou de Vaagne (Վահագն, Vahagn).[2] Vahagn, por sua vez, foi um deus da mitologia armênia que derivou seu nome do parta Varragne (*Warhragn) / Vartagne (*Warθagn), do persa antigo Vertragna (Vṛθragna) e do avéstico Varetragna (vərəθraγna), que era o nome de um dos deuses do panteão iraniano. Como teofórico foi citado em armênio como Verã (Vrām), em persa médio como Vararã (Warahrān) e Varã (Wahrām), em grego como Boanes (Βοάνης, Boánes), Baanes (Βαάνης, Baánēs), Baranes (Βαρανης, Baranēs), Baânio (Βαανιος, Baanios), Uarrames / Varrames (Ουαρράμης, Ouarrámes), Barã (Βαραμ, Baram), Baramo (Βάραμος, Báramos) e Baram(a)anes (Βαραμ(a)άνης, Baram(a)anēs), [3][4] em georgiano como Barã (ბარამ, Baram),[5] em latim como Veramo (Veramus)[6] e Vararanes[7] e em persa novo como Barã (بهرام, Bahrām).[4]
Vida
editarA parentela de Vaanes é desconhecida, exceto que pertencia à família Corcorúnio. Em 635/7, envolveu-se na conspiração organizada por Basterotes II, Davi e Teodoro com o intuito de depor o imperador Heráclio (r. 610–641) e instalar seu filho bastando João Atalarico no trono.[8] O esquema nunca foi executado, pois um informante entre os conspiradores disse que Atalarico planejava um golpe. Uma vez confirmando a história, Heráclio ordenou a prisão de todos os envolvidos.[9] Seus conselheiros recomendaram que os conspiradores deveriam ser executados, mas Heráclio os poupou e ordenou que suas mãos e nariz fossem amputados.[10]
Referências
- ↑ Lilie 2013, #710 Baanes.
- ↑ Ačaṙyan 1942–1962, p. 9.
- ↑ Justi 1895, p. 363.
- ↑ a b Vários autores 1988.
- ↑ Rapp 2014, p. 203.
- ↑ Moisés de Corene 1736, p. 292.
- ↑ Martindale 1971, p. 945.
- ↑ Martindale 1992, p. 706, 1282–1285, 1363–1364.
- ↑ Sebeos 1999, cap. 41.
- ↑ Nicéforo 1990, p. 73.
Bibliografia
editar- Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Վահան». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã
- Justi, Ferdinand (1895). «Werepraghna 24». Iranisches Namenbuch. Marburgo: N. G. Elwertsche Verlagsbuchhandlung
- Lilie, Ralph-Johannes; Ludwig, Claudia; Zielke, Beate et al. (2013). Prosopographie der mittelbyzantinischen Zeit Online. Berlim-Brandenburgische Akademie der Wissenschaften: Nach Vorarbeiten F. Winkelmanns erstellt
- Martindale, J. R.; A. H. M. Jones (1971). «Vararanes». The Prosopography of the Later Roman Empire, Vol. I AD 260-395. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press
- Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). «Petrus 55». The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0-521-20160-8
- Moisés de Corene (1736). Historiae Armeniacae libri III. Londres: Caroli Ackers
- Nicéforo (1990). Mango, Cyril, ed. Nikephoros, Patriarch of Constantinople: Short History. Washington: Dumbarton Oaks. ISBN 0-88402-184-X
- Rapp, Stephen H. Jr. (2014). The Sasanian World through Georgian Eyes: Caucasia and the Iranian Commonwealth in Late Antique Georgian Literature. Farnham: Ashgate Publishing, Ltd. ISBN 1472425529
- Sebeos (1999). Thomson R. W. (trad.); Howard-Johnston, James (com. hist.); Greenwood, Tim (assist.), ed. The Armenian History attributed to Sebeos. Liverpool: Liverpool University Press
- Vários autores (1988). «Bahrām». Enciclopédia Irânica Vol. III, Fasc. 5. Nova Iorque: Universidade de Colúmbia