Lisboa

capital e maior cidade de Portugal
(Redirecionado de Lisboa (Portugal))
 Nota: Para outros significados, veja Lisboa (desambiguação).

Lisboa é a capital e maior cidade de Portugal, com uma população estimada de 548.703 habitantes em 2022 dentro dos seus limites administrativos numa área de cerca de 100 quilómetros quadrados.[1] Lisboa é a capital mais ocidental da Europa continental (a segunda no geral, depois de Reykjavik) e a única ao longo da costa atlântica, estando as outras (Reykjavik e Dublin) em ilhas. A cidade situa-se na porção ocidental da Península Ibérica, na margem norte do rio Tejo. A porção ocidental da sua área metropolitana, a Riviera Portuguesa, acolhe o ponto mais ocidental da Europa Continental, culminando no Cabo da Roca.

Lisboa
Brasão de Lisboa Bandeira de Lisboa

Localização de Lisboa
Mapa
Mapa de Lisboa
Gentílico lisboeta, lisbonense, olisiponense ou alfacinha
Área 100,05 km²
População 545 796 hab. (2021)
Densidade populacional 5 455,2  hab./km²
Presidente da
câmara municipal
Carlos Moedas (PPD/PSD.CDS-PP.A.MPT.PPM, 2021-2025)
Fundação do município
(ou foral)
Primeiras referências da cidade
século XII a.C.
Integração no Reino de Portugal (reconquista da cidade por D. Afonso Henriques)
1147
Primeiro foral
1179
Capital do Reino
1256
Região (NUTS II) Área Metropolitana de Lisboa
Província Estremadura
Orago São Vicente e Santo António
Feriado municipal 13 de junho (Dia de Santo António)
Código postal 1000 – 1990
Sítio oficial www.lisboa.pt
Município de Portugal

Lisboa é uma das cidades mais antigas do mundo[2] e a segunda capital europeia mais antiga (depois de Atenas), antecedendo em séculos outras capitais europeias modernas.[3] Estabelecida por tribos pré-celtas e posteriormente pelos fenícios, Júlio César fez da cidade um município chamado Felicitas Julia,[4] acrescentando o termo ao nome Olissipo. Após a queda do Império Romano, foi governada por uma série de tribos germânicas a partir do século V, mais notavelmente os visigodos. No século VIII, no entanto, foi capturada pelos mouros. Em 1147, Afonso Henriques conquistou a cidade e em 1255 o povoado tornou-se capital do Reino de Portugal, substituindo Coimbra.[5]

Desde então, tem sido o centro político, econômico e cultural do país, como sede do governo, da Assembleia Nacional, do Supremo Tribunal de Justiça, das Forças Armadas e da residência do chefe de Estado. É também o centro da diplomacia portuguesa, com embaixadores de 86 países residentes na cidade, bem como representações de Taiwan e da Palestina.[6] Cerca de 3 milhões de pessoas vivem em sua área metropolitana, tornando-a a terceira maior área metropolitana da Península Ibérica (depois de Madrid e Barcelona), além de figurar entre as 10 áreas urbanas mais populosas da União Europeia,[7][8] representando cerca de um terço da população do país.

Lisboa é reconhecida como uma cidade global de nível alfa devido à sua importância nas finanças, comércio, moda, mídia, entretenimento, artes, comércio internacional, educação e turismo.[9][10] Está entre as duas cidades portuguesas (sendo a outra o Porto) reconhecidas como cidade global, sendo também sede de três empresas do Global 2000 (Grupo EDP, Galp Energia e Jerónimo Martins).[11][12][13] É um dos grandes centros económicos da Europa, com um setor financeiro em crescimento, sendo que o índice PSI faz parte da Euronext, a maior bolsa de valores da Europa continental. A região de Lisboa tem um PIB por paridade do poder de compra per capita mais elevado do que qualquer outra região portuguesa.[14][15][16][17] A cidade ocupa o 40º lugar de maior rendimento bruto do mundo e, com quase 21 mil milionários residentes, é a 11ª cidade europeia em número de milionários e a 14ª em número de bilionários.[18][19] A maior parte das sedes das empresas multinacionais portuguesas estão localizadas na região de Lisboa.[20]

Etimologia e gentílico

editar

Para Samuel Bochart, um francês do século XVII que se dedicou ao estudo da Bíblia, o nome Olissipo é uma designação pré-romana de "Lisboa" que remontaria aos fenícios. Segundo ele, a palavra “Olissipo” deriva de "Allis Ubbo" ou "Porto Seguro" em fenício, porto esse situado no estuário do Tejo.[21] Não existe nenhum registo que possa comprovar tal teoria, a qual é descartada pelos académicos recentes. Segundo Francisco Villar,[22][23] “Olissipo” seria uma palavra de origem tartessa sendo o sufixo ipo usado em territórios de influência Turdetano-Tartessica.[24] O prefixo "Oli(s)" não seria único visto estar associado a outra cidade lusitana de localização desconhecida, que Pompônio Mela dizia chamar-se "Olitingi".[25]

Os autores da Antiguidade conheciam uma lenda que atribuía a fundação de Olissipo ao herói grego Ulisses,[26] provavelmente baseando-se em Estrabão:[27] Ulisses teria fundado em local incerto da Península Ibérica uma cidade chamada Olissipo (Ibi oppidum Olisipone Ulixi conditum: ibi Tagus flumen).[28][29] Posteriormente, o nome latino teria sido corrompido para "Olissipona". Ptolomeu deu a Lisboa o nome de "Oliosipon". Os visigodos chamaram-na Ulishbon[30] e os mouros, que conquistaram Lisboa no ano 714, deram-lhe em árabe o nome اليكسبونا (al-Lixbûnâ) ou ainda لشبونة (al-Ushbuna).[31]

Na gíria popular, os naturais ou habitantes de Lisboa são chamados "alfacinhas". A origem da palavra é desconhecida. Supõe-se que o termo se explica pelo facto de existirem hortas nas colinas da primitiva cidade de Lisboa, onde verdejavam "plantas hortenses utilizadas na culinária, na perfumaria e na medicina", vendidas na cidade. A palavra alface provém do árabe e poderá indicar que o cultivo da planta começou aquando da ocupação da Península Ibérica pelos Muçulmanos. Há também quem sustente que, num dos cercos de que a cidade foi alvo, os habitantes da capital portuguesa tinham como alimento quase exclusivo as alfaces das suas hortas. O certo é que a palavra ficou consagrada e que os grandes da literatura portuguesa convencionaram tomar por alfacinha um lisboeta.[32]

História

editar
 Ver artigo principal: História de Lisboa

Neolítico e fundação

editar
 
Anta do Monte Abraão, um dólmen megalítico localizado na freguesia de Queluz e Belas, no município de Sintra, Distrito de Lisboa

Em Lisboa encontram-se vestígios do neolítico, eneolítico e neoneolítico.[33] Durante o Neolítico, a região de Lisboa foi habitada por povos que também viveram neste período noutros espaços da Europa atlântica. Estes povos construíram vários monumentos megalíticos.[34] É ainda possível encontrar alguns dólmens[35] e menires[36] na atual área metropolitana. Situado no estuário do rio Tejo, o excelente porto de Lisboa tornou-a cidade ideal para abastecer de alimentos os navios que rumavam para as Ilhas do Estanho (actuais Ilhas Scilly) e para a Cornualha. O povo celta invadiu a Península no primeiro milénio a.C..[37] Graças a casamentos tribais com os povos ibéricos pré-romanos, aumentou significativamente na região o número de falantes da língua celta. O povoado pré-romano de Olissipo, com origem nos séculos VIII-VII a.C., assentava no morro e na encosta do castelo. A Olissipo pré-romana foi o maior povoado orientalizante de Portugal. Estima-se que a sua população rondasse entre 2 500 e 5 000 pessoas.[38] Olissipo seria um bom fundeadouro para o tráfego marítimo e para o comércio com os fenícios.[39][40]

 
Achados arqueológicos fenícios debaixo dos claustros da Sé de Lisboa

Achados arqueológicos sugerem que já havia trocas comerciais com os fenícios na região de Lisboa em 1 200 a.C.,[41] levando alguns historiadores a admitir que teriam habitado o que é hoje o centro da cidade, na parte sul da colina do castelo. Na praça de D. Luís, em Lisboa, foram localizados vestígios de um fundeadouro com mais de 2000 anos, remontando ao século I a.C. e ao V d.C., onde os navios ancoravam para fazer descargas e reparações e também para o trânsito de passageiros e carga.[42] Além de viajarem daí para o Norte, os fenícios também aproveitaram o facto de estarem na desembocadura do maior rio da Península Ibérica para fazerem comércio de metais preciosos com as tribos locais.[43] Outros importantes produtos aí comercializados eram o sal, o peixe salgado e os cavalos puros-sangue lusitanos, bem conhecidos na Antiguidade.[44]

Na década de 1990[45] vestígios fenícios do século VIII a.C. foram encontrados sob a Sé de Lisboa. Não obstante, alguns historiadores modernos consideram que a ideia da fundação fenícia é irreal, convictos que Lisboa era uma antiga civilização autóctone (chamada pelos romanos de ópido) que se limitava a estabelecer relações comerciais com os fenícios, o que explicaria a presença de cerâmicas e de outros artefactos com tal origem.[46]

Período romano

editar
 Ver artigo principal: Olissipo
 
Ruínas do teatro romano de Olissipo

As influências civilizacionais desta região saloia da Estremadura é fenícia, púnica e, sobretudo, em termos estruturais, berbere-moura e latino-romana.[47] Esta última, exógena, mais requintada, dominará enquanto cultura de poder, nas estruturas administrativas e do ensino, quando os legados do Império Romano são apropriados pela Igreja Católica.[48][49]

Após a conquista de Cartago, os romanos iniciam as conquista da Península Ibérica. Cerca de 139/138 a.C., conquistaram Olissipo, durante a campanha de Décimo Júnio Bruto Galaico, que reforçou as muralhas da cidade para se defender das tribos hostis. Felicitas Julia beneficia assim do estatuto de município, juntamente com os territórios em seu redor, num raio de 50 km, não pagando impostos a Roma, ao contrário do que se passava com quase todos os outros castros e povoados autóctones conquistados. A cidade foi por fim integrada, com larga autonomia, na província da Lusitânia, cuja capital era Emeritas Augusta, a actual Mérida, situada na Estremadura espanhola. A Olissipo romana dispunha-se em anfiteatro desde a colina do Castelo de São Jorge até ao Terreiro do Trigo, o Campo das Cebolas, a antiga Ribeira Velha e a Rua Augusta.[50] Um dos mais antigos e importantes vestígios da presença romana em Lisboa são as ruínas de um magnífico teatro (século I) então construído no local que hoje corresponde ao n.º 3A da Rua de São Mamede, em Alfama, muito frequentado pelas elites da época.[51][52][53][54]

No tempo dos romanos, a cidade era famosa pelo fabrico de garum, alimento de luxo feito de pasta de peixe, conservado em ânforas e exportado para Roma e todo o império. Outros produtos comercializados eram o vinho e o sal. Ptolomeu designava essa primordial Lisboa como sendo a cidade de Ulisses. No seu tempo, para além exploração das minas de ouro e prata, a maior receita provinha de tributos, impostos, resgates e saques, que incluíam ouro e prata dos tesouros públicos dos povos da Lusitânia e de outras feitorias peninsulares.[55][56][57][58] No finais do império romano, Olissipo seria um dos primeiros agregados que espontaneamente acolheram o cristianismo. O primeiro bispo da cidade foi São Gens. Em consequência da queda do império, Lisboa foi vítima de invasões bárbaras, dos alanos, dos vândalos e dos suevos, tendo sido parte do seu reino. Foi tomada pelos visigodos de Toledo, que lhe chamavam “Ulishbona”.[59]

Período muçulmano

editar
 
Parte da cerca moura
 
O Castelo de São Jorge foi uma alcáçova construída pelos mouros

Após três séculos de saques, pilhagens e perda de dinâmica comercial, “Ulishbuna” pouco mais seria que uma vila como muitas outras do início do século VII. Em 711, aproveitando uma guerra civil dos visigodos, tropas mouras lideradas por Tárique invadem a Península Ibérica. O que sobra do ocidente peninsular romano é conquistado por Abdalazize ibne Muça, um dos filhos de Tárique.[60][61][62] A cidade pertenceu à primeira Taifa de Badajoz no ano de 1013, criada por Sabur al-Amiri (1013–1022), um saqaliba, antigo súbdito de Aláqueme II.[63][64]

Em 754 houve uma incursão de viquingues na costa de Lisboa. Esta frota nórdica era constituída por 6 navios e cerca de 520 homens e mulheres que se pensa serem originários do que é hoje o sul da Noruega. Esta frota desembarcou e destruiu vilas costeiras. Ficaram 12 dias até o atual governo de Lisboa finalmente agir e organizar uma força de 300 homens do Norte de África que recentemente tinham chegado de Marrocos. Finalmente saíram e navegaram rumo ao Mediterrâneo. Os cristãos de Lisboa foram considerados responsáveis pelos muçulmanos e muitos foram expulsos da região.[65]

Almunime al-Himiar descreve Lisboa:

É uma cidade à beira-mar, com ondas que se quebram de encontro às muralhas, admiráveis e de boa construção. A parte ocidental da cidade é encimada por arcos sobrepostos assentes em colunas de mármore apoiadas em envasamentos de mármore. Por natureza, a cidade é belíssima".

 [66]

O geógrafo Iacute de Hama revela outras coisas ainda:

É uma velha cidade perto do mar, a oeste de Córdova. Nos montes à sua volta há lindos falcões e nela se produz o melhor mel de todo o al-Andalus, conhecido como al-ladharnî. Parece açúcar e conserva-se embrulhado em pano para não se estragar. A cidade é junto do rio Tejo e perto do mar. Tem no solo jazidas de ouro puro e nas encostas excelente âmbar".

 [67]

Reconquista

editar
 Ver também : Reconquista
 
Representação artística do Cerco de Lisboa, ocorrido em 1147
 
A Peste obrigando os Castelhanos a levantar o Cerco a Lisboa (1901), por Constantino Fernandes. Quadro alusivo a um dos episódios ocorridos durante a Crise de 1383–1385

A primeira tentativa de reconquista de Lisboa ocorre em 1137. Fracassa frente às muralhas da cidade. Em 1140, acorrem aos sediantes cruzados em trânsito por Portugal. Juntos, empreendem novo ataque, que também falha. Só sete anos depois, os cristãos reconquistariam a povoação dando graças ao primeiro rei de Portugal, Afonso Henriques. O rei concede-lhe foral em 1179. Em 1255, graças à sua localização estratégica, Lisboa torna-se a capital do reino. Terminada a reconquista, consolidada a religião cristã e instituída a língua portuguesa, é criada a diocese de Lisboa que, no século XIV, será elevada a metrópole (arquidiocese).[68]

Nos últimos séculos da Idade Média a cidade expandiu-se e tornou-se um importante porto, com comércio estabelecido com o norte da Europa e com as cidades costeiras do Mar Mediterrâneo. Em 1290 o rei Dom Dinis criou a primeira universidade portuguesa em Lisboa que, por causa de um incêndio, foi transferida para Coimbra em 1308, quando a cidade já dispunha de grandes edifícios religiosos e conventuais.[69]

Dom Fernando I, o Formoso, construiu a famosa Muralha Fernandina, já que a cidade crescia rapidamente para fora do perímetro inicial. Começando pelo lado dos bairros mais pobres e acabando nos bairros da burguesia, a maior parte do dinheiro utilizado na execução do projeto veio desta última. Esta estratégia mostrou-se conveniente, já que de outra forma a burguesia deixaria de financiar a obra.[70]

O novo capítulo da história de Lisboa é iniciado com a revolução motivada pela crise de 1383–85. Após a morte de Fernando de Portugal, o Reino deveria passar a ter como soberano nominal o rei de Castela, D. João I, e ser regido por Leonor Teles. Porém o rei castelhano quis ser soberano efectivo ou, como se costuma dizer, "rei e senhor", persuadindo a sogra e rainha regente a renunciar ao governo e a ceder-lho. Isto, sem o consentimento das Cortes, constituía uma usurpação de poder, o que deu guerra. Depois de cerca de ano e meio de luta, a burguesia da cidade, com as suas ligações inglesas e capitais avultados, seria um dos vencedores: o Mestre de Avis é aclamado reirei, depois de levar a bom termo o cerco de Lisboa de 1384 e antes de ganhar, em 1385, a Batalha de Aljubarrota, sob a liderança de Nun'Álvares Pereira, contra as forças castelhanas reforçadas com militares franceses e apoiadas pelos fidalgos portugueses que prestavam vassalagem ao rei de Castela.[71] Em 1385, Lisboa substitui Coimbra como capital do reino.[72]

Era dos Descobrimentos

editar
 
A mais antiga representação de Lisboa (1500–1510) da Crónica de Dom Afonso Henriques, por Duarte Galvão
 
Lisboa em 1572
 
Entrada de D. Filipe II em Lisboa em 1613

Os descobrimentos marítimos portugueses eram, nos finais do século XV, uma das prioridades estratégicas de D. João II, que ascendeu ao trono em 1481 e que mudou a sua residência do Castelo de São Jorge para o Terreiro do Paço (Paço da Ribeira) que, por esse motivo, assim ficou conhecido: o grande “terreiro” onde e em redor do qual se concentravam os grandes estaleiros de construção naval de Lisboa e onde ficou instalado o paço real, no lado ocidental da “praça do comércio”. Seria esse o melhor local para o jovem soberano vigiar o Tejo, lá do alto de uma fina torre, ali mesmo a dois passos das ruelas de fama duvidosa por ele preferidas em escapadelas nocturnas. Portugal fica na vanguarda dos países seus contemporâneos ao ser o primeiro a transformar a pesquisa tecnológica e científica em política de Estado e ao abrir as portas a especialistas aragoneses, catalães, italianos e alemães com o objectivo de aumentar e enriquecer os conhecimentos náuticos de oficiais e simples marinheiros. Esta política seria incrementada com o saber de pilotos orientais.[73][74][75][76]

Várias expedições se fazem com tripulações portuguesas integrando expatriados de outros reinos que levarão à descoberta dos arquipélagos dos Açores, Madeira e Canárias. Com sérios argumentos, afirmam alguns historiadores que caravelas portuguesas terão entretanto alcançado o Brasil. Relacionam-se tais argumentos com projectos secretos de João II que, antes do Tratado de Tordesilhas contratou navegantes e cartógrafos. De Lisboa partem inúmeras expedições nessa época dos descobrimentos (séculos XV a XVII), como a de Vasco da Gama, em 1497–1498, fazendo melhorar o porto de Lisboa, centro mercantil da Europa, ávida por ouro e especiarias.[77]

Na alta da expansão colonial portuguesa, as casas ribeirinhas de Lisboa tinham entre três a cinco andares: uma loja e, acima dela, instalações comerciais. Duas gravuras da Rua Nova dos Mercadores no século XVI descobertas em Londres ilustram essa realidade e o importante papel da presença negra na cidade.[78] Lisboa passou a ocupar o lugar de Génova no comércio de escravos[79] provenientes de África, da Península Ibérica[80] e resto da Europa[81] Tornou-se um porto em que circulavam cativos que depois eram vendidos para diversos pontos da Europa.[82][83]

A maior riqueza de Lisboa desde o fim do século XVI era o ouro e o monopólio dos produtos do Brasil. Findos os conflitos e guerras entre conservadores e liberais, foi perdido o monopólio e do ouro só uma pequena parte chegava aos cofres reais devido ao contrabando e à pirataria.[84][85]

 
Terreiro do Paço em 1662, junto à arcaria vê-se soldados portugueses a praticar tiro em plena Guerra da Restauração
 
Representação da cidade no século XVIII

Encontrava-se o país numa situação económica difícil quando as nações da Europa, iniciando a industrialização, enriqueciam com o comércio das Américas (a Inglaterra viria a dominar o comércio brasileiro) e da Ásia. Os problemas do comércio aumentam quando, em 1636, os catalães se revoltam, povo mercador como o de Lisboa também oprimido pelas taxas castelhanas. É a Portugal que Madrid vem reclamar homens e fundos para submeter a Catalunha. É então que os mercadores da cidade se aliam à pequena e média nobreza. Tentam convencer o Duque de Bragança, Dom João, a aceitar o trono, mas este, como o resto alta nobreza, é favorecido por Madrid e só a intenção de o tornar rei o convence. Os conspiradores assaltam o Palácio do Governador e aclamam o novo rei (D. João IV), primeiramente com o apoio do Cardeal Richelieu, francês, e depois recorrendo à velha aliança com a Inglaterra, processo este designado como Restauração da Independência (1640).[86]

Lisboa seria então o grande palco de autos-de-fé movidos pela Igreja contra apóstatas, heréticos, cristãos-novos, judeus em particular, acusados de desvios do cristianismo.[87] Além destes, qualquer cidadão podia ser sacrificado por “pecados” irrisórios denunciados por vinganças mesquinhas. A delação era elevada a virtude. Na maior parte dos casos por falsas razões ou por motivos fúteis, as vítimas eram queimadas vivas em aparatosas fogueiras acendidas em locais como o Rossio e a Praça do Comércio, perante multidões excitadas que à vezes apaziguavam a vergonha com churrascadas e vinho.[88][89] Tais espectáculos, animados por hábeis carrascos da Coroa, em que participavam representantes das autoridades eclesiástica e secular, duraram até 1821. Eram regularmente honrados com a presença do rei D. João V, que se empenhava em não ficar aquém da vizinha Espanha e de outros países europeus em obras grandiosas, notáveis feitos e grandes medidas como as do Santo Ofício. Tais práticas repressivas, cultivando o medo, suscitando um estigma na alma de um povo, serviriam de modelo a governantes vindouros, que delas souberam tirar bom partido.[90][91] Foi ele quem ordenou em 1731 a construção do Aqueduto das Águas Livres.[92]

Sismo de 1755 e a Lisboa Pombalina

editar
 Ver artigo principal: Sismo de Lisboa de 1755
 
Representação do Sismo de Lisboa, um dos mais fortes sismos da história
 
Maquete de uma gaiola pombalina

Lisboa foi quase na totalidade destruída a 1 de Novembro de 1755 por um terrível sismo.[93] Foi reconstruída segundo os planos traçados pelo Marquês de Pombal, Ministro da Guerra e Negócios Estrangeiros. Oriundo da baixa nobreza, depressa reagiu perante as ruínas do sismo logo depois de ter dito ser necessário enterrar os mortos, cuidar dos vivos e reconstruir a cidade. A parte central reconstruída terá o nome de Baixa Pombalina. A quadrícula adoptada nos planos de reconstrução permitiria desenhar as praças do Rossio e Terreiro do Paço, esta com uma belíssima arcada aberta em frente do rio Tejo.[94] Ainda no século XVIII e a instâncias de D. João V, o papa concedeu ao arcebispo da cidade o título honorífico de patriarca e a nomeação automática como cardeal (daí o título de "Cardeal Patriarca de Lisboa").[95]

Nos primeiros anos do século XIX Portugal foi invadido pelas tropas de Napoleão Bonaparte, obrigando o rei D. João VI a deslocar-se temporariamente para o Brasil, Lisboa rendeu-se, portanto, sem enfrentar as tropas francesas. No entanto, em 29 de novembro de 1807, um grupo de cerca de 1.500 pessoas, a maioria lisboetas, juntamente com cerca de 200 soldados portugueses do 23º Regimento de Milícias, resistiu à primeira incursão de Junot em Lisboa. Essa força portuguesa foi dizimada pelas forças francesas que acompanhavam Junot. Os cerca de 1.500 franceses eram todos, na sua totalidade, tropas de elite de Napoleão Bonaparte. A escaramuça aconteceu junto a Sacavém e teve um final infeliz para os portugueses, que recuaram em debandada para Lisboa, sendo quase todos enforcados ou mortos no local pelos franceses. O chefe que organizara as forças portuguesas, o Capitão Fonseca da Trindade, foi enforcado em praça pública no Terreiro do Paço em 7 de dezembro de 1807, e seus restos mortais estão sepultados no Cemitério dos Prazeres.[96]

A cidade viveu intensamente as lutas liberais. Teve início uma época de florescimento dos cafés e teatros. Mais tarde, em 1879, foi aberta a Avenida da Liberdade que iniciou a expansão citadina para além da Baixa. O centro cultural e comercial da cidade passou para o Chiado durante o século XIX (cerca de 1880). Com as velhas ruas da Baixa já ocupadas, os donos de novas lojas e clubes estabeleceram-se na colina anexa, que rapidamente se transformou. Aqui são fundados clubes célebres, como o Grémio Literário, afamado pelas histórias de Eça de Queirós.[97]

Século XX

editar
 
Representação do Regicídio de 1908 no Terreiro do Paço

Em 1907, que, alarmadas com o declínio monárquico, as elites impõem a ditadura com João Franco, mas é tarde de mais. Em 1908 a família real sofre um atentado (no Terreiro do Paço) em que morrem El-Rei Dom Carlos de Portugal e o herdeiro do trono, o Príncipe Real Dom Luís Filipe de Bragança, numa acção provavelmente executada pelos anarquistas (que neste período atacam figuras públicas em toda a Europa).[98]

 
José Relvas proclama a república nos Paços do Concelho em 1910[99]

Em 1910, em Lisboa, dá-se a revolta que implantaria a república em Portugal. Uma grande quantidade de habitantes da cidade, incitados pelo Partido Republicano Português, formam barricadas nas ruas e são distribuídas armas. Os exércitos ordenados a reprimir a revolução são desmembrados pelas deserções. O resto do país é obrigado a seguir a capital, apesar de continuar profundamente rural, católico e conservador. É proclamada a Primeira República.[99] Em 1912 os monárquicos do norte aproveitam o descontentamento com as leis liberais dos republicanos e tentam um golpe de estado, que falha.[100][101]

Em 1916, Portugal entra, por via da Aliança, na Primeira Guerra Mundial. Em plena crise nacional, mobiliza homens e recursos consideráveis. São muitas as baixas. Perante o desastre do Corpo Expedicionário Português, Sidónio Pais é um dos que se opõem ao Governo do Partido Democrático acabando por liderar novo golpe em dezembro de 1917, protagonizado pela Junta Militar Revolucionária, de que era Presidente. No dia oito é demitido o Governo da União Sagrada chefiado por Afonso Costa e o poder transferido para a Junta. Destituído Bernardino Machado, Afonso Costa assume provisoriamente o cargo de Presidente da República. Emite uma série de decretos ditatoriais que mudam a Constituição e lhe dão poderes acumulados de Presidente e chefe do Governo, fundando uma República Nova que antecipará o Estado Novo. Sidónio será morto a tiro em dezembro de 1918.[102]

 
Gomes da Costa e as suas tropas em Lisboa após o golpe de 1926

O fim da Primeira República tem lugar em 1926, quando a direita conservadora antidemocrática (largamente liderada pelos descendentes da antiga Nobreza do norte do país e pela Igreja Católica) toma por fim o poder, após duas outras tentativas em 1925. Alega pretender acabar com a anarquia, que ela própria tinha criado. Liderado pelo General Gomes da Costa, o novo governo adota uma ideologia fascista, sob a liderança do ditador Salazar. O novo regime governaria impunemente o país durante quatro décadas.[103]

O Estado Novo foi derrubado pela Revolução dos Cravos, a 25 de Abril de 1974. Ao golpe militar seguiu-se o período conturbado do PREC, marcado particularmente em Lisboa pela propaganda e acção da esquerda, da mais moderada à mais radical. O Comício da Fonte Luminosa seria evento decisivo para o futuro político do país[104][105][106]

 
Populares em festa num Panhard EBR em Lisboa, durante a Revolução dos Cravos

A agitação é ao mesmo tempo agravada por grupos de extrema direita que chegam ao ponto de bloquear os acessos à cidade e de levar a cabo acções terroristas no norte do país com o intuito de travar os progressos da revolução. Durante dois anos, em 1974 e 1975, Lisboa foi invadida por jornalistas estrangeiros e esteve nas luzes da ribalta dos principais meios de comunicação internacionais. O repórter Horst Hano da televisão alemã ARD foi um dos mais importantes, dando cobertura particularmente completa aos principais eventos políticos em Portugal e em Espanha entre 1975 e 1979.[107]

Dez anos após a queda do regime fascista, já longe dos dramas do Processo Revolucionário em Curso, é assinado em Lisboa em 1985 o Tratado de Adesão à Comunidade Económica Europeia, no Mosteiro dos Jerónimos pelo então Presidente da República, Mário Soares. Desde então Lisboa e o país têm sido governados, em alternância partidária, por um regime democrático.[108]

Lisboa continua a desenvolver-se ao ritmo das mais importantes capitais europeias, melhorando as suas infraestruturas e construindo novas, remodelando o sistema de transportes urbanos, de segurança e saúde. Em 1998 inaugura a sua segunda ponte, na altura a mais longa de toda a Europa e a quarta maior do mundo, a Ponte Vasco da Gama. Nesse mesmo ano organiza a EXPO 98, no Parque das Nações.[109]

Geografia

editar
 Ver artigo principal: Geografia de Lisboa
 
Imagem de satélite da área metropolitana de Lisboa, com a Riviera Portuguesa a oeste de Lisboa e a Península de Setúbal a sul do Rio Tejo

Localizada na margem direita do estuário do Tejo, a 38º42' N e a 9º00' W, com altitude máxima na serra de Monsanto (226 metros de altitude), Lisboa é a capital mais ocidental da Europa. Fica situada a oeste de Portugal, na costa do Oceano Atlântico.[110] Os limites da cidade, ao contrário do que ocorre em grandes cidades, encontram-se bem delimitados dentro dos limites do perímetro histórico. Isto levou à criação de várias cidades ao redor de Lisboa, como Loures, Odivelas, Amadora e Oeiras, que são de facto parte do perímetro metropolitano de Lisboa. Mais recentemente, a sul do Tejo, mas pertencentes já ao distrito de Setúbal, Almada, Seixal e Barreiro são também casa para a expansão urbanística de Lisboa em particular após 1974, beneficiando da proximidade ao centro nevrálgico de Lisboa, embora com uma identidade claramente distinta da existente a norte do Tejo.[111][112]

O centro histórico da cidade é composto por sete colinas, sendo algumas das ruas demasiado estreitas para permitir a passagem de veículos. A cidade serve-se de três funiculares e um elevador (Elevador de Santa Justa). A parte ocidental da cidade é ocupada pelo Parque Florestal de Monsanto, um dos maiores parques urbanos da Europa, com uma área de quase 10 km². Lisboa tem ganho terreno ao rio com sucessivos aterros, sobretudo a partir do século XIX. Esses aterros permitiram a criação de avenidas, a implantação de linhas de caminho-de-ferro e a construção de instalações portuárias e mesmo de novas urbanizações como o Parque das Nações e equipamentos como o Centro Cultural de Belém.[113]

Lisboa é uma das capitais mais amenas da Europa, com um clima mediterrânico (Csa segundo a classificação climática de Köppen)[114][115] fortemente influenciado pela Corrente do Golfo. A Primavera é fresca a quente (de 8 °C a 26 °C) com sol e alguns aguaceiros. O Verão é, em geral, quente e seco e temperaturas entre 16 °C a 35 °C. O Outono é ameno e instável, com temperaturas entre 12 °C e 27 °C e o Inverno é tipicamente chuvoso e fresco, também com algum sol. A temperatura mais baixa registada foi de -1,7 °C em 11 de fevereiro de 1956[116] e a mais elevada foi de 44,0 °C, em 4 de agosto de 2018.[117]

Dados climatológicos para Lisboa (1981-2010)
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 22,6 24,8 29,4 32,2 34,8 41,5 40,6 44,0 37,3 32,6 25,3 23,2 44,0
Temperatura máxima média (°C) 14,8 16,2 18,8 19,8 22,1 25,7 27,9 28,3 26,5 22,5 18,2 15,3 21,5
Temperatura média (°C) 11,6 12,7 14,9 15,9 18,0 21,2 23,1 23,5 22,1 18,8 15,0 12,4 17,5
Temperatura mínima média (°C) 8,3 9,1 11,0 11,9 13,9 16,6 18,2 18,6 17,6 15,1 11,8 9,4 13,5
Temperatura mínima recorde (°C) 1,0 1,2 0,2 5,5 6,8 10,4 14,1 14,7 12,1 9,2 4,3 2,1 0,2
Chuva (mm) 99,9 84,9 53,2 68,1 53,6 15,9 4,2 6,2 32,9 100,8 127,6 126,7 774
Fonte: Instituto Português do Mar e da Atmosfera[118]

Meio ambiente e áreas verdes

editar
 
Jardim Botânico da Ajuda
 
Parque Eduardo VII

Lisboa é uma cidade repleta de espaços verdes, de variadas dimensões. Foi nesta cidade que surgiu o primeiro jardim botânico português: Jardim Botânico da Ajuda. Alguns dos jardins da cidade estão em processo de recuperação, no intuito da criação de um corredor verde na cidade, enquanto outras áreas, anteriormente concentrando elevados níveis de tráfego e poluição, estão a ser requalificadas, sendo o caso mais recente o da CRIL — 2ª Circular.[119]

Em temos de qualidade do ar, apresenta níveis progressivamente descendentes de poluição atmosférica, embora ainda com partículas NO2 claramente superiores ao limite legal.[120] Estes valores de partículas decorrem da utilização acima da média europeia de tráfego automóvel, por contraponto à utilização de transportes públicos, o que distingue Lisboa de outras capitais europeias. Em anos recentes, têm sido feitas melhorias dentro e fora de Lisboa no planeamento da rede de transportes públicos ferroviária[121] e rodoviária,[122] permitindo uma utilização mais eficiente e eficaz e, por consequência, menos poluição emitida.

Existem em Lisboa mais de uma centena de parques, jardins, quintas e tapadas, entre eles o Parque Eduardo VII, o Parque Florestal de Monsanto, o Jardim Botânico da Ajuda, o Jardim Botânico de Lisboa, o Jardim da Estrela, a Tapada da Ajuda, entre muitos outros. O Parque Florestal de Monsanto é o maior e mais importante parque da cidade, chamado o seu "Pulmão Verde", ao ser a única grande floresta em Lisboa (as outras mais próximas são a Tapada de Mafra, a Tapada da Ajuda e a Serra de Sintra).[123]

Vista panorâmica de Lisboa a partir do Castelo de São Jorge

Demografia

editar
População do município de Lisboa
AnoPop.±%
1864 190 311—    
1878 240 740+26.5%
1890 300 964+25.0%
1900 351 210+16.7%
1911 431 738+22.9%
1920 484 664+12.3%
1930 591 939+22.1%
1940 694 389+17.3%
1950 783 226+12.8%
1960 802 230+2.4%
1970 769 044−4.1%
1981 807 937+5.1%
1991 663 394−17.9%
2001 564 657−14.9%
2011 552 700−2.1%
2021 545 796−1.2%
 
População residente vs parque automóvel, no município de Lisboa entre 1981 e 2012. Fonte: INE e ACAP

A população de Lisboa é caracterizada por vários altos e baixos ao longo da sua história. Atualmente, a população de Lisboa está em queda.[124] Já a área metropolitana de Lisboa está em crescimento populacional, em decorrência da migração dos habitantes da cidade para as cidades vizinhas.[125] Na atual estrutura demográfica de Lisboa, as mulheres representam mais de metade da população (54%) e os homens 46%.[126] A cidade apresenta uma estrutura etária envelhecida, com 23% de idosos (65 anos ou mais),[127] quando a média portuguesa é de 16%.[128] Entre os mais novos, 13% da população tem menos de 15 anos, 9% está entre os 15 e os 24 anos e 53% dos 25 aos 64 anos de idade.[126]

População por freguesia

editar
Freguesias do município de Lisboa
Freguesia Residentes (2011) Residentes (2021)[129]
Ajuda 15617 14306
Alcântara 13943 13850
Alvalade 31813 33309
Areeiro 20131 21160
Arroios 31653 33302
Avenidas Novas 21625 23261
Beato 12737 12123
Belém 16528 16546
Benfica 36985 35362
Campo de Ourique 22120 22140
Campolide 15460 14787
Carnide 19218 18028
Estrela 20128 20267
Lumiar 45605 46334
Marvila 37793 35479
Misericórdia 13044 9658
Olivais 33788 32179
Parque das Nações 21025 22382
Penha de França 27967 28475
Santa Clara 22480 23645
Santa Maria Maior 12822 10051
Santo António 11836 11060
São Domingos de Benfica 33043 34076
São Vicente 15339 13956
Total 552 700 545 796
Número de habitantes por Grupo Etário[130][131]
1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2021
0-14 Anos 92 086 110 179 111 796 131 141 146 734 149 140 144 249 152 000 153 020 94 306 65 548 70 494 71 220
15–24 Anos 69 283 89 061 102 443 122 513 132 144 150 165 124 969 110 620 120 527 99 116 71 634 53 507 55 069
25–64 Anos 176 499 213 166 243 399 307 772 383 704 434 947 458 124 410 645 418 870 345 407 294 171 292 772 291 739
= ou > 65 Anos 16 795 20 607 23 108 32 420 43 578 56 182 74 888 86 885 115 520 124 565 133 304 130 960 127 768
> Id. desconh 1 346 2 346 5 626 544 2 959

(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Religiões

editar
Religiões na Área Metropolitana de Lisboa (2018)[132]
Religião Percentagem
Catolicismo Romano
  
55%
Sem religião
  
35%
Protestantismo
  
5%
Outras
  
5%

Segundo pesquisa de 2018, pouco mais da metade da população de Lisboa afirmou ser católica (54,9%) e 35% declarou não ter religião (13,1% crentes sem religião, 10% ateus e 6,9% agnósticos). As minorias religiosas somavam 10% da população, sendo metade (5%) pertencentes a igrejas protestantes e os outros 5% divididos entre testemunhas de Jeová, muçulmanos, budistas, ortodoxos e outros. Apenas 11,4% da população de Lisboa declarou frequentar a igreja ou outros locais de culto semanalmente.[132]

Administração municipal

editar
 Ver artigo principal: Governo de Lisboa
 
Câmara Municipal de Lisboa

É em Lisboa que se localizam os principais órgãos políticos do país (ministérios, tribunais, etc.).[133][134] O município de Lisboa é administrado por uma Câmara Municipal composta por 17 vereadores. Existe uma Assembleia Municipal que é o órgão legislativo do município, constituída por 75 deputados municipais, 51 dos quais eleitos directamente mais os presidentes das 24 juntas de freguesia do município.[135]

O cargo de Presidente da Câmara Municipal ficou vago desde 15 de Maio de 2007, após a demissão de António Carmona Rodrigues que tinha sido eleito pelo PSD. Nas eleições de 15 de Julho de 2007 foi eleito António Costa, pelo PS. Após a renúncia deste ao mandato, em 2015, o vice-presidente Fernando Medina assumiu o cargo, tendo sido posteriormente eleito presidente como resultado das eleições autárquicas de 2017, apesar de o PS ter perdido a maioria absoluta, recebendo 42% dos votos.[136]

Subdivisões administrativas

editar
 Ver também : Bairros de Lisboa

Desde a reorganização administrativa de 2012, Lisboa conta 24 freguesias agrupadas em cinco Zonas (ou Unidades de Intervenção Territorial - UIT).[137]

 

Relações internacionais

editar

A cidade de Lisboa é uma das 7 Cidades Fundadoras da UCCLA, União das Cidades Capitais Luso-Afro-Américo-Asiáticas. A cidade de Lisboa faz parte da União de Cidades Capitais Ibero-americanas, Rede das Cidades Interculturais e Rede de Cidades Cervantinas.[138][139] Abaixo está uma lista das cidades geminadas de Lisboa e aquelas com as quais o governo da cidade estabeleceu um acordo de cooperação e amizade:

Cidades geminadas
Acordo de cooperação e/ou amizade

Economia

editar
 
Sede da Caixa Geral de Depósitos
 
Torres de escritórios do Centro Colombo

A região de Lisboa é a mais rica de Portugal e produz um produto interno bruto (PIB) per capita acima da média da União Europeia, além de ser responsável pela produção de 45% do PIB português. A economia da cidade baseia-se principalmente no sector terciário. A maioria das sedes das empresas multinacionais que operam em Portugal estão concentradas na Grande Lisboa, especialmente no município de Oeiras. A Área Metropolitana de Lisboa é altamente industrializada, especialmente na margem sul do rio Tejo.[143]

A região de Lisboa teve um rápido crescimento económico durante grande parte dos anos 2000 e aumentou seu PIB PPC per capita de 22 745 euros em 2004,[144] para 26 100 em 2007.[145] Em 2011, a região metropolitana de Lisboa registou um PIB no valor de 95,2 mil milhões * de dólares e 31 454 dólares per capita.[146]

A bolsa de valores Euronext Lisboa, que faz parte do sistema financeiro pan-europeu Euronext, juntamente com as bolsas de Amesterdão, Bruxelas e Paris, está associada com a Bolsa de Valores de Nova York desde 2007, quando o grupo multinacional de bolsa de valores NYSE Euronext foi criado.

Antes da crise da dívida pública da Zona Euro estourar e um plano de resgate financeiro ser implementado pela UE e pelo FMI na década de 2010, a cidade de Lisboa estava prestes a receber muitos investimentos financiados pelo Estado, incluindo a construção de um novo aeroporto, uma nova ponte, uma expansão de 30 km do sistema do metropolitano da cidade, o construção de um hospital central, a criação de duas linhas de TGV para conectar a capital portuguesa à Madrid, Porto, Vigo e ao resto da Europa, a restauração da parte histórica da cidade, a criação de um grande número de ciclovias, além da modernização e reforma de várias instalações.[59]

Torres São Gabriel e São Rafael no Parque das Nações, um dos centros financeiros da cidade e local onde foi realizada a Expo '98

Infraestruturas

editar

Educação

editar
 
Sede da Universidade Nova de Lisboa
 
Biblioteca Nacional de Portugal

A cidade de Lisboa possui escolas e jardins-de-infância, públicas e privadas, de ensino primário, básico e secundário. Lisboa dispõe actualmente de duas universidades públicas, a Universidade de Lisboa, criada em 2013 pela junção da Universidade Clássica de Lisboa (também chamada só de Universidade de Lisboa) com a Universidade Técnica de Lisboa, formando assim a maior universidade a nível nacional,[147] e a Universidade Nova de Lisboa, fundada em 1973.[148] Existe também o ISCTE-IUL, ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, e o Instituto Politécnico de Lisboa.[149]

As maiores instituições privadas de ensino superior, incluem a Universidade Católica Portuguesa, a Universidade Lusíada, a Universidade Lusófona e a Universidade Autónoma de Lisboa, entre outras. O total de inscritos nas instituições de ensino superior público e privado foi, no ano lectivo de 2007-2008, de 125 867 alunos, dos quais 81 507 em instituições públicas.[150]

A cidade está equipada com diversas bibliotecas e arquivos, sendo a mais importante a Biblioteca Nacional. A merecer destaque como um dos mais importantes arquivos do mundo, com mais de 600 anos, está o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, arquivo central do Estado Português desde a Idade Média e uma das mais antigas instituições portuguesas activas. Há ainda, entre outros, o Arquivo Histórico Militar e Arquivo Histórico Ultramarino.[151]

Transportes

editar
 Ver artigo principal: Transporte em Lisboa
 
Ponte 25 de Abril, construída em 1966
 
Ponte Vasco da Gama, sobre o Rio Tejo, a maior da Europa.[152]

Duas pontes unem Lisboa à margem sul do rio Tejo: a Ponte 25 de Abril que liga Lisboa a Almada,[153] inaugurada em 1966 com o nome de Ponte Salazar e posteriormente rebaptizada com a data da Revolução dos Cravos,[154] e a Ponte Vasco da Gama, com 17,2 km de comprimento,[154] a mais longa da Europa e a quinta mais longa ponte do Mundo, que liga a zona Oriental e Sacavém ao Montijo.[153] Inaugurada em 1998 no âmbito da Expo 98, comemora também os 500 anos da chegada de Vasco da Gama à Índia.[155] Existe já um projecto aprovado para a construção de uma terceira ponte sobre o rio Tejo, prevista para 2013.[156][157]

A exploração dos autocarros está também a cargo da empresa Carris.[158] Existe ainda o Terminal Rodoviário de Lisboa, um dos mais importantes do país, onde partem e chegam todos os dias dezenas de autocarros[159] com os mais variados destinos nacionais e internacionais.[160] Os táxis também são muito comuns na cidade, sendo actualmente de cor creme, muitos mantêm ainda as cores emblemáticas dos táxis antigos: preto e verde. Existem várias praças de táxis e circulam centenas de táxis por toda a cidade. Apesar da rede de transportes, todos os dias se deslocam para Lisboa mais de 3 milhões de automóveis.[161]

Lisboa e a sua área metropolitana são atravessadas por duas autoestradas circulares, uma exterior e outra interior – a CRIL, Circular Regional Interior de Lisboa e a CREL,Circular Regional Exterior de Lisboa, ou A9. As principais autoestradas que ligam a cidade à envolvente são as A1 (em direcção a norte, por Vila Franca de Xira), A8 (também para norte, via Loures), A5 (em direcção a oeste, até Cascais), A2 (para sul, por Almada) e A12 (para leste, por Montijo).[162]

 
Aeroporto Humberto Delgado

O aeroporto de Lisboa, Aeroporto Humberto Delgado, situa-se a 7 km do centro, na zona nordeste da cidade. O Aeroporto Humberto Delgado é o maior aeroporto em Portugal,[163] com um volume de tráfego de cerca de 20 milhões de passageiros por ano.[164][165] Aberto ao tráfego em 1942,[166] o Aeroporto Humberto Delgado é servido por duas pistas e possuí dois terminais: o Terminal 1 para voos internacionais, o Terminal 2 para voos nacionais, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.[166]

O Porto de Lisboa é um dos principais portos turísticos europeus,[167] paragem de numerosos cruzeiros. Está equipado com três cais para navios-cruzeiro: Alcântara, Rocha Conde Óbidos e Santa Apolónia.[168] A cidade tem ainda várias marinas para barcos de recreio,[169] nas docas de Belém, Santo Amaro, Bom Sucesso, Alcântara Mar e Olivais.[170] Existe ainda uma rede de transportes fluviais, a Transtejo, que liga as duas margens do Tejo, com estações em Cais do Sodré, Belém, Terreiro do Paço e Parque das Nações, na margem norte, e Cacilhas, Barreiro, Montijo, Trafaria, Porto Brandão e Seixal, na margem sul.[171]

 
Fachada da estação Gare do Oriente, em Lisboa
 
Estação Cabo Ruivo do metropolitano de Lisboa

A cidade dispõe de uma rede ferroviária urbana e suburbana com nove linhas (4 de metropolitano[172] e 5 de comboio suburbano)[173][174] e 123 estações (56 de metropolitano e 67 de comboio suburbano). A exploração da rede de metro é efectuada pela Metropolitano de Lisboa[175][176] e a rede ferroviária suburbana pela Comboios de Portugal.[177] Construída por altura da Expo'98, a Gare do Oriente é uma das principais estações terminais e interfaces de transportes de Lisboa.[178] Por ela passam comboios, o metropolitano, autocarros e táxis. A estação, com uma notável arquitectura de vidro e colunas aço a lembrar palmeiras, foi desenhada pelo arquitecto Santiago Calatrava.[178] Mesmo em frente, situa-se o Parque das Nações, e a estação possui ligação ao Centro Comercial Vasco da Gama. Com a sua cor amarela característica, os Elétricos de Lisboa são o transporte tradicional no centro da cidade.[179][180] São explorados pela Carris, assim como os vários elevadores que galgam as colinas de Lisboa: elevador da Bica,[181] elevador da Glória,[182] elevador do Lavra[183] e elevador de Santa Justa.[184]

A rede de eléctricos é composta actualmente por seis carreiras e percorre um total de 48 km de linhas em bitola de 900 mm, sendo 13 km em faixa reservada. Emprega 165 guarda-freios (condutores de eléctricos, funiculares e elevador) e uma frota de 58 veículos (40 históricos, 10 articulados e 8 ligeiros), baseados numa única estação — Santo Amaro.[185]

Segundo dados de 2000, da Câmara Municipal de Lisboa, e segundo a tipologia de percursos cicláveis, existiam e estavam em projecto 84 km de percursos de bicicleta, 50 km de pistas cicláveis, 73 km de faixas circuláveis e 74 km de tipologia de coexistência com veículos.[186]

Saúde

editar
 
Hospital de Santa Maria

Em Lisboa existem vários hospitais (quer públicos quer privados), clínicas, centros de saúde, etc. Existe também um projecto em curso, que prevê a construção de um Hospital Central, no Parque da Bela Vista. O Hospital intitulado Hospital de Lisboa Oriental, englobará alguns hospitais existentes no centro de Lisboa (como por exemplo, o Hospital de Dona Estefânia, o Hospital de Santa Marta, etc.[187]

Em Lisboa existem vários hospitais públicos (do Serviço Nacional de Saúde), hospitais militares, centros de saúde, hospitais privados e clínicas. Existe também um projecto em curso, que prevê a construção de um Centro Hospitalar Oriental, no Parque da Bela Vista. Os hospitais de Santa Marta e Santa Cruz começaram por ser especializados em Cardiologia, posteriormente englobaram outras especialidades. Os hospitais públicos da Cidade de Lisboa estão agrupados em centros: Centro Hospitalar Lisboa Norte; Centro Hospitalar Lisboa Central; Centro Hospitalar Lisboa Ocidental; Centros Especializados; e hospitais militares.[188]

Cultura

editar

Museus

editar
 
Centro Cultural de Belém, sede do MAC-CCB
 
O Oceanário de Lisboa, no Parque das Nações

Entre os museus destacam-se: Museu Nacional de Arte Antiga, com a mais importante colecção nacional de pintura antiga; Museu Calouste Gulbenkian, cuja colecção diversificada inclui seis mil peças de arte de vários períodos históricos; Museu do Chiado, com uma colecção de arte portuguesa a partir do século XIX; Museu-Colecção Berardo, onde é apresentada uma colecção de arte moderna e contemporânea internacional em paralelo com mostras de arte contemporânea; Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão onde, a par de exposições temporárias se expõe um núcleo permanente de arte portuguesa dos séculos XX e XXI; Museu Nacional dos Coches, o mais visitado do país, com a maior colecção de coches do mundo; Museu da Electricidade com uma exposição permanente onde se mostra a produção de energia e a maquinaria da antiga Central Tejo misturando ciência e diversão; Oceanário de Lisboa, com a sua impressionante colecção de espécies vivas; Museu Militar de Lisboa, com uma exposição permanente de armamento de diversas épocas.[189]

Outros museus e centros culturais: Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva; Museu Rafael Bordalo Pinheiro; Museu do Design e da Moda; Museu de Artes Decorativas; Museu Nacional de Arqueologia; Museu Nacional do Traje; Museu do Oriente; Museu Nacional do Azulejo; Museu da Farmácia; Museu de Marinha; Museu da Água; Museu da Companhia Carris de Ferro de Lisboa; Casa-Museu de Fernando Pessoa; Fundação José Saramago.[189]

Música e dança

editar
 
Inteiror da sala de espetáculos do Coliseu dos Recreios

A música tradicional de Lisboa é o fado,[190][191][192][193] canção nostálgica acompanhada à guitarra portuguesa. Espectáculo típico de tavernas e pequenos recintos dos bairros populares de Lisboa, o fado,[190][191] a partir do início do século, «… conhece uma gradual divulgação e consagração popular, através da publicação de periódicos que se consagram ao tema e da consolidação de novos espaços performativos numa vasta rede de recintos …».[194] Nas salas de espectáculos destacam-se o Coliseu dos Recreios.[195]

Lisboa acolhe a Companhia Nacional de Bailado, a companhia estatal criada em 1977, com vasto reportório de programação de dança clássica e contemporânea. Após a Expo'98, a CNB tornou-se residente do Teatro Camões, no Parque das Nações. Conta com a Fundação EDP como mecenas exclusivo. A Companhia de Dança de Lisboa, CDL, fundada em 1984, tem como objectivo divulgar e descentralizar a dança, ensinando as diferentes técnicas de dança em aulas abertas à população a partir dos 3 anos de idade. Cria e apresenta espectáculos com particular atenção aos temas da cultura portuguesa, a nível nacional e internacional.[196]

Eventos

editar
 
Entrada do Rock in Rio Lisboa de 2008

Desde 1994, ano em que foi Capital Europeia da Cultura, Lisboa tem vindo a acolher uma série de eventos internacionais, da Expo 98 ao Tenis World Master 2001, Euro 2004, Gymnaestrada, MTV Europe Music Awards, Rali Dakar, Rock in Rio ou os 50 anos da Tall Ships' Races (Regata Internacional dos Grandes Veleiros). O Rock in Rio é um festival de música originalmente organizado no Rio de Janeiro, de onde vem o nome, que rapidamente se tornou um evento de repercussão mundial e, em 2004, teve a sua primeira edição internacional em Lisboa. Ao longo da sua história, teve 7 edições, três no Brasil, três em Portugal e uma em Espanha. Em 2008, foi realizado pela primeira vez em dois locais diferentes, Lisboa e Madrid, e há intenções em organizar uma edição simultânea em três continentes diferentes.[197] Em 2014, Lisboa voltará a receber o Festival.[198]

 
Decorações da festa de Santo António de Lisboa

Lisboa possuí um feriado municipal, o 13 de Junho, Dia de Santo António.[199] Porém, o padroeiro da capital é São Vicente. As festas em honra de Santo António de Lisboa, acontecem em toda a cidade e os bairros típicos, como Alfama, Madragoa, Mouraria, Castelo e outros, são enfeitados com balões e arcos decorativos. Neles há arraiais populares, locais engalanados onde se comem sardinhas assadas na brasa, Caldo Verde (uma sopa de couve cortada aos fiapos) e se bebe vinho tinto. A Noite de Santo António, como é popularmente designada, é a festa que começa logo na noite do dia 12. Todos os anos a cidade organiza nesta noite as marchas populares,[200] grande desfile alegórico que desce a Avenida da Liberdade (principal artéria da cidade), no qual competem os diferentes bairros, um pouco à maneira das escolas de samba, numa espécie de carnaval português. Um grande fogo de artifício costuma encerrar o desfile. Os rapazes compram um manjerico (planta aromática) num pequeno vaso, para oferecer à namorada, o qual traz uma bandeirinha com uma quadra popular, por vezes brejeira ou jocosa.[201] Santo António é conhecido como santo casamenteiro, por isso a Câmara Municipal de Lisboa costuma organizar, na Sé Patriarcal de Lisboa, o casamento de jovens noivos de origem modesta, todos os anos no dia 13 de Junho.[201] São conhecidos por 'noivos de Santo António', recebem ofertas do município e também de diversas empresas, como forma de auxiliar a nova família. Esta tradição dos casamentos de Santo António, começou em 1958.[201] Já as marchas surgiram em 1932.[202]

 
Maior Árvore de Natal da Europa, em 2005

Todos os anos, de 25 de Novembro a 7 de Janeiro, Lisboa é iluminada por milhões de pequenas luzes. Em 2004, ergueu a Maior Árvore de Natal da Europa. Inicialmente colocada em Belém, passou para o Terreiro do Paço em 2005 e 2006, então com 76 metros de altura, equivalentes a um prédio de 30 andares. Pelas ruas da Baixa, é normal ver-se várias atracções natalícias, como espectáculos de música, animadores disfarçados de Pai Natal, etc (animação de rua).[203][204] No Ano Novo, são comuns as festas por toda a cidade. A televisão costuma exibir vários programas em directo, e a festa principal da cidade realiza-se no Terreiro do Paço, com vários concertos e um mega-espectáculo pirotécnico à meia-noite em ponto (além do Terreiro do Paço, existem vários pontos de lançamento de engenhos pirotécnicos espalhados por Lisboa e pela margem sul do rio Tejo em frente à capital).[205][206]

 
Entrada do ModaLisboa de 2011
 
Feira do Livro de Lisboa em 2017

O Carnaval em Lisboa é festejado principalmente nas escolas. Algumas escolas organizam desfiles, que percorrem algumas ruas da cidade (principalmente a Rua Augusta). O mais antigo é o desfile da Escola Artística António Arroio. Nas instituições recreativas e, no Bairro Alto também se pode admirar festas relacionadas com o Carnaval.[207] A Moda Lisboa aquece o Inverno mais suave de todas as capitais europeias com vários desfiles de moda, onde vários criadores portugueses e estrangeiros mostram as suas tendências.[208]

Lisboa, é também palco de outros inúmeros eventos culturais. O Lisbonarte, consiste em várias exposições de artes plásticas nas galerias de arte lisboetas. Vários artistas expõem os seus trabalhos ao público.[209] Na literatura, a Feira do Livro de Lisboa, um certame que se realiza anualmente desde maio de 1930 em Lisboa. A Feira decorre, em geral, nos últimos dias de Maio. A sua localização actual é o Parque Eduardo VII. Nesta feira são, geralmente, convidados vários autores de diversos livros para sessões de autógrafos. São óptimas ocasiões para comprar livros a preços mais baixos.[210]

Outros eventos incluem o Festival dos Oceanos, que ocorre todos os anos em Agosto, no Parque das Nações; o Experimentadesign, um mega-festival de design realizado de dois em dois anos em Setembro; e a LisboaPhoto, uma exposição, onde vários fotógrafos podem expor as suas fotos ao público. Desde 2006 que se realiza em Lisboa um evento dedicado exclusivamente à Luz (um evento bianual), o Luzboa. Pela cidade são espalhados várias instalações criadas por artistas plásticos centradas no tema Luz. Bairro Alto, Baixa, Avenida, são alguns dos locais que recebem este espectáculo.[211]

Património histórico

editar
Mosteiros dos Jerónimos e Torre de Belém em Lisboa 
 
Vista da Torre de Belém

Critérios iii, vi
Referência 263
Região Portugal
País   Portugal
Coordenadas 20° 23′ 07″ S, 43° 30′ 13″ O
Histórico de inscrição
Inscrição 2008

Nome usado na lista do Património Mundial

  Região segundo a classificação pela UNESCO

Junto à zona ribeirinha do Tejo, a Poente do centro da cidade, encontra-se a freguesia de Belém, representante da cidade da época dos Descobrimentos. Podemos ver nesta zona duas construções classificadas pela UNESCO como Património da Humanidade: o Mosteiro dos Jerónimos, mandado construir pelo Rei D. Manuel I em 1501 e o melhor exemplo do denominado Estilo Manuelino, cuja inspiração provém dos descobrimentos, estando também associado ao estilo gótico e algumas influências renascentistas. O mosteiro custou o equivalente a 70 kg de ouro por ano, suportados pelo comércio de especiarias. Os restos mortais de Luís Vaz de Camões, autor de Os Lusíadas, repousam no Mosteiro, e também o grande descobridor Vasco da Gama. Muito perto do Mosteiro dos Jerónimos, encontra-se a Torre de Belém, construção militar de vigia na barra do Tejo, o grande "ex-libris" da cidade de Lisboa e uma preciosidade arquitectónica. Para além disto, é em Bélem que se encontram o Padrão dos Descobrimentos, o Palácio de Belém, residência oficial do Presidente da República, o Museu Nacional dos Coches, o Museu da Electricidade, a Igreja da Memória e o Centro Cultural de Belém.[212][213]

Representante da Lisboa moderna, o Parque das Nações nasceu em 1998, para acolher a exposição mundial Expo 98 subordinada ao tema dos Oceanos. A exposição abriu a 22 de Maio de 1998, dia em que se celebraram os 500 anos da descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama. Com tudo isto, a zona oriental da cidade chamada Parque das Nações tornou-se na zona mais moderna de Lisboa e mesmo de Portugal, e Lisboa ganhou imensas estruturas, como a Torre São Rafael e Torre São Gabriel, ambas com 110 metros de altura, as mais altas estruturas de Lisboa e de Portugal). As principais atracções do bairro são: o Oceanário de Lisboa, o Pavilhão Atlântico, o Pavilhão de Portugal, a Torre Vasco da Gama, a Ponte Vasco da Gama e o Gare do Oriente, do arquitecto Santiago Calatrava.[214]

Os bairros de manufatura e as instalações industriais à beira-rio são o palco de eleição para galerias de arte contemporânea, vida noturna, mercados, restaurantes e museus, como o Museu Nacional do Azulejo ou o Palácio do Grilo.[215][216][217]

Do início do século XVIII o monumento mais significativo é o Aqueduto das Águas Livres.[218] De referir ainda os palácios reais das Necessidades e da Ajuda, na parte Oeste da cidade. Em finais do século XIX os planos urbanísticos permitiram estender a cidade além da Baixa para o vale da actual Avenida da Liberdade. Em 1934 é construída a Praça do Marquês de Pombal, remate superior da avenida.[219]

Gastronomia

editar
 
Pastéis de nata

A gastronomia de Lisboa está influenciada pela sua proximidade do mar. Especialidades tipicamente lisboetas são as pataniscas de bacalhau e os peixinhos da horta. Também se pode desfrutar das saborosas sardinhas (principalmente nas épocas festivas, como no Santo António). O famoso bife à café, é outro ex-libris alimentar da capital. O doce mais famoso de Lisboa, é o pastel de nata, cujos mais famosos são os de Belém, que são feitos numa antiga fabrica na freguesia de Belém. Reza a lenda, que há mais de 500 anos, uma cozinheira, não tinha ingredientes suficientes para fazer um doce, e que resolveu inventar, ai nasceram os pastéis de Belém.[220][221][222]

Desportos

editar

A Meia Maratona de Lisboa realiza-se todos os anos no mês de Março, e conta com a participação de milhares de concorrentes de vários países, profissionais e amadores. Existem sempre dois estilos de provas, uma curta para amadores que não se sintam muito preparados, e uma mais longa para profissionais, e quem quiser arriscar.[223][224]

O futebol é o desporto mais popular de Lisboa. Os clubes de futebol mais destacados são o Sport Lisboa e Benfica (SLB) e o Sporting Clube de Portugal (SCP), conhecidos apenas por Benfica e Sporting respectivamente. Estes clubes jogam nas mais altas modalidades desportivas nacionais e internacionais: o Benfica joga no Estádio da Luz, com 65 mil lugares sentados e com a distinção de 5 estrelas pela UEFA. Já ganhou duas vezes a Liga dos Campeões da UEFA, tendo já chegado um total de 7 vezes à final. Os seus jogadores mais famosos são Eusébio (Bola de Ouro, Bota de Ouro por 2 vezes), Rui Costa (FIFA 100), Nuno Gomes e Simão Sabrosa. O Sporting joga no Estádio José Alvalade, com uma capacidade para 50 mil pessoas com a distinção de 5 estrelas pela UEFA. Vencedor da Taça dos Clubes Vencedores de Taças e finalista, por uma ocasião, da Taça UEFA, é o segundo clube na Europa com mais títulos no conjunto de todas as modalidades, apenas suplantado pelo FC Barcelona, e o terceiro clube europeu com mais taças europeias conquistadas (25).[225]

O futsal é, provavelmente, o segundo desporto mais popular da capital, havendo três equipas profissionais na Liga Sport Zone sediadas na cidade: Sporting CP,[226] SL Benfica[227] e Belenenses.[228] O basquetebol profissional tem cada vez mais seguidores e Lisboa foi a sede do Campeonato Mundial de Basquetebol Sub-19 de 1999, disputado no Pavilhão Atlântico.[229] Na cidade, praticam-se muitos outros desportos, com destaque para os desportos náuticos, como vela, remo e ciclismo, etc.[230]

Ver também

editar

Referências

  1. «Áreas das freguesias, concelhos, distritos e país». Consultado em 5 de novembro de 2018. Arquivado do original em 5 de novembro de 2018 
  2. Rudlin, David; Thompson, Rob; Jarvis, Sarah (2016). Urbanism. [S.l.]: Taylor & Francis. ISBN 978-1-317-21390-1. Consultado em 14 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 14 de janeiro de 2023 
  3. Central Intelligence Agency (2021). The CIA World Factbook 2021-2022. [S.l.]: Simon and Schuster. ISBN 978-1-5107-6382-1. Consultado em 14 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 14 de janeiro de 2023 
  4. H. V. Livermore (1973). Portugal: A Short History. [S.l.]: Edinburgh University Press. ISBN 978-0-85224-207-0. Consultado em 5 de setembro de 2019. Cópia arquivada em 7 de fevereiro de 2023 
  5. Ferreira, Marta Leite. «Lisboa não é a capital de Portugal e outros 9 factos que não aprendeu nas aulas de História». Observador. Consultado em 23 de agosto de 2023 
  6. «Corpo Diplomático em Portugal». Portal Diplomático. Consultado em 23 de agosto de 2023 
  7. «Statistics Portugal - Web Portal». www.ine.pt. Consultado em 23 de agosto de 2023 
  8. Demographia: World Urban Areas Arquivado em 2017-05-17 no Wayback Machine - demographia.com, 06.2021
  9. «The World According to GaWC 2010». Globalization and World Cities Research Network. Consultado em 23 de novembro de 2012. Arquivado do original em 10 de outubro de 2013 
  10. «GaWC - The World According to GaWC 2020». www.lboro.ac.uk. Consultado em 23 de agosto de 2023 
  11. «The World According to GaWC 2010». Globalization and World Cities Study Group and Network, Loughborough University. Consultado em 3 de março de 2009. Arquivado do original em 10 de outubro de 2013 
  12. «Inventory of World Cities». Globalization and World Cities (GaWC) Study Group and Network. Consultado em 1 de dezembro de 2007. Arquivado do original em 14 de outubro de 2013 
  13. TUCKER", "ANDREA MURPHY"," HANK. «The Global 2000 2023». Forbes (em inglês). Consultado em 23 de agosto de 2023 
  14. «Statistics Portugal - Web Portal». www.ine.pt. Consultado em 13 de fevereiro de 2024 
  15. «1. Gross domestic product (GDP) : GDP per capita, USD, current prices and PPPs». stats.oecd.org. Consultado em 13 de fevereiro de 2024 
  16. «Purchasing Power Parities for GDP and related indicators». stats.oecd.org. Consultado em 13 de fevereiro de 2024 
  17. «Global city GDP rankings 2008–2025». Pricewaterhouse Coopers. Consultado em 16 de dezembro de 2009. Arquivado do original em 13 de maio de 2011 
  18. "Ranking: The richest cities in the world" Arquivado em 2019-03-23 no Wayback Machine – City Mayors.com
  19. «Worlds Wealthiest Cities 2023». Henley & Partners (em inglês). Consultado em 23 de agosto de 2023 
  20. "Lisboa é 9ª cidade que mais recebe congressos internacionais" – Agência LUSA
  21. Westphal, Bertrand; Matvejević, Predrag (2001), Le rivage des mythes: une géocritique méditerranéenne, le lieu et son mythe (em francês), Presses Univ. Limoges 
  22. Los indoeuropeos y los orígenes de Europa, Dial.net, base de dados
  23. «Francisco Villar Liébana». Wikipedia, la enciclopedia libre (em espanhol). 5 de março de 2022. Consultado em 24 de outubro de 2022 
  24. Indoeuropeos y no indoeuropeos en la Hispania prerromana
  25. Lemprière, John (1809), A Classical Dictionary: Containing a Copious Account of All the Proper Names Mentioned in Ancient Authors, with the Value of Coins, Weights, and Measures Among the Greeks and Romans, and a Chronological Table (em inglês), T. Cadell and W. Davies 
  26. JULII SOLINI DE MIRABILIBUS MUNDI. CAPITULA XXIII - XXXIV[ligação inativa]
  27. «LacusCurtius • Strabo's Geography — Book III Chapter 2». penelope.uchicago.edu. Consultado em 24 de outubro de 2022 
  28. A odisseia de um mito: diálogos intertextuais em torno da fundação de Lisboa por Ulisses nas literaturas anglófonas – artigo de Rogério Miguel Puga, CETAPS, FCSH, Universidade Nova de Lisboa
  29. O mito de Ulisses ou a queda da História – artigo de Manuel Alves publicado no volume colectivo Literatura Comparada: Os Novos Paradigmas, Porto, Associação Portuguesa de Literatura Comparada, 1996, pp. 569-574 (download)
  30. Francisco Azevedo, Once Upon a Time in Rio: A Novel; Simon and Schuster, 2014. pp. 299. ISBN 1451695578
  31. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. «Quantos nomes já teve Lisboa» 
  32. Ramilo, Maria Celeste (30 de outubro de 2003). «Alfacinha = lisboeta». Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. ciberduvidas.iscte-iul.pt. Consultado em 17 de setembro de 2023 
  33. «Neolítico - 5.000 anos A. C.». revelarlx.cm-lisboa.pt. Arquivado do original em 14 de outubro de 2013 
  34. Ana Araújo, Susana Correia, Fernando Lourenço e Maria Teresa Marques (1986), Roteiros da Arqueologia Portuguesa, Lisboa e Arredores (em francês e inglês), I, Lisboa: I.P.P.C. Depart. Arqueologia 
  35. Daehnhardt, Rainer. «Em Homenagem às Origens da Lusitaneidade». caldeiraodabruxa.homestead.com. Consultado em 4 de junho de 2009. Arquivado do original em 21 de agosto de 2007  [fonte confiável?]
  36. «Conjunto Megalítico de Barreira». Instituto Português do Património Arquitectónico. Consultado em 4 de junho de 2009 [ligação inativa] 
  37. Domingos Almeida]. «Evolução histórica da agricultura» 
  38. Bellard, Carlos Gómez (2003), Ecohistoria del paisaje agrario, la agricultura fenicio-púnica en el Mediterráneo (em espanhol), 1 1 ed. , València: Universitat de València 
  39. Os Primeiros Momentos da Colonização Fenícia na Península Ibérica: uma visão síntese das realidades socioeconómicas de Gadir em contacto com os indígenas – texto de João Pedro Oliveira e Silva, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
  40. «Olisipo – A Cidade Romana (séc. II a.C. – séc. V d.C.)». Consultado em 2 de outubro de 2010. Arquivado do original em 1 de abril de 2010 
  41. O Tejo, palco de interação entre Indígenas e Fenícios – texto de Guilherme Cardoso e José d’Encarnação em Estudo Geral nº 2, setembro 2013
  42. Fundeador romano encontrado em Lisboa é achado extraordinário
  43. Os Primeiros Momentos da Colonização Fenícia na Península Ibérica: uma visão síntese das realidades socioeconómicas de Gadir em contacto com os indígenas – artigo de João Pedro Oliveira e Silva, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
  44. «Historial do Cavalo Puro Sangue Lusitano». Associação Portuguesa do Cavalo Puro Sangue Lusitano. Consultado em 4 de junho de 2009. Arquivado do original em 11 de maio de 2009 
  45. , Sé de Lisboa, CNS:3229, Portal do Arqueólogo
  46. Mattoso, José (dir.), História de Portugal. Primeiro Volume: Antes de Portugal, Lisboa, Círculo de Leitores, 1992.
  47. Lisboa romana – ilustração: O porto de Olissipo. Reconstituição virtual 3D por César Figueiredo
  48. A Muralha de D. Dinis e a Cidade de Lisboa - Fragmentos arqueológicos e evolução histórica – texto de Artur Rocha em Museu do Dinheiro
  49. Novos dados sobre a ocupação pré-romana da cidade de Lisboa: as ânforas da sondagem n.º 2 da Rua de São João da Praça – artigo em Património Cultural
  50. IV Reunió D'Arqueología Cristiana Hispànica, Lisboa, 28-30 de Setembre/1-2 D'octubre de 1992 = Lisboa, 28-30 Setembro/1-2 Outubro 1992 (em catalão), 1 4 ed. , Barcelona: Institut d'Estudis Catalans, 1995 
  51. Carvalho, Cláudia Lima. «Teatro Romano reabre para nos dar mais um pouco da história de Lisboa». Público. Consultado em 24 de outubro de 2022 
  52. «Museu do Teatro Romano conta 23 séculos da vida de Lisboa». www.dn.pt. Consultado em 24 de outubro de 2022 
  53. Museu de Lisboa – teatro romano em Agenda Cultural de Lisboa
  54. Visita Guiada (V), RTP2 – programa de Gabriela Canavilhas em 5 de março 2016
  55. José María Blázquez Martínez. «Fuentes literarias griegas y romanas referentes a las explotaciones mineras de la Hispania romana» (PDF). Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes. Consultado em 28 de julho de 2010 
  56. José María Blázquez Martínez. «Roma y la explotación económica de la Península Ibérica» (PDF). Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes. Consultado em 28 de julho de 2010 
  57. Antonio Blanco Freijeiro e José M. Luzón Nogué. «Mineros antiguos españoles» (PDF). Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes. Consultado em 28 de julho de 2010 
  58. Luís Miguel Duarte. «A Actividade Mineira em Portugal durante a Idade Média» (PDF). Faculdade de Letras do Porto. Consultado em 28 de julho de 2010 
  59. a b «Pequeno Resumo Histórico de Lisboa». Câmara Municipal de Lisboa. Consultado em 2 de julho de 2009 
  60. História (Porto de Lisboa) Com a queda do Império Romano, seguiram-se os Suevos e os Visigodos que controlaram a cidade desde 472. Os mouros tomaram Lisboa – Asch-Bonnah – em 714 e desenvolveram o porto através das suas actividades comerciais mediterrânicas e atlânticas
  61. Gharb Al-Andalus (711 - 1250) Capitulação sem resistência de Évora, Santarém, Lisboa e Coimbra, ante Abdalazize ibne Muça. As regiões a norte do Tejo, até ao Mondego, ficaram também sob regime de autonomia, de natureza idêntica ao antes estabelecido com Teodomiro. A capital desta região foi, durante um século, Coimbra
  62. Al Usbuna: Lisboa islâmica, 711-1147 A tomada de Al-Usbuna pelo poder muçulmano dá-se em 714, quando Aidulfo, pertencente à nobreza visigoda, entrega a cidade por via diplomática a Abd al-Aziz
  63. Michal Warczakowski. «Slavs of Muslim Spain». Site de Michal Warczakowski. Consultado em 28 de julho de 2010 
  64. Merino, Vicente Salas, La Genealogía de Los Reyes de España (em espanhol), 1 4 ed. , Madrid: Editorial Visión Libros 
  65. Eduardo Morais Moreno, Os viquingues em Espanha, nº 12 de História de Iberia Velha, HRH Editores, Madrid, 2006.
  66. Vieira, Alice (1993), Esta Lisboa, Caminho, p. 14 
  67. O Gharb al-Andalus em dois geógrafos árabes do século VII/XIII: Yâqût al-Hamâwî e Ibn Sa 'îd al-Maghribî
  68. Farelo, Mário. ««O padroado régio na diocese de Lisboa durante a Idade Média: uma instituição in diminuendo», Fragmenta Historica – História, Paleografia e Diplomática, 1 (2013), p. 39-107» (em inglês). Consultado em 4 de abril de 2022 
  69. Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (ed.). «Universidade de Coimbra». Consultado em 17 de fevereiro de 2024 
  70. Descrição em Gabinete de Estudos Olissiponenses (CML)
  71. Auto da eleição do rei D. João I, de 6 de Abril de 1385, Fonte: Frei Manuel dos Santos, Monarquia Lusitana, parte 8.ª, págs. 668 e segs. D. António Caetano de Sousa, Provas da História Genealógica da Casa Real Portuguesa, tomo I, págs. 340 e segs, Portal da História, Manuel Amaral 2000-2010
  72. Branco, Camillo Castello (outubro de 2009), Camillo Castello Branco, BiblioBazaar, p. 54 
  73. «Descobrimento: As naus e caravelas portuguesas». Revista Veja. Consultado em 28 de julho de 2010. Arquivado do original em 17 de maio de 2011 
  74. José Alberto Leitão Barata. «Navegando as Margens: Os Limites da Expansão Oriental Portuguesa» (PDF). Museu da Ciência da Universidade de Coimbra. Consultado em 28 de julho de 2010. Arquivado do original (PDF) em 20 de novembro de 2012 
  75. António Conceição Júnior. «Untold History of Portuguese: Men, Weapons and Balls». arscives.com. Consultado em 28 de julho de 2010 
  76. El món urbà a la Corona d'Aragó de 1137 als decrets de nova planta, XVII Congrés d'Història de la Corona d'Aragó (em espanhol), 1 1 ed. , Barcelona: Edicions Universitat Barcelona, 2003 
  77. Rodrigues, Jorge Nascimento; Devezas, Tessaleno (2009), Portugal:o pioneiro da globalização, a Herança das descobertas, 1 1 ed. , Vila Nova de Famalicão: Centro Atlântico 
  78. A quinta avenida do século XVI ficava em Lisboa – notícia do jornal Público, 10/12/2015
  79. Phillips, William D. (1985), Slavery from Roman times to the early transatlantic trade (em inglês), 1 1 ed. , Manchester: Manchester University Press ND 
  80. Epstein, Steven (2001), Speaking of slavery, color, ethnicity, and human bondage in Italy (em inglês), 1, New York: Cornell University Press 
  81. Sawyer, George S. (1859), Southern institutes, or, an inquiry into the origin and early prevalence of slavery and the slave-trade, with an analysis of the laws, history, and government of the institution in the principal nations, ancient and modern, from the earliest ages down to the present time (em inglês), 1, Pensilvânia: J.B. Lippincott & Co. .
  82. Van Sertima, Ivan (1986), African presence in early Europe (em inglês), 7, New Jersey: Transaction Publishers 
  83. Alfonso Pozo Ruiz. «La procedencia de los esclavos negros en Sevilla». personal.us.es. Consultado em 28 de julho de 2010 
  84. Birmingham, David (13 de novembro de 2003), A Concise History of Portugal (em inglês), Cambridge University Press, p. 73 
  85. Holloway, Thomas H. (21 de março de 2011), A Companion to Latin American History (em inglês), 101: John Wiley & Sons 
  86. Hespanha, António Manuel. As estruturas políticas em Portugal na Época Moderna. IN: TENGARRINHA, José e (org.) História de Portugal. São Paulo: EDUSC/ UNESP, 2001, p. 139-147. FRANÇA, Eduardo D’Oliveira. Portugal na época da Restauração. São Paulo: Editora HUCITEC, 1997.
  87. Judaísmo em Portugal Arquivado em 10 de março de 2013, no Wayback Machine. – artigo de Carlos Fontes sobre a Inquisição]
  88. O Último Auto-de-Fé Arquivado em 15 de fevereiro de 2016, no Wayback Machine. em Diário Universal
  89. Episódios dramáticos da Inquisição portuguesa – livro de António Baião
  90. A Inquisição como saber – artigo de Sónia Siqueira em Biblioteca digital, Faculdade de Letras da Universidade do Porto
  91. Quem tem medo da Inquisição portuguesa? – artigo de Isabel Salema, jornal Público, 12 abril 2013
  92. RTP, ed. (2018). «Aqueduto das Águas Livres e a inspiração do Tratado de Vitrúvio». Consultado em 17 de fevereiro de 2024 
  93. Enciclopédia Britânica (ed.). «Lisbon earthquake of 1755». Consultado em 27 de agosto de 2018 
  94. RTP, ed. (1999). «A reconstrução de Lisboa». Consultado em 17 de fevereiro de 2024 
  95. Leonídio Paulo Ferreira (7 de novembro de 2016). Diário de Notícias, ed. «"D. João V é quase um rei-sacerdote, por intermédio do seu capelão, que é o patriarca"». Consultado em 17 de fevereiro de 2024 
  96. Gomes, Laurentino (27 de agosto de 2014). 1808: Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. [S.l.]: Globo Livros 
  97. Carlos Câmara Leme (13 de janeiro de 2000). Público, ed. «Um clube privado no Chiado». Consultado em 17 de fevereiro de 2024 
  98. «Governo de João Franco (1906) site do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas». Consultado em 4 de julho de 2017. Arquivado do original em 28 de setembro de 2003 
  99. a b «Primeira República - Biografia de João de Canto e Castro». www.leme.pt. Consultado em 30 de agosto de 2010 
  100. «História do Concelho». CM Chaves 
  101. «O 8 de Julho de 1912». SAPO. A Monarquia Portuguesa 
  102. Max Altan (14 de dezembro de 2021). Opera Mundi, ed. «Hoje na História: 1918 - Ditador português Sidónio Pais é assassinado em Lisboa». Consultado em 17 de fevereiro de 2024 
  103. Vitor Amorim de Angelo. UOL, ed. «Estado Novo em Portugal - Regime salazarista foi marcado pelo autoritarismo». Consultado em 17 de fevereiro de 2024 
  104. O discurso da vida de Soares no comício da Fonte Luminosa, artigo no jornal Diário de Notícias, 19 de julho, 2005
  105. Arquivo na RTP Memória
  106. Os cinquenta momentos políticos mais importantes depois do 25 de Abril (1974-2005) – no arquivo do Universidade de Coimbra
  107. Horst Hano, repórter da ARD na Península Ibérica entre 1974 e 1979 (em alemão). Ver todas as fontes no artigo Horst Hano
  108. «Cronologia de Lisboa». Câmara Municipal de Lisboa. Consultado em 2 de janeiro de 2009 
  109. Pelle, Kimberley D (2008). «Lisbon 1998». In: Findling, John E. Encyclopedia of World's Fairs and Expositions. [S.l.]: McFarland & Company, Inc. p. 389. ISBN 978-0-7864-3416-9 
  110. «Geografia de Lisboa». Consultado em 2 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 7 de dezembro de 2008 
  111. «Futuro terminal de contentores será no Barreiro». TransportesEmRevista. Consultado em 24 de janeiro de 2016 
  112. «Lisbon South Bay: a margem sul tem novo nome?». Observador. Consultado em 24 de janeiro de 2016 
  113. Vitor C. M. Durão (2012). Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos, ed. «Análise Urbana de Territórios Construídos Os Aterros na Baixa e na Frente Ribeirinha de Lisboa, Portugal» (PDF). Consultado em 17 de fevereiro de 2024 
  114. Titulo: Orientações climáticas para o ordenamento em Lisboa. Unidade de Investigação: Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa. Área de Investigação de Geo-Ecologia Arquivado em 5 de junho de 2013, no Wayback Machine. Arquivado em 5 de junho de 2013, no Wayback Machine.
  115. «Clima de Portugal Continental». Instituto Português do Mar e da Atmosfera > Área Educativa > Clima em Portugal. 1961–1990. Consultado em 8 de maio de 2010 
  116. «Temperatura minima em Lisboa». Consultado em 4 de agosto de 2018 
  117. «Temperatura máxima em Lisboa, estação G.Coutinho e Tapada». Consultado em 4 de agosto de 2018 
  118. «Normais Climatológicas - 1981-2010 - Lisboa, Geofísico». Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Consultado em 10 de agosto de 2012 
  119. «Esqueçam a Segunda Circular. Vem aí a segunda maior avenida de Lisboa». Jornal Expresso. Consultado em 24 de janeiro de 2016 
  120. «Lisboa tem melhor qualidade do ar, mas ainda é muito poluída, dizem indicadores | O Corvo | sítio de Lisboa». Consultado em 24 de janeiro de 2016. Arquivado do original em 2 de fevereiro de 2016 
  121. «CP com novos horários e linhas a partir de domingo». Observador. Consultado em 24 de janeiro de 2016 
  122. Seara.com. «CARRIS lança 3ª Fase Rede 7 - Renovação da Rede». carris.transporteslisboa.pt. Consultado em 24 de janeiro de 2016 
  123. «Parque Florestal de Monsanto - Lisboa». Lifecooler. Consultado em 28 de julho de 2010. Arquivado do original em 13 de julho de 2011 
  124. «Situação Demográfica de Lisboa». Consultado em 24 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 13 de julho de 2010 
  125. Maria Lucinda Fonseca (1990), População e Território - do Pais à Área Metropolitana, Memórias do Centro de Estudos Geográficos, Lisboa: Universidade de Lisboa/Instituto Nacional de Investigação Cientifica 
  126. a b «Lisboa é o município com mais população residente». Diário de Notícias. 29 de maio de 2007. Consultado em 2 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 23 de fevereiro de 2009 
  127. «Diagnóstico - O envelhecimento da população da cidade de Lisboa». Presidência da República Portuguesa. Consultado em 24 de janeiro de 2009 
  128. «Estudo sobre o envelhecimento em Portugal: Resultados preliminares» (PDF). Vº Congresso Português de Sociologia. Consultado em 24 de janeiro de 2009. Arquivado do original (PDF) em 3 de novembro de 2011 
  129. «Censos 2021 - resultados definitivos». Instituto Nacional de Estatística. 23 de novembro de 2022 
  130. Instituto Nacional de Estatística (ed.). «Quadros resumo». Consultado em 26 de fevereiro de 2024 
  131. Instituto Nacional de Estatística (ed.). «Tabela». Consultado em 26 de fevereiro de 2024 
  132. a b Joana Gorjão Henriques e Natália Faria (6 de dezembro de 2018). Público, ed. «Budistas já são tantos como os muçulmanos na Grande Lisboa, diz estudo». Consultado em 26 de fevereiro de 2024 
  133. «Política de Lisboa». Consultado em 2 de janeiro de 2009 
  134. «Política de Lisboa - parte 2». Consultado em 2 de janeiro de 2009 
  135. Assembleia Municipal de Lisboa (ed.). «A Casa da Cidadania». Consultado em 18 de fevereiro de 2024 
  136. «Fernando Medina toma posse no dia 26 de Outubro». 16 de outubro de 2017. Consultado em 3 de dezembro de 2017 
  137. Câmara Municipal de Lisboa. «Zonas de gestão (Unidades de Intervenção Territorial)». Consultado em 30 de dezembro de 2014 
  138. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa «Geminações». www.anmp.pt. Associação Nacional de Municipios Portugueses. Consultado em 5 de outubro de 2023 
  139. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac ad ae af ag ah ai aj ak al am an ao ap aq «Relações internacionais». cm-lisboa.pt. Câmara Municipal de Lisboa. Consultado em 5 de outubro de 2023 
  140. [https://web.archive.org/web/20130510114810/http://www.munimadrid.es/UnidadWeb/Contenidos/EspecialInformativo/RelacInternac/RRII/HermanamientosyAcuerdos/Files/hermanamiento_UCCI.pdf Acordo Cidades Iberoamericanas
  141. «Lista de hermanamientos y convenios» (PDF). www.buenosaires.gov.ar (em espanhol). Gobierno de la Ciudad Autónoma de Buenos Aires. Consultado em 2 de julho de 2009 [ligação inativa] 
  142. Deliberação n.º 48/AML/2023 - Proposta n.º 181/CM/2022 - Suspensão da eficácia do Protocolo de Amizade e Cooperação entre a cidade de Lisboa e a cidade de Moscovo, nos termos da proposta
  143. João Ferrão (1988). Annales de Géographie, ed. «A Indústria em Portugal: estruturas produtivas e sociais em contextos regionais diversificados». Consultado em 18 de fevereiro de 2024 
  144. «GDP per inhabitant in 2004» (PDF). Eurostat. Consultado em 31 de outubro de 2013. Arquivado do original (PDF) em 26 de março de 2009 
  145. «GDP per inhabitant in 2007» (PDF). Eurostat. Consultado em 31 de outubro de 2013. Arquivado do original (PDF) em 29 de maio de 2010 
  146. «Global city GDP 2011». Brookings Institution 
  147. Universidade de Lisboa (ed.). «História». Consultado em 18 de fevereiro de 2024 
  148. Universidade Nova de Lisboa (ed.). «História». Consultado em 18 de fevereiro de 2024 
  149. Instituto Politécnico de Lisboa (ed.). «Missão e valores». Consultado em 18 de fevereiro de 2024 
  150. «Inscritos em cursos de ensino superior por subsistema de ensino». Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Consultado em 20 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 23 de junho de 2009 
  151. Maria Ramos Silva, Raquel Dias da Silva e Beatriz Magalhães (12 de janeiro de 2024). Time Out, ed. «Dos códices e incunábulos ao Harry Potter: uma viagem pelas bibliotecas em Lisboa». Consultado em 18 de fevereiro de 2024 
  152. Carla Guerra (9 de julho de 2007). Diário de Notícias, ed. «Alemanha e Dinamarca vão construir maior ponte da Europa». Consultado em 21 de julho de 2013. Arquivado do original em 2 de novembro de 2013 
  153. a b «Lisboa, a Capital de Portugal». Portal do Ipiranga. Consultado em 2 de junho de 2009. Arquivado do original em 2 de abril de 2009 
  154. a b Ricardo Ribeiro e Sérgio Santos. «Os Grandes Empreendimentos Nacionais» (PDF). Instituto Superior de Engenharia de Coimbra. Consultado em 2 de junho de 2009. Arquivado do original (PDF) em 19 de junho de 2009 
  155. «Descobre o Parque das Nações - Ponte Vasco da Gama». Portal das Nações. Consultado em 2 de junho de 2009. Arquivado do original em 17 de maio de 2009 
  156. «Trans-European Transport Networkp Progamme 2007-2013». Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações. Consultado em 2 de junho de 2009. Arquivado do original em 22 de maio de 2011 
  157. Dinis, Filipe. «Nova ponte sobre o Tejo vai ligar Chelas ao Barreiro». JPN: Jornal Porto Net. Consultado em 2 de junho de 2009. Arquivado do original em 16 de outubro de 2011 
  158. Companhia Carris de Ferro de Lisboa. «História». Consultado em 3 de janeiro de 2009 
  159. «Novo terminal de transportes inaugurado hoje em Sete Rios - Portugalmail Notícias». noticias.portugalmail.pt. Consultado em 3 de junho de 2009 [ligação inativa] 
  160. «[Terminal de Sete Rios é inaugurado hoje ]». www.portugal-hotels.org. Consultado em 3 de junho de 2009 
  161. Silva, Nuno Miguel. «Menos 60 mil carros por dia em Lisboa». Diário Económico. Consultado em 3 de junho de 2009. Arquivado do original em 18 de janeiro de 2012 
  162. Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, ed. (fevereiro de 2021). «Concessões das Infraestruturas Rodoviárias - Portugal 2019» (PDF). Consultado em 18 de fevereiro de 2024 
  163. ANA Aeroportos de Portugal. «Aeroporto de Lisboa - Apresentação». Consultado em 3 de janeiro de 2009 [ligação inativa] 
  164. «Aeroporto de Lisboa - Procura e Capacidade» (PDF). ANA Aeroportos de Portugal. Consultado em 3 de janeiro de 2009 
  165. «Passageiros no aeroporto de Lisboa aumentaram 7,7 % em Janeiro». LUSA - Agência de Notícias de Portugal. 7 de Fevereiro de 2008. Consultado em 3 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 2 de novembro de 2013 
  166. a b «Aeroporto internacional da Portela - Lisboa». Aeroportos do Mundo. Consultado em 2 de junho de 2009 [ligação inativa] 
  167. «O Porto de Lisboa». www.Porto de Lisboa. Consultado em 2 de junho de 2009 
  168. «Porto de Lisboa». Info Cruzeiros. Consultado em 2 de junho de 2009 
  169. «Publicação: 19.02.2009». ANACOM. Consultado em 2 de junho de 2009 
  170. Fortunato, Martinho. «Marinas e Portos de Recreio na Rota do Crescimento Económico» (PDF). Consultado em 2 de junho de 2009. Arquivado do original (PDF) em 19 de junho de 2009 
  171. «Transtejo e Soflusa - Os Nossos Terminais». www.transtejo.pt. Consultado em 2 de junho de 2009. Arquivado do original em 21 de março de 2016 
  172. «Metropolitano de Lisboa - Diagrama da rede». www.metrolisboa.pt3. Junho de 2009. Consultado em 2 de junho de 2009. Arquivado do original em 28 de setembro de 2009 
  173. «Lisboa :: CP :: (Versão Portuguesa)». www.cp.pt. Consultado em 3 de junho de 2009 
  174. «FERTAGUS - O Comboio da Ponte». www.fertagus.pt. Consultado em 3 de junho de 2009 
  175. Metropolitano de Lisboa. «Um pouco de História». Consultado em 3 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 21 de dezembro de 2008 
  176. «Transportes de Lisboa». Câmara Municipal de Lisboa. Consultado em 3 de janeiro de 2009 
  177. Comboios de Portugal. «História». Consultado em 3 de junho de 2009 
  178. a b Jodidio, Philip. «Gare do Oriente». pt.shvoong.com. Consultado em 3 de junho de 2009 
  179. «Bem vindo a Lisboa». www.seelearningcenter.pt. Consultado em 3 de junho de 2009 [ligação inativa] 
  180. «Vida em Lisboa». Universidade Aberta. Consultado em 3 de junho de 2009. Arquivado do original em 21 de junho de 2009 
  181. «Guia do Lazer - elevador da Bica». O Público. Consultado em 3 de junho de 2009 
  182. «Locais a Visitar: Elevador da Glória». www.strawberryworld-lisbon.com. Consultado em 3 de junho de 2009. Arquivado do original em 20 de julho de 2008 
  183. «Lextec - Elevador do Lavra, Ascensor do Lavra». Instituto Camões. Consultado em 3 de junho de 2009 
  184. «Elevador de Santa Justa». Guia do Lazer. Consultado em 3 de junho de 2009. Arquivado do original em 23 de novembro de 2004 
  185. «Frota da Carris, página oficial» 
  186. «ceap-04-rede-ciclavel-lisboa2007-tipologia.pdf (Objecto application/pdf)» (PDF). isa.utl.pt. Consultado em 2 de maio de 2010 
  187. «Futuro hospital de Lisboa vai ser maior do que inicialmente previsto». Consultado em 15 de agosto de 2015 
  188. Serviço Nacional de Saúde, ed. (3 de agosto de 2017). «Novos Centros de Referência». Consultado em 18 de fevereiro de 2024 
  189. a b Time Out, ed. (25 de janeiro de 2023). «Os melhores museus em Lisboa». Consultado em 18 de fevereiro de 2024 
  190. a b O fado é o coração: o corpo, as emoções e a performance no fadoEtnográfica
  191. a b Eu sou em quase tudo um francês: o rechaço de Eça de Queiroz ao Fado português na formulação de um projeto político para a nação
  192. O fado e as regras da arte: autenticidade, pureza e mercado
  193. Cardoso, Joana Amaral. «Se o fado era uma cantadeira, agora também é uma diva cosmopolita». PÚBLICO. Consultado em 24 de outubro de 2022 
  194. História do Fado (Museu do Fado)
  195. Time Out, ed. (25 de junho de 2018). «Os melhores museus em Lisboa». Consultado em 18 de fevereiro de 2024 
  196. «"Espectáculos de DANÇA -». www.cidadevirtual.pt. Consultado em 24 de outubro de 2022 
  197. «Rock in Rio». Consultado em 27 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 23 de outubro de 2011 
  198. «Rock in Rio 2010». Consultado em 27 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 3 de novembro de 2008 
  199. «Feriados Nacionais e Municipais». Associação Comercial de Aveiro. Consultado em 27 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 24 de dezembro de 2008 
  200. Carlos Leite Ribeiro. «Marchas Populares de Lisboa». Consultado em 27 de janeiro de 2009 
  201. a b c «50º Aniversário dos Casamentos de Santo António». A Nossa Lisboa, newsletter alfacinha. 11 de junho de 2008. Consultado em 27 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 22 de dezembro de 2008 
  202. «A longa noite em que Lisboa desce a Avenida». Consultado em 27 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 29 de fevereiro de 2008 
  203. «Natal em Lisboa». Consultado em 27 de janeiro de 2009 
  204. «Natal em Lisboa». Câmara Municipal de Lisboa. Consultado em 27 de janeiro de 2009 
  205. «Ano Novo». Camara Municipal de Lisboa. Consultado em 27 de janeiro de 2009 
  206. «Ano Novo 2». Consultado em 27 de janeiro de 2009 
  207. «Carnaval na Baixa Pombalina». Consultado em 27 de janeiro de 2009 
  208. «Moda Lisboa». Consultado em 27 de janeiro de 2009 
  209. «Lisbonarte». Consultado em 27 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 3 de fevereiro de 2009 
  210. «Feira do Livro de Lisboa já abriu». Expresso. Impresa. 24 de abril de 2012. Consultado em 21 de junho de 2012 
  211. «Luzboa». Consultado em 27 de janeiro de 2009 
  212. UNESCO (ed.). «Monastery of the Hieronymites and Tower of Belém in Lisbon». Consultado em 18 de fevereiro de 2024 
  213. Comissão Nacional da Unesco (ed.). «Mosteiros dos Jerónimos e Torre de Belém em Lisboa». Consultado em 18 de fevereiro de 2024 
  214. Portal das Nações (ed.). «O Projeto». Consultado em 18 de fevereiro de 2024 
  215. Revista, Visão (Junho de 2018). «Tudo o que há para ver e fazer de Marvila ao Beato,». Visao. Consultado em 14 de janeiro de 2020 
  216. Revista, TimeOut (Dezembro de 2019). «Roteiro perfeito em Marvila,». TimeOut. Consultado em 14 de janeiro de 2020 
  217. «Lisboa: ocírculo alternativo das galerias de arte». Jornal de Negócios. Maio de 2017. Consultado em 14 de janeiro de 2020 
  218. «Rotas & Destinos». www.rotas.xl.pt. Consultado em 3 de junho de 2009. Arquivado do original em 2 de junho de 2008 
  219. «Praça Marquês de Pombal». RevelarLX. Consultado em 3 de junho de 2009 
  220. «História». Pastéis de Belém. 23 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de outubro de 2023 
  221. Santos, Luís J. (24 de fevereiro de 2023). «Melhor pastel do mundo? O de Belém. E depois o pastel de nata». PÚBLICO. Consultado em 7 de outubro de 2023 
  222. estadaoconteudo. «Pastel de nata é protagonista em lugares tipicamente portugueses». Terra. Consultado em 7 de outubro de 2023 
  223. «Meia Maratona de Lisboa 2008». Consultado em 2 de janeiro de 2009 
  224. «Classificações da Meia Maratona de Lisboa 2008». Consultado em 2 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 3 de outubro de 2008 
  225. «Taça Challenge em andebol é o 25.º título». Consultado em 18 de julho de 2017 
  226. Sporting CP (ed.). «Resumo». Consultado em 25 de fevereiro de 2024 
  227. «Top 11 football clubs with futsal sections». futsallfeed.com. Consultado em 8 de abril de 2020 
  228. «Belenenses vence Benfica e conquista Taça de Portugal». Publico. 8 de maio de 2010. Consultado em 7 de outubro de 2012 
  229. Record, ed. (27 de julho de 1999). «Basquetebol: Final do Mundial de juniores lotou Pavilhão Atlântico». Consultado em 25 de fevereiro de 2024 
  230. Visit Lisboa (ed.). «Desportos». Consultado em 25 de fevereiro de 2024 

Bibliografia

editar

  • Camarinhas, Catarina (2012), L'urbanisme de Lisbonne, ISBN 978-2-296-47915-9, Paris: L'Harmattan 
  • Melo, João De (2005), Como visitar Lisboa, ISBN 972-8757-02-6, Lisboa, Infoportugal S.A. 
  • Fin de Semana: Lisboa, ISBN 84-345-0466-9, Barcelona: Salvat Editores, S.A., 2006 
  • Lisboa S.A., ISBN 84-666-2523-2, Barcelona: Ediciones B S.A., 2006 
  • França, José Augusto (2008), Lisboa: História Física e Moral, ISBN 978-972-24-1612-2, Lisboa: Livros Horizonte 
  • Gea, Juan Carlos (2005), El Temblor (Lisboa, sábado de santos de 1755), ISBN 84-9704-205-0 (em espanhol), Gijón: Ediciones TREA 
  • Lisboa, ISBN 9788498010282 (em espanhol), Barcelona: Blume, 2005 
  • Lisboa 2006 (Guías Visuales), ISBN 84-03-50156-0, Madrid: Aguilar, S.A. de Ediciones-Grupo Santillana, 2006 
  • Sainz Guerra, José-Luis (coord.), "La remodelación de la ciudad europea", Valladolid, 2007, ISBN 978-84-8448-417-2, Publicações da Universidade de Valladolid

Ligações externas

editar
Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
  Definições no Wikcionário
  Citações no Wikiquote
  Categoria no Commons
  Categoria no Wikinotícias
  Guia turístico no Wikivoyage
Câmara Municipal      Outros