Tentativa de golpe de Estado no Brasil em 2022–2023

série de articulações de membros do governo Bolsonaro e membros das forças armadas visaram a subversão do processo de transição do poder para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva

A tentativa de golpe de Estado no Brasil em 2022–2023 foi uma série de articulações de integrantes do governo Jair Bolsonaro e das Forças Armadas ao longo e após as eleições presidenciais de 2022 com o objetivo de subverter o processo de transição do poder ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, para manter Jair Bolsonaro na presidência.

Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Almir Garnier Santos e Walter Braga Netto (de cima para baixo em sentido horário) estão entre os principais nomes envolvidos na tentativa de golpe de Estado.

Os atos planejados incluíam a detenção de membros do judiciário, o fechamento de instituições de Estado, como o Congresso Nacional,[1][2] e o cometimento de atentados contra a vida de Lula, do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Os planos, evidências e indivíduos envolvidos na tentativa de um golpe de Estado foram gradativamente revelados em investigações conduzidas por órgãos públicos e pela imprensa nos anos de 2023 e 2024.[3][4]

Em novembro de 2024, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e diversos ex-integrantes de seu governo por tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, tentativa de golpe de estado e organização criminosa.

Contexto

No âmbito do Governo Jair Bolsonaro e da ideologia do bolsonarismo, a figura líder destaca-se por promover repetidos ataques às instituições democráticas, sobretudo à corte constitucional,[5][6] por fazer maciça divulgação de notícias falsas[7] e por defender as práticas de tortura e assassinatos cometidos pela ditadura militar brasileira.[8]

Desinformação sobre o sistema eleitoral

As notícias falsas (ou fake news) são um elemento com especial proeminência no período. Embora notícias falsas no país não sejam fenômeno novo, o acesso generalizado a ferramentas digitais de comunicação e a facilidade de disparos em massa conferiram às notícias falsas nas eleições no Brasil em 2022 protagonismo nos debates eleitorais. Em função da retrospecto do pleito de 2018, foram foco de ações de contenção por parte de tribunais, legisladores e empresas de comunicação.

As eleições gerais no Brasil em 2018 foram profundamente marcadas pela propagação em massa dessas notícias fraudulentas.[9] O uso de aplicativos de mensagens instantâneas como o WhatsApp e a abrangência de redes sociais como Facebook e Twitter permitiu, mais do que em outros anos, o espalhamento rápido e abrangente de todo tipo de conteúdo, incluindo notícias falsas criadas para parecerem verdadeiras e direcionadas a manipular a opinião pública quanto a partidos e candidatos.[10] Notícias falsas como a do alegado kit gay e da suposta distribuição de mamadeira de piroca se notabilizaram e acabaram sendo usados por candidatos em campanha mesmo após oficialmente desmentidos.[11]

As redes sociais, além do meio para divulgação, contribuíram para o impulsionamento de notícias falsas com o uso de robôs para elevação da visibilidade das postagens,[12] além da possibilidade de pagamento pelo impulsionamento patrocinado do conteúdo.[13] As redes sociais também forneceram a geradores de informação falsa dados de comportamento e preferências de usuários que permitiram criar conteúdo direcionado a extratos da população particularmente suscetíveis a serem influenciados por determinados tipos de conteúdo, com atuação semelhante à da Cambridge Analytica, que, embora não tenha efetivado participação nas eleições de 2018,[14] teve o caso de seu uso de dados do Facebook para manipular eleições nos EUA como inspiração para estratégias de desinformação adotadas no Brasil.[15]

Mudanças sucessivas nos algoritmos para privilegiar conteúdos também levaram à potencialização da disseminação de notícias falsas: o Facebook, por exemplo, implementou em 2018 algoritmos que reduzem a visibilidade das postagens de veículos de imprensa, ainda que o usuário siga estes. Isso significa que a postagem elaborada por um indivíduo, independente do conteúdo, tem mais alcance do que notícias reais.[16] Muitos dos processos de manipulação de votos via fake news veio à tona durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, realizada pelo Congresso Nacional do Brasil nos anos seguintes após ser instaurada em 2019.[17]

Apoio à ditadura militar, tortura e intervenção militar constitucional

 
Manifestantes invadem o Congresso Nacional pedindo intervenção militar em 2016.

No Brasil, intervenção militar constitucional é a hipótese, improcedente e sem fundamento jurídico,[18][19][20][21] de que as Forças Armadas pudessem assumir provisoriamente o governo do país, supostamente para assegurar a manutenção "da lei e da ordem" em momentos de ruptura institucional, sem que isso constituisse um golpe militar. Proponentes alegam que uma intervenção seria respaldada pelo Art. 142 da Constituição de 1988, e a hipótese é frequentemente defendida por militantes políticos para defender, de forma supostamente legal, o fechamento ou "intervenção militar" sobre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

A expressão "intervenção militar constitucional" surge frequentemente em momentos de instabilidade no país, tendo sido invocada em protestos contra o governo Dilma Rousseff,[22] durante a greve dos caminhoneiros no Brasil em 2018[23] e em diversos momentos durante o governo Jair Bolsonaro,[24] sendo ocasionalmente invocada pelo próprio presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores durante a tentativa de golpe de Estado no Brasil em 2022–2023.[25][26]

Supremo Tribunal Federal como alvo

Em outubro de 2018, circulou nas redes sociais um vídeo de Eduardo Bolsonaro feito em 9 de julho do mesmo ano em um curso no município de Cascavel, no Paraná, para interessados em prestar concursos públicos. Durante a filmagem, que foi postada no YouTube, o deputado é questionado sobre como reagiria caso o Supremo Tribunal Federal (STF) indeferisse a candidatura de seu pai, Jair Bolsonaro. Eduardo afirmou no vídeo que o bastaria "um cabo e um soldado" se alguém "quiser fechar o STF". Em sua fala na íntegra, o parlamentar disse: "Mas se o STF quiser arguir qualquer coisa, sei lá – recebeu uma doação ilegal de cem reais do José da Silva… pô, impugna a ação dele… a candidatura dele. Eu não acho isso improvável, não. Mas aí vai ter que pagar para ver. Será que eles vão ter essa força mesmo? O pessoal até brinca lá, cara: 'se quiser fechar o STF, você sabe o que você faz? Você não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo'. Não é querer desmerecer o soldado e o cabo, não. O que que é o STF, cara? Tira o poder da caneta de um ministro do STF, o que ele é na rua? Você acha que a população… Se você prender um ministro do STF, você acha que vai ter uma manifestação a favor dos ministros do STF?".[27]

Em um vídeo gravado três dias depois, durante uma audiência pública sobre o voto impresso na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, em 12 de julho, Eduardo Bolsonaro voltou a questionar a autoridade do STF e mencionou uma "ruptura mais dolorosa". "Eu acredito que caso o próximo presidente venha a tomar medidas e aprovar projetos que sejam contrários ao gosto desse Supremo, eles vão declarar inconstitucional. E, aqui, a gente não vai se dobrar a eles não. Eu quero ver alguém reclamar quando estiver no momento de ruptura mais dolorosa do que colocar dez ministros a mais na suprema corte. Se este momento chegar, quero ver quem vai para rua fazer manifestação pelo STF, quem vai pra rua dizer 'ministro X, volte, estamos com saudades' [...] A gente brinca aqui que juiz acha que tem o rei na barriga e que o ministro da Suprema Corte tem certeza que tem o rei na barriga. Tem que mudar isso daí", afirmou o deputado federal. Em um artigo publicado no dia 19 de junho deste ano pelo jornal goiano Hora Extra, intitulado "Pensar fora da caixinha para derrubar a ditadura do STF", Eduardo Bolsonaro já havia atacado as decisões do STF e afirmado ser necessária uma "contrarrevolução" contra a principal instituição do Judiciário.[28]

Em reação, os ministros do Supremo Dias Toffoli, Celso de Mello, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes criticaram fortemente as declarações do deputado federal.[29][30] O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também usou as redes sociais para expressar seu repúdio.[31] O Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) pediram que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigasse a declaração do deputado.[32][33][34] João Otávio de Noronha, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), disse, no entanto, que houve "superdimensionamento" da declaração e que "não vê interesse de ameaça".[29] Em sua defesa, Eduardo Bolsonaro disse que "nunca defendeu o fechamento do STF", que "pede desculpas" caso tenha "ofendido ou atingido alguém" e que respondeu "a uma hipótese esdrúxula, onde Jair Bolsonaro teria sua candidatura impugnada pelo STF sem qualquer fundamento".[35] Jair Bolsonaro, por sua vez, disse que "quem falou em fechar o STF tem que consultar um psiquiatra".[36] Posteriormente, declarou: "Eu também, em nome dele, peço desculpas ao Poder Judiciário. Não foi a intenção dele atacar quem quer que seja. E eu espero que, como todos nós podemos errar, que os nossos irmãos do Poder Judiciário deem por encerrada essa questão." Bolsonaro também enviou uma carta ao ministro Celso de Mello onde afirma que o Supremo "é o guardião da Constituição" e que "todos temos de prestigiar a Corte".[28]

 
Nota à Nação Brasileira por Augusto Heleno

Uma matéria da revista Piauí de agosto de 2020, afirmou que durante uma das piores crises entre o executivo e o judiciário, o presidente se reuniu a portas fechadas com Walter Braga Netto, Luiz Eduardo Ramos e Augusto Heleno. A reunião, que teria acontecido no dia 22 de maio de 2020, teve como estopim o fato do ministro Celso de Mello consultar a Procuradoria-Geral da República para saber se deveria ou não mandar apreender o celular do presidente e do seu filho, o então vereador Carlos Bolsonaro.[37] Bolsonaro queria mandar tropas do exército para o Supremo Tribunal Federal porque os ministros, na sua opinião, estavam passando dos limites em suas decisões e diminuindo sua autoridade. Ao chegar no Supremo Tribunal Federal, a ideia era que os militares destituiriam os atuais onze ministros e os substitutos, militares ou civis, seriam então nomeados por Bolsonaro, ficando no cargo "até que aquilo esteja em ordem", segundo as palavras do presidente.[37] Na tentativa de acalmar os ânimos do presidente da República, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno, que também é general da reserva do Exército Brasileiro, escreveu no mesmo dia em seu Twitter uma nota na qual citava os acontecimentos e fazia ameaças veladas ao Supremo Tribunal Federal.[37][38] A nota gerou grande repercussão e diversas críticas tanto por parte da sociedade civil como de entidades e congressistas.[39]

Em 30 de maio de 2020, uma milícia pró-Bolsonaro intitulada "300 do Brasil", comandado por Sara Winter e formado por, pelo menos, 30 pessoas, marchou em direção ao Supremo Tribunal Federal carregando tochas e fogos de artifícios com ameaças. As imagens repercutiram nas redes sociais com várias associações a movimentos neonazistas e a KKK, além de comparações com a marcha neonazista de 2017 em Charlottesville, nos Estados Unidos e a de 2020 em Quieve, na Ucrânia.[40][41] Mais tarde, essa mesma milícia tentou invadir o Congresso Nacional em 13 de junho de 2020,[42] mas sua líder mais cinco outros de integrantes foram presos por formação de organização criminosa em 15 de junho de 2020; todos também alvos do Inquérito das Fake News.[43]

Em 31 de maio de 2020, em meio ao acirramento das relações entre o governo e o Supremo Tribunal Federal (STF), alguns manifestantes carregaram faixas com os dizeres "abaixo à ditadura do STF" e "intervenção militar". Havia ainda uma bandeira que pede "intervenção no STF". Em transmissão ao vivo desde suas redes sociais, o presidente sobrevoou o local de helicóptero e acenou para os manifestantes. Depois que a aeronave pousou, Bolsonaro, sem usar máscara, percorreu o cercado onde se aglomeravam os manifestantes, contrariando as orientações de autoridades sanitárias para manter distanciamento social por causa do novo coronavírus. O mandatário também pegou uma criança no colo. Imagens transmitidas pela CNN Brasil mostraram que o presidente ainda andou a cavalo durante a manifestação. Bolsonaro ficou por cerca de 25 minutos no local e dirigiu-se ao Palácio da Planalto, antes de retornar ao Palácio da Alvorada. A manifestação foi convocada por redes sociais e a concentração começou por volta das 10h. O presidente chegou ao local por volta das 12h.[44]

 
O presidente Jair Bolsonaro e autoridades militares, em dezembro de 2020

Em março de 2021, a pandemia de COVID-19 no Brasil se agravou,[45][46] a popularidade de Bolsonaro caiu e aumentou a rejeição de Bolsonaro no que diz respeito à sua gestão do combate à pandemia.[47] No mesmo mês, o presidente questionou junto ao STF normas de restrição de atividades decretadas por governadores, sob o argumento de que caracterizavam medidas de exceção, como Estado de Defesa e Estado de Sítio, que só podiam ser decretadas por ele.[48] A ação foi rejeitada pela mais alta corte.[49] Ao observar a ação proposta, o professor de direito Wallace Corbo opinou: "Com essa ação no STF o que ele tenta fazer é, por um lado afastar a responsabilidade dele pelo estado de crise e, por outro, legitimar a atuação dele caso queira no futuro decretar um estado de sítio para conter críticas e conter a oposição."[50] De acordo com informações relatadas por militares, Bolsonaro propôs ao ministro Fernando Azevedo e Silva que as Forças Armadas pressionassem o Congresso para que o Estado de Defesa fosse aprovado, uma ideia que Azevedo e Silva rejeitou.[51][52] Bolsonaro negou a Luiz Fux, presidente do STF, que tivesse a intenção de decretar Estado de Sítio.[53] No entanto, no mesmo período, o gabinete do presidente Bolsonaro enviou ofício a diversos órgãos da administração pública para que analisassem uma representação que sugeria a decretação de Estado de Defesa e a intervenção federal em governos estaduais, supostamente para apurar desvios de recursos públicos. O envio do documento foi considerado "apenas uma praxe" por auxiliares da Presidência.[54] Em 29 de março, Bolsonaro demitiu Azevedo e Silva do cargo de ministro da Defesa, substituindo-o pelo general Walter Braga Netto, ministro-chefe da Casa Civil.[55] Após ser demitido pelo presidente, o ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva declarou ter preservado as Forças Armadas como "instituições de Estado."[56] No dia seguinte, os comandantes Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antonio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica) resignaram, em um ato inédito na Nova República.[57][58] A renúncia coletiva dos comandantes buscou demonstrar a contrariedade a qualquer interferência política dos militares.[59] No entanto, a crise gerou preocupações relacionadas à politização das Forças Armadas e à possibilidade de o presidente Bolsonaro planejar um autogolpe.[60][61] A renúncia das mais altas autoridades militares brasileiras como resposta às tentativas do presidente Jair Bolsonaro de politizar as Forças Armadas[62][63] num contexto de nomeações sem precedentes de militares para funções de caráter civil em busca de apoio dos militares, inclusive por meio de manifestações públicas favoráveis às políticas de seu governo e contrárias às medidas adotadas pelos governadores para o enfrentamento da pandemia de COVID-19,[64][65] além da defesa da decretação do Estado de Defesa, como forma de aumentar seus poderes.[66]

Em um discurso dia 28 de agosto de 2021, o Jair Bolsonaro falou que só tem "três alternativas para o [seu] futuro: estar preso, ser morto ou a vitória".[67] Em alguns discursos e convites para as manifestações do dia 7 de setembro, manifestantes prometeram "expulsar a China do território nacional"[68][69] e "tomar o Supremo Tribunal Federal".[70][71][72] Após discursos, e diversas prisões para evitar ameaças à democracia, o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou reforço na segurança da sede no dia da manifestação.[73][74]

Na noite de 6 de setembro de 2021, um pequeno grupo de manifestantes pró-Bolsonaro tentaram invadir a área bloqueada pela Polícia Militar na Praça dos Três Poderes em Brasília.[75] As forças de segurança reagiram e os dispersaram com bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta.[76][77] O deputado federal Eduardo Bolsonaro foi flagrado neste dia junto a tentativa de invasão.[78] Alguns bolsonaristas acampados na praça dos Três Poderes em Brasília tentaram invadir a sede do Ministério da Saúde na manhã de 8 de setembro. Jornalistas foram hostilizados com xingamentos e empurrões. Eles tentaram se proteger na sede do ministério.[79] Horas depois, pelo menos 8 estados tiveram estradas parcialmente bloqueadas por conta de caminhoneiros autônomos que protestam em apoio a Jair Bolsonaro e contra o Supremo Tribunal Federal.[80]

Atos e evidências

Operações Luneta e Pacificação Nacional

Em mídia removível apreendida com o militar Hélio Ferreira Lima, a Polícia Federal encontrou dois planos golpistas, a Operação Luneta e a Operação Pacificação Nacional. O primeiro planilhou fatores políticos, militares e produtivos de planejamento contra um cenário de ameaça com imposição de condições favoráveis a ideologias de esquerda. Contra tal cenário imaginado, a principal ação planejada foi a prisão de ministros da corte suprema brasileira que fossem considerados "geradores de instabilidade" a fim de neutralizar a capacidade do tribunal. O planejamento está balizado em torno do resultado da eleição presidencial de 2022, ou seja, planejamento de ruptura institucional contra resultado eleitoral indesejado.[81]

Já o segundo especificou um faseamento das ações para o período de dezembro de 2021 a agosto de 2023, abrangendo o ano eleitoral de 2022. Com sete linhas de ação, as fases planejadas de atuação foram de modelação do ambiente, de restabelecimento legal, de manutenção da lei e ordem, de normalização e de reversão.[81]

Minuta do golpe

Ficou conhecida como Minuta do golpe a minuta (esboço) de decreto encontrado pela Polícia Federal na residência de Anderson Torres durante uma ação de busca e apreensão, documento no qual estava expresso o plano de instauração de um estado de defesa que anulasse o resultado das eleições. O documento buscava atribuir ao Tribunal Superior Eleitoral uma série de acusações, como abuso de poder e suspeição.[82] A Minuta do golpe foi mencionada pelos diálogos interceptados pela Polícia Federal, que prendeu quatro suspeitos de integrar a chamada "Abin paralela" em 11 de julho de 2024. Os diálogos indicam que policiais federais da "Abin paralela" conheciam a existência do decreto.[83]

A revelação da minuta causou ampla repercussão na política, na sociedade e no judiciário brasileiro, com diversos juristas debatendo a ilegalidade inerente à existência e posse de tal documento, independentemente de sua utilização ou sucesso.[82] O senador Randolfe Rodrigues pediu, em sequência, a instauração de um inquérito no STF sobre a "a tentativa de golpe de Estado".[82] Logo após a repercussão midiática sobre a minuta, Torres afirmou em suas redes sociais que "muito provavelmente" tratava-se de um documento que estava destinado à ser descartado e triturado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Segundo ele, a minuta foi tomada sem seu conhecimento e utilizado fora de contexto, alimentando "narrativas falaciosas contra mim".[82] Os advogados de Anderson Torres, por outro lado, propuseram uma versão segundo a qual a minuta teria sido entregue ao ex-ministro por um "popular". A narrativa é contestada pelas evidências de conhecimento interno contidas no documento.[84]

A defesa de Jair Bolsonaro pediu a exclusão do documento do processo acerca da tentativa de descrédito do sistema eleitoral por parte do ex-presidente, que corre paralelamente, surgindo a partir de um discurso contra o TSE proferido numa reunião com embaixadores internacionais em 2022. O pedido foi negado, mantendo o documento como parte do processo.[85] No dia 30 de junho de 2023, o Tribunal Superior Eleitoral formou maioria para declarar Jair Bolsonaro inelegível até 2030 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante esta reunião.[86]

A PF conduziu diversas perícias e investigações acerca do documento, buscando, entre outras coisas, rastrear sua circulação entre autoridades do Estado. Segundo informações já recolhidas pelos investigadores, a minuta chegou às mãos de assessores do ex-presidente, como também de conhecimento de membros de comitê de reeleição.[84] Uma análise das diversas digitais encontradas no papel do documento foi conduzida pela polícia federal,[87] além disso, buscou-se rastrear a impressora que originou o documento através de técnicas de documentoscopia, a perícia busca averiguar especialmente se a minuta teve origem em um orgão público, dado que a técnica forense em uso só é efetiva no rastreamente de impressoras de médio ou grande porte, sendo pouco precisa no caso de impressoras domésticas.[88]

Em seu depoimento para a Polícia Federal em 2 de fevereiro de 2023, Anderson Torres tentou descreditar o valor da minuta do golpe encontrada em sua residência, caracterizando-a como documento "sem viabilidade jurídica", descartável, segundo o próprio. Afirmou ainda que não havia sido ele a colocar o esboço de decreto numa pasta na estante, acreditando ter sido sua funcionária doméstica durante a limpeza da casa. Torres reafirmou a narrativa de que não havia elaborado o documento, e que desconhecia o autor.[89]

Sobre a acusação de negligência, ou cumplicidade, com as manifestações golpistas que culminaram na invasão da praça dos três poderes, em 8 de janeiro, Torres afirmou ter cumprido todas as medidas de verificação e segurança necessárias, tendo se pautado por relatórios que não previam a existência de ações radicais pelos bolsonaristas. Em razão da sua percepção de realização dos deveres atribuidos, julgou ser cabível prosseguir com a viagem junto com sua família para os Estados Unidos da América, onde permaneceu na mesma cidade que Jair Bolsonaro, com quem não havia combinado o destino, não tido nenhum encontro, segundo diz.[89] Sobre o paradeiro do seu telefone, Torres afirmou tê-lo desligado após a decretação de sua prisão, em razão do número de ligações que recebeu, perdendo-o logo em seguida. Em suma, disse não saber onde está, mas que não havia deixado nos Estados Unidos. Dispôs-se, por outro lado, à informar a senha de sua conta na nuvem.[89]

Áudios de 15 de dezembro de 2022, do ex-major e candidato ao PL, Ailton Gomes, registram a orientação de pressionar o então comandante do Exército Freire Gomes à fazer "(...) o que tem que fazer”, determinando para o dia seguinte o prazo de um pronunciamento do mesmo em apoio ao golpe, caso contrário, acrescentava, o pronunciamente deveria partir de Jair Bolsonaro.[1]

Em delação premiada homologada pelo ministro Alexandre de Moraes, Mauro Cid afirmou que Jair Bolsonaro se reuniu com os comandantes das três forças armadas para verificar a possibilidade de realizar um golpe de estado, cuja minuta teria sido preparada por seus assessores, com a finalidade de impedir a troca de governo.[90] A minuta teria sido entregue pelas mãos de Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais.[91] O conteúdo previa a prisão de opositores políticos e do ministro Alexandre de Moraes.[92]

O plano teria sido aceito pelo representante da Marinha, o Almirante Almir Garnier Santos. Porém, o General Freire Gomes, do Exército, teria se negado a participar, o que levou à desistência por possuir maior efetivo. A defesa do ex-presidente disse que as declarações são caluniosas.[93][94][95][96][97][98]

Além dos militares, Cid teria dito que Bolsonaro recebia, em reuniões no planalto, pessoas diversas, com planos golpistas que envolviam, dentre outras coisas, utilizar de uma interpretação errônea do artigo 142 da Constituição Federal para incumbir as forças armadas de exercer o poder moderador. Alertado sobre os riscos, o então presidente teria assumido o semblante de tristeza que marcou sua primeira aparição pública após o fim das eleições.[99]

Reunião ministerial de 5 de julho de 2022

 
Alguns dos alvos da Operação Tempus Veritatis

Em 8 de fevereiro de 2024, a Polícia Federal cumpriu trinta e três mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva na Operação Tempus Veritatis ("hora da verdade", em latim). Foram presos o ex-assessor especial de Bolsonaro, Filipe G. Martins, o coronel da reserva Marcelo Câmara e o major Rafael Martins. Os alvos das medidas de busca e apreensão incluíram o presidente do Partido Liberal (PL) Valdemar Costa Neto, os generais Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, o almirante Almir Garnier Santos, o ex-ministro Anderson Torres e o próprio Bolsonaro, que teve seu passaporte apreendido.[100][101]

No dia seguinte, 9 de fevereiro de 2024, veio a público uma reunião realizada em 5 de julho de 2022 onde o então presidente Jair Bolsonaro foi gravado instruindo ministros sobre a necessidade de agir antes das eleições para evitar uma possível "guerrilha" no Brasil. O vídeo, encontrado no computador de Mauro Cid foi divulgado pela jornalista Bela Megale do jornal O Globo. Bolsonaro teria ordenado a disseminação de informações fraudulentas para tentar reverter a situação na disputa eleitoral, alegando supostas fraudes eleitorais que nunca foram comprovadas. A reunião também contou com a participação de outros ministros, incluindo o então ministro da Defesa, que teria afirmado que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) era um "inimigo" do grupo bolsonarista. A gravação é parte de um inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado envolvendo militares e ex-ministros.[102][103]

Durante uma reunião, o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, expressou a intenção de infiltrar agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nas campanhas eleitorais tanto de Jair Bolsonaro quanto de seu principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva. O general mencionou a importância de agir antes das eleições para evitar possíveis reviravoltas, utilizando termos como "virar a mesa" e destacando a necessidade de ação decisiva antes do pleito. O presidente Bolsonaro interrompeu Heleno ao expressar preocupação com vazamentos e sugeriu que tal assunto fosse tratado em reunião privada.[104]

Em 21 de novembro de 2024, a Polícia Federal indiciou mais de trinta suspeitos por tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, tentativa de golpe de estado e organização criminosa, incluindo Jair Bolsonaro, Braga Netto, Mauro Cid, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Filipe G. Martins, Valdemar Costa Neto, Almir Garnier Santos, Marcelo Câmara, Rafael Martins, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o ex-diretor da ABIN Alexandre Ramagem, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, entre outros agentes públicos militares e civis.[105]

Acampamentos diante de quartéis e bloqueios viários

 
Bolsonaristas em acampamentos em frente a Base de Apoio Regional do Exército do Brasil em Ilhéus em dezembro de 2022

As manifestações golpistas no Brasil após as eleições de 2022 constituíram uma série de protestos, bloqueios em rodovias e atos terroristas que começaram logo após a finalização da eleição presidencial, em 30 de outubro. Eles foram organizados e financiados por grupos de extrema-direita formados por pessoas que não reconheceram a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva no processo eleitoral e que pediam por um golpe militar para impedir a sua posse como Presidente do Brasil.[106][107][108][109]

Os protestos tinham em comum a reivindicação de que ocorresse o que os manifestantes chamavam de "intervenção militar constitucional", um conceito jurídico inexistente que provém da interpretação errada do artigo 142 da Constituição brasileira de 1988.[110] Apoiadores do candidato derrotado Jair Bolsonaro, especialmente caminhoneiros, montaram bloqueios de estradas em pelo menos 23 estados brasileiros e no Distrito Federal, que começaram a registrar as primeiras barreiras rodoviárias em 1.º de novembro.[111][112] Militantes bolsonaristas também se aglomeraram ao redor de quartéis do Exército Brasileiro.[106][107]

Os bloqueios rodoviários foram amplamente criticados por diversos setores da sociedade[113][114][115] por terem provocado grandes perdas de alimentos, desabastecimento de produtos essenciais como alimentos, combustíveis e remédios, impedimento do direito de ir e vir, cancelamento de voos, vandalismos e violência, além de episódios de atropelamentos, agressões e mortes,<ref name="Manifestações golpistas no Brasil após as eleições de 2022 episódios">

As redes de financiamento e logística responsáveis pela organização e propagação dos bloqueios, acampamentos e manifestações, tiveram como base empresários do agronegócio, do garimpo, de madeireiras e do setor do transporte.[116]

Plano Punhal Verde e Amarelo

Alexandre Ramagem, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, Mauro Cid e Anderson Torres (de cima para baixo em sentido horário) foram alguns dos alvos da Operação Contragolpe.

Em 19 de novembro de 2024, a Polícia Federal deflagrou a operação Contragolpe, investigando um plano chamado "Punhal Verde e Amarelo", elaborado em 2022 para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, presidente e vice eleitos. O plano incluía o assassinato de Lula, de Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, à época presidente do Tribunal Superior Eleitoral.[117] Foram presos cinco suspeitos, incluindo quatro militares das forças especiais do Exército — conhecidos como "kids pretos" — e um policial federal. Entre os militares, destacava-se o general da reserva Mario Fernandes, ex-integrante do governo Bolsonaro e assessor parlamentar do deputado Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde. A operação também envolveu buscas e apreensões, suspensão de funções públicas dos envolvidos e outras medidas cautelares.[118]

A investigação apontou que o plano contava com táticas militares detalhadas, como monitoramento clandestino e uso ilícito de recursos públicos. Segundo a investigação, o plano "Punhal Verde e Amarelo" começou a ser planejado no dia 12 de novembro de 2022, na casa de Walter Braga Netto, na época candidato derrotado à vice-presidência na chapa encabeçada por Jair Bolsonaro.[119] Provas foram recuperadas de dispositivos eletrônicos do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A operação é parte de um inquérito maior sobre atos antidemocráticos ligados às eleições de 2022 e aos ataques de 8 de janeiro de 2023, incluindo violações ao Estado Democrático de Direito e desvios de bens públicos.[120]

Operação 142

A Operação 142 foi um plano de ação elaborado entre novembro e dezembro de 2022 para interromper o processo de transição presidencial, impedir a posse de Lula da Silva como presidente do Brasil em 2023, anular as eleições de 2022 e atos do STF, preparar nova votação, substituir todos os integrantes da suprema corte. O documento do planejamento da operação foi encontrado pela Polícia Federal na sede do Partido Liberal (PL), na mesa de um assessor de Braga Netto. O nome do plano golpista refere-se à tese da intervenção militar constitucional, que interpreta erroneamente o artigo 142 da Constituição brasileira de 1988 como uma concessão de um "poder moderador" às Forças Armadas do Brasil.[81]

Tentativa de desordem com invasão da sede da Polícia Federal

Por volta das 19h30min do dia 12 de dezembro de 2022, exatamente quatro horas após a diplomação de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) como presidente e vice-presidente da República eleitos, respectivamente, um grupo de manifestantes tentou invadir a sede da Polícia Federal em Brasília, pedindo a liberação do cacique José Acácio Tserere Xavante, uma das figuras frequentes em protestos antidemocráticos, que teve a prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, um dos alvos das manifestações golpistas.[121] Tserere foi acusado de ser um dos mandantes da invasão na área de embarque do Aeroporto Internacional de Brasília, realizado dez dias antes.[122]

"Um deles virou e falou: 'Sai da frente se não a gente vai matar' e eu corri. No que eu corri, falaram: 'Não corre, não', e três homens vieram atrás de mim. Nesse momento, não tinha bombas de efeito moral ou gás lacrimogênio. Eles estavam quebrando os carros por quebrar. Não tinha adesivo no carro ou manifestação política"

— Publicitário Jonathas Gomes a narrar a violência sofrida por parte de vândalos bolsonaristas[123]

Durante os atos, veículos como ônibus e automóveis foram incendiados e destruídos ao entorno da área nobre da capital federal, causando prejuízos para seus proprietários e transtornos para quem passava pelo local, houve também confrontos entre a Polícia Militar e os manifestantes radicais.[124][125] Entre as pessoas que sofreram danos materiais, estão o publicitário Jonathas Gomes, que foi ameaçado e teve seu carro deteriorado, e a maquiadora Gabriela Braga, a qual teve seu carro totalmente queimado.[126] Um posto de gasolina foi invadido por integrantes da manifestação, que saquearam gás de cozinha, e a 5.ª Delegacia de Polícia na Área Norte teve a porta depredada e uma viatura danificada.[127][128] As palavras Brasília, terroristas e Bolsonaro tomaram as redes sociais com imagens e vídeos dos confrontos, rendendo mais de 227,3 mil e 179,2 mil menções.[129]

Após a tentativa de invasão, a Diretoria da PF empregou agentes do Comando de Operações Táticas determinando sua mobilização. Uma equipe do COT levantou os escudos e dispersou os manifestantes com bomba de efeito moral e balas de borracha, outra unidade do COT protegia o hotel do recém presidente eleito, Lula da Silva.[130][131]

Com os protestos, o Cacique Tserere pediu para que manifestantes parassem com os atos através de um vídeo que circulava nas redes sociais.[132] Um helicóptero da Coordenação de Aviação Operacional chegou a pousar no mesmo hotel em que Lula estava hospedado, mas a assessoria do presidente eleito, assim como o Partido dos Trabalhadores (PT), negaram que ele deixaria o local mesmo com os atos ocorrendo nas proximidades.[133][134]

A Secretaria de Segurança Pública do DF afirmou que precisou restringir o trânsito na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e em outras vias da região central. O secretário de Segurança, Júlio Danilo Souza Ferreira, afirmou que os participantes dos atos de vandalismo serão responsabilizados: "A partir de agora, temos imagens, filmagens, temos como identificar". No entanto, não houve prisões até o início dos protestos.[135] O governador Ibaneis Rocha (MDB) determinou que as forças de segurança prendam quem estiver presente nos atos.[136] O senador eleito e futuro Ministro de Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), disse que "todos que infringirem a lei serão responsabilizados".[137] De acordo com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, três carros e cinco ônibus foram incendiados.[138]

Um dia após os ataques, alguns Bolsonaristas chegaram a acusar, sem provas, integrantes de movimentos de esquerda de se infiltrarem nos atos de vandalismo pelas redes sociais.[139][140] Tal tese chegou a ser endossada por alguns apoiadores do governo atual, entre eles o Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), que afirmou que pessoas ligadas ao movimento Black Blocs teriam realizado as manifestações.[141] Durante a exibição do programa Os Pingos nos Is, exibido pela TV Jovem Pan News, em pool com a Rádio Jovem Pan, os apresentadores Fernão Lara Mesquita, José Maria Trindade e Paulo Figueiredo Filho chegaram a discutir e sugerir a mesma tese de infiltração por membros da extrema-direita.[142] Porém, antes mesmo desses ataques se sucederem, integrantes dessas manifestações já compartilhavam premeditadamente advertências para uma suposta "armadilha da esquerda", a qual levaria os manifestantes a invadir prédios públicos e causar confusão.[143]

O líder do PT na câmara, deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), chegou a afirmar que o então Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), teria dado sinal verde para que os atos se espalhassem em outras cidades, uma vez que o próprio não chegou a se pronunciar sobre.[144] Políticos ligados ao atual governo, bem como os da próxima gestão, jornalistas e famosos lamentaram os atos do dia 12.[145][146][147]

Intentona Bolsonarista

 
Extremistas bolsonaristas subindo a rampa do Palácio do Congresso Nacional durante os ataques de 8 de janeiro em Brasília

Os ataques de 8 de janeiro de 2023 ou atos golpistas de 8 de janeiro de 2023,[148][149] também chamados de Intentona Bolsonarista[150] ou simplesmente de 8 de janeiro, foram uma série de vandalismos, invasões e depredações do patrimônio público em Brasília cometidos por uma multidão de bolsonaristas extremistas[151] que invadiu edifícios do governo federal com o objetivo de instigar um golpe militar contra o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva para restabelecer Jair Bolsonaro como presidente do Brasil.

Por volta das 13 horas, no horário de Brasília, cerca de 4 mil bolsonaristas radicais[152] saíram do Quartel-General do Exército e marcharam em direção à Praça dos Três Poderes,[153] entrando em conflito com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) na Esplanada dos Ministérios. Antes das 15 horas, a multidão rompeu a barreira de segurança estabelecida por forças da ordem e ocupou a rampa e a laje de cobertura do Palácio do Congresso Nacional, enquanto parte do grupo conseguiu invadir e vandalizar o Congresso, o Palácio do Planalto e o Palácio do Supremo Tribunal Federal.[154] Lula e Bolsonaro não estavam em Brasília no momento das invasões. O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou que os acontecimentos foram atos de terrorismo.[155]

Cerca de 400 pessoas foram detidas no dia das invasões e outras 1,2 mil foram detidas no acampamento de manifestantes em frente ao QG do Exército no dia seguinte às depredações. Até março de 2023, 2 182 pessoas haviam sido presas por participarem ou terem envolvimento nos ataques.[156] Logo após os eventos, o governador Ibaneis Rocha exonerou o secretário de segurança pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, que estava em Orlando, nos Estados Unidos, no dia das invasões.[157] Após os ataques, o presidente Lula assinou um decreto autorizando uma intervenção federal no Distrito Federal, que durou até o dia 31 de janeiro. Posteriormente, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou o afastamento de Ibaneis pelo prazo inicial de 90 dias, decisão revogada em 15 de março.[158]

Representantes do governo criticaram o ocorrido e declararam que os responsáveis pelos atos violentos, bem como seus financiadores e instigadores, seriam identificados e punidos. Líderes de diversos partidos brasileiros e governantes de vários países também repudiaram a invasão e consideraram-na um grave atentado contra a democracia. Muitos analistas compararam o evento com a invasão do Capitólio dos Estados Unidos em 2021 por apoiadores de Donald Trump, que se recusava a aceitar a sua derrota nas eleições.[159][160] Outra comparação faz alusão à Intentona Integralista de 1938 pela semelhança das tentativas de golpe de Estado fracassadas por um grupo de extrema direita da época.[150] Diversos movimentos sociais convocaram a realização de atos de repúdio à invasão e em defesa da democracia,[161] se realizaram no dia 9 de janeiro em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife, Curitiba, Belo Horizonte e outras cidades, reunindo milhares de pessoas.[162]

Envolvidos

Anderson Torres

 
Jair Bolsonaro e Anderson Torres

No dia 8 de janeiro de 2023, seis dias após Torres assumir o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, militantes bolsonaristas invadiram a Praça dos Três Poderes e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Torres se encontrava então nos Estados Unidos.[163] Em sua conta no Twitter, condenou os ataques.[164]

Em razão do mal-estar político causado por sua ausência durante o ocorrido, além de ser acusado de negligência e de conivência com os atos, Torres foi exonerado pelo governador Ibaneis Rocha no mesmo dia.[165][166] Mais tarde, ainda na mesma data, o presidente Lula decretou intervenção federal na área de Segurança Pública do Distrito Federal,[167] e no dia seguinte o próprio governador do DF foi afastado temporariamente do cargo por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.[168]

O ex-Ministro da Justiça Anderson Torres foi detido em razão dos indícios de conivência com as manifestações.[82]

Mauro Cid

 
Mauro Cid durante o seu depoimento perante a CPMI do Golpe
 Ver artigo principal: Mauro Cid

Mauro Cesar Barbosa Cid, conhecido como Coronel Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi preso preventivamente no âmbito da Operação Venire, por colaborar com a falsificação dados de vacinação do COVID-19 no sistema do Ministério da Saúde.[169] A apreensão de materiais na casa de Mauro Cid acelerou também a investigação de sua participação nas articulações do golpe de Estado, que revelou sua colaboração com o ex-major Ailton Gomes no planejamento e recrutamento de militares e civis para a causa golpista.[170]

Ailton Gomes

Advogado, ex-major do Exército Brasileiro, candidato ao cargo de deputado estadual pelo Rio de Janeiro em 2022, pelo Partido Liberal, preso no âmbito da Operação Venire, Ailton Gomes se proclamava o “01 do Bolsonaro”. Foi apontado como um dos articuladores da tentativa de golpe de Estado após a investigação do conteúdo no telefone de Mauro Cid pela Polícia Federal. Gomes ficou responsável por "incitar grupos de manifestantes para aderirem a pautas antidemocráticas", segundo o texto da instituição. O relatório da polícia aponta também sua proximidade junto às lideranças dos manifestações de 7 de setembro de 2021.[1]

Elcio Franco

Coronel, ex-assessor da Casa Civil e antigo número dois do Ministério da Saúde, foi acusado de participar do esquema criminoso de falsificação de registros de vacina investigado pela Polícia Federal, que também revelou sua articulação com o tenente-coronel Mauro Cid no planejamento de um golpe de Estado, em mensagens de áudio onde Franco sugeria a mobilização de 1,500 homens das Forças Armadas do Brasil para a deflagração do golpe.[2]

Mauro Cid e Elcio Franco trocaram informações nominais sobre unidades militares e comandantes dos quais poderiam se valer. Especularam, além disso, a possibilidade de utilizar o Batalhão de Operações Especiais do Exército para assassinar o então comandante Freire Gomes caso o mesmo se mostrasse indisposto a apoiar a movimentação golpista.[2]

Linha do tempo

2022

  • 5 de julho: reunião ministerial onde foi discutida uma tentativa de golpe de estado, com Jair Bolsonaro instruindo ministros a questionar o processo eleitoral.[102]
  • 18 de julho: Jair Bolsonaro dissemina informações falsas sobre as urnas eletrônicas e ataca a Justiça Eleitoral em uma reunião com embaixadores estrangeiros, que foi transmitida na TV Brasil e em redes sociais.[171][172]
  • 30 de outubro: início das manifestações golpistas, após o segundo turno das eleições, com bloqueio de estradas e formação de acampamentos em frente a quartéis do Exército Brasileiro.[173][174]
  • 15 de dezembro: Áudios entre Ailton Gomes e Mauro Cid.
  • 24 de dezembro: tentativa de atentado a bomba no aeroporto de Brasília por um grupo de integrantes das manifestações golpistas.[175]

2023

  • 8 de janeiro: invasão e depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal por uma multidão de radicais bolsonaristas.
  • 12 de janeiro: a Polícia Federal encontra na casa de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, a minuta de um decreto que instauraria "estado de defesa" para intervir no TSE e declarar Bolsonaro como presidente eleito.[176]
  • 14 de janeiro: prisão de Anderson Torres.[177]
  • 23 de janeiro: primeiro depoimento de Anderson Torres na Polícia Federal.[84]
  • 2 de fevereiro: segundo depoimento de Anderson Torres na Polícia Federal.[178]
  • 7 de setembro: o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, fecha acordo de delação premiada.[179]

2024

  • 8 de fevereiro: deflagrada a operação Tempus Veritatis.[180][181]
  • 9 de fevereiro: divulgado vídeo da reunião ministerial na qual se discutiu uma tentativa de golpe.[100]
  • 15 de março: o ex-comandante do Exército Brasileiro, general Freire Gomes, afirma à Polícia Federal que Bolsonaro apresentou a minuta do decreto de intervenção no TSE aos comandantes das Forças Armadas no fim de 2022.[182]
  • 27 de agosto: O Exército Brasileiro abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar quatro militares por possíveis crimes relacionados à elaboração da "Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro". Essa carta, segundo investigações da Polícia Federal, foi utilizada como instrumento de pressão ao então comandante do Exército, General Freire Gomes, para que ele aderisse a um golpe de Estado em 2022.[183]

Ver também

Referências

  1. a b c «PF identifica plano de militares do núcleo de Bolsonaro para golpe e prisão de Moraes». Metropoles. 16 de maio de 2023. Consultado em 16 de maio de 2023. Cópia arquivada em 16 de maio de 2023 
  2. a b c «PF flagra ex-assessor da Casa Civil e ex-militar preso tramando golpe de Estado». O Tempo. 9 de maio de 2023. Consultado em 16 de maio de 2023. Cópia arquivada em 23 de maio de 2023 
  3. «PF: Áudios de aliados de Bolsonaro evidenciam plano de golpe e prisão de Moraes». O Tempo. 16 de maio de 2023. Consultado em 16 de maio de 2023. Cópia arquivada em 16 de maio de 2023 
  4. «PF diz que mensagens em celulares de aliados de Bolsonaro evidenciam plano de golpe e prisão de Moraes». O Globo. 16 de maio de 2023. Consultado em 16 de maio de 2023. Cópia arquivada em 26 de janeiro de 2024 
  5. Mello, Igor. "Bolsonaro ameaçou democracia com ataques ao STF e às eleições, diz ONG HRW". UOL, 13/01/2022
  6. Jiménez, Carla. "Ex-presidentes e políticos de 26 países fazem alerta sobre insurreição de Bolsonaro". El País Brasil, 06/09/2021
  7. Diário de Notícias, ed. (25 de outubro de 2022). «Como funciona a fábrica de fake news de Bolsonaro». Consultado em 7 de março de 2023 
  8. «Coronel Ustra, homenageado por Bolsonaro como 'o pavor de Dilma Rousseff', era um dos mais temidos da ditadura». Extra. Globo. 18 de abril de 2016 
  9. «Fake news marcaram as eleições de 2018; relembre as 10 mais emblemáticas». iG ultimosegundo. 29 de outubro de 2018. Consultado em 23 de agosto de 2022 
  10. Fachin, Por João Vitor Santos | Edição Patricia. «Twitter, Facebook e WhatsApp: os antros da desinformação e da proliferação do discurso de ódio. Entrevista especial com David Nemer». www.ihu.unisinos.br. Consultado em 23 de agosto de 2022 
  11. Internet (amdb.com.br), AMDB (17 de novembro de 2020). «4 fake news completamente absurdas das eleições de 2018: mamadeira erótica, 'Jesus é Travesti' e mais». Rolling Stone. Consultado em 23 de agosto de 2022 
  12. «Robôs e desinformação nas redes: o que já se sabe nas eleições 2018». Nexo Jornal. Consultado em 23 de agosto de 2022 
  13. «CPI: especialistas apontam alto custo e dificuldades técnicas no combate a fake news». Senado Federal. Consultado em 23 de agosto de 2022 
  14. «Cambridge Analytica no Brasil? Emails vazados contam história de fracasso». www.uol.com.br. Consultado em 23 de agosto de 2022 
  15. «Brittany Kaiser: "Campanha de Bolsonaro usou internet para desinformação"». VEJA. Consultado em 23 de agosto de 2022 
  16. Teixeira, Lucas (16 de janeiro de 2018). «Mudanças no Facebook fortalecem fake news e influenciadores». Forbes Brasil. Consultado em 5 de setembro de 2022 
  17. «Ex-aliada de Bolsonaro, Joice detalha à CPMI da Fake News como atua 'gabinete do ódio'». G1. Consultado em 23 de agosto de 2022 
  18. Câmara dos Deputados do Brasil, ed. (4 de junho de 2020). «Câmara emite parecer esclarecendo que artigo 142 da Constituição não autoriza intervenção militar». Consultado em 10 de novembro de 2022 
  19. CNN Brasil, ed. (9 de novembro de 2022). «Artigo 142 não prevê intervenção militar nem federal; entenda». Consultado em 10 de novembro de 2022 
  20. Valor Econômico, ed. (31 de outubro de 2022). «O que é o artigo 142 da Constituição e por que ele não dá às Forças Armadas poder moderador». Consultado em 10 de novembro de 2022 
  21. «Reivindicação por intervenção militar de bolsonaristas é inconstitucional». UOL. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  22. cartola-agenciadeconteudo. «Especialistas: intervenção militar constitucional não existe». Terra. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  23. «A Constituição prevê a possibilidade de uma intervenção militar?». BBC News Brasil. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  24. «Deputada bolsonarista defende intervenção militar "constitucional"». CartaCapital. 21 de maio de 2020. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  25. Jiménez, Afonso Benites, Carla (29 de maio de 2020). «Bolsonaro invoca "intervenção militar" contra o STF e flerta com golpe». El País Brasil. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  26. «Parecer da Câmara diz que artigo 142 da Constituição 'não autoriza intervenção militar'». G1. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  27. «Em vídeo, filho de Bolsonaro diz que para fechar o STF basta 'um soldado e um cabo' Bolsonaro». GloboNews. 23 de outubro de 2018. Consultado em 24 de outubro de 2018 
  28. a b «Em segundo vídeo, Eduardo Bolsonaro fala em 'não se dobrar' ao STF». O Globo. 23 de outubro de 2018. Consultado em 24 de outubro de 2018 
  29. a b «Toffoli, Moraes e Celso de Mello reagem à fala de Eduardo Bolsonaro sobre fechamento do STF». G1. 22 de outubro de 2018. Consultado em 24 de outubro de 2018 
  30. «Nem ditadura fechou o STF, diz Gilmar Mendes sobre fala de filho de Bolsonaro». Folha de S.Paulo. 23 de outubro de 2018. Consultado em 24 de outubro de 2018 
  31. «"Cheira a fascismo", diz FHC sobre fala de filho de Bolsonaro contra STF». Veja. 21 de outubro de 2018. Consultado em 24 de outubro de 2018 
  32. «PT pede investigação de Bolsonaro e filho deputado por incitação ao crime». UOL. 23 de outubro de 2018. Consultado em 24 de outubro de 2018 
  33. «PSOL pede para PGR investigar Eduardo Bolsonaro por declaração sobre STF». O Globo. 22 de outubro de 2018. Consultado em 24 de outubro de 2018 
  34. «PGR reitera que não vai se manifestar sobre fala de Eduardo Bolsonaro». Revista Exame. 22 de outubro de 2018. Consultado em 24 de outubro de 2018 
  35. «Filho de Bolsonaro pede desculpas por vídeo em que sugere fechar STF». R7. 22 de outubro de 2018. Consultado em 24 de outubro de 2018 
  36. «'Se alguém falou em fechar o STF precisa consultar um psiquiatra', diz Bolsonaro». Correio do Estado. 21 de outubro de 2018. Consultado em 22 de outubro de 2018 
  37. a b c Monica Gugliano (5 de agosto de 2020). «Vou intervir!». Revista Piauí. Consultado em 6 de agosto de 2020 
  38. Augusto Heleno (22 de maio de 2020). «Nota à Nação Brasileira». Twitter. Consultado em 6 de agosto de 2020 
  39. Redação Jornal Nacional (22 de maio de 2020). «'Consequências imprevisíveis', diz Augusto Heleno sobre apreensão de celular de Bolsonaro». Jornal Nacional. Consultado em 6 de agosto de 2020 
  40. «Liderado por alvo do STF, grupo faz ato com tochas e máscaras contra Moraes». noticias.uol.com.br. Consultado em 1 de junho de 2020 
  41. «KKK à brasileira: Milícia de Sara Winter protesta com tochas em frente ao STF». Revista Fórum. 31 de maio de 2020. Consultado em 1 de junho de 2020 
  42. Braziliense, Correio; Braziliense, Correio (13 de junho de 2020). «Bolsonaristas liderados por Sara Winter tentam invadir o Congresso Nacional». Correio Braziliense. Consultado em 14 de junho de 2020 
  43. «Polícia Federal prende seis ativistas bolsonaristas por organização criminosa». Diário do Poder. 15 de junho de 2020. Consultado em 21 de fevereiro de 2021 
  44. «Ato contra STF e pró-intervenção tem Bolsonaro com criança e uso de cavalo». noticias.uol.com.br. Consultado em 1 de junho de 2020 
  45. Bruna Lima e Sarah Teófilo (28 de fevereiro de 2021). «COVID-19: Taxa de ocupação de UTIs está em colapso em 17 estados». Estado de Minas. Consultado em 5 de março de 2021 
  46. «Brasil atinge 300 mil mortos por Covid-19 um dia após recorde de mais de 3 mil vidas perdidas em 24 horas». G1. 24 de março de 2021. Consultado em 1 de abril de 2021 
  47. Igor Gielow (16 de março de 2021). «Datafolha: Rejeição a Bolsonaro na gestão da pandemia bate recorde e vai a 54%». Folha de S. Paulo. Consultado em 1 de abril de 2021 
  48. «Bolsonaro aciona STF contra governadores para impedir fechamento de comércio». Amazonas Atual. 19 de março de 2021. Consultado em 1 de abril de 2021 
  49. Danilo Vital (23 de março de 2020). «Marco Aurélio rejeita ação de Bolsonaro contra decretos de governadores». Consultor Jurídico. Consultado em 1 de abril de 2021 
  50. «O que é Estado de Sítio e por que não é possível compará-lo com lockdown, como fez Bolsonaro». Época. 30 de março de 2021. Consultado em 1 de abril de 2021 
  51. «O que é estado de sítio? Saiba quando pode ser decretado». Uol. 30 de março de 2021. Consultado em 1 de abril de 2021 
  52. Alexandre Aguiar (30 de março de 2021). «Brasil começa a feder a golpe». Jornal NH. Consultado em 1 de abril de 2021 
  53. Renato Souza (19 de março de 2021). «Fux liga para Bolsonaro questionando declarações sobre estado de sítio». Correio Braziliense. Consultado em 1 de abril de 2021 
  54. André Spigarol (2 de abril de 2021). «Planalto pediu que ministérios avaliassem proposta de 'estado de defesa' e de intervenção nos estados». Revista Crusoé. Consultado em 2 de abril de 2021 
  55. Gil Alessi (29 de março de 2021). «Azevedo e Silva deixa Ministério da Defesa em mais uma baixa no Governo Bolsonaro». El País. Consultado em 1 de abril de 2021 
  56. Guilherme Mazui, Roniara Castilhos e Mateus Rodrigues (29 de março de 2021). «Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva deixa o cargo». G1. Consultado em 31 de março de 2021 
  57. «Chefes das Forças Armadas deixam cargos: repercussão». G1. 30 de março de 2021. Consultado em 31 de março de 2021 
  58. «Comandantes das Forças Armadas pedem demissão em protesto contra Bolsonaro». Folha de S. Paulo. 30 de março de 2021. Consultado em 31 de março de 2021 
  59. Igor Gielow (29 de março de 2021). «Comandantes militares colocam cargos à disposição e descartam golpismo». Folha de S. Paulo. Consultado em 31 de março de 2021 
  60. «Crise militar, truque sujo de autogolpista». O Estado de S. Paulo. 31 de março de 2021. Consultado em 31 de março de 2021 
  61. Mônica Bergamo (30 de março de 2021). «Bolsonaro quebra hierarquia para tentar auto-golpe depois de levar país à anarquia, avaliam partidos e ministros do STF». Folha de S. Paulo. Consultado em 31 de março de 2021 
  62. «Politização das Forças Armadas e promiscuidade com governo gestaram crise inédita, dizem especialistas». Folha de S. Paulo. 30 de março de 2021. Consultado em 31 de março de 2021 
  63. Carla Jiménez (30 de março de 2021). «Troca na Defesa denuncia crise militar e marca divisão entre generais sobre radicalismo de Bolsonaro». El País. Consultado em 31 de março de 2021 
  64. Géssica Brandino e Renata Galf (28 de fevereiro de 2021). «Entenda a militarização do governo Bolsonaro e as ameaças que isso representa». Folha de S. Paulo. Consultado em 31 de março de 2021 
  65. Andréia Sadi (30 de março de 2021). «Para generais, Bolsonaro busca uso político das Forças, perfil como de Villas Bôas no Exército e 'recados de apoio' nas redes sociais». G1. Consultado em 31 de março de 2021 
  66. Ricardo Kotscho (29 de março de 2021). «Recusa em apoiar Estado de Sítio levou à demissão do ministro da Defesa». Uol. Consultado em 31 de março de 2021 
  67. «'Tenho três alternativas: estar preso, morto ou a vitória'». Jovem Pan. 28 de agosto de 2021 
  68. Attuch, Leonardo (22 de agosto de 2021). «Ex-funcionário de Damares ameaça invadir a embaixada da China, no 7 de setembro (vídeo)». Brasil 247. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  69. «Milícias bolsonaristas falam em invadir embaixada da China no 7 de setembro». Fórum. 16 de agosto de 2021. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  70. «Bolsonaro volta a atacar TSE e diz que seu futuro é "preso, morto ou vitorioso"». Congresso em Foco. 28 de agosto de 2021. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  71. «'Vamos invadir o STF': veja o que diz Wellington Macedo, preso por Moraes». Estado de Minas. 3 de setembro de 2021. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  72. «Sérgio Reis, que ameaçou invadir o STF, é internado em SP». Revista Fórum. 26 de agosto de 2021. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  73. «STF reforça segurança para o 7 de Setembro». Valor Econômico. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  74. «STF se prepara para risco de ataques ao prédio e 'todos os cenários possíveis' no 7 de setembro». BBC News Brasil. Consultado em 4 de setembro de 2021 
  75. Tom Phillips (7 de setembro de 2021). «Bolsonaro supporters clash with police before major rally in Brasília». The Guardian. Consultado em 8 de setembro de 2021 
  76. «7 de Setembro tem protestos a favor e contra o governo Bolsonaro». G1. Consultado em 23 de outubro de 2022 
  77. «Bolsonaristas Invadem Esplanada na Noite Anterior ao 7 de Setembro». O Antagonista. 7 de setembro de 2021. Consultado em 23 de outubro de 2022 
  78. «Bolsonaristas avançam em direção ao Congresso; Eduardo Bolsonaro se mistura ao grupo». O Antagonista. 7 de setembro de 2021. Consultado em 23 de outubro de 2022 
  79. «Grupo de apoiadores de Bolsonaro causa tumulto na porta do Ministério da Saúde, em Brasília». G1. Consultado em 23 de outubro de 2022 
  80. «Protestos de caminhoneiros com ameaça de bloqueios chegam a 16 estados». Metrópoles. 8 de setembro de 2021. Consultado em 23 de outubro de 2022 
  81. a b c «Operação 142, Luneta, Punhal Verde Amarelo e Pacificação Nacional: relatório da PF traz lista de planos golpistas». O Globo. 27 de novembro de 2024. Consultado em 27 de novembro de 2024 
  82. a b c d e «Minuta que previa golpe: entenda o documento encontrado na casa de Torres». Correio Braziliense. 13 de janeiro de 2023. Consultado em 16 de maio de 2023. Cópia arquivada em 17 de maio de 2023 
  83. Márcio Falcão, José Vianna e Fábio Amato (11 de julho de 2024). «Abin paralela: diálogos indicam que servidores investigados sabiam da 'minuta do golpe', diz PF». G1. Consultado em 11 de julho de 2024 
  84. a b c Cruz, Valdo (23 de janeiro de 2023). «PF busca provas de que 'minuta do golpe' circulou entre autoridades do governo Bolsonaro». G1. Consultado em 16 de maio de 2023. Cópia arquivada em 17 de maio de 2023 
  85. «Moraes entregará laudo sobre 'minuta do golpe' quando PF finalizar inspeção». Uol. 22 de março de 2023. Consultado em 16 de maio de 2023. Cópia arquivada em 17 de maio de 2023 
  86. «Após voto de Moraes, TSE fecha placar em 5 a 2 para condenar Bolsonaro e torná-lo inelegível». G1. 30 de junho de 2023. Consultado em 30 de junho de 2023. Cópia arquivada em 1 de agosto de 2023 
  87. Cruz, Valdo (3 de fevereiro de 2023). «PF encontra várias digitais em minuta do golpe apreendida na casa de Anderson Torres». G1. Consultado em 16 de maio de 2023. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2023 
  88. «PF tenta mapear de qual impressora saiu a 'minuta do golpe' apreendida na casa de Torres». G1. 15 de fevereiro de 2023. Consultado em 16 de maio de 2023. Cópia arquivada em 7 de janeiro de 2024 
  89. a b c «Em depoimento à PF, Anderson Torres diz que minuta do golpe é um documento 'descartável' e 'sem viabilidade jurídica'». G1. 2 de fevereiro de 2023. Consultado em 16 de maio de 2023. Cópia arquivada em 23 de setembro de 2023 
  90. redacaoterra (21 de setembro de 2023). «Em delação, Mauro Cid revela que Bolsonaro consultou militares sobre possível golpe». G1. Consultado em 22 de setembro de 2023. Cópia arquivada em 29 de novembro de 2023 
  91. Braga, Laura (8 de fevereiro de 2024). «Preso pela PF, Filipe Martins teria levado minuta do golpe a Bolsonaro». www.metropoles.com. Consultado em 9 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 9 de fevereiro de 2024 
  92. Azevedo, Luiz Felipe (8 de fevereiro de 2024). «Alteração em minuta, reunião golpista: o que pesa contra Bolsonaro na operação da PF que mira ex-presidente e aliados». O Globo. Consultado em 9 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 23 de setembro de 2023 
  93. redacaoterra. «Em delação, Mauro Cid afirma que Bolsonaro fez reunião com militares sobre plano de golpe». Terra. Consultado em 21 de setembro de 2023. Cópia arquivada em 4 de outubro de 2023 
  94. Mattos, Caio (21 de setembro de 2023). «"Manifestação caluniosa", diz defesa de Bolsonaro sobre delação de Cid». O Antagonista. Consultado em 21 de setembro de 2023. Cópia arquivada em 21 de setembro de 2023 
  95. «Agenda secreta de Bolsonaro tem reunião com Filipe Martins em 18/12 | Metrópoles». www.metropoles.com. 21 de setembro de 2023. Consultado em 21 de setembro de 2023. Cópia arquivada em 22 de janeiro de 2024 
  96. Soares, Clarissa Oliveira, Jussara. «Bolsonaro reúne QG e avalia ir para o confronto com Mauro Cid, dizem fontes». CNN Brasil. Consultado em 21 de setembro de 2023. Cópia arquivada em 7 de janeiro de 2024 
  97. «Em delação à PF, Cid descreve reuniões de Bolsonaro com militares para tratar de golpe». G1. 21 de setembro de 2023. Consultado em 21 de setembro de 2023. Cópia arquivada em 18 de outubro de 2023 
  98. Maia, Elijonas. «Cid diz em delação que Bolsonaro discutiu plano de golpe com cúpula do Exército, Aeronáutica e Marinha». CNN Brasil. Consultado em 21 de setembro de 2023. Cópia arquivada em 24 de janeiro de 2024 
  99. Sadi, Andréia (21 de setembro de 2023). «Antes de ser preso, Cid disse que generais do Exército alertaram Bolsonaro contra golpe militar». G1. Consultado em 21 de setembro de 2023. Cópia arquivada em 4 de outubro de 2023 
  100. a b «PF mira Bolsonaro, Braga Netto, Valdemar, Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres em operação sobre tentativa de golpe em 2022». G1. 8 de fevereiro de 2024. Consultado em 8 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 8 de fevereiro de 2024 
  101. «Bolsonaro é alvo da PF e entrega o passaporte». Uol. 8 de fevereiro de 2024. Consultado em 8 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 9 de fevereiro de 2024 
  102. a b «Em vídeo obtido pela PF, Bolsonaro diz a ministros que Brasil viraria 'grande guerrilha' se reagisse depois das eleições». g1. 9 de fevereiro de 2024. Consultado em 9 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 9 de fevereiro de 2024 
  103. Peduzzi, Pedro; Rodrigues, Alex (9 de fevereiro de 2024). «Em vídeo, Bolsonaro orienta ministros a questionar urnas e Judiciário». Agência Brasil. Consultado em 9 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 9 de fevereiro de 2024 
  104. «Em reunião, general Heleno falou em 'virar a mesa' da eleição e infiltrar Abin nas campanhas em 2022». g1. 9 de fevereiro de 2024. Consultado em 9 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 9 de fevereiro de 2024 
  105. «Veja quem é quem na lista dos indiciados pela PF por suposta tentativa de golpe de Estado». G1. 21 de novembro de 2024. Consultado em 21 de novembro de 2024 
  106. a b Alan Rios (5 de novembro de 2022). Metrópoles, ed. «Quem são os bolsonaristas que prometem "morar" em frente ao QG do Exército». Consultado em 10 de novembro de 2022 
  107. a b CNN Brasil, ed. (2 de novembro de 2022). «Grupos fazem atos antidemocráticos e pedem intervenção militar diante de quartéis». Consultado em 10 de novembro de 2022 
  108. Reuters, ed. (1 de novembro de 2022). «Clamor por golpe militar mobiliza bolsonaristas em bloqueios pelo país». Consultado em 10 de novembro de 2022 
  109. «'Não vamos parar': a reação de grupos bolsonaristas nas redes ao discurso de Bolsonaro». BBC News Brasil. Consultado em 3 de novembro de 2022 
  110. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Manifestações golpistas no Brasil após as eleições de 2022 intervenção militar constitucional
  111. «Rodovias têm 267 bloqueios com protestos de bolsonaristas; veja situação por estado». Valor Investe. Consultado em 1 de novembro de 2022. Cópia arquivada em 13 de janeiro de 2023 
  112. «Após derrota de Bolsonaro, país tem 236 bloqueios em estradas». www.metropoles.com. 31 de outubro de 2022. Consultado em 31 de outubro de 2022 
  113. Povo, Gazeta do. «Entidades e autoridades criticam bloqueios nas rodovias pelo Brasil». Gazeta do Povo. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  114. «OAB chama de 'inaceitáveis' bloqueios em rodovias após derrota de Bolsonaro». G1. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  115. «Políticos criticam bloqueios e pedem respeito à eleição». Poder360. 1 de novembro de 2022. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  116. Fialho et al. Pittelkow, p. 11.
  117. «Militares queriam envenenar Lula, Alckmin e Moraes e monitoraram passos de autoridades, diz PF; veja detalhes da investigação | Política». G1. 19 de novembro de 2024. Consultado em 19 de novembro de 2024 
  118. «'To na posição', 'abortar', 'prossegue para resgate': militares tentaram prisão clandestina de Moraes em 2022, diz PF | Política». G1. 19 de novembro de 2024. Consultado em 19 de novembro de 2024 
  119. «PF diz que plano de execução de Lula e Alckmin foi discutido na casa de Braga Netto em 2022 | Blog da Andréia Sadi». G1. 19 de novembro de 2024. Consultado em 19 de novembro de 2024 
  120. «Kids Pretos: PF prende militares suspeitos de planejar golpe de Estado e morte de Lula». BBC News Brasil. 19 de novembro de 2024. Consultado em 19 de novembro de 2024 
  121. «Cacique Serere: quem é o bolsonarista que motivou confusão em frente à PF». noticias.uol.com.br. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  122. «Indígenas fazem ato contra Lula em aeroporto de Brasília, e voos atrasam». noticias.uol.com.br. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  123. Felipe Torres e Mirelle Pinheiro (14 de dezembro de 2022). «Motoristas relatam medo e prejuízo ao terem carros destruídos por bolsonaristas». Portal Metrópoles. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  124. «Manifestantes ateiam fogo em carros e ônibus no centro de Brasília na noite desta segunda». R7.com. 13 de dezembro de 2022. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  125. Minas, Estado de; Minas, Estado de (12 de dezembro de 2022). «Bolsonaristas ateiam fogo em ônibus e quebram placas em Brasília». Estado de Minas. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  126. «Motoristas relatam medo e prejuízo ao terem carros destruídos por bolsonaristas». Metrópoles. 14 de dezembro de 2022. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  127. «Vídeo mostra cenas de terrorismo em posto de gasolina de Brasília | Metrópoles». www.metropoles.com. 13 de dezembro de 2022. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  128. «Vídeos: bolsonaristas cometem atentado contra delegacia em Brasília». Metrópoles. 13 de dezembro de 2022. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  129. «"Brasília", "terroristas" e "bolsonaristas": os ataques no Twitter | Metrópoles». www.metropoles.com. 14 de dezembro de 2022. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  130. «Tropa de choque da PM e grupo de elite da PF cercam hotel de Lula em Brasília». IstoÉ Dinheiro. 12 de dezembro de 2022. Consultado em 3 de janeiro de 2024 
  131. Brasil, Da CNN. «Entenda o que motivou a tentativa de invasão da PF em Brasília». CNN Brasil. Consultado em 3 de janeiro de 2024 
  132. «Cacique Serere Xavante, preso por ordem de Moraes, pede fim dos conflitos em Brasília». CartaCapital. 13 de dezembro de 2022. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  133. «Lula terá de fugir de helicóptero de Brasília? O que diz a assessoria». br.noticias.yahoo.com. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  134. «Helicóptero pousa em hotel de Lula em Brasília, mas PT nega retirada do presidente eleito | Metrópoles». www.metropoles.com. 13 de dezembro de 2022. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  135. «Bolsonaristas radicais queimaram 3 carros e 5 ônibus e depredaram delegacia em ato em Brasília». G1. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  136. «'A ordem é prender', diz governador do DF sobre ataques bolsonaristas em Brasília». noticias.uol.com.br. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  137. «'Estado brasileiro tem o dever de agir', diz Flávio Dino sobre atos de vandalismo em Brasília». O Globo. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  138. Poder360 (13 de dezembro de 2022). «Manifestantes queimaram 3 carros e 5 ônibus, dizem bombeiros». Poder360. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  139. «Internautas trocam acusações sobre vandalismo em Brasília; bolsonaristas culpam militantes de esquerda». O Globo. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  140. «Infiltrados, MST e black blocs: políticos bolsonaristas invertem narrativa sobre vandalismo em Brasília». O Globo. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  141. tiagotortella. «Ciro Nogueira atribui vandalismo em Brasília a Black Blocks». CNN Brasil. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  142. Sarubo, Leandro (13 de dezembro de 2022). «Jovem Pan sugere que infiltrados da esquerda causaram caos em Brasília». Teleguiado. Consultado em 17 de dezembro de 2022 
  143. Rudnitzki, Ethel; Menezes, Luiz Fernando (13 de dezembro de 2022). «Sem provas, bolsonaristas já acusavam 'infiltrados' antes mesmo de vandalismo em Brasília». Aos Fatos. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  144. «Líder do PT prevê que atos de vandalismo ocorrerão em outras cidades». Metrópoles. 13 de dezembro de 2022. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  145. Poder360 (13 de dezembro de 2022). «Fátima Bernardes critica "atos criminosos" em Brasília». Poder360. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  146. «Vandalismo em Brasília: Arthur Lira diz repudiar violência e desordem». G1. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  147. Poder360 (13 de dezembro de 2022). «Atos de vandalismo em Brasília são "absurdos", diz Pacheco». Poder360. Consultado em 14 de dezembro de 2022 
  148. «Acordo da PGR com investigados por atos golpistas pode prever curso sobre democracia». G1. 18 de setembro de 2023. Consultado em 19 de setembro de 2023 
  149. «Moraes condena primeiro réu pelos atos golpistas a 17 anos de prisão». Agência Brasil. 13 de setembro de 2023. Consultado em 19 de setembro de 2023 
  150. a b
  151. Ver:
  152. Michele Mendes (13 de janeiro de 2023). G1, ed. «Bolsonaristas radicais presos em Brasília estavam armados com estacas, estilingues e ferramentas pontiagudas». Consultado em 14 de janeiro de 2023 
  153. Nascimento, Luciano (27 de janeiro de 2023). «Acampamento bolsonarista foi central em ataques do dia 8 de janeiro». Agência Brasil. Consultado em 21 de março de 2023 
  154. «Bolsonaristas invadem Congresso, Planalto e STF em manifestação antidemocrática». Metrópoles. 8 de janeiro de 2023. Consultado em 8 de janeiro de 2023 
  155. Mori, Letícia (9 de janeiro de 2023). «Por que invasões em Brasília são consideradas atos terroristas pelo STF». BBC News Brasil. Consultado em 21 de março de 2023 
  156. Mendes, Lucas (16 de março de 2023). «Moraes finaliza análise e mantém 294 presos por atos de 8 de janeiro». CNN Brasil. Consultado em 21 de março de 2023 
  157. Gadelha, Igor (8 de janeiro de 2023). «Anderson Torres viajou para Orlando na véspera das invasões». Metrópoles. Consultado em 21 de março de 2023 
  158. Marques, José; Oliveira, Thaísa (15 de março de 2023). «Moraes encurta afastamento e autoriza volta imediata de Ibaneis ao Governo do DF». Folha de S.Paulo. Consultado em 21 de março de 2023 
  159. «Capitólio do Brasil, ato violento: como invasão repercute pelo mundo». UOL. Consultado em 10 de janeiro de 2023 
  160. Craveiro, Rodrigo (9 de janeiro de 2023). «Comunidade internacional condena o 'Capitólio brasileiro'». Correio Braziliense. Consultado em 10 de janeiro de 2023 
  161. Poder360 (9 de janeiro de 2023). «Movimentos sociais convocam atos em favor da democracia». Poder360. Consultado em 10 de janeiro de 2023 
  162. «"Sem anistia!": Milhares vão às ruas em defesa da democracia». DW. 10 de janeiro de 2023. Consultado em 10 de janeiro de 2023 
  163. «Invasores 'não sairão impunes', promete secretário de Segurança do DF, que viajou aos EUA». CartaCapital. 8 de janeiro de 2023. Consultado em 8 de janeiro de 2023 
  164. Felix, Paula (8 de janeiro de 2023). «'Criminosos não sairão impunes', diz secretário de Segurança do DF». Veja. Consultado em 8 de janeiro de 2023 
  165. «Ibaneis manda exonerar secretário de Segurança, Anderson Torres». Metrópoles. 8 de janeiro de 2023. Consultado em 8 de janeiro de 2023 
  166. Robson Bonin (8 de janeiro de 2023). «Aliados de Lula acusam Ibaneis e Torres de negligência com terroristas | Radar». Veja. Consultado em 8 de janeiro de 2023 
  167. «'DOU' publica Decreto da intervenção federal na área de segurança do DF». Uol. 8 de janeiro de 2023. Consultado em 10 de janeiro de 2023 
  168. Rosanne D'Agostino (9 de janeiro de 2023). «Moraes decide afastar o governador Ibaneis Rocha, do Distrito Federal, por 90 dias». G1. Consultado em 10 de janeiro de 2023 
  169. Gadelha, Igor (3 de maio de 2023). «PF prende Mauro Cid, ex-ajudante de Bolsonaro, e faz buscas na casa do ex-presidente». Metropoles. Consultado em 16 de maio de 2023. Cópia arquivada em 22 de setembro de 2023 
  170. «Mauro Cid discutiu golpe de Estado com "01 de Bolsonaro": "Que (o comandante) faça o que tem que fazer"». Metropoles. 3 de maio de 2023. Consultado em 16 de maio de 2023. Cópia arquivada em 18 de maio de 2023 
  171. «Bolsonaro reciclou mentiras e distorceu fatos em fala a embaixadores; veja checagem». Folha de S.Paulo. 19 de julho de 2022. Consultado em 19 de março de 2024 
  172. «Em reunião com embaixadores, Bolsonaro ataca Barroso, Fachin e Moraes». VEJA. Consultado em 19 de março de 2024 
  173. Reuters, ed. (1 de novembro de 2022). «Clamor por golpe militar mobiliza bolsonaristas em bloqueios pelo país». Consultado em 19 de março de 2024 
  174. «'Não vamos parar': a reação de grupos bolsonaristas nas redes ao discurso de Bolsonaro». BBC News Brasil. Consultado em 19 de março de 2024 
  175. «Justiça condena homens que armaram bomba na entrada do Aeroporto de Brasília a penas de 5 a 9 anos de prisão». G1. 11 de maio de 2023. Consultado em 23 de março de 2024 
  176. «PF encontra na casa de Anderson Torres minuta de decreto para instaurar estado de defesa no TSE». G1. 12 de janeiro de 2023. Consultado em 19 de março de 2024 
  177. «Anderson Torres é preso após desembarcar em Brasília e passa por audiência de custódia». G1. 14 de janeiro de 2023. Consultado em 19 de março de 2024 
  178. «Em depoimento à PF, Anderson Torres diz que minuta do golpe é um documento 'descartável' e 'sem viabilidade jurídica'». G1. 2 de fevereiro de 2023. Consultado em 16 de maio de 2023. Cópia arquivada em 23 de setembro de 2023 
  179. «Polícia Federal aceita delação premiada de Mauro Cid». G1. 7 de setembro de 2023. Consultado em 19 de março de 2024 
  180. César Tralli (8 de fevereiro de 2024). «Militar alvo de mandado de prisão por tentativa de golpe está fora do Brasil». G1. Consultado em 6 de agosto de 2024 
  181. Fábio Santos, Matheus Moreira e Gustavo Petró (2 de março de 2024). «Lesa Pátria e Tempus Veritatis: entenda como as 2 investigações tratam do 8 de janeiro». G1. Consultado em 6 de agosto de 2024 
  182. «Ex-comandante do Exército diz à PF que Bolsonaro apresentou minuta de decreto golpista». G1. 15 de março de 2024. Consultado em 19 de março de 2024 
  183. Vladimir Netto, Kellen Barreto e Delis Ortiz (27 de agosto de 2024). «Exército abre inquérito para investigar 4 militares por possíveis crimes na elaboração de carta golpista em 2022». G1. Consultado em 27 de agosto de 2024